BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

E CAXIAS CONTINUA
UMA CIDADE SEM LEI

O flagrante mostra a balburdia na antes tranqüila Rua Barão de Tefé, no bairro 25 de agosto. Ao lado da Praça Glaybi Teixeira, fica um hospital e o entra e sai de ambulâncias fica seriamente prejudicado pelo estacionamento de veículos de médicos e visitantes, nos dois lados da rua, por ausência do poder público. A mesma cena pode ser vista nas ruas Correia Meyer e Ana Nery, no entorno do hospital. Com a ausência da Guarda Municipal, flanelinhas “tomam conta” da área, deixando sem opção os moradores do bairro, impedidos de saírem de casa, pois os carros são abandonados nas portas das garagens por ausência das autoridades. O mais grave é que um ex-secretário de Serviços Públicos mora na rua Ana Nery e assiste a tudo sem tomar qualquer providência, pois só está preocupado em se eleger vereador no próximo domingo (Foto: Beto Dias).

TAXISTAS REAGEM AO GOLPE
DAS 80 NOVAS AUTONOMIAS

Com inauguração prevista para depois do segundo turno, o novo Shopping está no centro da disputa entre o prefeito e os taxistas.

O prefeito Washington Reis está sendo acusado por um numeroso grupo de taxistas de aplicar um golpe na categoria. Segundo a denúncia, o prefeito passou por cima da lei ao criar e distribuir, de forma irregular, entre amigos 80 novas autonomias de táxi. Revoltados com essa decisão na calada da noite e às vésperas das eleições, um grupo de 150 taxistas realizou nesta quinta-feira (2) um protesto no Centro da cidade, contra o chefe do executivo municipal. A carreata saiu do Shopping Center e seguiu até o Caxias Shopping, que está em fase final de construção às margens da Rodovia Washington Luiz, onde será instalado o novo ponto e irão trabalhar os beneficiados com as autonomias doadas pelo prefeito.
A categoria está alegando que só policiais, bombeiros e amigos do grupo político de Washington Reis foram os agraciados com as concessões ilegais. Com o ato do prefeito, cerca de 300 profissionais, que atuam em Duque de Caxias, ficaram a ver navios. Para que as concessões fossem legais, o prefeito deveria enviar projeto-de-lei à Câmara Municipal para análise em plenário. Em seguida, o sindicato da categoria promoveria um sorteio entre os membros, como sempre foi feito no Município.

CAXIAS VAI ÀS URNAS DIVIDIDA
ENTRE WASHINGTON REIS E ZITO
A quarta pesquisa do IBPS realizada em Duque de Caxias mostra que a disputa no município será acirrada. A cinco dias das eleições, o deputado estadual Zito (PSDB) e o atual prefeito, Washington Reis (PMDB), encontram-se tecnicamente empatados – a margem de erro da consulta é de 3,4%, para mais ou para menos.
O tucano, que em julho tinha 60% da intenção de votos, caiu para 43%. Já o peemedebista, que na última consulta aparecia com 23% da preferência do eleitorado, subiu para 38%. A candidata Leninha (PSol) aparece em terceiro lugar, com 3%. Votos brancos e nulos somam 3% e indecisos, 15%.
Apesar do empate técnico, Zito tem chances de vencer as eleições ainda no primeiro turno, uma vez que na soma geral aparece com 51% dos votos válidos. Já Washington Reis conta com 45%, e Leninha, com 4%. No quesito rejeição, Leninha lidera com 30%, seguida por Washington (23%) e Zito (19%).
A pesquisa também avaliou o governo municipal. Pelos menos 34% dos entrevistados consideram boa a administração de Washington Reis. Já 30% acham regular; 14%, ótima; 7%, ruim; e 12% péssima.
O IBPS ouviu 850 pessoas entre os dia 25 e 27 de setembro e a pesquisa foi registrada na 194ª Zona Eleitoral, sob o número 733/2008.

• O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Carlos Ayres Britto, defendeu quarta-feira (1º) em entrevista ao Programa 3 a 1, da TV Brasil, que o voto no país deixe de ser obrigatório futuramente, condicionado à maior consolidação da democracia e da justiça social.
• “Eu entendo que temos um encontro marcado com esse tema no futuro e a legislação consagrará, como em outros países, a voluntariedade do voto. O eleitor comparecendo porque quer participar efetivamente do processo eleitoral e se engajando nas campanhas com mais conhecimento de causa e determinação pessoal”, disse Britto. “Como rito de passagem, a obrigatoriedade do voto deve permanecer ainda por mais tempo. Até que a democracia se consolide e que a economia chegue mais para todos”, ressaltou.
• Na entrevista, Ayres Britto também reiterou posicionamento favorável ao financiamento público de campanha, como solução mais viável para evitar que o poderio econômico prevaleça sobre as qualidades políticas de cada candidato.
• O presidente do TSE também se declarou totalmente contrário a qualquer mudança constitucional para abrir a possibilidade de chefes do Poder Executivo se candidatarem a um terceiro mandato seguido. “Eu não simpatizo nem com a reeleição, embora tenha respaldo constitucional. Terceiro mandato nem pensar, porque quanto mais se prorroga o mandato, mais o país se distancia da República e se aproxima da Monarquia”, disse Britto.
• Segundo Ayres Britto, o Executivo tem muitos poderes no Brasil: controla o orçamento, distribui verbas, tem milhares de cargos de comissão à disposição, nomeia ministros dos tribunais superiores e controla as Forças Armadas. Em virtude disso, ele entende que a alternância na ocupação dos mandatos seria mais salutar.