NÍVEL DOS RIOS DEIXA DUQUE
DE CAIXAS EM ALERTA MÁXIMO
O INEA (Instituto Estadual do Ambiente do
Rio de Janeiro) continua em alerta máximo nos municípios de Duque de Caxias, na
Baixada Fluminense, e Macaé, no norte do estado, devido ao nível alto dos rios
desses municípios.
Já o município de Nova Friburgo, na região
serrana, que chegou a ficar em alerta máximo ontem (2), segundo o sistema de
alerta de cheias, retornou ao estado de atenção. Os municípios de Teresópolis e
Petrópolis também estão em estágio de atenção.
Os demais municípios monitorados pelo Inea
(São João de Meriti, Nilópolis, Mesquita, Belford Roxo e Nova Iguaçu, todos na
baixada) estão apenas em estágio de vigilância, o menos preocupante.
MPRJ EXIGE QUE PREFEITURA
FIQUE ALERTA SOBRE CHUVAS
Cerca de seis agentes sociais começaram na
manhã desta terça-feira (3) uma vistoria técnica em Nova Friburgo, região serrana
do Rio de Janeiro. Os assistentes vão levantar informações, com a comunidade,
sobre possíveis falhas cometidas pela prefeitura do município serrano no
atendimento à população desde que foi declarado alerta máximo com as chuvas que
começaram no último domingo. A fiscalização, a pedido do Ministério Público do
Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), não tem prazo para terminar.
Os promotores constataram, segunda-feira
(2), que diversos pontos de apoio na cidade estavam fechados ou sem condições
mínimas para atender à população, além de outras falhas no socorro à
comunidade. Em nota, o MPRJ informou que expediu recomendação ao prefeito de
Nova Friburgo, ao Comandante da Defesa Civil do Município e ao secretário
municipal de Assistência Social, para que cumpram a decisão judicial, de
setembro do ano passado, que obriga a imediata adoção de políticas públicas de
proteção à população no período de chuvas, como a implementação do plano de
contingência e de alerta eficaz nas áreas de risco identificadas.
“Apesar das sirenes de 14 localidades terem
sido acionadas, a listagem dos pontos de apoio em funcionamento no município de
Nova Friburgo não havia sido divulgada”, informou, em nota, a assessoria do
órgão.
Os funcionários do MP ainda relataram que,
no bairro de Campo do Coelho, o ponto de apoio, que, segundo a Defesa Civil,
seria uma escola estadual, estava fechado, assim como outros seis pontos.
“Em Córrego D’antas [outro bairro de Nova
Friburgo], uma creche abrigava duas famílias, sem a supervisão de responsável técnico,
apenas de uma voluntária da Cruz Vermelha, moradora da comunidade. Não havia
luzes de emergência, velas, material de limpeza e de higiene pessoal. Apenas
água, leite e biscoitos foram doados em quantidade insuficiente para dois
dias”, acrescentou a assessoria do MPRJ.
No relatório prévio, os promotores ainda
identificaram que, em Duas Pedras, também no município serrano, “cerca de 50
pessoas procuraram o local [ponto de apoio que ficava em cima da Rodoviária
Norte], onde permaneceram por menos de uma hora devido à falta de estrutura”.
Os funcionários do MPRJ ainda acrescentaram que, nesta localidade, “não há
responsável técnico, papel higiênico, material de limpeza e água potável. Havia
apenas 15 colchonetes e 15 kits de emergência”. O problema foi semelhante no
bairro Jardim Califórnia.
Na recomendação enviada a prefeitura, o
MPRJ pede que o Poder Público local preste as informações necessárias para
atender às exigências judiciais no prazo de até cinco dias.
UM QUARTO DOS MORADORES DE
LAJE DO MURIAÉ ESTÁ DESALOJADO
Uma pessoa morreu e 2 mil estão desalojadas
no município de Laje do Muriaé, no noroeste do Rio de Janeiro, em consequência
das chuvas que atingem a região desde a semana passada e que se intensificaram
no último domingo (1º). Além disso, segundo informações da prefeitura, há 500
pessoas desabrigadas. Parte delas foi levada para abrigos improvisados em
escolas e quadras esportivas.
De acordo com o prefeito José Eliezer, a
cidade, que tem cerca de 8 mil habitantes, está alagada por causa da cheia do
Rio Muriaé.
“Há dois dias começou a chover muito forte
principalmente na cabeceira do rio, no município mineiro de Miraí. Nossa cidade
é a primeira que recebe as águas de Minas Gerais e, como o declínio é muito
grande e a água vem entre morros, aqui é onde ela encontra espaço para se
expandir, causando todo esse transtorno para a população”, explicou.
Ele acrescentou que a maior parte da cidade
foi construída em área de alagamento, o que justifica o grande número de
desalojados.
De acordo com José Eliezer, o homem que
morreu tinha ido buscar pertences em casa, no bairro de Chácara do Cruzeiro.
“Ainda não sabemos explicar como ocorreu a
morte, mas sabemos que o bairro é um dos que estão alagados. A situação aqui é
bem grave, a água atingiu níveis que nunca foram atingidos e estamos
praticamente isolados”, disse o prefeito.
QUEDA DE BARREIRA ISOLA
NOVA FRIBURGO DA CAPITAL
Uma queda de barreira na localidade de
Mury, em Nova Friburgo, na região serrana, provocou o fechamento da Rodovia
RJ-116, às 10h de hoje (3). A barreira bloqueou a estrada, que liga o Grande
Rio ao município serrano, na altura do quilômetro 69, na altura do Mury Garden.
A concessionária Rota 116, que administra a
rodovia, está aguardando autorização do Departamento Estadual de Estradas de
Rodagem (DER-RJ) para iniciar os trabalhos de remoção da terra e liberação do
tráfego na estrada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário