sábado, 24 de fevereiro de 2007

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

PREFEITO VAI GASTAR R$ 250 MIHÕES
PARA IMPLODIR O SHOPPING CENTER

Os teóricos da comunicação costumam repetir que a vida sempre imita a arte. E um fato, que está prestes a ocorrer em Duque de Caxias, reforça essa meia-verdade. A atriz Aracy Balabanian incorporou tão bem o personagem “Dona Armênia”, uma justa homenagem à sua ascendência armênia, que sobreviveu em outra novela da Globo. Embora seja uma personagem ficcional, parece que “Dona Armênia” inspirou o prefeito Washington Reis. Dono de uma construtora, o prefeito itaperuno-caxiense comemorou seu segundo ano de mandato com o slogan “Nunca vi tanta obra", que logo moradores de diversos bairros, que não estão no mapa (de obras) do prefeito, aproveitaram em protestos, na base do “Nunca vi tanta lama”, “Nunca vi tanto lixo”, "Nunca vi tanta mentira", "Nunca vi tanta obra inacabada" e outros, bem mais agressivos. Por isso, o prefeito resolveu lançar uma nova logomarca: “Construindo uma nova Duque de Caxias". Embora pareça inspirado no professor Nelson Cintra, que nos anos 60 pregava a necessidade de se construir uma “Nova Caxias”, o atual prefeito optou por usar a marreta, ao invés de betoneiras e andaimes. Depois do sucesso (de críticas) pela demolição dos galpões da antiga fábrica de sacos de juta União - que provocou a vinda a Duque de Caxias de técnicos do Ministério da Fazenda, em busca da licença de demolição de um prédio dado em garantia a pendências tributárias – o prefeito está pronto para empunhar a marreta e derrubar o Shopping Center, um centro comercial com mais de 300 lojas e que abriga, há quase 40 anos, o principal terminal rodoviário da cidade. Ele só espera Lula liberar os R$ 250 milhões pedidos para começar, no melhor estilo de Da. Armênia, a operação “Bota na chõ”.

Foto Shopping Center: Beto Dias (especial para o Blog)
Foto Fábrica de Tecidos: Rogério Torres


• Apesar do PT/RJ apoiar Sérgio Cabral, o SEPE promete esquentar a chapa do prefeito Washington Reis, protegido do governador, diante da ameaça de corte nas vantagens de mais de 15 mil servidores do Município (Câmara, IPMDC e Prefeitura).
• No fechamento da folha de fevereiro, que estará no banco a partir da próxima quinta-feira, o ainda Secretário de Administração, Orlando Silva, conseguiu, mais uma vez, adiar a “mordida” proposta pela Secretária de Fazenda, Cláudia Uchoa. O “corte” das vantagens está no pacote de “maldades” elaborado pelo ex-Secretário de Fazenda, Sérgio Rui, padrinho político de Cláudia Uchoa.
• O SEPE já marcou reunião para a próxima quarta-feira, dia 5, para discutir o indicativo de greve geral, já que os cortes, além do difícil acesso para a Educação, atingem também a Saúde (periculosidade, inclusive para operadores de Raios-X), e o pessoal das outras Secretarias que recebem a gratificação de Tempo Integral, correspondente às horas extras trabalhadas.
• Numa roda em que se discutia o crescendo das críticas da imprensa ao Governo – que não são respondidas, de forma eficiente, pela Secretaria de Comunicação Social, agora rebaixada a uma simples Coordenadoria – o prefeito Washington Reis revelou que está mais preocupado em contratar um bom advogado. O prefeito pretende processar quem resolver falar mal do seu governo. De quebra, ainda espera ganhar alguns trocados por dano moral.
• Pelo jeito, o fato de haver entregue o comando da Comunicação a um corretor de seguros não é considerado um grave erro de avaliação pelo prefeito, que optou por recorrer à Justiça. Para Washington Reis, o fato do seu ex-Secretário de Comunicação não atender à imprensa, exigindo ser entrevistado via e-mail, não chega a ser um pecado. Ocorre que o Secretário utilizava o telefone para fazer ameaças aos jornais que ousassem fazer críticas ao prefeito.
• Embora seja dono de uma construtora, nem obras o prefeito consegue apresentar. A Primeira Dama levou quase dois anos para transferir a sede da Secretaria de Desenvolvimento Social, enquanto a Secretaria de Saúde aguarda, há mais de um ano, a conclusão da reforma de um prédio nos fundos do HSBC, no centro, comprado em ruínas pelo prefeito, para retornar ao primeiro distrito.
• Mais grave, porém, é um documento elaborado por uma comissão de camelôs, a ser enviado ao Ministério Público, pedindo investigação para uma suposta extorsão que os camelôs estariam sofrendo por parte de funcionários contratados da Subsecretaria de Segurança, o chamado “Rapa”.
• Segundo os camelôs, o “pedágio” varia de R$ 25 por semana para as barracas de frutas e 30 para lanches, até 40 reais para a venda de CDs e DVDs piratas. Há poucos dias, inclusive, a Delegacia contra a Pirataria apreendeu milhares de produtos falsificados e contrabandeados no “Shopping Popular”, construído pela Prefeitura em frente ao Cetro Cultural, na Praça do Pacificador, a um custo de R$ 2,5 milhões e “arrendado” a uma ONG dirigida por um amigo do prefeito.
• A rádio corredor de Jardim Primavera informa: um pastor, envolvido num mal explicado escândalo amoroso ano passado, deverá ocupar a presidência do IPMDC, em substituição ao advogado Antonio Batista. Como o IPMDC está em processo acelerado de extinção, o Pastor, no papel de liquidante, apenas assinaria os cheques para o pagamento dos prestadores de serviço (dezenas) e a folha de pagamento de pensionistas e aposentados, repassada pela Secretaria de Administração, pois a assistência médico-hospitalar está restrita ao ambulatório instalado na antiga Casa de Saúde Santo Antonio, na Rua José de Alvarenga. O dinheiro repassado pela Secretaria de Fazenda teria destino certo: pagar os compromissos (políticos) do prefeito.
• O empresário Getúlio Gonçalves infirmou ao Blog que a venda da sua mansão na Rua Ana Nery, nos altos do 25 de Agosto, foi motivada por problemas pessoais. O cardiologista recomendara que sua esposa evitasse subir ou descer escadas, em conseqüência de uma deficiência no coração. Como a casa tem três pavimentos, a alternativa foi vendê-la e mudar-se para um apartamento sem escadas.
• O presidente da Associação Comercial e Industrial de Duque de Caxias revelou ainda que a proposta da GAFISA não foi a única irrecusável que recebeu nos últimos meses de grandes construtoras do Rio, interessadas em investir na segunda cidade mais rica do Estado do Rio, mas essa proposta chegou exatamente quando se agravaram os problemas de saúde de sua esposa.

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