terça-feira, 4 de setembro de 2007

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

SÃO GONÇALO NÃO TRATA
DO SEU LIXO HOSPITALAR

Nunca em tempo algum, nossos governantes atentaram para o fato de que o lixo é uma questão de saúde pública, (Foto: Beto Dias)

Na visita feita nesta segunda (03/09) ao Centro de Tratamento de Resíduos em São Gonçalo, a Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa constatou uma grave situação, que põe em risco os moradores que vivem nas proximidades: os resíduos de lixo hospitalar encaminhados para o aterro não estão recebendo o tratamento adequado. “O que percebemos é que o lixo hospitalar está sendo tratado como lixo comum. Entendemos que, quando a empresa assumiu o controle do aterro, a situação era muito pior. Mesmo tendo melhorado muito, ainda não é o que esperamos. Assim como este aterro não poderia estar em funcionamento, essa célula de resíduos hospitalares (terreno para onde o lixo está sendo levado sem tratamento) também não deveria existir”, afirmou o presidente da comissão, deputado André do PV.
A ida da comissão ao aterro deveu-se à investigação sobre denúncias de que o terreno estaria recebendo lixo de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. “Recebemos denúncias de que o CTR estaria recebendo lixo e chorume de outro município. O aterro de São Gonçalo não tem licença para esse fim e, como os dois aterros são administrados pela mesma empresa, seria completamente possível o lixo de uma cidade estar sendo desviado para outra. A comissão tem imagens feitas de madrugada onde vemos a entrada de caminhões com placas de Nova Iguaçu no CTR de São Gonçalo”, declarou o deputado do PV.

● De acordo com o deputado do PV, o CTR Alcântara não poderia existir por estar situado em uma área de manguezal que é de Proteção Permanente e tem a conservação garantida por lei. “Vamos solicitar à Secretaria estadual do Ambiente que se reúna com a Prefeitura de São Gonçalo para encontrar um novo local para instalação de um aterro sanitário na cidade. Solicitaremos à Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca) que tome as providências em relação ao tratamento do lixo hospitalar e, quem sabe, até mesmo multe a SA Paulista”, ressaltou o deputado, que solicitou que seja enviado à comissão as licenças ambientais para o funcionamento do CTR.
● Segundo a diretora da SA Paulista – empresa que administra o CTR –, Adriana Felipetto, todo o lixo hospitalar que chegava ao aterro era incinerado, até que um problema técnico fez com que as atividades do incinerador fossem paralisadas. “No momento, o aparelho não está funcionando. Criamos essa célula, uma válvula de escape, para, por enquanto, não misturarmos os lixos”, argumentou.
● Adriana Felipetto negou que o aterro esteja recebendo qualquer tipo de resíduo vindo de outro município e que, quando a empresa começou a operar na área, ali funcionava um lixão sem a menor estrutura e cuidado com o meio ambiente. “Não estamos recebendo nenhum tipo de resíduo vindo do aterro administrado pela empresa em Nova Iguaçu. O que posso dizer em relação ao chorume é que o de ambos os aterros é tratado pela mesma empresa: a Águas de Niterói”, informou Felipetto.
● “Os hospitais da rede estadual estão agonizando. Faltam médicos, os profissionais terceirizados ficam até dois meses sem salários e começam a faltar aos plantões, existe carência até de antibióticos. As farmácias populares estão sendo abandonadas e sofrem com a falta de vários medicamentos. No depósito da secretaria de saúde, entre abril e julho, milhares de caixas de remédios perderam a validade e tiveram que ser jogadas fora”.
● Esse cáustico comentário não é de nenhum deputado ou prefeito da oposição. Foi extraído do blog de Garotinho, revoltado porque Sérgio Cabal, tão logo se aboletou no Palácio Guanabara, resolveu romper com seu protetor, desmontando o esquema que Garotinho e Rosinha construíram ao longo de oito anos de poder. Pelo visto, é o criador arrependido de ter dado liberdade à sua cria.
● O gerente de Recursos Humanos de uma das empresas terceirizadas que prestam serviços para a Petrobrás, o estaleiro Brasfel, Carmelo Gonella, ,admitiu a existência de problemas no pagamento de algumas das 40 empresas quarteirizadas com as quais possui subcontratos. A afirmação foi feita durante a audiência pública realizada pela Comissão de Trabalho, da Assembléia Legislativa, nesta segunda-feira (03/09), que discutiu a quarteirização dos serviços da indústria naval.
● De acordo com o presidente da comissão, deputado Paulo Ramos (PDT), uma nova audiência será promovida, em Angra dos Reis, sede do estaleiro, em data a ser definida, para repercutir o assunto. “A Petrobrás nos mostrou a planilha dos pagamentos à Brasfel, e o sindicato dos metalúrgicos de Angra e empresários nos apresentaram uma relação das empresas que não estão recebendo - e são muitas. Porém, como a Brasfel afirma que os problemas existem, mas que são exceção, precisamos de uma nova reunião com representantes de todos os lados”, afirmou o parlamentar.
● O representante do estaleiro afirmou que o atraso no pagamento ocorre com uma minoria de quarteirizadas e ressaltou que já houve casos de empresas subcontratadas receberem os valores e não repassarem a seus funcionários. De acordo com Carmelo Gonella, o estaleiro está aberto para fiscalizações e apto a cumprir as necessárias mudanças que tenham que ser executadas.
● Equiparar as responsabilidades de contratadas e contratantes é fundamental para a delegada titular da Delegacia Regional de Trabalho do Rio de Janeiro (DRT-RJ), Lívia Arueira, que ressaltou que, mesmo nos casos onde o problema está entre a subcontratada e seus respectivos funcionários, a responsabilidade deve ser dividida com a Brasfel. “Quando o estaleiro escolhe as empresas com as quais vai fazer o contrato, precisa se certificar da qualidade e da robustez da prestadora de serviços com quem fechará um negócio”, afirmou.
● Representante da J Costa Reparos e Pinturas Navais, uma das quarteirizadas pela Brasfel, Alexandre Boaventura Maciel afirmou que a empresa não recebe o pagamento do estaleiro há quatro meses. Paulo Ramos afirmou que não pode ser negada a existência de um grave problema de gestão, que precisa ser revisto, no estaleiro. “Não é possível que a Brasfel não saiba a relação das empresas que estão sem receber. Temos que realizar uma nova audiência com todos os envolvidos para podermos chegar a uma solução”, afirmou. A Brasfel tem, além dos seus 6.200 funcionários diretos, mais 1.500 trabalhadores distribuídos em 40 subcontratadas para serviços temporários.
● Terminam nesta quinta (06/09) as inscrições para o curso de capacitação em fotografia, promovido em conjunto pela Associação Brasileira de Museologia e da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Duque de Caxias (FEUDUC) que visa preparar e inserir jovens no mercado de trabalho através da qualificação profissional. O curso tem a duração de cinco meses e inicio previsto para o próximo dia 10. São oferecidas 50 vagas para jovens de 16 a 24 anos com renda familiar per capta de até meio salário mínimo (R$ 190 reais) e que não tenham carteira assinada..
● As inscrições devem ser feitas na FEUDUC, Av. Pres. Kennedy, nº 9. 422, São Bento, Duque de Caxias, no Departamento de História. Os interessados devem apresentar carteira de identidade, carteira de trabalho, CPF, comprovante de escolaridade, comprovante de residência e fotos 3x4. Os jovens selecionados, que prestarem o serviço civil voluntário de 125 horas, receberão uma bolsa-auxílio de R$ 600,00, dividida em 5 (cinco) parcelas de R$ 120,00 . A carga horária do curso será de 400 horas/aula

Um comentário:

marcelo catalani disse...

essa j.costa reparos e pinturas navais ela e de angra dos reis