BAIXADA URGENTE

ANGRA DOS REIS TEME

REPETIR FUKUSHIMA

Ainda traumatizados pela tragédia que deixou dezenas de mortos e feridos, os 180 mil moradores de Angra dos Reis veem com apreensão as notícias sobre os problemas em torno da Usina Nuclear de Fukushima, no Japão, principalmente diante das suspeitas de falta de cuidados da empresa que explorava a usina e da falta de uma fiscalização efetiva por parte do governo nipônico. O prefeito Tuca Jordão, por exemplo, confirma que Angra dos Reis não está preparada para enfrentar um vazamento nuclear. Para ele, a experiência do Japão deve servir de grande reflexão para que acidente semelhante não ocorra no Brasil. “A gente sabe, dito pelos técnicos, que o funcionamento das usinas Angra 1 e 2 é diferente de Fukushima mas, a gente não é entendido no assunto. A gente está muito preocupado e focado na logística e na infraestrutura que a cidade de Angra dos Reis tem”. Ele revelou que, acostumados aos exercícios repetidos para a hipótese de qualquer problema, as pessoas já preocupam quando escutam a sirene. O prefeito sugeriu que a geração nuclear, bem como o funcionamento das usinas atômicas e o plano de evacuação façam parte da grade curricular já a partir de 2012. “Para que as nossas crianças e jovens entendam o que é uma usina nuclear, entendam o que é preciso em um plano de evacuação, aonde eles precisam ir, qual é o ponto de encontro. Isso é muito vago”. Tuca Jordão é a favor da energia nuclear, mas ressaltou a necessidade de revisão dos procedimentos de segurança, diante do que ocorreu em Fukushima. Ele é contrário a qualquer proposta pela diminuição das atividades da usina. “O que o [Brasil] já gastou desde a ditadura militar até hoje nas usinas Angra 1 e 2 e com os equipamentos parados [para Angra 3] custando US$ 20 milhões por ano para manutenção, é jogar muito dinheiro público fora”, afirmou.

PELA PRIMEIRA VEZ EM 40 ANOS

PETROBRÁS IMPORTA GASOLINHA

Um carregamento de gasolina importado pela Petrobras chegará ao Brasil até o dia 15 para evitar que falte combustível no país. Além de gasolina, o governo resolveu importar 200 milhós de litros de etanol, cujos preços sobem nas bombas todos os dias. A informação foi dada pelo diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, em entrevista à Reuters. Segundo ele, a gasolina só será utilizada se houver necessidade. - A gente vai trazer e armazenar. Se precisar usa, se não precisar não usa. No ano passado a gente importou para 10 dias, não deve ser muita coisa diferente disso. No início de 2010, a Petrobras importou 3 milhões de barris de gasolina de várias origens, algo que não há cerca de 40 anos. Costa informou que as refinarias da empresa estão trabalhando a plena capacidade e produzindo 380 mil barris diários de gasolina, totalmente absorvidos pela demanda interna. - Estamos produzindo o máximo de gasolina em todas as nossas refinarias e se verificarmos que o estoque está abaixando e que precisaremos importar, iremos fazer. O Brasil, a exemplo do que ocorreu no ano passado, tem registrado altas e baixas na demanda por gasolina por causa do aumento do preço do etanol. Nas últimas duas safras da cana-de-açúcar, as usinas diminuíram a produção de álcool para aumentar a de aç~ucar, diante dos preços elevados do derivado de cana no exterior. Segundo o vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes, Alísio Vaz, alguns problemas começam a surgir com o aumento da procura por gasolina, em relação ao etanol. Vaz diz que nos últimos 15 dias, essa migração foi ainda mais forte, após a elevação do preço do álcool. Sobre os relatos de postos em São Paulo que não possuíam gasolina para abastecer veículos essa semana, o vice-presidente disse que esse não é um problema comum e prevê que o mercado retorne à normalidade em maio.

RÁPIDAS

A segurança da população, no caso de um acidente radioativo, preocupa o prefeito Tuca Jordão, de Angra dos Reis. Ele defende mais investimentos em infraestrutura na região. “Enquanto a gente não tiver uma estrada decente (BR-101), um abrigo fora dos raios de 3 e 5 quilômetros das usinas, um hospital, não para tratar de radiação, mas para dar tranquilidade às pessoas e com capacidade para absorver toda essa demanda, a situação preocupa”.

• Tuca Jordão também defende a transformação do aeródromo de Angra dos Reis em um aeroporto. “Por que não aumentar?”, perguntou. Segundo ele, essas iniciativas não podem ser de responsabilidade da prefeitura. “As usinas são do país”.

• Lembrou que em 1972, por ocasião do início de construção do complexo nuclear [em plena Ditadura], a população não foi consultada sobre o projeto. “Ela [usina] existe, é uma realidade. Então, a gente tem que ter a preocupação de que o plano de emergência, de evacuação, tem que ser todo revisto”. Observou que em função da tragédia no Japão, todo o mundo está revendo os seus projetos. “E aqui no Brasil, em Angra dos Reis, não pode ser diferente”.

• O, defendeu a energia nuclear como fonte limpa para enfrentar o aquecimento global. Ele representou, na audiência, o Movimento Sim Para Angra 3, em prol da construção da terceira usina nuclear brasileira no município.

• Apesar de ser favorável ao programa nuclear, vice-presidente da Câmara de Vereadores de Angra dos Reis, Antonio Cordeiro disse que, diante da tragédia no Japão, os procedimentos de segurança nas usinas de Angra têm que ser revistos. “Tem que ser revistos alguns procedimentos e, principalmente, a questão do plano de emergência”, disse.

• Recentemente, o vereador Mazinho, presidente da câmara, negou a cessão do plenário para a posse do novo Secretário de Habitação do município, o ex-verador Marcos Figueiredo que, quando presidente da CPI da Ampla , utilizou aquele espaço para uma concorrida audiência públcia com consumidores da empresa espanhola.

• Terça-feira (29), surpreendentemente, o plenário foi cedido para a cerimônia da assinagura de um convênio entre o município e o Estado, para a construção de uma UTI no Hospital Moacyr do Carmo, bem como para a sua manutenão, uma verba mensal de R$ 2 milhões.

• Alguns vereadores acreditam que o reencontro de Zito e Mazinho, no plenário do Legislativo e na presença de Sergio Cabral, foi conseqüência direta de um longo e recente café da manhã que reunir o prefeito, o vice Jorge Amorelli e Mazinho, num apart hotel da cidade, selando a paz política entre os dois, rompidos desde a campanha eleitoral.

• Por outro lado, nas conversas a portas fechadas e com a presença apenas de pessoas de confiança, alguns vereadores insinuam que o encontro no plenário da Câmara foi uma exigência do governador Sérgio Cabral, com dois objetivos: demonstrar que não discrimina prefeitos e favor ou contra seu governo e ganhar mais espaço na mídia, tendo em visa a facilidade de operação das diversas formas de Mídia TV a partir da Câmara.

• O que importa, qualquer que seja a versão verdadeira, é Duque de Caxias só tem a ganhar com essa reaproximação entre Zito, Mazinho e Sérgio Cabral, pois cada um tem sobre seus ombros a responsabilidade de participar da vida e do futguro de cerca de um milhão de moradores de Duque de Caxias. O município já viveu situação parecida nos idos de 1968, quando o prefeito Moacyr do Carmo, e seu vice Ruyter Poubel, eleitos pelo PMDB, foram forçados a migrarem para a ARENA, o partido criado pelo Governo Federal para disfarçar a ditadura em que mergulhara o País em 1964.

• O prefeito foi convocado ao Palácio do Ingá, em Niterói, sede do Governo do antigo Estado do Rio, onde o então governador Jeremias de Mattos Fontes (foto) revelou que vinha recebendo pressões de Brasília no sentido de ampliar a base da Arena com a adesão de prefeitos e vereadores de todo o estado.

• Na volta ao gabinete, Moacyr e Ruyer Poubel, que era também o seu Chefe de Gabinete, fizeram uma lista comas reivindicações do Município que justificassem a mudança de partido. Entre elas estavam a conclusão do Hospital Infantil Ismélia da Silveira, a construção do Centro de Saúde e de outros sete postos nos Distritos, como Parque Fluminense, Campos Elíseos, Imbariê e Xerém, bem como a duplicação da antiga Rio-Petrópolis entre Vigário Geral e a praça do Pacificador, a ampliação da rede escolar do Estado (foram construídos 50 grupos escolares em todo o Município).

• Com a lista nas mãos, Moacyr voltou ao Paládio do Ingá e concordou em ingressar na Arena, levando consigo um grupo de vereadores fiéis, de modo a que o partido tivesse 14 votos garantidos.

• Jeremias Fontes, homem digno e honrado, além de político de palavra, cumpriu toda a pauta de reivindicações apresentadas por Moacyr do Carmo e as obras, negociadas naquela época, até hoje estão aí para provar que, quando há um interesse acima das questões pessoais e das picuinhas políticas, quem sai ganhando é o eleitor.

• Representantes das centrais sindicais, do governo e dos empresários decidiram nesta quinta (31), durante reunião em Brasília, que a contratação de trabalhadores para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deverá ser feita por meio do Sistema Nacional de Emprego (Sine). A informação foi dada pelo vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

• O objetivo é eliminar do processo de contratação os chamados gatos, intermediários que vão atrás de mão de obra, especialmente em cidades do Norte e Nordeste. “Houve consenso sobre o sistema de contratação de mão de obra para eliminação do gato. O Sine, provavelmente, vai ser o órgão responsável. Está sendo estudada a viabilidade física”, disse Miguel Torres.

• Segundo Torres, a violência nos canteiros de obras do PAC é outro ponto em discussão na reunião da comissão formada por representantes dos trabalhadores, dos empresários e do governo.

• Participaram do encontro líderes de seis centrais sindicais, representantes das empresas responsáveis por obras do PAC e o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. A discussão foi motivada pelos conflitos que paralisaram as obras das usinas hidrelétricas Jirau e Santo Antônio, ambas em Rondônia

• Depois, os sindicalistas se reuniram com representantes das empresas Odebrecht, responsável pela obra da usina Santo Antônio, e Camargo Corrêa, responsável pela de Jirau.

NO TEATRO RAUL CORTEZ TEM

ESPETÁCULO NO FIM DE SEMANA

Inaugurado há quatro anos, o Teatro Municipal Raul Cortez, em Duque de Caxias, abriu a temporada de 2011 com uma grande novidade: os espetáculos de teatro adulto e infantil e de dança ficarão em cartaz por quatro finais de semana consecutivos, dando ao público mais flexibilidade para programar a ida a casa de espetáculos”. O Raul Cortez, segundo o diretor do Centro Cultural Oscar Niemeyer, o ator e diretor Guedes Farraz, o Teatro conta 440 lugares e um palco reversível, que pode ser aberto para a Praça do Pacificador, onde está instalado o Centro Cultural, que dispõe ainda de duas bibliotecas públicas. “Nós não tínhamos uma casa de espetáculos desse porte na Baixada”, conta Ferraz. Uma das iniciativas para dinamizar a programação e aumentar a frequência à casa é a implantação das “Sextas Musicais”, com eventos de música. “O teatro só tinha espetáculos nos fins de semana, enquanto às sextas-feiras os bares de Duque de Caxias ficam cheios e a cidade não oferecia nenhuma opção cultural”, diz o diretor. Um musical infantil - “A Fantástica Fábrica de Bonecos no Ano de 2080”, apresentado pela Companhia Teatral Atores do Brasil, e uma comédia adulta – “O Escandaloso Direito de Amar”, da Companhia Os Despretensiosos – abriram a primeira temporadas e serão apresentados neste sábado (2) e domingo(3), às 14h e 19h, respectivamente. Os dois grupos trazem na bagagem prêmios conquistados em festivais nacionais. O telefone para informações é 2771-3062.