segunda-feira, 22 de outubro de 2007

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

A SEGURANÇA QUE VIROU SUCATA
Terminados os Jogos Pan-americanos, a segurança do cidadão voltou a ser assunto de segunda linha do governo. As viaturas prometidas por Lula – cerca de 1.300 e com equipamento GPS, que permite a localização e o rastreamento das viaturas, dificultando as “mineiradas” – continuam num estacionamento da PM, na Zona Oeste do Rio, enquanto os batalhões continuam a usar viaturas com pneus carecas, sem manutenção, aumentando o risco para os policiais que fazem o policiamento ostensivo. Enquanto o governador chora pitangas para não dar um aumento decentes para os servidores – principalmente nas áreas de Saúde, Educação e Segurança Pública – a área econômica solta fogos, comemorando os seguidos recordes de arrecadação. Até nisso Sergio Cabral copia o que há de pior no Presidente Lula, a falta de respeito aos servidores – seus colegas de trabalho, Excias.! – e de controle dos gastos públicos, conforme denuncias divulgadas diariamente pelo Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da União. E sucedem-se os escândalos nos ministérios, nas autarquias e até nas agências reguladoras, que favorecem sempre os concessionários, em detrimento dos usuários. (Foto: Alberto Ellob
• Para resolver um conflito de interesses entre o Secretário de Serviços Públicos, Tonho de Freitas, e seu subsecretário, Abdul Haikal, ambos escolhidos pelo prefeito por força de conchavos de campanha, Washington Reis criou uma estapafúrdia Secretaria de Transportes e Vias Terrestres. Por pouco, a Prefeitura não resolve administrar, também, os lodosos rios que lançam esgotos na Baia de Guanabara.
• Entregue a um ex-vereador que se transformou, nos últimos anos, em porta-voz e presidente de Cooperativas de Topiqueiros, a Secretaria de Transportes deveria, entre outras coisas, administrar a circulação de veículos, fiscalizar o transporte coletivo (dominado por vans, kombis, carros de passeio e até motos sem placas).
• Desde a sua criação, porém, o órgão só serviu como trampolim para o seu titular apreender os veículos da Ampla, que atua em Saracuruna, feudo do Secretário de Transportes, sem qualquer resultado prático para o consumidor de energia elétrica.
• Enquanto o Secretário de Transporte corre atrás dos caminhões da Ampla – apenas porque eles são emplacados em outros estados – as empresas de ônibus usam veículos velhos, sem passar pelas vistorias exigidas por lei, usando a velha técnica de colocar em linhas locais veículos licenciados para linhas intermunicipais. A fraude é antiga e o secretário sabe disto desde quando era vereador do PDT, partido que determinou a intervenção nas empresas de ônibus justamente para moralizar o setor.
• O gabinete do deputado Zito divulgou no fim de semana uma nova pesquisa, realizada pela GPP, em que o ex-prefeito atinge a marca de 70% da preferência dos eleitores numa provável candidatura a prefeito em 2008.
• Aliás, Zito está rindo à toa. È que Aguinaldo Silva, em recente capítulo da novela das 9, da Rede Globo, mostrou uma cena em que o personagem de Antonio Fagundes, o manda-chuva da fictícia favela da Porteirinha, atirou um figurante no canal que corta a “comunidade” simplesmente porque o tal “sujeito” atirara uma sofá velho no canal.
• A cena na ficção repetiu fato ocorrido no primeiro mandato de Zito, quando ele, ao presenciar um morador do bairro Doutor Laureano atirar um sofá velho no Canal Jacatirão, que a Prefeitura acabara de dragar, jogou o seu ex-vizinho dentro do valão, para que retirasse, imediatamente o “lixo” de dentro do valão, que leva os esgotos dos bairros Centenário, Itatiaia, Vila Leopoldina e Vila Guaíra até a baia de Guanabara.
• Enquanto as torneiras de Duque de Caxias continuam secas, a Comissão de Trabalho da Alerj vai discutir, mais uma vez, nesta segunda-feira (22/10), a possível privatização da Cedae em Belford Roxo. Para tanto, será ouvido o presidente da ineficiente estatal, Vagner Victer, que falará sobe o projeto de privatizar os serviços de abastecimento de Belford Roxo, motivo de preocupação dos funcionários da empresa, que temem o desemprego
• A preocupação dos servidores da Cedae seria legítima se eles defendessem, antes do próprio emprego, a regularização do abastecimento da Baixada. A Cedae levou mais de uma semana para fechar um vazamento na Rua General Câmara, no 25 de Agosto, a poucos metros da Praça da Maçonaria e dos dois reservatórios da empresa, que ficam na Rua Minas Gerais, com capacidade para 14 milhões de litros,
• Esses reservatórios, construídos nos governos Marcello Alencar e Garotinho, mas só inaugurados no final do governo Rosinha para atrair votos para Sérgio Cabral, deveriam garantir o abastecimento dos bairros Paulicéia (onde mora a deputada Andréia Zito), do próprio 25 de Agosto (o mais caro IPTU da cidade), do Parque Beira Mar e do Parque Duque, inclusive o luxuoso prédio onde funciona a Secretaria de Desenvolvimento, ao lado da gráfica de “O Globo”. Nem isso a Cedae consegue fazer.

Um comentário:

Anônimo disse...

PASSARELA DA IMPRENSA

Acompanho seu blog na internet e vejo sua luta para ver Duque de Caxias uma cidade melhor e mais justa.
Peço que nunca desists, pois homens do passado, que muita das vezes não têm nome de ruas e praças, fizeram muito para que aqui estivéssemos hoje.
Sei que a História de nossa cidade é contada através de muitos interesses, mas o que acontecia nos bastidores dos antigos era às vezes um nobre motivo. Havia homens de grande valor, não por seus recursos financeiros ou por ter apadrinhado políticos , mas eram homens que moravam e viviam em Duque de Caxias. Por isso, estes se reuniam para a melhoria de sua cidade. As famílias se conheciam, os comerciantes eram os donos do estabelecimento e estes queriam o melhor para o lugar.
Quantos morreram tentando atravessar a cancela? Alguns viram isto de uma forma humanitária .
Em nome de meu pai, Aloísio Garcia de Campos, que chegou à Duque de Caxias em 1956, e de todos aqueles que no passado fizeram parte anonimamente desta história, nosso agradecimento pela matéria publicada em 19/10/07.
Vejo hoje, ao atravessar diariamente a passarela, como é duro não termos recursos financeiros para recapear, iluminar e colocar uma tela de proteção naquele meio de passagem!
Vejo os camelôs se apoderarem daquele espaço e dividir com os transeuntes aquilo que só a estes pertence!
Se tivéssemos o poder de olhar através dos olhos daqueles que se foram! Estes, como olhariam a cidade que tanto amaram e, muitas das vezes, deram suas vidas através de suas empresas para educar honestamente suas famílias?
Luiz Carlos Silveira de Campos