BAIXADA URGENTE

CAXIAS CAÇA VEREADORES

O município não enfrenta nenhuma crise institucional, não havendo também o risco de algum edil perder a sua cadeira na Câmara de Vereadores de Duque de Caxias. A caçada que vem sendo empreendida por um grupo de funcionários do legislativo do município é no sentido de localizar todos os vereadores eleitos e empossados desde a instalação da Câmara, em 1947, ou seus descendentes. Embora o Município tenha sido criado em 31 de dezembro de 1943, em pleno Estado Novo (sonho de regime do PT), não havia o chamado Poder Legislativo, que só voltou a funcionar com a queda de Getúlio e a promulgação da Constituição de 1946. A primeira Câmara de vereadores foi eleita em 1947 e empossada em 23 de outubro daquele ano, em cerimônia presidida pelo Juiz Luiz Miguel Pinaud. O primeiro legislativo do município era integrado pelo Coronel João Telles Bittencourt,. Mozart Cintra da Gama e Silva, Hélio de Albuquerque Soares, Waldyr de Souza Medeiros, Oldemar de Almeida Franco, Pastor Belarmino Pedro Ramos, Waldemar de Almeida, José Rangel, Luiz Gonzaga Peçanha, José Antônio da Cunha, Hermes Gomes de Azevedo, Hernani Ferreira da Silva Pinto, Anaias Sant’Atana, Germano Castello e José Gomes Pereira Pinto. A primeira Mesa Diretora da Casa tinha o Cel. João Telles Bittencourt como Presidente, Hélio de Albuquerque Soares, vice-presidente; Mozart Cintra da Gama e Silva, 1º secretário; e José Antônio da Cunha, 2º secretário. O primeiro vereador a ocupar a cadeira de prefeito foi Adolpho David, eleito presidente da Câmara em 1951, que permaneceu no cargo de prefeito até que o TER realizasse eleições suplementares e confirmasse a vitória de Braulino de Mattos Reis.
A caçada aos ex-vereadores e seus descendentes tem como objetivo homenageá-los numa cerimônia marcada para julho próximo. Assim, quem foi vereador ou é seu descendente, deve entrar em contato com a Câmara e informar onde encontrá-lo. A Câmara arcará com as despesas de viagem e estadia para quem, viúva, filho ou neto do homenageado, more fora da Baixada.

O MANDATO DE VEREADOR
TEM LIMITES DE ATUAÇÃO?
O registro feito pelo blog da decisão da vereadora Fatinha de disponibilizar transporte gratuito para que moradores do Bom Retiro (2º Distrito) possam assistir às sessões da Câmara, às terças e quintas-feiras, provocou uma saudável discussão entre internautas, como pode ser visto nos comentários postados. A nossa intenção, além de registrar a iniciativa da nobre vereadora, de transparência na sua atuação, foi demonstrar que a permanência do político em seu reduto eleitoral é a melhor forma de transparência. Ela segue os belos exemplos de vereadores como José Barreto (Xerém), Luis Francisco (Saracuruna), Armando Maia (Parque Fluminense), Thomé Barreto (Gramacho), Luis Brás de Luna (Itatiaia), Francisco Estácio da Silva (Periquitos), José Zumba (Vila Leopoldina), Júnior Reis (Xerém), além de revelar que, até o momento, ainda não foi atingida pela “Síndrome da Barra”, que leva muitos políticos a mudarem de casa tão logo alcancem o primeiro mandato. A derrota posterior, como ocorreu em outubro último para vereadores com mandato, não serve como advertência do eleitor e novos casos surgem a cada dia.
Se o vereador não admite, depois de eleito, continuar a morar no mesmo bairro em que vivia, a conviver com os problemas que denunciou durante a campanha, é porque o eleitor foi enganado e seu voto fraudado. O que o povo quer, na verdade, é ter uma porta onde bater no momento de uma dificuldade. A linha de ônibus para a Barra, criada pelo turista Sérgio Cabral, não supre essa necessidade. Afinal, nem todo mundo goza de privilégios como carro e motorista oficiais, ou vale-transporte de valor ilimitado!

RÁPIDAS

• O Secretariado de Zito sofreu duas baixas inesperadas no fim de semana. O Secretário de Meio Ambiente, que o PT, seu partido, quer ver fora do Governo, Samuel Maia, e o assessor de Imprensa, Antonio Fsterer, foram derrubados por uma forte gripe. Felizmente, não foi a chamada “Viúva Porcina”, como está sendo batizada a Gripe A, ex-Suina, na Argentina.
• Na abertura do projeto “O povo quer saber”, semana passada, em Fortaleza, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, discutiu o tratamento dado pela Justiça a ricos e pobres e fez uma análise do sistema judiciário brasileiro sob os seus mais variados aspectos. Abrindo a terceira edição do projeto, o presidente nacional da OAB criticou a morosidade da Justiça e a briga entre os ministros do Superior Tribunal Federal (STF), propôs mudanças nos critérios de escolha dos membros da Corte e até cobrou que os magistrados do país trabalhem mais.
• Britto também tentou desmistificar a idéia de que a Justiça brasileira favorece somente os ricos e pune os pobres. Para isso, quebrou a perspectiva classista das decisões argumentando que as pessoas, com melhor nível financeiro e cometem crimes, estão em liberdade porque possuem bons advogados, ao contrário da maioria da população brasileira. “Os ricos não estão soltos porque têm advogado. Os pobres estão presos porque não têm advogado”, disse ele, que enfatizou ainda a importância do fortalecimento das defensorias públicas.
• A ida de Garotinho para o Partido da República está incomodando o governador Sérgio Cabral. A versão publicada pelo colunista Fernando Molica, no seu “Informe do Dia”, de que há reações de membros das Igrejas Assembléia de Deus e Universal sob o pretexto de que o ex-governador pertence à Igreja Presbiteriana, é considerada por uma felpuda raposa política como diversionista e teria sido plantada por membros do governo, diante da possibilidade cada vez mais concreta de Sérgio Cabral enfrentar o casal Garotinho na disputa pelo Governo do Estado em 2010.
• É público e notório que o turista Sérgio Cabral continua sonhando em ser vice de Dilma Roussef, ou de quem Lula apoiar na sua sucessão, mas é sempre bom guardar uma carta na manga. No caso do governador, seria a sua tentativa de reeleição. Afinal, Planalto ou Guanabara, tudo é uma questão palaciana. Se o Rio vencer a luta para sediar as Olimpíadas de 2016, seria a tal “sopa no mel” de que falavam as vovós no Século passado.
• Muito embora o PT tenha votado contra a criação da CPMF, o Governo Lula gostou do chamado imposto do cheque, que pode voltar a qualquer momento. É o que se deduz das declarações do Presidente da República ao comentar a penúria dos municípios. Para Lula, os recursos arrecadados com a CPMF, criada originalmente para reforçar o orçamento do SUS, começam a faltar.
• Mais uma vez, Lula usa tapa-olho para não admitir que a queda de receita, tanto para Estados e Municípios, como para a União, é reflexo da tresloucada decisão de reduzir o IPI dos automóveis, uma forma de contentar os companheiros metalúrgicos e reforçar o caixa das montadoras.
• E a ampliação da isenção para a chamada linha branca (geladeiras, máquinas de lavar e fogões) vai ampliar o rombo nas contas da federação, pois o IPI é partilhado por Estados e Municípios, através dos fundos de Participação.
• Se a verdadeira intenção do Governo fosse incentivar o povo a ir às compras, ele deveria fazer como o governo americano, com redução do Imposto de Renda. Com mais dinheiro no bolso, o consumidor iria às compras por opção. Ao reduzir o IPI de carros e motos, o Governo quebrou Estados e Municípios, que contavam com esse imposto em suas receitas.
• Após avaliar 4.026 receitas médicas de 456 pacientes com medicamentos potencialmente perigosos, pesquisa mineira identificou que 44,5% apresentava algum tipo de erro e concluiu que a padronização no processo de prescrição e a eliminação daquelas feitas à mão podem reduzir o número de erros.
• Segundo a agência Notisa, especializada em divulgação científica, o artigo científico, disponibilizado on-line na Revista de Saúde Pública, o percentual de erros pode ser ainda mais alto, pois não foi possível considerar a condição clínica do paciente e discutir os casos com o médico responsável pelas receitas.
• Conduzida por Mário Borges Rosa e colegas da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Pontifícia Universidade Católica (PUC-MG), a pesquisa analisou as prescrições quanto a: legibilidade, nome do paciente, tipo de prescrição, data, caligrafia ou grafia, identificação de quem a prescreveu, análise do medicamento e uso de abreviaturas.
• Metade das prescrições estudadas estavam escritas à mão. De acordo com os pesquisadores, erros de prescrição podem ser reduzidos com a utilização de editores de textos para a indicação do medicamento, evitando o manuscrito. Os medicamentos potencialmente perigosos que apresentaram alto índice de erros de prescrição foram o Fentanil (analgésico narcótico), com 22,1%, e o Midazolam (indutor do sono), com 11,4%.
• Os autores destacam no artigo que, em 1999, um estudo norte-americano (TO ERR IS HUMAN: BUILDING A SAFER SYSTEM) estimou que cerca de 98 mil morrem anualmente, nos EUA, em consequência de erros associados à assistência à saúde. Na opinião de Borges Rosa e colegas, muitos paradigmas são confrontados na discussão de erros em instituições de saúde. “Os profissionais de saúde normalmente associam falhas nas suas atividades à vergonha, perda de prestígio e medo de punições. De modo geral, o ambiente nas instituições de saúde não é propício para uma discussão franca sobre o assunto”, consideram.

CIDADE SEM LEI E SEM ORDEM
A foto, do arquivo do blog, foi postada durante a última campanha eleitoral, denunciando a apropriação das calçadas por (maus) comerciantes. A mudança de governo e a promessa de um choque de ordem provocaram mais fumaça que efeito, pois o panorama do local, em pleno 25 de Agosto, demonstra que, entra governo, sai governo, Duque de Caxias continua sendo um verdadeiro faroeste: vence que saca (a fragilidade do Governo) primeiro!