RANKING
DA CORRUPÇÃO
O Brasil está em 14° lugar no Índice de Pagadores de Suborno de
2011 (tradução livre de Bribe Payers Index), que contou com 28 países e é
realizado pela ONG Transparência Internacional (TI). A pontuação brasileira foi
de 7.7. O ranking é elaborado a partir de questionários aplicados a mais de
3.000 executivos de empresas de todo o mundo. A nota máxima, 10, quer dizer
que, para os entrevistados, as companhias do país nunca se envolveram em
pagamento de propina quando estão em negociações no exterior. Tanto a posição
quanto a nota brasileira melhoraram em relação ao último índice datado de 2008.
Naquela edição, o Brasil ficou em 17° entre 22 países, com 7.4 pontos.
Os países campeões de 2011 foram a Holanda e a Suíça, com
8,8 pontos. Completando o top 5 estão Bélgica (8,7), Alemanha e Japão (8,6). As
últimas posições são do México (7), China (6,5) e Rússia, (6,1). A média entre
os países avaliados foi de 7,8. A TI ressalta que o resultado geral foi
desapontador, pois não houve melhora significativa nos resultados entre 2008 e
2011. A entidade ressalta que o primeiro passo importante na luta contra a
corrupção no exterior é o esforço efetivo por parte dos governos dentro de casa,
fato ressaltado na matéria de segunda-feira (31) feita pelo portal Contas
Abertas
O índice também separa a tendência a se envolver em
corrupção por setor de atividade. De acordo com ele, a atividade mais “limpa” é
a agricultura e a indústria leve com 7,1 pontos. Já no fim da tabela, o setor
de construção e contratos com a esfera pública que obteve apenas 5,3 pontos. A
situação ruim no ramo não é desconhecida, visto que o segmento repete a posição
de 2008. Para a TI, ela se deve a
características específicas da atividade. Os contratos geralmente contemplam
enormes quantias e os projetos são muitas vezes únicos e, por isso, difíceis de
referenciar quanto ao tempo de duração e ao custo do empreendimento.
O estudo da TI também traz algumas recomendações para
governos e empresas. Para a esfera pública, a principal medida sugerida é de
exigir padrões anti-suborno e corrupção de fornecedores e empreiteiras que
participam de licitações públicas. Para o setor privado, é ressaltada a maneira
que as companhias também devem agir: códigos de integridade são essenciais, mas
não suficientes. Dessa forma, as companhias devem criar medidas efetivas para
combater o problema.
Esse ponto é abordado pela lei 8625/2010 que está sob
análise de comissão especial na Câmara dos Deputados. A existência de programas
como os sugeridos pela TI serviriam como atenuantes para empresas envolvidas em
corrupção.
CARROS PIPAS BLOQUEIAM
O TRÂNSITO EM CAXIAS
Os moradoras da Rua Barão de Tefé, no bairro 25 de Agosto, na área
nobre de Duque de Caxias,que já muitos anos sofrem com a falta d'água, agora sofrem
duplamente pela presença diária de carros pipas que abastecem dois prédios de
luxo, recém construídos, um grande hospital e um ambulatório. A rua é curta,
tem apenas dois quarteirões, mas seus moradores sofrem com a ação de
flanelinhas, que ocupam os dois lados da rua com os carros dos seus "clientes",
geralmente médicos e pacientes do hospital e do ambulatório. Para agravar a
situação, os moradores dos 300 apartamentos dos novos prédios não recebem água
da Cedae, sendo obrigados a comprarem carros pipas, embora morem a dois
quarteirões dos reservatórios do bairro, com capacidade para armazenar 14
milhõs de litros de água, mas que não servem aos moradores do 25 de Agosto.
Nesta quinta-feira 3, pela manhã, ao tentar sair de casa, um morador
daquela rua se deparou com uma fila de carros pipas, fechando totalmente o
tráfego (foto), impedindo a passagem de qualquer veículo naquele trecho, até
que os carros pipas esvaziassem seus tanques. Um absurdo que não preocupa nem a
Prefeitura, muito menos o Governo do Estado, dono da Cedae. Apesar das muitas
reclamações e da chegada de novos moradores, a estatal não reforma a rede
distribuidora, que é do tempo do antigo Estado do Rio, quando os serviços de
abastecimento ficavam a cargo da Sanerj. O que está faltando para a Cedae ligar
a rede distribuidora do 25 de Agosto aos dois reservatórios, que levaram 12
anos para serem construídos (Governos Marcello Alencar, Anthony e Rosinha
Garotinho), mas que obriga os moradores do bairro a comprarem água dos carros
pipas?
CONFERÊNCIA DISCUTE SEGURANÇA
PUBLICA E MOVIMENTOS POPULARES
A 8ª Conferência do Forte de Copacabana, aberta nesta
quinta (3) à noite no Rio, vai debater, entre outros temas, a fragilidade da
segurança pública internacional diante dos movimentos de protesto que se
espalham no mundo em decorrência da crise financeira em países da União
Europeia. O encontro é promovido pela Fundação Konrad Adenauer e pelo Centro
Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).
Para o representante da Fundação Konrad Adenauer no
Brasil (KAS), o alemão Thomas Knirsch, doutor em ciências políticas pela
Universidade de Bonn, os desafios desse fenômeno novo para o sistema
político-financeiro são maiores nos países que enfrentam mais problemas de
dívida pública, entre eles a Grécia, Espanha, Portugal e a Itália. “Porque,
desta vez, não é uma crise bancária, como a provocada pela quebra do [banco de
investimentos] Lehman Brothers, nos Estados Unidos.
Diante desse quadro, a juventude, que lidera os
principais movimentos de protesto no mundo, não sabe se os políticos são
capazes de tomar as melhores decisões para sair da crise, uma vez que se
mostram controlados pelo mercado financeiro, disse Thomas Knirsch. “É um
desafio geral e também uma desconfiança em relação ao sistema econômico e
financeiro mundial”. Segundo o especialista, se os bancos tomam decisões de
alto risco, “quem vai pagar a conta final?”
“A juventude está desenvolvendo uma nova forma de
protesto”. Isso será, no futuro, um tema a mais de preocupação para a segurança
internacional, para os sistemas de inteligência e os atores que tomam decisões
econômicas e políticas, disse Thomas Knirsch. Para ele, a segurança pública se
mostra fragilizada diante desses movimentos. “Se você não limita o acesso à
internet, como a China está fazendo, você vai ter um protesto ainda maior da
população”. A tendência é que esses movimentos dos jovens sejam crescentes,
conquistando o apoio de segmentos da sociedade civil e de empresas.
Knirsch alertou, porém, que ainda não se pode afirmar que
isso constituirá uma ameaça à segurança pública. Ele acredita que a questão
deve ser uma preocupação dos governos e dos responsáveis pela manutenção da
ordem pública. “Eles têm que encontrar uma forma de diálogo com esses grupos.
Porque, sem diálogo, vai ser muito difícil chegar a uma solução”.
A 8ª Conferência do Forte de Copacabana vai até nesta sexta
(4), abordando Os Novos Temas na Agenda de Segurança Internacional.
PPS QUER DE O
MANDATO
DE QUEM FOI PARA O PSD
O Partido Popular Socialista (PPS) apresentou
quarta-feira (26) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quatro petições em que pede
a perda do mandato por infidelidade partidária de quatro deputados federais que
deixaram a legenda para se filiarem ao Partido Social Democrático (PSD). De acordo com o PPS, os deputados Moreira
Mendes , Geraldo Thadeu, Alexandre Silveira (foto) e Cesar Halum (TO)
não poderiam ter saído do PPS levando com eles seus mandatos, pois o Supremo
Tribunal Federal (STF) reconheceu em 2007 que o mandato parlamentar pertence ao
partido político.
Para o PPS, a Resolução do TSE n º 22.610/2007, que
disciplina a infidelidade partidária, é inconstitucional no ponto em que prevê
como justa causa para deixar o partido a criação de uma nova legenda.
“A simples criação de um novo partido não pode ser
considerada justa causa para a ruptura do vínculo entre o mandatário e seu partido
político”, argumenta o PPS. A agremiação destaca ainda que ajuizou no STF uma
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4583) contra o inciso II do parágrafo
1º do artigo 1º da Resolução do TSE 22.610, que prevê exatamente essa
possibilidade de justa causa.
O partido defende que somente deve ser entendido como
justa causa as situações em que o próprio partido der motivo para o rompimento
do vínculo de filiação.
“A traição, nestes casos, seria perpetrada exclusivamente
pela agremiação partidária, sem que o mandatário tenha concorrido para ela. Por
essa razão, seria o partido que daria causa à dissolução do vínculo com seus
mandatários. Mas no caso do inciso II, entretanto, a situação é completamente
diferente”, sustenta.
As petições foram distribuídas por sorteio aos ministros
Marcelo Ribeiro, Gilson Dipp e Cármen Lúcia Antunes Rocha.
RÁPIDAS
• Se o TSE acatar a tese do PPS, declarando a
inconstitucionalidade do Inciso II do parágrafo 1º do artigo 1º da Resolução do
TSE nº 22.610, a situação dos políticos com mandatos que trocaram de partido
ficará insustentável. Só escaparão do facão aqueles que negociaram,
previamente, a saída do partido original para ingressar no PSD e que são
poucos. A grande maioria saiu sem bater a porta!
• Um Registro de Ocorrência
da 62ª DP (Campos Elíseos) está intrigando a cúpula da Secretaria de Segurança
Pública. Segundo consta do RO, bandidos invadiram a central na Rua
Vicente Celestino, em Jardim Primavera, onde ficam os equipamentos do projeto Baixada
Digital, que disponibiliza o acesso gratuito á internet de banda larga. Essa
central servia também aos internautas residentes em bairros de Campos Elíseos e
do Pilar, todos no Segundo Distrito de Duque de Caxias.
• O inusitado do furto é
que os meliantes, ao chegarem ao local,
tiveram o cuidado de destruírem o sensor de presença da torre, que denunciaria
a presença de estranhos no local, mas acabaram
furtando só os equipamentos do projeto, que não tem nenhum valor de
mercado e é rastreado. O caso foi registrado na Polícia e a equipe do projeto
pretende restabelecer o sinal ainda esta semana.
• O fato de os bandidos terem o cuidado de destruir o sensor de
presença revela que o grupo tem conhecimento de eletrônica e praticou esse tipo
de crime em outros locais. O que chama a atenção dos policiais que investigam o
fato é que os bandidos só levaram o equipamento que permite a conexão sem fio
de computadores dos moradores da região, o que direciona as investigações para
o crime de fundo político.
• O "Projeto Baixada Digital" é uma iniciativa da
Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado, ocupada pelo deputado federal
Alexandre Cardoso, presidente regional do PSB e pré candidato a prefeito do
município em 2012. Assim, na lista de suspeitos estariam os grupos políticos
avessos à candidatura de Alexandre Cardoso, o que representa um amplo leque de
interesses, pois já há quase uma dezena de candidatos a candidatos à sucessão
do prefeito Zito.
• Nestas condições, todos passam a integrar o rol dos suspeitos.
Resta saber se a despreparada Polícia Técnica terá condições operacionais de
chegar aos autores desse inacreditável furto.
Na dúvida, os donos de " lan houses" devem por as barbas de
molho, pois poderão entrar também no rol de suspeitos em potencial;
• O Tribunal Superior Eleitoral jogou a pá de cal na pretensão do
clã dos Cozzolinos de continuar controlando a vida política e econômica de
Magé. Na terça-feira (25), o plenário do TSE derrubou, um a um, os derradeiros
argumentos da Câmara de Vereadores do município – presidida pelo vereador
Anderson Cozzolino, irmão da prefeita cassada Núbia Cozzolino – de anular as eleições suplementares de julho,
em que foi eleito o candidato do PMDB, Nestor Vidal, com mais de 68% dos votos
válidos.
• O primeiro mandado de segurança, de autoria do Partido
Trabalhista do Brasil (PTdoB), questionava a legalidade de uma das resoluções
expedidas pelo TRE-RJ regulando as eleições suplementares. De acordo com o partido, o tribunal determinou
a realização de novas eleições por uma resolução, mas o TSE determinou a
suspensão da eleição suplementar e posteriormente reconsiderou a decisão. O TRE-RJ
então expediu outra resolução, que estabeleceu o calendário para as eleições.
• No segundo mandado de segurança, da Câmara Municipal de Magé, a
discussão se referia a como as eleições suplementares no município deveriam ser
realizadas, se de forma direta ou indireta. A ministra Nancy Andrighi lembrou
que o artigo 81 da Constituição Federal dispõe que, quando houver vacância nos
cargos de presidente e vice-presidente da República são realizadas novas
eleições. No entanto, disse, o parágrafo 1º desse dispositivo prevê que a
vacância que se efetive nos últimos dois anos acarreta eleições indiretas.
• O último mandado de segurança examinado na sessão, também de
autoria da Câmara Municipal, afirmava que o calendário eleitoral dessas
eleições teria sido modificado estabelecendo o prazo de 24 horas entre a
diplomação e a posse dos eleitos, o que violaria a Lei Orgânica de Magé, que
prevê que o prefeito deve entregar, até 30 dias antes da posse do sucessor, um
relatório sobre a situação da administração municipal. Sustentou que essa
redução do prazo está em desacordo com a Lei das Eleições.
• De acordo com a relatora, a controvérsia da questão seria
acerca da legitimidade do pleito suplementar. Ela afastou a violação à Lei
Orgânica do município de Magé e negou o pedido do mandado de segurança.
• A lentidão das obras do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) também é refletida pela execução orçamentária do PAC nos últimos anos.
Dados da ONG contas abertas mostram que, dos R$ 19,3 bilhões pagos pelo Governo
Dilma Rousseff até 21 de outubro, R$ 14,9 bilhões são de restos a pagar,
especialmente dos anos de 2007 e 2008 (valores não incluem estatais,
financiamento habitacional e contrapartida de Estados).
• Apenas R$ 4,4 bilhões referem-se a 2011, afirma o
secretário-geral da ONG, Gil Castello Branco. "Basicamente, o que o
governo está fazendo agora é honrar compromissos passados", afirma ele,
observando que ainda restam R$ 17,7 bilhões de restos a pagar a ser quitados.
Mais da metade desses recursos são de empreendimentos dos Ministérios da
Integração Nacional e de Cidades.
• Juntos, eles são responsáveis pelas obras de saneamento básico
e recursos hídricos. Duas áreas que continuam engatinhando para deslanchar no
PAC. A exemplo do setor de transportes, a celeridade das obras foi prejudicada
pela má qualidade dos projetos. Até o último relatório do PAC, de 29 de julho
deste ano, muitas obras de integração e revitalização de bacias, barragens e
adutoras ainda estavam num estágio anterior à licitação.
• Emendas parlamentares que destinam dinheiro público para as
bases políticas de deputados e senadores por meio de convênios - sobretudo para
a construção de quadras esportivas - são o motor do Ministério do Esporte.
Recém-separada do Ministério do Turismo, a pasta foi entregue ao PC do B em
2003 e, desde então, seus gastos ultrapassam R$ 5 bilhões.
• Projeções feitas pelo Ministério do Planejamento para o ano que
vem mostram que os investimentos e despesas do Esporte vão se multiplicar, na
carona de eventos mundiais. Só os Jogos Olímpicos receberão em 2012 R$ 835
milhões.
O ritmo de gastos nos últimos oito anos e nove meses
desenha uma curva cujo ápice coincide com a realização dos Jogos Pan-
Americanos de 2007.
• A explosão de gastos nos jogos aumentou as preocupações com
realização da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016, eventos que dão
maior visibilidade ao ministério. Em 2007, os gastos estimados em R$ 409
milhões saltaram para R$ 3,7 bilhões, em meio a denúncias de superfaturamento
nas obras do Pan.
• Entre 2003 e 2010, as pontas da curva de gastos, o orçamento do
Ministério do Esporte cresceu 500%. Análise feita com base em dados registrados
pelo Tesouro Nacional e pesquisados pela ONG contas abertas mostra, porém, que
nenhuma ação do ministério supera os custos do programa Esporte e Lazer na
Cidade, de grande apelo político no Congresso Nacional.
• Destinado ao desenvolvimento e implantação de núcleos de
esportes nos municípios, o Esporte e Lazer na Cidade é destino de boa parte das
emendas parlamentares apresentadas no Congresso. Desde o início da gestão PC do
B, o programa consumiu R$ 1,2 bilhão.
• Ao mesmo tempo em que beneficia os trabalhadores com maior
tempo de serviço, a extensão do aviso prévio para até 90 dias encarece as
demissões e pode prejudicar o setor que mais emprega no país: as micro e
pequenas empresas (MPE). Segundo especialistas e representantes do setor, a
medida deve provocar o aumento na rotatividade de postos de trabalho e onerar a
folha de pagamento.
• Para o presidente da Confederação Nacional das Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte (Comicro), José Tarcísio da Silva, a regulamentação
do aviso prévio é justa, mas deveria vir acompanhada de medidas de desoneração
para as MPE, que, proporcionalmente, serão mais prejudicadas do que as maiores
empresas.
• “A conquista dos direitos dos trabalhadores é justa, afinal o
tema levou mais de 20 anos para ser regulamentado. Mas um mecanismo que aumenta
encargos trabalhistas complica o emprego formal”, diz Silva. Para ele, a medida
praticamente anula os efeitos da ampliação do limite de enquadramento no
Simples Nacional, aprovado este mês pelo Senado e que beneficiará até 30 mil
empresas que poderiam ser excluídas do regime simplificado de tributação.
• Na avaliação de Silva, a ampliação do aviso prévio deve
aumentar a rotatividade nas MPEs porque os empregadores devem demitir
trabalhadores que estejam próximos de completar dez anos no emprego para não
ter de pagar indenizações maiores. “A medida pune justamente o setor que mais
emprega trabalhadores formais”, ressalta.
• De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (Sebrae), o setor empregava, em 2010, 13 milhões dos 24,9 milhões dos trabalhadores
formais do país, o que representa 52,3% dos empregados com carteira assinada.
No comércio, as MPEs respondiam no ano passado por 73,7% dos postos de
trabalho.
• Especialista em relações trabalhistas do escritório de
advocacia Sevilha, Andrade e Arruda, a advogada Elisa Tavares defende uma
reforma tributária voltada para as MPE para compensar a ampliação do aviso
prévio. “A desoneração da folha de pagamento [em vigor para os setores de
tecnologia da informação, móveis, tecidos e calçados] deveria ser estendida às
micro e pequenas empresas”, comenta.
• A advogada também reivindica a criação de alíquotas menores
para os encargos trabalhistas, o que permitiria às MPE pagar menos que as
grandes empresas. “Uma alíquota de 20% sobre a folha de pagamento pesa mais
para um pequeno empresário do que para um grande industrial”, ressalta.
• A Justiça do Rio deve
analisar, nos próximos dias, o pedido de liminar que o Ministério Público (MP)
estadual enviou segunda-feira (31) à 2ª Vara Criminal de Santa Cruz, proibindo
a ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) de despejar
ferro-gusa - subproduto usado na fabricação do aço - em poços ao ar livre, sem
controle de emissão de poluentes.
• O pedido faz parte da
segunda ação penal movida em pouco mais de um ano pelo MP contra a
multinacional, instalada em Santa Cruz, na zona oeste da cidade, por crime
ambiental.
• De acordo com o Tribunal
de Justiça do Rio, para decidir se acolhe o requerimento, o juiz José Nilo
Ferreira, responsável pelo caso, determinou que a empresa, seu diretor de
Sustentabilidade, Luiz Cláudio Ferreira Castro, e o Instituto Estadual do
Ambiente (Inea), órgão responsável pelo licenciamento ambiental da companhia,
se manifestem no prazo de dez dias. A primeira audiência nesse processo está
marcada para o dia 17 deste mês.
• De acordo com os
promotores responsáveis pela ação, “há relação direta entre a prática da TKCSA
e a violação do padrão de qualidade do ar nas comunidades vizinhas à empresa”.
O requerimento do MP aponta que a emissão de substâncias poluentes ultrapassa
em três ou quatro vezes o estipulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
para a concentração de material particulado.
• Para chegar a essa
conclusão, foram analisados dados da própria companhia, como a quantidade de
ferro-gusa vertido e o período em que isso ocorreu, além de informações das
estações de monitoramento da qualidade do ar na região. Os promotores também
observaram o conteúdo de entrevistas feitas pela Defensoria Pública com 238
famílias que vivem em local próximo às instalações da empresa. Os moradores
relataram problemas dermatológicos, respiratórios e oftalmológicos relacionados
à “chuva de prata” emitida pela companhia.
• O documento do MP também
se baseia em um relatório da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), apontando que o
despejo do ferro-gusa pela CSA provoca emissão de pó que contém substâncias
tóxicas, como o manganês, o que provoca “diversos problemas de saúde pública”.
O documento destaca que após o início da operação da TKCSA, houve aumento de
1.000% na concentração de ferro no ar nas proximidades da companhia.
• A CSA informou, por meio
de sua assessoria de imprensa, que aguarda notificação judicial para fornecer à
autoridade judicial todos os detalhes a respeito da operação dos poços. Em nota,
a empresa destaca que o uso de poços de emergência é procedimento padrão na
siderurgia mundial e que a atividade está devidamente licenciada pelo Inea.
• A companhia ressaltou que
está desenvolvendo uma série de medidas de controle das emissões, conforme
exigência do órgão ambiental, entre elas a construção de um sistema de
despoeiramento, para evitar o desprendimento de carbono em forma de grafite no
momento do despejo do ferro-gusa nos poços de emergência.
• Ainda segundo a
assessoria de imprensa, um problema nesse processo causou a emissão irregular
de fuligem prata em duas ocasiões no ano passado. Pelos episódios, a CSA foi
multada em R$ 1,2 milhão, em agosto, e em R$ 2,4 milhões, em dezembro de 2010,
e foi obrigada a investir R$ 14 milhões em obras de saúde e infraestrutura na
região.
• O Inea informou, também
por meio de sua assessoria de comunicação, que está prevista a assinatura de um
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a CSA, prorrogando a fase de testes
da licença de instalação para a implantação de novos dispositivos de controle.
O órgão aguarda, para isso, os resultados da auditoria ambiental concluída na
semana passada, que subsidia os ajustes determinados à empresa. O Inea garante
que só emitirá a licença de operação, prevista para abril de 2012, após a
implantação desses controles adicionais.
• A TKCSA, fruto de uma
parceria entre a alemã ThyssenKrupp e a brasileira Vale, foi inaugurada em
julho do ano passado e funciona com uma licença de pré-operação.
• O ex-presidente Lula terá
uma vida normal, “de quem está em tratamento” contra o câncer, disse o médico
oncologista Artur Katz, membro da equipe do Hospital Sírio-Libanês, em São
Paulo, que acompanha o tratamento de Lula. De acordo com ele, o ex-presidente
não poderá manter uma agenda intensa de compromissos, mas poderá ter uma vida
normal em casa e com os amigos.
• “Ele deverá levar um vida
normal. Estamos discutindo, inclusive, quantos minutos por dia ele poderia
fazer de esteira. Será vida normal de alguém que está em tratamento. Evidentemente,
ele não cumprirá a agenda de trabalho que habitualmente costuma obedecer”,
disse o oncologista.
• Segundo Katz, o
ex-presidente poderá se sentir um pouco cansado nos próximos dias. “Mas nada
diferente do que a gente pode sentir num resfriado forte”, comparou. Katz disse
que é muito improvável que Lula sinta enjoos fortes, no máximo um ligeiro
mal-estar. Artur Katz reforçou que Lula não sentiu nenhum dos efeitos
colaterais comuns à quimioterapia. “Náusea, que é efeito colateral comum, ele
não teve absolutamente nenhuma. Tanto que a grande preocupação dele, ao longo
de toda a manhã, era saber a que horas poderia almoçar”.
• O médico ressaltou que a
voz do ex-presidente praticamente já voltou ao normal, em razão da melhora do
edema que se formou perto do tumor. “A voz melhorou muito, mas, evidentemente,
parte do problema da voz se devia ao edema, existente junto da lesão. O edema
regrediu rapidamente, é por isso que a voz dele está praticamente normal”.
• Lula deverá voltar ao
hospital para o próximo ciclo de quimioterapia em três semanas. Até o fim desta
semana, o ex-presidente ainda continuará a receber os medicamentos da
quimioterapia por uma bolsa de infusão (via cateter). Após isso, a bolsa será
retirada, mas os médicos não decidiram ainda se esse procedimento será feito no
apartamento do ex-presidente (em São Bernardo do Campo) ou no hospital. Até a
próxima sessão do tratamento químico, Lula deverá fazer exames de sangue
periódicos.
• Em parceria com o Caxias Shopping, a prefeitura de Duque de
Caxias promove neste domingo (6), mais uma edição do projeto "Feira do
Agricultor Familiar", lançado em julho último, contando com a participação
de 20 produtoes rurais do município. Além de venderem seus produtos diretamente
aos consumidores, eles ainda dão dicas sobre o preparo de refeições saudáveis e
gostosas
• A Feira funciona das 12h às 17h e conta com produtores do
Capivari, Tabuleiro, Lamarão, Piranema, Xerém e do assentamento Terra
Prometida. Durante a Feira, os
freqüentadores do shopping terão a oportunidade de levar para casa produtos
frescos e de boa qualidade, como frutas, legumes e hortaliças como abóbora,
aipim, berinjela, abobrinha, quiabo, cará, batata doce, feijão verde, ovos de
galinha caipira, além de doces em compota, temperos e café, tudo produzidas na zona rural do município. O
projeto conta com apoio da Emater/Rio e a empresa Ecowood Rio, que doou as
bancas expositoras, feitas com material reciclável.
GANHADOR
DO PRÊMIO SHELL
FAZ
SHOW NO RAUL CORTEZ
Vencedor do Prêmio Shell de melhor música em “O Auto da
Compadecida”, além de ser bicampeão do Concurso Nacional de Marchinhas da
Fundição Progresso, promovido pela Rede Globo, o cantor e compositor Edu
Krieger (foto) faz show nesta sexta-feira (4), às 20h no Teatro Municipal Raul Cortez,
no centro cultural Oscar Niemeyer, na Praça do Pacificador.
No show, o artista apresenta o repertório do seu CD
intitulado “Correnteza”. A direção musical é de Lucas Marcier e a produção de
Pedro Bettencourt. O espetáculo está liberado para todas as idades e os
ingressos custam R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia)
Sábado e domingo, o Teatro Raul Cortez será da criançada,
com a apresentação da peça infantil "Os Três Porquinhos". Chamados
Prático, Bolão e Bolacha, os três recebem uma pequena quantia em dinheiro de
sua mãe porca e cada um deles resolve fazer sua casa. Mas o Lobo mal está livre
na floresta novamente e eles terão que enfrentar seus vários disfarces para se
livrar de vez desse lobo perigoso que quer transformá-los em Churrasco
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