BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

TRANS-AMAPÁ TERÁ ATÉ
HOTEL CINCO ESTRELAS

No último dia 28 de junho, uma grande festa só para convidados, autoridades e grande$ inve$tidore$, teve como palco o Centro de Treinamento do Espore Clube Tigres do Brasil, na Estrada Rio D'Ouro, 2.500, em Xerém. Era para o lançamento do “maior empreendimento imobiliário da América Latina”, como afirmava o convite. A festa teve como ponto alto um “Data-Show” com detalhes do tal empreendimento, que inclui não só um prédio de apartamentos com 108 andares, mas um luxuoso Hotel 5 Estrelas no meio do mato, em pleno Parque Amapá. Quem assinava o convite era a empresa “Metropolis.Rio”, uma desconhecida, mas que tem por trás a Concremat, uma grande construtora de S. Paulo. Esse empreendimento, por mera coincidência, fica exatamente na área por onde deverá passar a “Trans-Amapá”, uma versão atualizada do Arco Rodoviário projetado pelo DER/RJ em 1974. O projeto do hotel ainda está na Secretaria de Obras, mas já está produzindo “frutos”.
O que chama a atenção é que o lobby do prefeito Washington Reis, para desviar o projeto do Arco Metropolitano por Xerém, beneficiou os donos da antiga Fazenda Penha-Caixão, centro de grande agitação política nos anos 60, quando foi ocupada por militantes das Ligas Camponesas fundada por Francisco Julião para luta pela reforma agrária. É uma área abandonada há mais de Meio Século e que, de repente, despertou a ambição de empresários da construção civil para um mirabolante projeto. Segundo a rádio corredor, o projeto foi aperfeiçoado depois que o prefeito visitou Dubai, uma província petrolífera que integra os Emirados Árabes e que tem investido pesado na construção de centros de lazer para aproveitar os petrodólares. Taí um assunto para o Ministério Público, tanto estadual como federal, examinar com lupa, pois por baixo desse angu tem muito caroço Eurodourado!

EM CAXIAS, PROSTITUIÇÃO
E JOGO ESTÃO LIBERADOS
Muito embora seja proibido e considerado crime, o jogo é livre em Caxias. E a exploração da prostituição também Além do jogo do bicho, cujas “bancas” podem ser encontradas nos bairros mais distantes, uma nova modalidade está fazendo sucesso de público, apesar das críticas. São os cassinos e caça-níqueis. Na Av. Presidente Vargas, ao lado do Mercado Municipal, onde a prostituição também está liberada e mulheres são oferecidas em “promoção” por apenas R$ 9.99, funciona também um cassino, sem que as autoridades da 59ª DP, distante apenas um quarteirão, ou do 15º Batalhão da PM, um pouco mais distante, tenham pelo menos a curiosidade de qualquer detetive de gibi para ver o que ali ocorre. A mesma distância separa o cassino do Ministério Publico, um fiscal da lei que não toma conhecimento nem da jogatina, muito menos da ação os proxenetas. Nesse assunto, Lula tem razão: nunca na história deste País a jogatina e a prostituição, inclusive de menores, mostraram tanta desenvoltura e descaramento!

• A chapa Zito-Laury ganhou o primeiro “round” na luta contra Washington Reis. A Justiça Eleitoral não aceitou a impugnação apresentada pelo PMDB. Agora, o deputado tucano decidiu impugnar o seu ex-vice, que também acumula uma dezena de processos dos mais variados na Justiça.
• Aliás, Washington Reis deve estar arrependido de ter aceito a orientação da Procuradoria Geral do Município e não fechar um acordo com o dono de uma tradicional loja de Caxias, destruída por um incêndio provocado por um carro de som que fazia a sua campanha.
• O dono da loja, ex-juiz classista do TRT, é também um dos instituidores perpétuos da FEUDUC e que não vê motivos para facilitar a municipalização da primeira Universidade da Baixada, como pretende o prefeito.
• Os alunos da FEDUC conquistaram mais um aliado de peso na sua luta contra o puro e simples fechamento da Universidade. Nesta sexta-feira, às 16 horas, eles serão recebidos pelo deputado Marcelo Freixo, do PSOL, na Alerj. Até o caixeiro-viajante que, nas horas vagas, despacha como governador, já está preocupado com os rumos que a crise na primeira universidade da Baixada estão tomando.
• Dois fatos preocupam o governo: a radicalização de posições, tanto dos estudantes e professores, como dos dirigentes da Universidade, e o crescente déficit de caixa da instituição.
• O último balanço apreciado e aprovado pelo Ministério Público Estadual – responsável pela fiscalização das fundações em todo o Estado – foi em 2002. Desde 2003, a FEUDUC não submete suas contas ao crivo do MP, como manda a lei.
• Quem viu o documento enviado pela direção da FEUDUC ao prefeito apontou um ato falho: citar o Art. 37 da Constituição Federal, sobre os princípios republicanos da legalidade, impessoabilidade, moralidade, publicidade e eficiência, que devem ser observados na Administração Pública, no exato momento em que o prefeito é processado pelo Ministério Público sob acusação de nepotismo por empregar parentes em cargos comissionados. Ou seja: a turma falou de corda na casa de enforcado.
• A juíza Maria Paula Gouvêa Galhardo, da 4ª Vara de Fazenda Pública do Rio, deferiu, nesta quarta-feira (16), liminar determinando o bloqueio de valores em espécie e em depósitos bancários, bem como o arresto de todos os bens dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho, do ex-secretário de Saúde Gilson Cantarino e outras 30 pessoas e empresas. Todos são acusados de improbidade administrativa e desvio de verbas públicas ligadas ao projeto “Saúde em Movimento”, que era executado pela Secretaria estadual de Saúde.
• Deflagrada esta semana pelo MP, com a participação da Polícia Federal, a operação “Pecado Capital”, prendeu 12 pessoas. O casal Garotinho e mais 21 foram denunciados pelo MP por irregularidades administrativas ocorridas em 2005 e 2006. A operação conjunta do MP e da PF tinha como objetivo desarticular uma quadrilha suspeita de desviar mais de R$ 60 milhões do SUS destinados ao projeto “Saúde em Movimento”, realizado em 2005 durante o governo Rosinha Matheus, através do uso de ONGs ligadas a políticos do grupo dos ex-governadores.
• Será re-inaugurada nesta quinta-feira (17), às 15:00 horas, a nova cabine da PM da Praça da Maçonaria (foto), na fronteira dos bairros 25 de Agosto e Paulicéia, que lideram o ranking de roubos e furtos de automóveis no Município. Como da primeira vez, nos anos 70, a obra foi uma iniciativa da ONG Viva a Vida, dos moradores dos dois bairros e da Prefeitura, desta vez com apoio da AMIL (Hospital Mário Lioni).
• Em troca da nova praça e nova cabine, o comando do 15º BPM prometeu melhorar o policiamento na área, que está sendo redescoberta pela indústria da construção civil. Só em frente à Praça da Maçonaria, estão em fase acelerada de construção 300 apartamentos de alto luxo, cujos preços rivalizam com imóveis semelhantes na Barra da Tijuca, bairro que concentra a maioria dos políticos da Baixada Fluminense, segundo dados do TER/RJ.