É IRRISÓRIA PARA ABALAR A CHEVRON
O secretário do Ambiente do Rio, Carlos Minc, disse que o governo do
estado estuda aplicar multa de até R$ 30 milhões à petroleira Chevron, além de cobrar
reparação pelos danos causados com o vazamento de óleo no Campo de Frade, na
Bacia de Campos, no norte do estado. Os custos de reparação, que segundo o
secretário poderiam servir, em parte, para compensar pescadores prejudicados,
serão pelo menos R$ 10 milhões.
A empresa também pode ter que pagar R$ 50 milhões ao governo federal,
que é a multa máxima prevista pela Lei de Crimes Ambientais. Para Minc, o valor
está “defasado”.
“Esse patamar foi estabelecido há 12 anos. Se fosse corrigido, hoje já
seriam R$ 116 milhões. Mas nós estamos estudando multas suplementares pela lei
estadual que podem chegar a R$ 30 milhões. Além disso, há os custos de
reparação dos danos ambientais para os pescadores da região. Esses recursos
também podem ser aplicados no monitoramento em alto-mar e em programas de
biodiversidade, como os voltados às baleias e aos golfinhos afetados”, disse.
Segundo Minc, em um dos sobrevoos que fez à região, foi possível avistar
baleias jubarte nadando a aproximadamente 300 metros da mancha de óleo.
“A agressão [ao ecossistema] é obvia. Além disso, as algas e os
microorganismos, que são a base de toda a cadeia alimentar, também foram
atingidos”, acrescentou.
O secretário do Ambiente disse que vai pedir ao Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o descredenciamento da
Transocean, empresa contratada pela Chevron para fazer a perfuração no Campo de
Frade.
“Ela operou de forma inadequada. Usou uma pressão brutal ao lado de uma
fissura de 300m. É lógico que iria jorrar óleo para tudo quanto é lado”, disse.
O secretário lembrou que a companhia também era a contratada da British
Petroleum, quando houve o vazamento de óleo no Golfo do México, no ano passado.
Carlos Minc se reúniu ontem (21) com o delegado Fábio Scliar, da
Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente e o Patrimônio Histórico
(Delemaph), responsável pelas investigações do caso. Ele disse que vai
apresentar os relatórios produzidos pelas equipes dos órgãos ambientais e pedir
punição “máxima”. Em seguida, Minc se reúniu com o presidente do Ibama, Curt
Trennepohl.
A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa da
empresa Transocean, em Houston, nos Estados Unidos, mas até o fechamento desta
matéria não obteve resposta.
Já a Chevron Brasil informou que os representantes da empresa concederão
entrevista coletiva na tarde de hoje, na sede da companhia, no centro do Rio.
FRAUDE AGORA TAMBÉM
SE APRENDE NA ESCOLA
Depois do vazamento
das provas do Enem e dos desvios de recursos públicos através de ONGs ligadas a
políticos e sindicatos, um novo escândalo leva o noticiário político para as
páginas policiais dos grandes jornais e revistas. Uma auditoria da Secretaria
Estadual de Educação revelou que 120 mil estudantes matriculados em todo o
estado só existem nas estatísticas. Embora tenham número de matrícula ativo –
alguns chegam a ter até registro de presença e notas – os alunos-fantasmas não
frequentam a escola desde o início do ano.
Segundo a
Secretaria de Educação apurou, em algumas unidades, mais de 60% dos estudantes
cadastrados abandonaram os estudos. A investigação começou quando o Ministério
da Educação pediu explicações sobre a baixa participação das escolas do Rio no
Educacenso, levantamento anual que gera os números do Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica e que orienta o pagamento de verbas para os colégios. A Secretaria
fez o levantamento e constatou que dos 1,175 milhão de alunos cadastrados,
apenas 1,055 milhão estavam estudando.
A descoberta acidental dessa fraude coloca em cheque toda
a rede oficial de ensino do Estado do Rio, pois muitos diretores de escolas
estaduais também trabalham em escolas municipais. Daí ser perfeitamente
previsível que esses métodos escusos de conseguir recursos extras para uso
local também possam ser utilizados nas redes municipais. Afinal, se nem o TCU
conseguiu detectar tais práticas nas escolas do Estado, não seria o TCE que
iria encontrá-las, tão enredado estão os conselheiros fluminenses com as estripulias
dos prefeitos da terra de Araribóia.
O Governo do Estado
tem, agora, a obrigação de revelar quais as escolas que utilizaram a fraude
para receber verbas de custeio, o famoso "per capta", pois esse
comportamento delituoso, além do desvio de dinheiros públicos, representa um
atentado à Educação, pois transmite aos educandos a impressão de que o dinheiro
público não é de ninguém, isto é, só pertence aos mais afoitos e criminosos com
crachás.
JUSTIÇA GARANTE REMÉDIO
PARA MULHER ENGRAVIDAR
O Governo do Estado e a Prefeitura de Belford Roxo foram condenados a
fornecerem solidariamente remédio para o tratamento de fertilização. Renata
Rodrigues relata que tem infertilidade conjugal, pois seu marido é portador de um
distúrbio que, altera a quantidade e a motilidade dos espermatozóides,
necessitando da fertilização in vitro com a transferência de embriões. Porém,
os medicamentos necessários para o tratamento desta doença são de alto custo e
não são fornecidos pela rede pública. A decisão foi da desembargadora Tereza de
Andrade Castro Neves, da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio.
Os réus alegaram que como a
autora não tem nenhuma doença grave e nem se encontra em risco de vida, não é
justificável o fornecimento dos medicamentos pretendidos. A magistrada,
relatora do processo, porém, lembrou ser dever do Estado garantir o planejamento
familiar.
“É dever do Estado garantir o
planejamento familiar, seja através de métodos contraceptivos, como
conceptivos. Não é possível privar a cidadã hipossuficiente de gerar um filho
em seu ventre, já que a infertilidade e o impedimento de conceber um filho pela
via natural pode acarretar abalo na saúde psicológica da autora, cabendo ao
Estado garantir, assim, a saúde dos seus administrados. Assim como o Estado
fornece medicamentos e preservativos para contracepção, deve também fornecer os
meios para a concepção àqueles que não tem condições financeiras de custear os
medicamentos decorrentes do tratamento
VERBA
FEDERAL NÃO GARANTE
OS
DIREITOS DOS DEFICIENTES
O Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, batizado pelo
governo como Viver sem Limite, lançado quinta-feira (17), pela presidenta Dilma
Rousseff, vai incluir uma linha de crédito de R$ 150 milhões da Financiadora de
Estudos e Projetos (Finep) para pesquisa e desenvolvimento (P&D) de
tecnologias assistivas.
Do valor previsto para desembolso em três anos, R$ 90 milhões serão
destinados a empréstimos (com juros de 4% ao ano) a empresas que queiram
dominar tecnologias e criar produtos como próteses ortopédicas, leitores de
braille e cadeiras de rodas com interação com o cérebro da pessoa com
deficiência.
Além do dinheiro para empréstimos, R$ 30 milhões ficarão disponíveis
para subvenção de inovações de risco tecnológico alto e retorno financeiro
incerto. Outros R$ 30 milhões, também não reembolsáveis, serão destinados a
projetos desenvolvidos em parceria com universidades e centros de pesquisa. Segundo
dados do Censo 2010, divulgados na quinta (17), 6,7% da população brasileira
(mais de 17,7 milhões de pessoas) têm alguma deficiência considerada “severa”
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nada disso mudará as barreiras que os deficientes tem que vencer
diariamente se não houver a ativa participação da sociedade e do Poder Público,
a começar pela mobilidade. Não é admissível, por exemplo, que degraus sejam
construídos na calçada da Rua Onêncio Soares, ao lado do Mercado Municipal e da
Secretaria de Educação, dificultando a passagem tanto de cadeirantes, como de
idosos ou pessoas com problemas de mobilidade.
RÁPIDAS
• Cerca de 30%
dos candidatos desistiram do concurso realizado pelo Instituto de Previdência
dos Servidores Públicos do Município de Duque de Caxias (IPMDC), no domingo
(20) em três locais diferentes da cidade. Segundo informações do IPMDC, dos
mais de.1.;200 inscritos, apenas 70% , cerca de 850, compareceram para a
realização do processo seletivo para a autarquia.
• Houve provas
nas escolas municipais Professora Olga Teixeira de Oliveira (Engenho do Porto),
Expedicionário Aquino de Araújo e Lion's (ambas na Vila São Luís). De acordo
com o Instituto Escola Superior de Aperfeiçoamento Profissional (IESAP) - órgão responsável pela realização das provas
-, 1.253 pessoas se inscreveram no concurso público.
• Foram
oferecidas 25 vagas de nível superior e médio, já incluídas três para
portadores de necessidades especiais. As vagas eram destinadas aos cargos de
procurador, contador, economista, analista de sistema, atuário, assistente
social, administrador, além de técnicos previdenciário, contábil e de
informática. Os salários oferecidos variam de R$ 952,02 a R$ 1.904,05 por mês.
• De acordo com
Edécio Nogueira Cordeiro, presidente do IPMDC, tudo aconteceu muito bem. “As
provas foram realizadas dentro do horário previsto, respeitando todos os
critérios publicados no edital de seleção”, destacou Edécio. O secretário Geral
do instituto, Luiz Carlos Fernandes, destacou também o apoio da Guarda
Municipal na realização do certame. “O efetivo realizou um grande trabalho e
colaborou muito no êxito da seleção pública”.
• Fiscais da
Prefeitura estiveram sexta-feira (18) fazendo uma "visita" à passagem
subterrânea na estação de Caxias, mais conhecida como "Mergulhão do Cabral"
onde constataram que os camelôs se dedicam à venda de produtos piradas no
local, como CDs, DVDs, programas de computadores e brinquedos eletrônicos
contrabandeados. Segundo a Assessoria de Imprensa da Prefeitura, cerca de 2 mil
produtos foram apreendidos.
• Ainda segundo a
Prefeitura, a manutenção do local é de responsabilidade do estado, herdeiro da
antiga Rede Ferroviária Federal, e da SuperVia, que explora os serviços (péssimos)
de trens, A passagem subterrânea foi construída por ocasião da última reforma da
estação, inaugurada em 1913,, que custaram ao Estado e à Prefeitura cerca de R$
38 milhões, financiados pelo Banco de Desenvolvimento do Japão..
• Por falhas no
projeto e na execução das obras, a passagem é de pouca valia para a população
que precisa atravessar de um lado apara o outro da cidade, cujo centro é
cortado pelas linhas da antiga Estrada de Ferro Leopoldina.
• O próprio
prefeito, que acompanhou a ação da Fiscalização, reconheceu a passagem, que
abriga uma agência de empregos (SINE), o local nunca funcionou em sua
totalidade só em raras ocasiões
• Zito admitiu
que “constantemente isso aqui está fechado, pois tudo fica inundado quando
chove. Mesmo sem chuva, sempre há trechos da passagem cobertos de água”. O
prefeito destacou a falta de conservação do local, lembrando que ass escadas
rolantes estão sempre quebradas, lâmpadas queimadas ameaçam cair, paredes estão
mofadas e lixo se acumula. "O estado e a SuperVia não fazem a manutenção
como deveria" afirmou Zito.
• O Departamento de Segurança Alimentar e
Nutricional Sustentável de Duque de Caxias vai promover de fevereiro a julho de
2012, um Curso de Formação em Segurança Alimentar e Nutricional para 40
conselheiros de direito, lideranças comunitárias, servidores municipais e
professores da Unigranrio.,
• A aula inaugural foi na manhã desta
segunda-feira (21), no auditório da Unigranrio e a crimõnia foi aberta pelo bispo emérito de Duque de Caxias,
Dom Mauro Morelli. O curso terá duração de 8 horas/mês e vai servir para
capacitação dentro das orientações do Conselho Nacional de Segurança Alimentar
e Nutricional (CONSEA).
• Entre os participantes estavam a
pró-reitora da Unigranrio, Sônia Mendes, a presidente do Conselho Municipal de
Segurança Alimentar, Valéria Terra, o ex vereador José Zumba, o primeiro
presidente do DESANS, a deputada estadual Claise Maria Zito, e a atual diretora
do DESANS, Regina Maria Oliveira, além de diretores dos mais de 20 conselhos
municipais do município. O prefeito José Camilo Zito foi representado pela
secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Roseli Duarte.
• A professora Roseli Duarte, representando
o prefeito, falou de políticas públicas de assistência social implantadas nos
governos anteriores do prefeito Zito como o Portal do Crescimento, da criação
dos conselhos tutelares e de direitos. Ligados à Secretaria de Assistência
Social e Direito Humanos hoje a população conta com os conselhos de Segurança Pública, Saúde, Igualdade
Racial, Educação, Tecnologia, Cultura, Meio Ambiente, Agricultura e Juventude,
entre outros.
• Dom
Mauro Morelli falou sobre a 4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar realizada em Brasília, de seu trabalho pelo
país e em Minas Gerais, onde desenvolve ações há 12 anos e disse que as
autoridades devem incentivar a promoção da nutrição infantil.
• O
bispo emérito de Duque de Caxias criticou ações federais de assistência à
população pobre e disse que durante oito anos discutiu o assunto junto ao
governo Lula. Mostrou-se preocupado também com “o estado brasileiro que não
responde aos anseios do Brasil”. E conclui: “Sem nutrição não há educação.
Queremos um povo saudável, criativo, inteligente e bem-humorado”.
• Temos que concordar com o secretário de Meio Ambiente do Rio, Carlos
Minc, quando ele taxa de irrisória a multa máxima que o Governo do Estado pode
aplicar à petroleira Chevron, pelo vazamento de petróleo na Bacia de Campos.
Além de irrisória, ela, certamente, não será paga, assim como não foi paga, até
hoje, a multa que o mesmo Minc aplicou à Petrobrás pelo vazamento de óleo na
Reduc, em 2.000.
• O mais grave em tudo isso, isto é, a impunidade das grandes empresas
que atuam de forma predatória, é que não se trata de um caso pontual, mas uma
tônica na relação da mais absoluta complacência entre as agências ditas reguladoras,
como a ANP, a ANEEL, a ANAC, a ANVISA e outras mais, com as concessionárias (a
Petrobrás é concessionária na exploração do petróleo e seus derivados). De
recurso em recurso, as grandes empresas conseguem empurrar o pagamento das
multas para as calendas.
• Nem a Justiça escapa desse cipoal em que a lei é vilipendiada e o direito
da maioria é massacrado pelos altos executivos dessas empresas, que ganham em
dólares ou euros. No caso do vazamento na Reduc, cujo óleo chegou até a APA de
Guapimirim, mesmo condenada pela Justiça a indenizar os pescadores da Praia de
Mauá, em Magé (RJ), a Petrobrás busca brechas na lei par não pagar pelos meses
que os pescadores ficaram sem trabalhar. E a indenização aos pescadores é uma
ninharia diante dos bilhões que a empresas distribui aos sócios, inclusive o
Tesouro Nacional.
• Finalmente o ministro de Minas
e Energia, Edson Lobão, saiu do indesculpável mutismo sobre o vazamento de petróleo
em Campos (RJ), O protegido de José Sarney informou ontem (21) que sua
pasta acompanha de perto os desdobramentos do vazamento de petróleo na Bacia de
Campos. Lobão disse que está em contato com técnicos da Agência Nacional do
Petróleo (ANP) para ter mais detalhes do vazamento e estudar medidas legais.
• “O ministério
está acompanhando muito proximamente tudo que ocorre nessa matéria”, disse
Lobão, após participar da abertura de um evento sobre energia em São Paulo. Nós
estamos em contato permanente com os técnicos da ANP e com o Ibama [Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], que vai tomar
as medidas legais.”
• Segundo Lobão,
as medidas legais são as multas que a Chevron terá de pagar se for comprovada
(?) sua responsabilidade pelo vazamento. O ministro disse, porém, que o mais
importante neste momento não é a punição da companhia, mas a solução para o
vazamento. “Precisamos de uma solução. A multa é uma consequência”, disse Lobão,
um verdadeiro cordeiro quando se trata de enfrentar os intereses de grupos
poderosos.
• A Justiça do
Rio de Janeiro determinou a transferência de oito presos do Batalhão Especial
Prisional (BEP) da Polícia Militar para o Presídio Bangu 8. Segundo o juiz
Murilo Kieling, do 3º Tribunal do Júri da capital, o BEP, que funciona como
casa de custódia para policiais militares presos, não tem um controle
administrativo dos detentos e permite regalias aos internos, como festas,
telefone celular, bebida alcoólica e horário especial para visitas.
• Segundo o juiz,
a incapacidade do BEP de controlar seus detentos ficou comprovada quando foi
solicitada, ao comando do batalhão, uma lista com os nomes dos presos à
disposição do 3º Tribunal do Júri. O comando do BEP teria respondido o ofício
informando que não havia nenhum detento nessa situação, o que, segundo a
Justiça, não é verdade.
• De acordo com a
Justiça, o BEP tampouco informou ao tribunal sobre a fuga de dois presos
considerados perigosos: Carlos Ary Ribeiro, o “Carlão”, e Franklin Delano
Roosevelt Maia Júnior. O juiz Murilo Kieling só tomou conhecimento das fugas
pela imprensa
• A
erradicação da pobreza foi o tema escolhido para o 10º Congresso Nacional de
Defensores Públicos, que terminou sexta-feira (18), em Nata, Rio Grande do Norte.
No entanto, a pauta institucional que anda preocupando a categoria é a
debandada de profissionais em alguns estados. Levantamento da Associação
Nacional de Defensores Públicos (Anadep) mostra que o índice de abandono chega
a 80%, motivado pelos baixos salários em comparação com carreiras jurídicas
semelhantes, como o Ministério Público e o Judiciário.
• É
o caso de Pernambuco, onde um defensor público ganha cinco vezes menos que um
juiz – cerca de R$ 3,7 mil. De acordo com a Associação dos Defensores Públicos
de Pernambuco, dos 262 defensores nomeados nos últimos dois anos, 209 deixaram
o cargo, grande parte para assumir posições na magistratura e no Ministério
Público (MP). “A defensoria acaba se tornando uma carreira de passagem”, disse
o presidente da Anadep, André Castro.
• Carlos
Eduardo Barros da Silva é pernambucano e passou no concurso da Defensoria
Pública de seu estado e do Pará. Mesmo ficando longe da família, acabou optando
pela Defensoria Pública paraense por causa da estrutura e melhor salário.
“Minha ideia era esperar uma melhora na situação da Defensoria de Pernambuco
para voltar ao estado, mas nada mudou nos últimos anos. Agora já não me vejo
longe do Pará”, relata.
• Atualmente
trabalhando no Ministério Público do Espírito Santo, Carlos Furtado de Melo
Filho já foi defensor público do estado e diz que um dos fatores que certamente
contribuíram para sua saída foi a desvalorização da carreira em relação a
outras do Judiciário. “Apesar do sonho de chegar ao MP, adorava trabalhar na
Defensoria Pública: foi o local onde mais aprendi”. Segundo Melo Filho, seu
salário mais que dobrou ao mudar para o MP.
• Além
de taxas de evasão, o levantamento da Anadep também mostra estados onde há mais
postos vagos que defensores efetivos. É o caso de Minas Gerais, que atualmente
tem 631 postos e 559 defensores trabalhando. No Piauí a desproporção é ainda
maior com 86 defensores na ativa e 372 vagas.
• “A
única coisa que explica o fato de se investir bem mais no Judiciário e tão
pouco nas defensorias é a falta de vontade política e de entendimento de que o
Estado não é apenas o acusador e o que condena, mas também o que protege e que
garante o direito”, pontua Castro.
• O
quadro de evasão se repete em outros estados, proporcionalmente ao valor do
salário. Em São Paulo, onde um defensor recebe cerca de 57% do valor pago aos
colegas do MP e do Judiciário, a evasão é de um defensor por mês. No Espírito Santo, um defensor ganha menos de
30% do que é pago a promotores e juízes e há um caso de evasão a cada nove
dias.
• As
defensorias públicas foram criadas para dar assistência jurídica gratuita a
pessoas que ganham até três salários mínimos. Apesar de já existirem antes de
1988, foi a Constituição Federal que obrigou o Estado a amparar os necessitados
juridicamente. As defensorias estaduais oferecem atendimento na área criminal,
cível (como rescisões de contratos e despejos) e em questões familiares, como
ações de reconhecimento de paternidade e divórcios.
• As questões previdenciárias, como aposentadoria e pensões, ações
trabalhistas e questões envolvendo crimes federais são atendidas pela
Defensoria Pública da União, que tem estrutura diferente das defensorias
estaduais.
•
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) remarcou para o próximo dia
6 de dezembro as audiências públicas para debater regras mais duras para
fabricação e propagandas de produtos derivados do tabaco. Elas foram suspensas
pela Justiça Federal.
• As
audiências deveriam ter ocorrido em outubro no Rio de Janeiro, mas foram
suspensas por decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com sede em
Porto Alegre, em favor da ação judicial movida pelo Sindicato Interestadual da
Indústria do Tabaco. A entidade alegou que o local escolhido para as audiências
era pequeno para comportar os interessados e a data não foi informada com
antecedência. Os eventos estavam programados para ocorrer no auditório do
Ministério da Saúde no Rio, com 200 lugares
• Desta vez, a Anvisa escolheu o Ginásio de
Esportes Nilson Nelson, em Brasília, com capacidade para receber público
superior a 10 mil pessoas, para promover as audiências. O ginásio, segundo a
agência reguladora, cumpre determinação do desembargador Vilson Darós de que o
local para as audiências tenha capacidade mínima para mil pessoas. Os avisos da
nova data da audiência foram publicados sexta-feira (18) no Diário Oficial da
União.
• Um
dos temas do debate será a proposta da Anvisa de proibir o uso de substâncias
que dão sabor doce, mentolado ou de especiarias aos cigarros e outros derivados
do tabaco.
• A
segunda proposta prevê regras para a impressão das imagens de advertências
sobre os riscos à saúde do cigarro e restringe a propaganda aos pontos de venda
e o comércio pela internet. A Anvisa já recebeu quase 250 mil críticas e
sugestões sobre os temas, desde o início das consultas públicas este ano.
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