BAIXADA URGENE - DENÚNCIA

GASODUTO CAPIXABA GARANTE GNV
PARA ABASTECER O RIO DE JANEIRO
Sem foguetório e sem banda de música, o gasoduto Cabiúnas-Vitória, que vai trazer gás do Espírito Santo para o Rio de Janeiro por 300 quilômetros, começou a operar na sexta-feira. Inicialmente, serão 5,5 milhões de metros cúbicos por dia de gás produzido no norte do Espírito Santo. A notícia, de fundamental importância para o Rio de Janeiro, onde falta GNV para que as térmicas gerarem energia a plena carga, foi dada pelo vice-governador e governador em exercício do Espírito Santo, Ricardo Ferraço (nada a ver com o vilão de “Duas Caras”).
Segundo Ferraço, o gás do ES vai permitir ligar as usinas TermoRio (896 MW), em Campos Elíseos, Segundo Distrito de Duque de Caias, e TermoMacaé (1015 MW), controladas pela Petrobrás.
”O Espírito Santo está dando enorme contribuição para estabilizar o fornecimento de gás natural nesse momento que é um desafio nacional”, disse Ferraço. “Até o fim do ano seremos o maior fornecedor de gás para o Brasil”, disse.
Atualmente o maior produtor é o Rio de Janeiro, que em dezembro produziu 20,7 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural na Bacia de Campos.
Segundo o vice-governador capixaba, até o fim do ano o gasoduto já terá capacidade de transportar sua capacidade máxima, de 20 milhões de metros cúbicos por dia. Uma parte do gás produzido no Espírito Santo terá de ser aproveitado no Estado. Pelo menos é isso que estipula um protocolo de intenções firmado entre a estatal e o governo estadual. O protocolo prevê, entre outros projetos, a construção de uma térmica pela Petrobrás com capacidade de gerar 250 MW e ainda um terminal para escoamento de GLP no porto de Barra do Riacho, na região de Aracruz. O gasoduto é parte do projeto Malhas, que vai interligar a rede de gasodutos do Sudeste com a do Nordeste (Gasene). Por sua vez, o Gasene tem três trechos, dos quais dois - Vitória-Cacimbas e Cabiúnas-Vitória - já foram concluídos. O maior trecho, com 946 quilômetros, ligará Cacimbas (ES) a Catu (BA). Com extensão de 1,2 mil Km, o gasoduto vai seguir paralelo à rodovia BR-101 (Rio-Bahia litorânea) e levar outros 20 milhões de metros cúbicos/dia de gás para o Nordeste. A previsão é de que seja concluído em 2010.

JUSTIÇA INVESTIGA PREFEITURA
DE MAGÉ PELO USO DE CARTÃO
A Justiça determinou a quebra de sigilo de um cartão de crédito da Prefeitura de Magé por suspeita de que teria sido usado na compra de combustível para abastecer a Kombi KND-8039, carro de som utilizado na campanha da irmã da prefeita, Jane Cozzolino, que concorria a deputada estadual, em 2006. O cartão, de número 6026.5100.0497.4271.011, deveria ser usado para encher o tanque das ambulâncias do Posto de Saúde Raiz da Serra, naquele município. Na época, Jane Cozzolino era secretária de Educação de Magé. Notas fiscais do Auto Posto Coronel Sisson Ltda, em Imbariê, Terceiro Distrito de Duque de Caxias, onde os carros eram abastecidos, comprovariam a irregularidade. Uma das compras pagas com o cartão, no valor de R$ 59, atesta que, apesar das notas terem sido emitidas para dois carros, a conta total foi paga no mesmo dia, com o mesmo cartão, conforme denúncia feita pelo ex-funcionário da Secretaria Municipal de Saúde, Samuel de Oliveira. Em depoimento, ele afirma que, de agosto a outubro de 2006, recebeu ordens para abastece com o cartão de crédito da prefeitura a Kombi KND-8039, usada como carro de som na campanha de Jane. Segundo Samuel, parte do combustível era desviado da ambulância LUZ-3792, abastecida com apenas R$ 39. Outros R$ 20 eram destinados ao carro de som. Ele disse que seria demitido se não acatasse a ordem. A quebra de sigilo foi determinada pela desembargadora federal Maria Helena Cisne e publicada em 12 de dezembro de 2007, no “DO” do Estado. A prefeita recorreu da sentença, solicitando que o município também fosse ouvido na ação, mas o pedido foi negado pela desembargadora em decisão publicada no ultimo dia 22 de janeiro.

• Segundo reportagem da “Folha de São Paulo”, um segurança pessoal de Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, usando um cartão de crédito corporativo do governo federal gastou, em Florianópolis, onde ela mora, quase R$ 55 mil nos últimos nove meses em lojas de autopeças, materiais de construção e de ferragens, supermercados, livrarias, combustível e em uma casa de venda de munição. Os gastos foram feitos entre abril e dezembro de 2007 no cartão da Secretaria de Administração do Planalto cedido a “João Roberto F Jr” -identificado pelo CPF como João Roberto Fernandes Júnior.
• Enquanto Lula tenta impedir a CPI dos Cartões Corporativos, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) quer que a ex-Ministra Matilde Ribeiro. da Secretaria especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, seja ouvida na Comissão de Fiscalização e Controle da Casa, à qual - segundo ele - compete adotar providências no caso de irregularidade no uso de recursos do Orçamento.
• Na justificativa, Heráclito Fortes alega que, apesar de o uso desses cartões se restringirem a gastos emergenciais, Matilde Ribeiro o utilizou para pagar aluguel de carros, hospedagem em hotéis e resorts, padarias, bares e restaurantes de luxo. Reportagem publicada pelo jornal “Estado de S.Paulo” no dia 13 apontou que o governo gastou R$ 75,6 milhões por intermédio dos cartões. Cerca de 75% desses gastos foram feitos a partir de saques em dinheiro vivo, embora a legislação exija que o pagamento seja feito diretamente ao fornecedor ou prestador dos serviços.
• No caso de Matilde, o senador do DEM do Piauí cita ainda o emprego do cartão no pagamento de compras no valor de 461,16 reais num “free shop”, em outubro. Segundo Fortes, a alegação de que a ex-ministra teria devolvido esse valor ao Tesouro não a exime da responsabilidade pelo "péssimo uso" do cartão.
• Será a reedição do caso da ex-governador Benedita da Silva, que usou o Tesouro Nacional para um passeio a Buenos Aires, onde arranjou às pressas um café da manhã com uma Ministra do Governo Kirchner, aquele da mala com R$ 800 mil dólares?
• O lulismo já arranjou até uma justificativa para as críticas à Ministra Matilde Ribeiro: é mulher e negra. E se fosse branca, como Martha Suplicy, em que mudaria a tipificação do crime?
• Apesar da Prefeitura de Magé continuar sob investigação do Ministério Público, o vereador Waldeck da Praia de Máuá colocou a sua propaganda em todos palcos armados pela Prefeitura. A todo momento, o serviço de som e os trios elétricos alugados pela Prefeitura de Magé eram usados para anunciar os feitos do trio. E tudo nas barbas da Justiça e do Ministério Público.
• Dos secretários do prefeito Washington Reis que deixarão seus cargos nos próximos dias, o único que tem motivo relevante para tal gesto é o de Administração, Orlando Silva. Irmão do ex-vice-prefeito Gilberto Silva, ele foi eleito vereador em 2004 e terá de retornar à Câmara ou renunciar ao mandato.
• A situação mais melindrosa é da secretária Dalva Lazzaroni. Apesar de não ter conseguido afastar “algumas pedras no sapato” da Secretaria de Cultura, como o funcionamento dos dez computadores da Biblioteca Leonel Brizola, a ex-vereadora e biógrafa de Chiquinha Gonzaga vem conseguindo colocar o Teatro Municipal Raul Cortez na mídia e atraindo centenas de pessoas paras os espetáculos multimídia ali oferecidos, como o “Cinema Pau-de-Arara”.
• Foi graças à equipe de Dalva Lazzaroni que os moradores de Duque de Caxias puderam assistir a estréias de shows, como o de Chico Anísio, bem como a primeira récita de uma companhia de dança, com o “Quebra-nozes”, e a primeira ópera, “O Cientista”, sobre a vida de Oswaldo Cruz.