segunda-feira, 22 de março de 2010

BAIXADA URGENTE

GRAVIDAS DE CAXIAS NÃO TEM
VACINA CONTRA A GRIPE SUINA


A Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias informa no final da tarde de ontem (22) que não recebeu os lotes de vacinas específicas para gestantes, um dos públicos-alvos desta etapa da campanha e que durará duas semanas, indo até o dia 2 de abril. De acordo com o secretário Danilo Gomes, diversas cidades do Estado do Rio estão com este problema. Os lotes para os outros dois grupos beneficiados nesta fase: doentes crônicos (exceto idosos) e crianças de seis meses até dois anos incompletos, chegaram e estão sendo aplicados normalmente.
As grávidas que estão indo em busca da vacina nos postos de vacinação estão sendo orientadas a retornar a estes locais a partir de quinta-feira, 25 de março, quando Danilo acredita que já tenha recebido os lotes do Ministério da Saúde e os estoques estejam normalizados. “As gestantes não precisam se preocupar. Ainda teremos mais de uma semana para imunizá-las dentro do prazo estabelecido para a campanha. Estamos preparados para fazer mutirões de vacinação, caso seja necessário”, afirmou o secretário.
Todas as grávidas, independentemente do período de gestação, devem se vacinar. As mulheres que engravidarem após o fim dessa etapa poderão se imunizar nas fases seguintes, até o fim da campanha, em 21 de maio.
Zito anuncia reforma e instalação de grama sintética em campo do Parque Lafaiete
O prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito (PSDB), estará na noite dessa terça-feira, 23 de março, no Parque Lafaiete, para anunciar a obra de reforma, colocação de alambrado e de instalação de gramado sintético do campo de futebol que fica ao lado da Escola Municipal Santa Terezinha.
A escola e o campo ficam na Rua David de Oliveira, ponto onde será feito o anúncio. Durante o evento, o prefeito estará acompanhado de membros do seu secretariado.

CAMPANHA DA CEDAE NÃO VAI
EVITAR LIXÃO EM SEROPÉDICA

Em comemoração ao “Dia Mundial da Água”, instituído pela ONU, a Cedae lançou ontem (22), no Cine Odeon, na Cinelândia, centro do Rio, o Programa Cedae de Educação Ambiental nas Escolas. A meta é fazer dos estudantes da rede pública do estado agentes multiplicadores de ações para a preservação do planeta.
“Mudar a cultura que vê a água como um recurso infinito é uma questão de sobrevivência, uma ação obrigatória para a própria continuidade da espécie humana. E para obtermos sucesso no futuro é essencial trabalhar o presente com as crianças”, destaca o presidente da Cedae, Wagner Victer.
Apesar do discurso da Cedae, o Governo do Estado não via alterar o projeto de construir um lixão em Seropédida, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que irá receber todo o lixo produzido na Capital, que hoje é lançado no lixão do Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, na razão de nove mil toneladas por dia.
A obra em Seropédica é um compromisso de campanha do prefeito Eduardo Paes, diante da resistência dos moradores do bairro de Paciência, Zona Oeste ro Rio, de abrigar o novo lixão da Comlurb. Com apoio do governador Sérgio Cabral, que estadualizou o problema do lixo carioca, a Comlub vai instalar o novo lixão exatamente sobre um terreno onde foi descoberto, pelos pesquisadores da Universidade Federal Rural, um depósito de água doce, o Aqüífero de Pirnema, calculado em 200 quilômetros quadrados. Esse seria um dos maiores aqüíferos da América do Sul e os cientistas consideram a água como o insumo mais importante deste Século, motivo de guerras em diversas partes do mundo, inclusive entre Israel e os países árabes.


Ao invés de um imendo reservatório de água doce, o governo pretende instalar um novo lixão.

RÁPIDAS

· O corpo técnico da UFRRJ - Universidade Rural, que tem sede em
Seropédica, antigo distrito de Itaguaí, também é contra o novo lixão da Comlurb. O Reitor da Universidade, Ricardo Motta Miranda, encaminhou documento ao governo do Estado demonstrando que considera “TEMERÁRIA” a implantação do aterro. Além disso, Rosângela Straliotto, que é PhD em Ciência do Solo, afirma que: “- A construção do aterro sanitário perto da rodovia do Arco Metropolitano sufocará a possibilidade de desenvolvimento da cidade”.
· Tecnicamente, a inviabilidade e inconveniência do Aterro Sanitário nos moldes pretendidos pela Comlurb, devem-se ao fato de que ele será instalado em cima do Aqüífero de Piranema, um reservatório natural de água doce no subsolo da região, um dos maiores da América do Sul, segundo especialistas.
· A previsão é de que, a partir de 2011, a área passe a receber todos os dias as nove mil toneladas de lixo produzidas pelo Rio e de outras cidades da Região Metropolitana. O lugar reservado para o aterro sanitário fica a poucos metros de uma vila de moradores.
· O consumo e o uso de água não tratada e poluída matam mais do que todas as formas de violência, segundo relatório divulgado ontem (22), no Dia Mundial da Água, em Nairóbi, no Quênia, na África. O documento intitulado Água Doente foi elaborado pelo Programa para o Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep), na sigla em inglês). Sem informar números, o estudo afirma que milhares de crianças e adultos morrem por ano em decorrência da “água doente”. Por isso, alerta para a necessidade de adoção de medidas urgentes. · De acordo com o relatório, as populações urbanas deverão dobrar de tamanho nas próximas quatro décadas. A projeção é que os números subam dos atuais 3,4 bilhões para mais de 6 bilhões de pessoas. Nas grandes cidades já há carência de gestão adequada das águas residuais em decorrência do envelhecimento do sistema, de falhas na infraestrutura ou de esgoto insuficiente.
· “Isso significa que mais pessoas agora morrem [por causa] de água contaminada e poluída do que de todas as formas de violência, inclusive guerras. A água contaminada é também um fator chave no aumento de vidas vegetais e animais mortas em mares e oceanos de todo o mundo”, diz o documento, informando que 2 bilhões de toneladas de resíduos são jogadas em águas de todo o mundo por ano.
· O assunto dominante em todas as rodas nesta segunda foi a denúncia do Blog de que ex secretários do prefeito estão sendo procurados pela Justiça para responderem sobre denúncias de improbidade administrativa.
· O ex padre Zanardi, que chegou a ser Vigário da Catedral de Santo Antonio antes de abandonar as vestes sacerdotais para se casar com uma paroquiana, foi o mais citado, principalmente pela desastrada campanha em que prometia empregos nas Casas Bahia em plena campanha eleitoral de 2004.
· Na época, a empresa de São Caetano do Sul construía um grande centro de distribuição de mercadorias no bairro da Taquara, próximo a Imbariê, no terceiro distrito do município. O Ministério Público Eleitoral chegou a abrir uma investigação para apuar a participação da empresa na campanha eleitoral, em apoio ao candidato Laury Villar.
· Enquanto isso, em Xerém, a maior dificuldade na partida entre o Duque de Caxias e o Madureira não foi dentro de campo, onde a equipe caxiense foi derrotada por 1 x 0, mas a quantidade de lixo encontrada pelos atletas no “Marrentão”.
· Segundo um corajoso torcedor do time caxiense, no estádio funciona uma creche da Prefeitura. Como a empresa responsável pela coleta do lixo não fez o dever de casa no sábado, o mal cheiro e o bando de moscas encontrados no local eram insuportáveis, o que levou o árbitro a ameaçar suspender a partida por falta de condições sanitárias do estádio, construído pelo DER com recursos do SUS. Foi preciso muita conversas para que o árbitro cedesse.
· Policiais e bombeiros promoveram no domingo (21) mais uma manifestação a favor da PEC 300, que tramita na Câmara dos Deputados e prevê a criação de um piso salarial nacional para a categoria. A passeata foi realizada na orla de Copacabana, na zona sul do Rio.
· Os policiais pedem mais rapidez na tramitação da proposta. Segundo o coronel da Polícia Militar do Rio Paulo Ricardo Paul, a passeata faz parte de uma série de manifestações, em todo o país, convocada pela Frente Parlamentar em Defesa dos Policiais e Bombeiros Militares, já que, no dia 10 de março, a Câmara interrompeu a votação de todas as PEC por 20 dias.
· “Nós tivemos a participação de policiais militares, policiais civis, bombeiros e vários oficiais, como coronéis, tenentes-coronéis, majores, capitães. A presença do oficial é importante, porque mostra que ele está assumindo a responsabilidade”, disse Paul.
· O coronel informou que uma nova mobilização está marcada para o dia 29, um dia antes do término do prazo temporário de interrupção da votação das PEC pela Câmara. Segundo Paul, durante o ato do dia 29, policiais e bombeiros fluminenses farão uma manifestação em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, para pedir o apoio do governador Sérgio Cabral.
· A PEC 300, na verdade, foi apensada a outras propostas com teor semelhante no ano passado, gerando a PEC 446 de 2009. O objetivo é criar um piso nacional para acabar com disparidades entre os salários de servidores dos diversos estados. O salário de um soldado da Polícia Militar do Distrito Federal, por exemplo, é quatro vezes maior do que um militar da mesma patente no Rio de Janeiro.
· A prefeita de Campos - Norte Fluminense - e presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Rosinha Garotinho, se reúne nesta sexta-feira(19), às 15h, na sede da prefeitura, com a sociedade civil organizada para avaliar todas as ações feitas, até agora, em defesa dos royalties dos municípios produtores e do Estado do Rio de Janeiro e definir novas metas.
· “Todos nós sabemos da importância que os royalties têm para a região e para o Estado do Rio. Sabemos que esta luta cresceu e chegou onde chegou porque a população de Campos se uniu. A mobilização que realizamos no dia quatro e que reuniu milhares de pessoas na Praça São Salvador foi apartidária. Todos os partidos estiveram presentes e puderam dar seus depoimentos. Foi um ato democrático, sem cor partidária”, destacou a prefeita, ressaltando a importância do movimento iniciado no interior do estado.


ESPECIALISTA PEDEM NOVOS
RUMOS PARA OS ROYALTIES

Em vez da simples definição de quem ficará com a maior parte do dinheiro, o debate sobre a divisão dos royalties do petróleo “deve vir acompanhado de propostas de aplicação dos recursos”, na opinião do professor de economia e política dos recursos naturais do Instituto Federal Fluminense, Rodrigo Valente Serra. Essa também é a opinião do professor do Departamento de Economia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Cláudio Paiva. Para ele, sem uma diretriz para o uso desse dinheiro, os recursos podem simplesmente se perder. Com base em estudos realizados sobre a aplicação dos royalties no município de Campos (RJ), Paiva afirma que a falta de planejamento fez com que, apesar dos montantes expressivos, a cidade não tivesse melhora nos seus serviços públicos.
“A gente descobriu que em saúde e moradia não houve melhoras significativas, como era de se esperar de um município que recebe uma quantidade imensa de recursos de petróleo”, disse em entrevista à Agência Brasil.
Os estudos mostram que, em 2009 o orçamento de Campos para o setor de saúde passou de R$ 355 milhões, o maior do estado, fora a capital. Segundo Paiva, mesmo com fluxo expressivo de recursos nos últimos anos, o sistema de saúde da cidade apresenta problemas semelhantes aos de outros municípios de igual porte.
“Não houve melhora na qualidade do atendimento, ainda permanecem as filas, há dificuldade de acesso às consultas de determinadas especializações”.
A falta de planejamento, segundo o professor, não é uma exclusividade de Campos, mas um mal que atinge a maior parte da administração municipal brasileira. Por isso, ele ressalta a importância de haver diretrizes para a aplicação dos royalties do petróleo no país.
“Para que isso [a aplicação dos recursos] se transforme em melhoria de qualidade de vida para a população é necessário ter um planejamento, um plano nacional de desenvolvimento. É necessário que você tenha um controle social nesses municípios, [o que não está acontecendo]”.
Rodrigo Valente defende que os recursos que cabem à União sejam investidos no desenvolvimento de fontes alternativas de energia.
“Aos futuros brasileiros que não terão essa riqueza, porque ela foi exaurida agora, seria interessante que a União oferecesse [uma vida] menos dependente desse recurso”.Para Valente, na parte que for destinada aos municípios, a aplicação deve ser decidida com a participação popular, como por exemplo, de conselhos de desenvolvimento.

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