MPF RECORRERÁ DO ARQUIVAMENTO
DE PROCESSO ENVOLVENDO LULA
O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF)
informou nesta terça (20) que recorrerá do arquivamento do processo de
improbidade movido contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o
ex-ministro da Previdência Social e ex senador Amir Lando. A Ação tinha por
objetivo seqüestrar cerca de R$ 10 milhões como garantia de indenização à União
pelo uso dessa quantia na confecção e distribuição de cartas do INSS anunciando
a criação do empréstimo consignado, que à época só era disponibilizado através
do Banco BMG, envolvido no escândalo do mensalão. Esses recursos, sacados do
INSS, permitiram o envio de correspondência a cerda de 10 milhões de
aposentados e pensionistas vinculado aquele órgão.
De acordo com a assessoria de imprensa do MPF, a
procuradora Luciana Loureiro ainda não foi notificada oficialmente da decisão e
só decidirá a melhor estratégia para combater os argumentos do juiz Paulo Cesar
Lopes, da 13ª Vara Federal do Distrito Federal, depois que analisar os
fundamentos detalhadamente.
O juiz decidiu arquivar o caso alegando que a acusação
usou o tipo de processo errado para contestar a denúncia sobre o uso irregular
de recursos públicos. Para Paulo Lopes, agentes políticos não podem ser processados
por improbidade e sim pelo crime de responsabilidade. O juiz ainda destacou que
a ação deveria ter sido movida durante o exercício dos cargos. Os fatos
ocorreram em 2004 e o MPF acionou a Justiça em 2011.
De acordo com o magistrado, a impossibilidade de punição
político-administrativa não impede que os envolvidos sejam processados por
crime comum, a partir de ação civil para ressarcimento ao Erário.
CONTRADIÇÕES DOMINAM
AS ELEIÇÕES NA OAB/RJ
Os advogados inscritos na Seccional Rio de Janeiro da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) irão às urnas na próxima segunda (26) numa
eleição em que as contradições entre as chapas da seccional e as subseções dão
bem uma idéia da barafunda em que a categoria se meteu, ao tomar partido em
movimentos partidários, a favor ou contra governantes, afastando-se do antigo
ideal de independência e luta.
A advogada que lidera a Chapa Azul (de Oposição), Carmen
Fontenelle, um sobrenome de longa tradição na justiça fluminense, destaca entre
os principais objetivos do seu grupo a defesa da independência da OAB e sem
conchavos com partidos políticos, contra a impunidade e a léguas de distância
dos mensaleiros, liderados pelo ex ministro José Dirceu, mas apóia a Chapa 1 na
eleição para a subseção de Duque de Caxias, liderada pelo advogado Geraldo
Menezes, que ocupa cargo de confiança no Governo Zito e que há nove anos
comanda a OAB/Duque de Caxias.
Do outro lado, a chapa da situação, liderada pelo
advogado Felipe Santa Cruz, apóia em Duque de Caxias a eleição da Chapa 2,
liderada pelo advogado José Nogueira D”Almeida, que reúne alguns dos mais
jovens e brilhantes advogados do município. E Nogueira defende para a gestão da
OAB/Duque de Caxias os mesmos princípios que a sua colega Carmen Fontenelle no
plano estadual.
No plano estadual, o atual presidente Wadih Damous, que
apóia Felipe Santa Cruz, joga pesado quando acusa Carmen Fontenelle de liderar
a velha OAB, que deixou a CAARJ, instituição de pecúlio e assistência dos
advogados, com dívidas de R$ 331 milhões de impostos não recolhidos, além falta
de controle dos gastos médicos. No plano municipal, Nogueira acusa a atual
gestão, comandada por Geraldo Menezes, de aceitar passivamente que a área utilizada
como estacionamento pelos advogados, próximo ao Fórum, fosse transferida pelo
Governo do Estado para a Defensoria Pública, além do fechamento da farmácia do
advogado, que funcionava em frente à 59ª DP/Caxias.
Como se vê, a luta entre as várias chapas lembra o
conflito entre israelenses e palestinos em torno de Gaza, só que aqui, até o
momento, as “armas” dos combatentes não manifestos e ações judiciais. Que vença
o melhor!
AMIGOS DE JOSÉ DIRCEU DEFENDEM
ELEIÇÕES PARA MINISTROS DO STF
Aproveitando a apresentação da PEC do STF, do senador
Roberto Requião (PMDB), que propõe que o cargo de ministro da mai alta corte de
Justiça do País tenha mandato com duração de 8 anos, tal e qual o de senador, a
militância mais aguerrida do PT, que tem o ex ministro José Dirceu como patrono,
está propondo eleições diretas para os ministros do Supremo Tribunal Federal,
cargos vitalícios até hoje ocupados por pessoas de elevado saber jurídico e
reputação ilibada, indicados pelo presidente da República e aprovados pelo
Senado, depois de sabatinadas, a exemplo do que ocorre com os ocupantes de
cargos de Embaixador no exterior, mesmo que sejam diplomatas de carreira. Nesse
caso, justifica-se a chancela do Senado pois cabe a ele a decisão de sobe
política externa, inclusive o dever aprovar, ou não, qualquer tipo de tratado
internacional assinado pelo Brasil, isto é, sem o “nihil obstat” daquela casa
legislativa, nenhum tratado se tornará lei no Brasil.
A fúria dos petistas foi provocada pelo fato de os
ministros do STF, indicados pelo ex presidente Lula e a presidente Dilma, terem
julgado a Ação nº 470, mais conhecida como “do Mensalão”, sem levar em conta o
que entendem como lealdade (subordinação) política de quem os indicou. Como
revelou Ricardo Noblat, o Ministro Joaquim Barbosa, nomeado por Lula, nada
ficou a dever ao ex presidente, pois foi escolhido para o Carmo através de uma “cota
racial” estabelecida pelo próprio ex presidente, isto é, para as quatro vagas
que teriam de preencher no Supremo Tribunal Federal, Lula estabeleceu critérios
que não estão no ordenamento jurídico do Pais. Ele queria um negro, uma mulher,
um nordestino e um paulista. Na “cota racial”, Joaquim Barbosa era o que tinha
o melhor currículo e, por isso mesmo, o novo presidente do STF não se sente
devedor de Lula. Em outras palavras, Joaquim Barbosa foi escolhido por mérito,
como foi por mérito que ele entrou no judiciário e nele fez carreira, não
devendo, nem por razões pessoais ou políticas, nenhum favor a quem o nomeou. Em
termos politicamente corretos e da ótica do ex presidente, Joaquim Barbosa foi
escolhido por ser NEGRO! Por que ele deveria vassalagem a Lula?
CAXIAS DISCUTE MEIO AMBIENTE
MESMO DOMINADA PELO LIXO
A Secretaria de Meio Ambiente de Duque de Caxias promove,
a partir desta quinta-feira (22), a
VI Conferência Municipal de Meio Ambiente, onde serão
discutidas as políticas publicas a serem adotadas pelo município a partir do
próximo ano. O evento será realizado no campus da FEUDUC, em São Bento, com entrada franca.
A conferência ocorre justamente quando a cidade vive um
clima de calamidade pública, com a suspensão da coleta do lixo nos quatro
distritos, sem que a própria Secretaria do Meio Ambiente tome qualquer medida
efetiva para normalizar os serviços, que continuam sendo exclusividade da
empresa Locanty.
O encerramento da Conferência será no sábado (25), mas os
principais debater serão realizados nesta sexta (23), a partir das 8:00hs.,
versando sobre Educação Ambiental e Agenda 21, Áreas de Proteção Ambiental,
Resíduos Sólidos e Líquidos, Recursos Hídricos e Saneamento, Controle de
Atividades Poluentes e Riscos Indústrias e Saúde Ambiental e Qualidade do Ar.
RÁPIDAS
• Apesar
de fornecer água para a Capital, através das já centenárias Linhas Pretas,
Xerém não tem serviços de abastecimento de água. As poucas casas que recebem
água de um das adutoras que passam por Mantiquira recebem água sem tratamento
e, por isso, quando chove e entra muito lixo na represa, as adutoras são
desligadas e os consumidores ficam dias sem uma gota d’água.
• Para
agravar a situação sanitária do 4º Distrito, a impagável Locanty também
suspendeu a coleta de lixo em diversas ruas. Como ainda não inventaram um
sistema seguro de eliminar o lixo além do fogo, os moradores enfrentam as conseqüências
colateral do problema: a convivência forçada com ratos, baratas e moscas.
• E tudo
isso acontece num distrito que abriga em seu território as residências de um
deputado federal, um estadual e um vereador, por coincidência da mesma família,
cujo chefe do clã foi candidato a prefeito de Duque de Caxias, cargo ao qual
pretendia voltar.
• O
abandono de Xerém é tal que até o busto do saudoso vereador José Barreto – um
leão que defendia Xerém de todos os inimigos internos e externos – colocado na
principal praça do bairro simplesmente desapareceu. Ela já fora vítima de pichadores,
mas fora restaurada pela Prefeitura depois do fato ser denunciado pelo blog.
• Agora,
ninguém sabe para onde foi o busto do velho Barreto. O Governo tem a obrigação
de restaurar, de imediato, o busto e colocá-lo no devido lugar. É uma simples
questão de respeito a um cidadão que dedicou toda a sua vida em defesa das coisas
e das pessoas de Xerém.
• A
direção da Caixa, cuja credibilidade está muito baixa, precisa explicar, com a
merecida urgência, a estranha coincidência nos concursos da Mega Sena de Nº
1255 (23/10/2012) e 1226 (27/10/2012. Embora a chance de um apostador, com uma
aposta simples, seja de um acerto entre milhões de possibilidade, houve uma
inacreditável sequencia de números nos dois sorteios. No dia 23, as dezenas
sorteadas foram 31 / 32 / 34 / 40 / 50 / 55, enquanto no dia 27 foram 10 / 31 /
40 / 50 / 55 / 56.
• O
ministro Joaquim Barbosa participou nesta quarta (21) da primeira sessão como
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) com a retomada do julgamento da
Ação Penal 470, o processo do mensalão. De acordo com o gabinete de Barbosa,
ele deverá acumular as funções de presidente interino e de relator do processo.
A posse oficial na presidência do STF será nesta quinta (22).
• Barbosa
assumiu interinamente a função na segunda-feira (19) devido à aposentadoria do
ministro Carlos Ayres Britto, que completou 70 anos.
• O
Supremo Tribunal Federal (STF) definiu nesta quarta (21) as penas para os réus
Breno Fischberg e Enivaldo Quadrado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
Eles eram sócios da corretora Bônus Banval, e segundo concluiu o STF,
colaboraram para lavagem de dinheiro da propina distribuída a parlamentares do
PP.
• A
maior pena foi aplicada a Enivaldo Quadrado, condenado por dois crimes:
formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Segundo o ministro Joaquim Barbosa,
relator da ação, a pena de Quadrado deveria ser agravada em relação ao sócio
porque incitou funcionários a participar do esquema de lavagem de dinheiro.
• Para
o crime de formação de quadrilha, a votação foi unânime em dois anos e três
meses de prisão. A situação ficou indefinida, no entanto, no caso de lavagem de
dinheiro. A votação foi encerrada como se houvesse maioria de votos a favor da
proposta de Joaquim Barbosa, mas o placar ficou, em tese, empatado em 4 votos a
4.
• Luiz
Fux, Gilmar Mendes e Celso de Mello votaram com Barbosa, fixando pena de seis
anos, nove meses e 20 dias, mais 260 dias-multa de dez salários mínimos cada.
Rosa Weber, Cármen Lúcia e Antônio Dias Toffoli estabeleceram pena de quatro
anos e oito meses. Pelo critério de aproximação estabelecido no início do
julgamento, votariam com o revisor Ricardo Lewandowski, que sugeriu pena de
três anos e seis meses e mais 11 dias-multa de dez salários mínimos cada. No
entanto, não ficou claro se algum deles preferiu inaugurar uma tese nova ou acompanhar,
de fato, o revisor.
• Neste
caso, o ministro Marco Aurélio Mello não votou. No início da fase da fixação
das penas, os ministros definiram que o empate é sempre favorável ao réu.
Lewandowski ainda fez a ressalva que as multas não são definitivas, pois ele
está reavaliando as penas pecuniárias de forma proporcional às penas de prisão
estipuladas em cada caso.
• Breno
Fischberg foi condenado pelo crime de lavagem de dinheiro. Por 3 votos a 2,
prevaleceu a pena estipulada por Barbosa: cinco anos e dez meses de prisão,
mais 220 dias-multa no valor de dez vezes o salário mínimo vigente à época. Se
a pena de prisão não for alterada até o final do julgamento, Fischberg deve
cumprir em regime semiaberto, pois a penalidade é inferior a oito anos de
prisão.
• O julgamento ainda continuará após a fixação
das penas, pois os ministros terão que analisar questões residuais como a
responsabilidade pelo decreto de perda de mandato parlamentar – se do STF ou do
Congresso Nacional –, o pedido de prisão imediata dos condenados sem esperar os
recursos e a possibilidade de decretar o ressarcimento de valores desviados do
erário.
• Além
disso, os ministros devem corrigir incongruências nas penas, como no caso das
multas dos sócios e subordinados de Marcos Valério. Em alguns crimes, elas ficaram maiores que a do publicitário,
considerado o maior articulador do esquema. Vários ministros também já
manifestaram interesse em analisar, no final, várias penas em conjunto, como um
só crime em continuidade delitiva, o que reduziria significativamente os tempos
de prisão já estipulados.
• O
julgamento será interrompido amanhã novamente para a posse de Joaquim Barbosa
na presidência e de Ricardo Lewandowski na vice-presidência. A cerimônia será
às 15h, no próprio STF, com a presença da presidenta Dilma Rousseff e dos
presidentes do Senado, José Sarney, e da Câmara dos Deputados, Marco Maia. Às
20h, os novos chefes do Judiciário serão saudados em coquetel oferecido por
associações de juízes em um clube de Brasília. O mandato é de dois anos.
• Devido
aos questionamentos feitos por integrantes da Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito (CPMI) do Cachoeira, o relator dos trabalhos, deputado federal Odair
Cunha (PT-MG), não conseguiu começar nesta quarta-feira (21) a leitura do
relatório, que foi adiada para sessão extraordinária convocada para amanhã.
• Vários
parlamentares disseram que não houve tempo hábil para que o documento, com
5.328 páginas distribuídas por cinco volumes, fosse apreciado. O texto só foi
liberado para consulta na página eletrônica do Senado na madrugada de hoje. O
senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) foi um dos que reclamaram. Segundo ele, o
prazo regimental previsto para conhecimento do relatório não foi respeitado.
• No
relatório, o deputado Odair Cunha
recomenda o indiciamento de 46 pessoas. Na lista, estão o ex-presidente
da Delta Construção, Fernando Cavendish; o governador de Goiás, Marconi Perillo
(PSDB); o ex-senador Demóstenes Torres; o deputado federal Carlos Alberto
Leréia (PSDB-GO); e o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT).
• O
relatório também incluiu o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e o
chefe da sucursal de Brasília da revista Veja, Policarpo Junior. No caso de
Gurgel, o relator sugere que ele seja investigado pelo Conselho Nacional do
Ministério Público (CNMP), tendo como base “indícios de omissão e
prevaricação”. De acordo com o Código Penal, a prevaricação é crime praticado
por funcionário público que retarda ou deixa de praticar indevidamente ato de
ofício.
• Segundo
o relatório, o procurador-geral da República
suspendeu "sem justificativa" as investigações da Operação
Vegas, da Polícia Federal. Iniciado em 2009, o trabalho policial apontou os
primeiros indícios de ligação de Cachoeira com parlamentares, entre eles o
então senador Demóstenes Torres, cassado em julho. Roberto Gurgel explicou à
comissão que decidiu parar as investigações da Vegas para encontrar elementos
mais fortes da atuação de Cachoeira.
• Já
Policarpo Júnior, que aparece conversando com o contraventor em gravações
obtidas pela Polícia Federal, foi indiciado por formação de quadrilha. “As
investigações sobre esse profissional nos permitem divisar que Policarpo Júnior
não mantinha com Carlos Cachoeira uma vinculação que se consubstanciava apenas
na relação de jornalista e fonte", diz um trecho do relatório.
• O
relatório foi criticado pela oposição por não incluir o governador do Distrito
Federal, Agnelo Queiroz (PT), entre os indiciados. Esses parlamentares alegam
que o governador teria favorecido Cachoeira em contrato relacionado à coleta de
lixo. O relator, no entanto, disse que a organização não chegou a ser beneficiada pelo governo do Distrito Federal.
Parlamentares insatisfeitos querem apresentar um relatório paralelo.
• O
presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB -PB), disse que os deputados e
senadores que quiserem podem apresentar sugestões de alteração do relatório,
mas cabe ao relator acatar ou não os pedidos
• O
empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi condenado segunda-feira
(20) a cinco anos de prisão como consequência da Operação Saint-Michel, que
apurou irregularidades no sistema de transporte público no Distrito Federal.
Como a pena é inferior a oito anos, o regime inicial da prisão deve ser
semiaberto e o empresário já foi solto. A decisão é da juíza Ana Cláudia
Barreto, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
• Cachoeira
foi preso no dia 29 de fevereiro como resultado da Operação Monte Carlo, que
apurou corrupção e exploração ilegal de jogos na esfera federal. Desde então, o
empresário ficou preso preventivamente no Distrito Federal e em Goiás. Vários
pedidos de liberdade foram formulados nos dois processos, mas sempre esbarravam
em decisões que alegavam o alto poder de influência de Cachoeira para mantê-lo preso.
• O
senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse que a saída de Carlinhos Cachoeira
da cadeia é “mau presságio” sobre a apresentação do relatório da comissão
parlamentar mista de inquérito (CPMI). A comissão investiga as relações de
Cachoeira com agentes públicos e privados. O empresário deixou, de madrugada, o
Presídio da Papuda, em Brasília, onde ficou durante nove meses.
• “A
expectativa que tenho do relatório não é das melhores. As notícias que me
chegam é que a saída do Cachoeira [da Penitenciária da Papuda] é um mau
presságio”, avaliou Rodrigues, que participou da comissão.
• O
senador foi contra o encerramento da CPMI neste momento e tentou convencer os
colegas a aprovar a prorrogação das investigações. Com a base aliada do governo
unida pelo encerramento dos trabalhos, Randolfe Rodrigues e outros
parlamentares oposicionistas decidiram apresentar voto em separado para ser
analisado junto com o relatório oficial do deputado Odair Cunha (PT-MG).
• Eles
também devem pedir ao Ministério Público o indiciamento do governador de Goiás,
Marconi Perillo, e do ex-presidente da empresa Delta Fernando Cavendish. A
Construtora Delta tem diversos contratos com o governo federal e governos
estaduais e é acusada de ter sido usada por Cachoeira para fraudar licitações
públicas.
• A
Câmara dos Deputados adiou, mais uma vez, a votação do projeto de lei que cria
o Marco Civil da Internet. É a quinta vez que a matéria entra na pauta de
votação e é retirada porque deputados favoráveis e contrários à sua apreciação
não chegam a um acordo que viabilize a aprovação do texto do relator, deputado
Alessandro Molon (PT-RJ).
• Com a
obstrução à votação da proposta, a sessão foi encerrada por falta de quórum
durante a votação de requerimento que pedia a retirada de pauta da matéria. Ao encerrar
os trabalhos de plenário, o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS),
disse: “Gostaria de lembrar que esta é a quinta vez que estamos adiando a
votação. Essa proposta vai entrar na lista das matérias que entendo que o
plenário não quer votar”.
• Entre
490 mil e 530 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Dessas, 135 mil não sabem
que têm o vírus, de acordo com dados divulgados nesta terça (20) pelo
Ministério da Saúde e pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids
(Unaids).
• O
levantamento mostra que a incidência da aids no país, em 2011, foi 20,2 casos
para cada 100 mil habitantes. No mesmo período, foram registrados 38,8 mil
novos casos da doença – a maioria nos grandes centros urbanos.
• Enquanto
o Sudeste apresenta redução na taxa de incidência de 27,5, em 2002, para 21, em
2011, as regiões Sul, Norte e Nordeste registraram tendência de aumento de
casos. No Centro-Oeste, a epidemia é considerada estável.
• Segundo
o balanço, o coeficiente nacional de mortalidade caiu de 6,3 mortes para cada
100 mil habitantes, em 2000, para 5,6, em 2011. Na última década, o país
apresentou uma média de 11.300 mortes por ano provocadas pela aids.
• Outro
dado de destaque trata do acesso de gestantes ao teste rápido de diagnóstico
durante o pré-natal. Em 2004, a cobertura era 63%, e passou para 84% no ano
passado.
• Atualmente,
217 mil brasileiros com o vírus HIV estão em tratamento. O ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, avaliou que o país registra forte adesão à terapia
antirretroviral, pois mais de 70% dos pacientes apresentam carga viral
indetectável após seis meses de tratamento.
• Em
2006, 32% dos pacientes soropositivos chegavam ao serviço de saúde com contagem
das células CD4 superior a 500 por milímetros cúbicos (mm³), indicativo de que
o sistema imunológico ainda não está comprometido. Em 2010, o percentual subiu
para 37%.
• Ainda
assim, a estimativa do governo brasileiro é que 30% dos infectados chegam ao
serviço de saúde tardiamente. Por esta razão, a campanha deste ano pretende
mobilizar estados, municípios e a sociedade civil, até o próximo dia 1º, para a
testagem de HIV e também de sífilis e hepatites B e C.
• Durante
os próximos dez dias, as pessoas que desejarem saber se têm o vírus devem
procurar as unidades da rede pública de saúde e os centros de Testagem e
Aconselhamento.
• A
campanha visa a alertar a população em geral, mas com enfoque nos grupos em
situação de maior vulnerabilidade, como homens que fazem sexo com homens,
travestis e profissionais do sexo. O governo também quer incentivar os
profissionais de saúde a recomendar o teste aos pacientes, independentemente de
gênero, orientação sexual ou comportamento.
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