segunda-feira, 27 de outubro de 2008

BAIXADA URGENTE - ELEIÇÕES

É A EDUCAÇÃO, ESTÚPIDO! O próprio Ministério da Educação reconhece que a Educação no País vai mal, a começar pela má formação do Magistério, continuando pelos baixos salários e o uso de material didático inadequado, como por exemplo, a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro comprar apostilas de uma Editora de São Paulo, que não trata da situação político-social e geográfica da Baixada, muito menos leva em conta a trajetória histórica da região. E a situação se torna mais dramática quando o Sindicato dos donos de escolas resolve, a propósito de garantir a qualidade do ensino particular, agredir a Gramática em propaganda espalhada pela cidade.(Foto: Beto Dias)


O RECADO DAS URNAS E
A DERROTA DE GABEIRA


A derrota do deputado Fernando Gabeira, do PV, por menos de 2% em um universo de mais de 4,5 milhões de eleitores, deve servir de reflexão para nossos políticos e para o eleitor fluminense. A começar pela avaliação do uso da máquina oficial em favor de candidaturas nascidas nos porões dos palácios, inclusive na captação de apoios a torto e a direita, com um único propósito: a conquista do Poder.
Em seu pronunciamento após a divulgação do resultado, Gabeira criticou a postura da Mídia e da chamada esquerda, lembrando que ele, além de jornalista, já pertenceu a movimentos revolucionários e tem, portanto, uma vasta bagagem em experiência sobre Ética e oportunismo político. Gabeira lembrou, inclusive, um velho refrão dos partidos de esquerda nas décadas de 50 e 60, em plena Guerra Fria: os fins justificam os meios. No caso do desesperado governador Sérgio Cabral Filho, depois da fragorosa derrota dos seus candidatos na Baixada Fluminense, aplica-se perfeitamente tal refrão, pois o governador não mediu e$forço$ para viabilizar a candidatura de Eduardo Paes, um político que se formou nas ilhargas do PFL-DEM de César Maia e teve um rápido flerte com o PSDB, mas, disposto a conquistar a ribalta, bandeou-se, nos segundos finais do prazo de filiação, para o PMDB governista, que reúne desde figuras ímpares como o ascético Pedro Simon a figuras pragmáticas como Jader Barbalho, José Sarney e Jorge Picciani, que comungam o lema de que os fins justificam os meios.
Resta, ao povo carioca, a partir de janeiro, pagar a fatura desse verdadeiro conglomerado político que irá governá-lo a partir da cooptação de figurinhas conhecidas como os senadores Marcelo Crivella e Francisco Dornelles, a ex-deputada Jandira Feghalli, o bispo Edir Macedo, o missionário RR. Soares, entre outros. E o pagamento da colossal fatura começa em janeiro, com a posse dos secretários e principais auxiliares do novo prefeito!

ZITO JÁ CONQUISTOU
A MAIORIA NA CÂMARA


Embora a sua coligação tenha elegido apenas 8 dos 21 vereadores que assumem seus mandatos no dia 1º de janeiro, o prefeito eleito Zito já contabiliza 15 votos na futura Câmara. Além de Mazinho, Grande, Tato, Fatinha, Maninho do Posto, Moacyr da Ambulância, Marcelo do Seu Dino e Ademir Martins (filho do atual vereador Almir Martins), o novo prefeito acaba de conquistar o apoio de ouros: Chico Borracheiro, Carlos de Jesus, Leide, Gaete, Ricardo da Karol, Josemar Padilha e Marquinho Oi.
Com essa bancada, a Oposição será formada por apenas seis vereadores, comandados por Júnior Reis, atual presidente da Câmara e irmão do prefeito Washington Reis, que não conseguiu a almejada reeleição, invertendo-se o quadro da atual Legislatura, onde Zito ficou com a minoria sob a sua proteção. Esses números poderão sofrer pequena alteração no início da próxima legislatura, diante da possibilidade do quase ex-vereador Júnior Reis ir ocupar um cargo na direção do Detran, abrindo uma preciosa vaga para o atual vereador Nivam de Almeida, primeiro suplente do PDT na próxima Legislatura (Foto: Arquivo/Blog).

• O deputado federal Fernando Gabeira (PV) afirmou em entrevista coletiva que sua derrota para o candidato do PMDB Eduardo Paes, por pouco menos de 2% dos votos válidos, “não foi um balde de água fria”. “Foi uma partida disputada lindamente, e perdida no último minuto”, disse Gabeira.
• E emendou: “A campanha em si foi um momento em que a sociedade mostrou a sua potencialidade na política. Nós podemos continuar atuando como voluntários, em uma cidade unida”.Adesismo puro!
• Gabeira também fez críticas ao comportamento da grande imprensa e da esquerda que, segundo ele, tiveram atitudes ultrapassadas. “Eu também trabalhei na imprensa e fui de esquerda no século passado, quando se dizia que os fins justificam os meios. Hoje, eu acho que tanto para a mídia quanto para a esquerda, os fins não justificavam os meios, neste caso específico”.
• O deputado do PV diz que não pensa em ser candidato em 2010. “Eu penso na vida, às vezes a vida me empurra para uma candidatura, mas não penso em candidatura”.
• Além de conquistar a Secretaria Municipal de Assistência Social, o senador Marcelo Crivella também conseguiu a promessa de ingresso no PMDB do C (do Cabral). Já obteve, inclusive, o “nil obstat” do titio Edir Macedo, para deixar o PRB de José Alencar, atual vice de Lula.
• Eleito deputado federal em 2002, pelo PFL do Rio, Eduardo Paes filiou-se ao PSDB em 2003. Em 2005, teve forte atuação quanto às denúncias de corrupção no governo Lula no caso do mensalão, com atuação de destaque na CPI dos Correios, onde tentou incluir Lulinha entre os acusados.
• Em outubro de 2007, Eduardo Paes mudou de partido mais uma vez e foi para o PMDB, ganhando o apoio do governador Sérgio Cabral, de quem foi secretário de Esportes e Turismo, para concorrer à prefeitura da capital fluminense.
• A vitória de Rosinha Garotinho em Campos e da filha Clarissa como vereadora no Rio, mostraram que o Casal Garotinho ainda tem força política e será uma pedreira na caminhada do governador Sérgio Cabral em direção a uma cada vez mais distante vaga de vice na chapa do PT em 2010. As outras serão José Sarney, Renan Calheiros (que Cabral, através de Paulo Duque, seu suplente, ajudou a absolver no Senado), Jader Barbalho e mais uma penca de “Miquinhos Amestrados” a serviço do Planalto.
• Para o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Alberto Motta Morais, o grande vencedor do pleito foi o eleitor carioca. “Foi um resultado sensacional em que só teve um vencedor: o eleitor. O estado do Rio obtendo às 19h10 a definição da eleição na capital foi uma coisa inédita. O Tribunal está muito satisfeito, principalmente com o comportamento da população e dos candidatos. Historicamente, não temos parâmetros para dizer o quão boa foi essa eleição. É um resultado inédito para o Rio”.
• Motta Morais também destacou a disputa acirrada entre os dois candidatos como fator de ineditismo: “Eu não me lembro de uma disputa tão acirrada aqui no estado do Rio de Janeiro, onde a definição só se deu nas últimas urnas. Somente com 99,2% da apuração você chegou ao vencedor, o que é inédito para o estado”.
• Pelo lado negativo, o desembargador destacou o alto índice de abstenções no estado: 20,35% - um dos maiores do país. “Numa cidade como o Rio, que ainda é uma caixa de ressonância para o país, preocupa ter de 4,6 milhões de eleitores 920 mil que não comparecem no segundo turno. Mas, isoladamente, não serve para análise, vamos ter que verificar aonde estas abstenções ocorreram”.
• Foi um dos maiores índices de abstenção da história do Rio de Janeiro e um das maiores do país. Em 2000, o número de abstenções foi de 18,65%, número que caiu para 15,88% em 2004, quando César Maia foi reeleito prefeito da capital ainda no primeiro turno.
• E César Maia já havia advertido, semana passada, que o feriado antecipado para esta segunda-feira, do ponto facultativo do “Dia do Servidor Público”, previsto para amanhã, seria uma forma do Governo incentivar a abstenção, pois reforçou o pavor do carioca de passar o fim de semana em casa. Principalmente se o sol aparece e as praias estão tão convidativas. . .
• Começa nesta segunda-feira (27), na Câmara Municipal de Duque de Caxias, promovido pelo Instituto Histórico da Câmara e contando com apoio da UNIGRANRIO, o V CICLO DE DEBATES HISTÓRICOS, tendo HISTÓRIA: CONTESTAÇÃO E PODER como tema geral.
• A mesa redonda de abertura, às 18:30 horas, terá como Coordenadores os Prof. Mrs. Antônio Augusto Braz, da Unigranrio, e Profª Esp. Tânia Maria da Silva Amaro de Almeida, da Unigranrio, Feuduc e Instituto Histórico de Duque de Caxias.
• Os palestrantes da primeira mesa redonda nesta terça-feira serão a Profª Ms. Marlúcia Santos de Souza, Diretora do CRPH e o Prof. Gênesis Torres - Presidente do IPAHB.
• O V CICLO DE DEBATES HISTÓRICOS irá até sexta-feira, dia 31, quando o tema será “MÚSICA POPULAR BRASILEIRA: CONTESTAÇÃO E RESISTÊNCIA”, tendo como Coordenador o Prof. Dr. José Geraldo da Rocha e CA de História e como palestrante o Prof. Dr. Washington Dener dos Santos Cunha.



SANTUÁRIO DA DENGUE A Secretaria de Saúde de Duque de Caxias continua levando ao pé da letra a expressão “comprar remédio para baratas”, quando o povo resolve combater esses terríveis insetos. De forma rotineira, as autoridades deixam se formar viveiros para o “Aedes Aegypti” em locais abertos, como na Praça Jararaca e Ratinho, onde a Prefeitura acaba de realizar obras de reforma. Assim, não haverá UPAs 24 HORAS que chegue para atender às vítimas da Dengue (Foto: Beto Dias).



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