DILMA
TENTA CONTER
REBELIÃO
NO PMDB
A presidente Dilma Rousseff deve receber a cúpula do PMDB nesta
terça-feira (4), com o objetivo de conter as fissuras na relação do governo com
seu principal aliado. O encontro com o vice-presidente da República, Michel Temer,
com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Eduardo
Alves, será decisivo para conter as insatisfações da sigla com o Planalto.
Alguns descontentes chegam a defender o afastamento ou até o rompimento da
longa parceria, o que provocaria sérias consequências nas eleições em 2014 e a
própria reeleiçaço da Presidnte. A tensão entre os aliados se tornou evidente
com a MP dos Portos e, mais recentemente, com o pedido de criação da CPI da
Petrobras, liderado por um peemedebista.
Um dos desafios de Dilma será trabalhar para não prejudicar as eleições,
ou seja, fazer com que as alianças estaduais do PT com o PMDB não venham por
água abaixo. Em pelo menos seis delas, peemedebistas têm ameaçado dar apoio ao
governador de Pernambuco, Eduardo Campos, caso ele se candidate à presidência
no próximo ano. A aproximação com o PSB de Campos é uma forma de pressionar o
PT para conseguir negociações mais favoráveis nesses locais.
O discurso ganha força principalmente no Rio de Janeiro, o governador
Sérgio Cabral quer lançar o vice, Luiz Fernando Pezão, como candidato ao
governo do Estado, e reclama da possibilidade de candidatura do senador petista
Lindbergh Farias – a sigla chegou a ameaçar a aliança em âmbito nacional caso o
PT não desista da disputa. Cabral declarou ser "esquizofrênico" ter
dois palanques da base no Estado, mas neste fim de semana voltou atrás ao
afirmar que seu apoio a Dilma é "total e absoluto".
Outros Estados ameaçados são Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul,
Pernambuco, Rondônia e Bahia. O primeiro-secretário do PMDB, Geddel Vieira
Lima, declarou em entrevista ao Valor Econômico nesta segunda-feira que não
considera a aliança em 2014 tão certa como disse a presidente Dilma.
"Existem muitas insatisfações em função das realidades estaduais, que são
muito fortes. Tudo pode acontecer", disse ele. "Não dá para
subestimar os conflitos entre o PT e o PMDB nos estados. O quadro está confuso
em função das disputas regionais", acrescentou (Fonte: Brasil/247)
CAXIAS VAI GANHAR A
1ª UPA
PARA EMERGÊNCIA
PEDIÁTRICA
Visando a
reformulação da Saúde no município, as Secretarias de Saúde do estado e de
Duque de Caxias estão discutindo a
reformulação do sistema de atendimento, dividindo as responsabilidades quanto
ao tipo de atendimento oferecido à população. Uma das primeiras medidas nessa
nova parceria será a instalação da primeira UPA 24 Horas para Emergência
Pediátrica, que será construída ao lado do Hospital Infantil Ismélia da
Silveira. Com essa medida, além de racionalizar o atendimento, a criação a UPA
vai liberar espaço para internação no único hospital infantil público da
Baixada, que recebe crianças dos vários municípios da região, bem como da Zona
Norte da capital.
Segundo declarações
feitas na manhã desta segunda-feira (3) pelo prefeito Alexandre Cardoso ao
jornalista Alberto Marques, moderador do Blog, a UPA Pediátrica de Emergência
deverá estar em funcionamento nos próximos 90 dias, melhorando o atendimento de
emergência aos menores de 12 anos e ampliando os leitos do Hospital Infantil
para os casos de internação.
O prefeito explicou
que esta é uma das primeiras medidas da nova gestão da Saúde, que visa
readequar os equipamentos disponíveis. Na mesa de negociação com a Secretaria
estadual de Saúde estão outras medidas, como a concentração no Hospital Adão
Pereira Nunes das cirurgias ortopédicas, tipo de atendimento em que o Hospital
de Saracuruna é referência no Estado, ao mesmo tempo em que o Moacyr do Carmo
vai ampliar a Clínica Médica, a Obstetrícia e a Cardiologia, com o permuta de
profissionais de saúde de uma para a outra unidade, visando melhorar e ampliar
a cobertura nas respectivas áreas médicas.
PREFEITURA SEM QUADROS PARA
FISCALIZAR OS TRANSPORTES
A morte do professor Antônio Carlos Motta, no último dia
26, único Técnico de Transportes do Município, trouxe à tona um grave problema
enfrentado pelo novo prefeito de Duque de Caxias: a falta de quadros técnicos
qualificados para enfrentar os desafios de uma cidade que está merecendo o
título nada desejado de Belindia. Se, por um lado e em alguns bairros, como 25
de Agosto, Paulicéia e até Parque Lafaiete, vemos surgir a cada dia novas
construções, o comércio crescendo com a chegada de novas empresas da área de
varejo e gastronomia, o parque industrial se sofisticando com a chegada de
empresas da área de petróleo e gás, por outro temos a maioria da população
sofrendo com a falta d’água, uma coleta de esgotos precária, insuficiência das
redes de Saúde e Educação para atender a uma população que já superou a
barreira do primeiro milhão de habitantes, bem como de moradias decentes para
grande parte dessa população.
Não foi por outro motivo que o prefeito Alexandre Cardoso
resolveu apelar para os universitários no sentido de discutirem saídas para os
graves problemas da cidade em matéria de mobilidade urbana, moradia, educação,
saúde e lazer, projetos que demandam tempo e muito dinheiro. Por mais belas,
eficientes e sofisticadas que sejam as soluções oferecidas pelas Universidades
convocadas para ajudar a planejar a Duque de Caxias de 2016, ninguém chegará a
lugar algum se o Governo não tiver o suporte de uma estrutura administrativa
capaz de dar andamento a esses projetos, bem como fiscalizar sua execução.
Depois do desastre da semana passada com a explosão de um
depósito clandestino de combustíveis, o prefeito reconheceu que a Prefeitura há
anos, não realiza concursos para admissão de fiscais para setores tão sensíveis
com o meio ambiente. Se o prefeito pedir
às Secretarias de Fazenda, Obras, Saúde (Vigilância Sanitária) e
Serviços Públicos (transportes) que façam um levantamento nos seus quadros de
servidores, verá que a falta de pessoal qualificado para analisar o projeto de
um novo shopping, ou conjunto residencial, colocará em risco o futuro desses
empreendimentos, pois essa análise se restringirá aos aspectos do projeto em
si, sem avaliar o impacto em termos de mobilidade urbana, de abastecimento de
água, energia e comunicações, bem como de escoamento dos esgotos a serem
produzidos quando esses projetos saírem do papel.
Na quadra ao lado da casa do prefeito, na rua Ana Nery,
no 25 de Agosto, por exemplo, foram construídos mais de 400 apartamentos de
alto luxo nos últimos 5 anos, mas a rede de água não foi devidamente ampliada
pela Cedae, que ganhou mais 25 anos para continuar explorando o abastecimento
de água na cidade. Da mesma forma, ninguém sabe avaliar o impacto que um novo
hospital, na movimentada Avenida Brigadeiro Lima e Silva, no Parque Duque, irá
provocar no trânsito da cidade com a entrada e saída de servidores, parentes de
pacientes e a movimentação de ambulâncias no local.
A abertura do novo hospital dará um nó do trânsito da cidade.
POLÍCIA FAZ BUSCA E APEENSÃO EM
EMPRESA FANTASMA EM CAXIAS
Policias da Delegacia Fazendária (DELFAZ)
realizaram, na
manhã desta
segunda-feira (03), operação para cumprir quatro mandados de busca
e apreensão em endereços
da empresa
GAP Comércio e Serviços.
Agentes da especializada estiveram
na sede da GAP, em Duque
de Caxias, na
Baixada Fluminense
e quatro endereços
residenciais, na
Barra da Tijuca. Nos imóveis,
foram apreendidos
documentos, computadores,
pen drives e mídias com informações que serão analisadas.
De acordo com a delegada Isabela Santoni, da Fazendária, a empresa
GAP está sendo
investigada, desde
o ano passado,
por ter sido criada com documentos falsos
em nome de George Augusto
Pereira da Silva, que
seria uma pessoa ‘fantasma’,
e estaria praticando
lavagem de dinheiro.
Ainda segundo
a delegada, as investigações
visam apontar
o criador da
empresa e os
crimes praticados pela
quadrilha.
A delegada informou que, os policias estiveram em um imóvel
localizado no condomínio
Goolden Green, na
Barra da Tijuca, que seria de George. Segundo ela, quem reside
no local, é o empresário
Fernando Trabach Gomes, que possui procurações para administrar os
bens da GAP. Os
agentes cumpriram
ainda mandados
na casa de Fernando Trabach e da mãe dele, Jacira Trabach Pimenta, também na Barra.
A GAP mantinha, até o final do ano passado,
um contrato om a Secretaria de Saúde de Duque de Caxias para administrar os
Postos de Saúde 24 Horas, mas no auge da campanha eleitoral ela abandou os
Posso de Saude que, a partir de janerio, com a posse do novo prefeito, voltaram
ao controle da Prefeitura.
RÁPIDAS
• Demorou mas a Polícia Civil
acaba de encontrar um elo que liga o deputado federal Anthony Garotinho, o
governador Sérgio Cabral, eleito em 2006 com apoio do casal Garotinho, e o
ex-prefeito Zito, de Duque de Caxias. Trata-se da empresa GAP Comércio e Serviços
Especiais, de suposto empresário e fantasma George Augusto Pereira.
• A empresa é proprietária de
ambulâncias locadas pela Prefeitura de Campos e responsável pela prestação de serviços ao governo do Estado, à Assembleia Legislativa (Alerj) e à Polícia Civil, além da Secretaria de Saúde de Duque de Caxias até
dezembro de 2012.
• Em seu blogg, Garotinho
apresentou recentemente valores e demais
dados das negociações que superam o valor de R$ 1,4 milhão. Só pela Polícia
Civil o valor pago em 2008 foi de R$ 1.143.908,96 e pelo Fundo Estadual de Saúde, do
governo do Rio, mais R$ 257.039,08.
• Em nota, o deputado federal
Anthony Garotinho declarou:: “Não conheço, nunca vi, nem ao menos sei quem é o
senhor George Augusto Pereira, se alguém praticou fraude em documentos
públicos, o fez contra os governos federal, estadual e municipal”.
• Em dezembro, a Polícia Federal cumpriu
mandato de busca e apreensão não só na sede da GAP, mas também Procuradoria
Gefal do Município e na residência do então prefeito Zito. Além da apreensão de
documentos, a ação determinada pela 1.ª Vara Federal de Duque de Caxias incluiu
o arrolamento de bens em postos de saúde e no Hospital Moacyr Rodrigues do
Carmo. O arrolamento é uma medida cautelar destinada a proteger bens objeto de
litígio, com o objetivo de conservá-los do perigo de extravio ou dilapidação.Na
época, outros mandados de busca foram cumpridos em Petrópolis, Areal e São José
do Vale do Rio Preto.
• O ex-prefeito Juberlan de Oliveira, que está se
preparando para volar a morar em Duque de Caxias, lançará seu quarto livro de poesias nesta
quarta-feira (5) às 18 horas, na Biblioteca Governador Leonel Brizola, no Centro Cultural
Oscar Niemeyer, na Praça do Pacificador, centro do município.
• Doutorando em Ciências da Educação -UNIVERSIDAD NACIONAL DE
• Em fase de recuperação, ele decidiu voltar à sua terra natal
e se reencontrar com os filhos, netos e os amigos que fez em sua carreira
política, sempre pelo PDT de Leonel Brizola. Ele já publicou Com Meus Olhos – Ed.
Luana, Sol de Inverno – Editora Silva Barros, Sensibilidades – Editora Casimiro
e o livro que será lançado nesta quarta-feria, Momentos – Companhia dos Autores
Associados.
• O Banco Central
(BC) não tem obrigação de fiscalizar o cumprimento de
leis estaduais e
municipais sobre filas em agências bancárias. Segundo a Advocacia-Geral da
União (AGU), os procuradores comprovaram que a autoridade monetária é
responsável apenas por fiscalizar e aplicar penalidades com relação a condutas que
violem normas editadas pelo próprio BC ou pelo Conselho Monetário Nacional
(CMN).
• Segundo a AGU, o
Ministério Público Federal ajuizou ação contra instituições bancárias, para
limitar o tempo de espera em filas para atendimento dos usuários de agências bancárias
em Bauru, São Paulo. Nessa ação, o MPF pedia que o BC fiscalizasse o
cumprimento das leis municipais e estaduais que regulam o tempo de espera nas
filas dos bancos.
• De acordo com a
AGU, os procuradores do BC defenderam que a ação desrespeita as leis editadas
por estados e municípios para regulamentar o tema e os órgãos que deveriam
fiscalizar seu cumprimento.
Para a
Procuradoria do BC, vinculada à AGU, não cabe à autoridade monetária fiscalizar
o cumprimento de normas estabelecidas pelos estados e municípios. Somente uma
lei federal poderia estabelecer essa competência à autarquia.
• Segundo a AGU, a
1ª Vara Federal de Bauru concordou com os argumentos dos procuradores e julgou
improcedente o pedido do MPF em relação ao BC. Segundo o juízo "a competência
do Banco Central do Brasil para fiscalizar as instituições financeiras se
limita às normas que regem as atividades estritamente financeiras". Na
decisão, a Justiça Federal também informa que já existe jurisprudência no
Superior Tribunal de Justiça sobre o assunto.
• Ainda de acordo
com a AGU, no que se refere às demais instituições financeiras, a Justiça
Federal julgou improcedente o pedido por não terem sido comprovados os
prejuízos sofridos pela coletividade, pois os fatos relatados pelo MPF não se
configuraram em descumprimento das normas de proteção ao consumidor, mas
revelaram-se em "mera alegação de prejuízos sociais, físicos, financeiros
e emocionais".
• O presidente do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), ministro Joaquim Barbosa, defendeu nesta segunda (3) o papel
do Judiciário na efetivação do direito à saúde dos brasileiros. Segundo ele,
que também preside o Supremo Tribunal Federal (STF), em um “grande número de
casos” a garantia de acesso aos serviços depende da intervenção desse Poder.
• “Se a República Federativa do Brasil tem por
objetivo a construção de uma sociedade livre, justa e solidária é imperioso que
todos os cidadãos tenham condições de ver assegurados seus direitos à saúde. E,
em um grande número de casos, isso não ocorre sem a intervenção do Poder
Judiciário”, disse, ao participar da abertura do Seminário Direito à Saúde:
Desafios para a Universalidade, promovido pelo CNJ.
• Barbosa ressaltou
que diante das “expressivas desigualdades” na prestação dos serviços, que
incluem a disponibilização de tratamentos e a oferta de medicamentos, muitos
brasileiros buscam amparo judicial, o que tem obrigado o Poder Judiciário a
atuar de forma rigorosa e com precisão para “impedir que o fosso entre os
cidadãos se alargue ainda mais”.
• Ao enfatizar que a
concretização do direito à saúde é uma incumbência compartilhada pela União,
pelos estados e pelos municípios, ele admitiu que não se pode impor ao Estado a
concessão ilimitada de todo e qualquer tratamento em razão de limitações
orçamentárias. O ministro enfatizou, no entanto, que isso não pode ser usado
como argumento para isentar o Poder Público da obrigação de cumprir seu dever
constitucional, cujo objetivo é “manter rígido o direito à vida”.
• “Por isso, argumentos como a impossibilidade
de controle dos atos administrativos de mérito pelo Judiciário ou a ausência de
conhecimento técnico do magistrado não podem ser utilizados, sem a devida
ponderação, como um escudo contra a realização do direito fundamental à saúde”,
disse.
• Barbosa ressaltou
que o direito à saúde é um direito fundamental social, estabelecido na
Constituição Federal de 1988, e que sem a devida prestação desse serviço, a
população considerada mais vulnerável fica em posição de extrema desigualdade,
com riscos, inclusive, à vida. O ministro acrescentou que a concretização desse
direito representa não apenas uma expectativa da sociedade, mas também uma
determinação da Constituição Federal que precisa ser respondida pelo Estado
brasileiro.
• “O desafio dessa
área é tão superlativo que o Supremo Tribunal Federal tem decidido que o Estado
brasileiro não pode se furtar ao dever, que lhe incumbe, de propiciar aos
cidadãos hipossuficientes os meios necessários ao gozo do direito à saúde”,
disse.
• A proibição de propagandas de
oferta de crédito com “taxa zero”, ou “sem custos”, além daquelas que prometem
empréstimos sem avaliação financeira do consumidor podem virar realidade ainda
este ano. As medidas estão sendo discutidas na Comissão Temporária de
Modernização do Código de Defesa do Consumidor do Senado.
• Ainda entre as inovações que
podem proteger o consumidor do superendividamento, o texto também garante o
direito de arrependimento do empréstimo em até sete dias, e limita os que forem
tomados de forma consignada a 30% da renda do consumidor.
• Hoje a legislação tende a
responsabilizar o tomador de empréstimos como o grande responsável pela
inadimplência. Segundo o presidente da Comissão, senador Rodrigo Rollemberg
(PSB–DF), a novidade do projeto é que ele também responsabiliza o credor, que
deve analisar as condições de pagamento da pessoa e com isso oferecer o que ele
chama de crédito responsável.
• Outra proposta que estará na
atualização do código diz respeito a ações coletivas na área de defesa do
consumidor. A intenção é que esse instrumento tenha preferência na Justiça. A
proposta também deixa claro que as defensorias públicas podem ajuizar essas
ações. Hoje a autoria desses processos pelas defensorias é questionada por
alguns juízes.
• “O mundo da internet é um mundo sem volta, em
que o consumidor com muito mais acesso às informações, ganhou mais poder de
escolha e mais voz. Hoje, as vendas online já fazem parte da rotina de 32
milhões de brasileiros”, disse Ricardo Ferraço. O senador estuda incluir no
relatório pontos que possam complementar o ato do Executivo.
• Uma pesquisa recente da Embrapa Solos está ganhando
evidência este ano, quando se comemoram os 40 anos da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Trata-se do tomate ecológico
• Os pesquisadores desenvolveram um modo de plantar o
tomate, envolvendo diversas técnicas que diminuem o impacto do uso de
pesticidas. “E nós controlamos a quantidade do fruto, por análise de
laboratório, com apoio da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), com
relação ao teor desses pesticidas no tomate”, disse à Agência Brasil o chefe de
pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Solos, Daniel Perez.
• Essa técnica já vem sendo divulgada e transferida aos
produtores do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, de Minas Gerais, São Paulo,
Goiás. “Porque é um diferencial tecnológico que dá um preço melhor para o
produtor do tomate. Você tem um tomate com uma característica de segurança
alimentar muito maior”.
• A Embrapa Solos está em processo de certificação da
qualidade desse material a fim de que o produtor que trabalhe com a técnica possa
ter um diferencial de mercado.
• Outro trabalho de destaque da unidade da Embrapa Solos
baseada no Rio de Janeiro está relacionada a serviços ambientais. Um grupo da
empresa está trabalhando nos municípios de Cachoeiras de Macacu, Silva Jardim e
Bom Jardim, localizados respectivamente na região metropolitana, na região das
baixadas e no centro do estado, buscando indicadores que permitam valorar a
terra no sentido da conservação da água e do solo.
• “Isso visa a dar
suporte às prefeituras, principalmente na identificação daqueles produtores que
protegem o meio ambiente, como uma forma também de incentivá-los a continuar
fazendo isso”, comentou Perez.
• Ele salientou que embora esteja baseada no Rio de
Janeiro, a Embrapa Solos desenvolve pesquisas que são voltadas para todo o
país. Um dos projetos que tem impacto nacional elevado está ligado à questão
dos insumos alternativos.
• O pesquisador destacou que a partir de 2007, ocorreu uma
crise na área de fertilizantes no Brasil, devido ao alto custo que apresentam.
Boa parte dos fertilizantes usados no território é importada. “Nós não temos
capacidade de produção. Um exemplo clássico é o potássio. O Brasil importa
praticamente 95% do potássio que consome. E as fontes naturais estão acabando”.
• Por isso, a empresa está buscando alternativas que sejam
fontes desses nutrientes, mas que permitam também mudar a forma como o
fertilizante libera esse nutriente para a planta, que hoje ocorre de maneira
imediata, como a grande maioria dos fertilizantes convencionais. Daniel Perez
explicou que a Embrapa Solos trabalha em pesquisas que envolvem, inclusive,
nanotecnologia, para que o fertilizante tenha capacidade de liberar os
nutrientes ao longo do tempo. Isso beneficia o meio ambiente e melhora também a
eficiência do próprio elemento para a nutrição da planta.
• Hoje, a Embrapa Solos já tem produtos desenvolvidos que
vão da porta da fazenda até a indústria. Um deles utiliza cama de aves (resíduo
gerado da criação de frangos de corte em granjas) e dejetos de suínos. “As
grandes granjas, hoje, já têm como pegar esse material e processá-lo
industrialmente, de forma a obter um fertilizante de alta qualidade e
'performance' e que pode ser utilizado pelos produtores da região. Eu posso
dizer que esse é um produto que já está acabado e vai de uma ponta a outra do
agronegócio”.
• Os 40 anos da Embrapa foram comemorados nesta segunda (3),
em sessão solene na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro com a presença dos
chefes gerais das três unidades da estatal sediadas no estado: a Embrapa Solos
e a Embrapa Agroindústria de Alimentos, que ficam na capital, e a Embrapa
Agrobiologia, no município de Seropédica, na Baixada Fluminense.
• A Embrapa é constituída por 47 unidades descentralizadas
de pesquisa e serviço, além de 15 unidades centrais. Ela reúne 9.795
empregados, sendo 2.427 pesquisadores, dos quais 81% têm doutorado. A empresa
desenvolve atualmente, na área externa, 100 projetos de cooperação técnica com
27 países.
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