terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

BAIXADA URGENTE

BRASIL CONTINUA GERANDO
MAIS EMPREGOS NA CHINA

Empresários e sindicalistas farão uma série de manifestações em diversos estados contra o aumento da importação e a desindustrialização do país. A mobilização começou nesta terça (28) no Senado onde um grupo foi pedir a aprovação da Resolução 72, que reduz a zero a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações interestaduais com produtos importados.
Também nesta terça-feira (27), o Governo do Rio anunciou a compra de mais 60 trens fabricados na China, da mesma empresa onde o Governo comprou uma remessa anterior que já começou a desembarcar no porto do Rio, mas está retida pela Alfândega. Isso significa que o Governo do Rio está gerando novos empregos na China e asfixiando a industria ferroviária nacional, assim como já ocorreu na construção naval.
De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o deputado federal Paulinho da Força (PDT/SP), a prova de que a desindustrialização existe é o fato de que os empregos estão sendo perdidos no setor. “Por isso resolvemos colocar o bloco na rua para enfrentar essa questão”. Paulinho disse que empresários e sindicalistas pretendem atuar tanto para aprovar a Resolução 72, quanto para pressionar o Executivo com relação aos juros e ao câmbio.
O presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Adir de Souza, disse que a intenção não é a de fechar o mercado brasileiro aos países estrangeiros, mas que deve haver uma proteção para a indústria nacional. “Este movimento que se inicia não é só de trabalhadores e empresários, queremos chamar a atenção da sociedade porque o efeito dessa crise na indústria desencadeia desemprego em outros setores”.
O presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, ressaltou que empresários e sindicalistas estão igualmente preocupados com os problemas do Brasil, que em sua avaliação está perdendo sua competitividade, por causa de altos custos para produzir em território nacional. “Está custando caro produzir no Brasil, e isso, leva o capital para investir em outros lugares e trazerprodutos importados”.
Segundo Skaf, 25% dos produtos que circulam no comércio brasileiro são importados. “Quem fala que não há desindustrialização no país está vivendo fora da realidade. É lógico que está havendo desindustrialização e isto é prejudicial ao país. O Brasil vai ter, em 2030, 150 milhões de pessoas precisando de emprego e não é abrindo mão da indústria que emprega intensivamente que o Brasil vai conseguir empregar bem todo esse contingente”.

CORONEL DIZ QUE LUGAR DE
BOMBEIRO É NA DEFESA CIVIL

Ao fazer uma palestra nesta terça-feira (27), na reunião mensal do Conselho Comunitário de Segurança Pública de Duque de Caxias, realizada no auditório da Universidade Estácio, em que o tema era a necessidade da estruturação da Defesa Civil como órgão atuante na realização de projetos de prevenção de deslizamentos e enchentes, o coronel bombeiro Sérgio Simões, atual Comandante Geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, afirmou que não há como retirar da Defesa Civil os "Soldados do Fogo", como alguns setores do governo do estado vem defendendo ultimamente, em consequência da greve dos bombeiros militares.
Depois de, didaticamente, explicar aos presentes a sutil diferença de atuação entre a Defesa Civil, gestora de riscos, e o Corpo de Bombeiros, gestor de acidentes, o coronel Sérgio Simões reclamou da falta de estrutura da Defesa Civil, situação que se repete nos municípios e em outros estados, o que aumenta os riscos da população que vive em encostas ou beira de rios, lembrando que uma das últimas grandes tempestades no Rio de Janeiro ocorreu em 1966, fato que só se repediu em 1988, portanto, 22 anos depois, mas que, agora, elas vem se tornando uma rotina em todos os verões, lembrando os desmoronamentos em Angra dos Reis (2009), Morro do Bumba, em Niterói (2010) e da Região Serrana (2011), todas provocadas pelo excesso de chuva num mesmo local e em tempo reduzido, o que impede a recuperação do solo, que acaba se esfacelando. O coronel lembrou que os grandes países se negam a admitir que as mudanças climáticas, que vem ocorrendo nas últimas décadas, são decorrentes das agressões ao meio ambiente, apesar dos prejuízos e das mortes causados por enchentes e por nevascas, como vem ocorrendo na Europa nas últimas semanas.

WASHINGTON REIS NEGA
DOBRAINHA COM ZITO

Numa entrevista publicada pelo jornal "O Relato", editado em Saracuruna, segundo distrito de Duque de Caxias, o deputado federal Washington Reis (PMDB) negou de forma enfática a possibilidade de um acordo entre ele e o atual prefeito, de quem fora vice em 2000, com vistas ás eleições de outubro. Segundo o jornal, Washington Reis teria dito que esse tipo de articulação é impossível.
"Eu nunca emprestaria meu nome para coligar com uma aliança política tão escusa como essa: um governo autoritário, irresponsável, desonesto, incompetente e omisso" – teria garantido o pré candidato nas eleições de outubro próximo.
O deputado aproveitou para anunciar alguns projetos que está elaborando para sua volta á prefeitura, como a instalação de 500 câmeras nos quatro distritos para melhorar a segurança, que o ex prefeito considera um dos grandes problemas de Duque de Caxias no momento, embora faça parte do bloco de apoio ao governador Sérgio Cabral.
No final da entrevista, Washington Reis faz uma avaliação do atual do governo do município, revelando que tem pesquisas em que o índice de rejeição ao nome de Zito ultrapassa os 50% dos eleitores consultados, o deputado federal do PMDB  conclui a entrevista com uma promessa:
"Eu preferia deixar a vida pública!"

SINAL DEFEITUOSO RETEVE  
CLIENTES EM SUPERMERCADO

O final da tarde de segunda-feira (27) foi um verdadeiro sufoco para centenas de clientes que faziam compras na filial da rede de supermercados Prezunic, na Av. Dr. Maneol Reis, entre o quartel do 15º Batalhão da PM e o viaduto do Centenário (By Google Maps). Com os termômetros acima dos 35o, os clientes ficaram cerca de duas horas retidos dentro de seus veículos, no estacionamento do supermercado, que só tem uma saída, pela estreita rua 25 de Agosto, que também serve para escoar os veículos procedentes da AV. Presidente Kennedy e que se destinam ao outro lado da ferrovia.
Ocorre que há mais de uma semana está com defeito o sinal que controla o acesso ao viaduto do Centenário dos veículos que procedem da Rua 25 de Agosto. Como  até os frescões, que ligam o centro ao Castelo via 25 de Agosto, tem que passar por aquela estréia vai, os clientes do supermercado ficam sem saída.
Por outro lado, a direção do estabelecimento se mostrou despreparada, pois não tinha um "Plano B" de saída dos clientes, o que seria perfeitamente normal num a empresa com responsabilidade social. Poderia, por exemplo, liberar o portão da Av. Dr. Manoel Teles, normalmente utilizado como entrada, como saída dos clientes, no sistema anda-para, ao invés de retê-los dentro de seus próprios carros, a uma temperatura elevadíssima. Esse portão, utilizado como acesso ao supermercado, permitira que os clientes saíssem pela Av. Presidente Kennedy e retornassem ao viaduto, se precisassem ir para o outro lado da via férrea.
Assim, a incompetência da Secretaria de Serviços Públicos para fazer um eficiente serviço de manutenção dos sinais de trânsio, aliou-se ao despreparo da direção do supermercado para infernizar a segunda-feira de quem precisou refazer a sua despensa depois do Carnaval.

 RÁPIDAS

• A atriz e jornalista Silvia Mendonça (foto), uma das pré candidatas do PT à sucessão do prefeito Zito, garante que o partido ainda não se posicionou quanto ao nome que constará da cédula. Para a fundadora do PT de Duque de Caxias, tal e qual no futebol, o jogo só termina com o apito final e, no caso do PT, a decisão que está valendo, por enquanto, é a de ter candidatura própria. A outra postulante é a professora Dalva Lazaroni, ex-PV.
• Como na vida, tudo no PT é provisório. Falta ao partido seguir o velho ritual da esquerda paleolítica quando se vê diante de um grande desafio: reúne-se o partido, tira-se uma Comissão, que irá se reunir brevemente para estudar uma alternativa possível, que será discutida numa próxima reunião, que geralmente fica para as calendas.
• De repente, Lula decide acabar com a democracia petista e apoiar Alexandre Cardoso, do PSB (foto), em troca do apoio do partido do governador Cid Gomes, do Ceará, a ex ministro Fernando Hadad, candidato de Lua imposto ao PT para disputar a prefeitura de S. Paulo.
• A ninguém é lícito esquecer que a presidente Dilma Rousseff foi nesta terça-feira ao Ceará, anunciar, ao lado do governador Cid Gomes (PSB) a liberação de mais de R$ 1 bi para fazer o metrô de Fortaleza sair do papel, uma grata notícia para as caridosas construtoras, principalmente num ano de eleições.
• Finalmente, nesta quarta (29), a partir das 14;00 horas, o secretário de Fazenda do município, Raslan Abbas, irá à Câmara de Vereadores para explicar à populaça como fez para equilibrar o orçamento de Duque de Caxias que, em março do ano passado, apresentava um rombo de R$ 300 milhões, segundo revelação do prefeito Zito.
• Na ocasião, o prefeito responsabilizava seu ex vice (nas eleições de 2.000) Washington Reis pelo descalabro das contas, embora o Município tivesse arrecadado mais de R$ 1 bi em 2008.
• Segundo Zito, seu antecessor praticara uma desastrosa política econômica, tomando empréstimos e fazendo antecipação de receita, isto é, mediante um razoável desconto, a Petrobrás e outras grandes empresas anteciparam em 2008 os impostos que só iriam pagar em 2009/2010, no governo seguinte.
• O número de solicitações para que a Defesa Civil decretasse estado de calamidade pública ou situação de emergência em municípios brasileiros bateu recorde em 2010. Foram emitidos 4.640 requerimentos por 3.418 cidades. A diferença entre os números se dá pelo fato do mesmo município poder solicitar o reconhecimento das tragédias mais de uma vez por ano. Do total de requerimentos 2.765 foram aprovados pelos técnicos da Defesa Civil.
• Segundo levantamento do portal "Contas Abertas, em 2011, a quantidade de solicitações chegou a 2.775, das quais 1.506 foram atendidas de forma positiva. Neste ano, com as fortes chuvas na região sudeste e a seca que atingiu o sul do país, 1.618 requerimentos para decretar estado de calamidade pública ou situação de emergência já foram encaminhados
• De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério da Integração Nacional, em várias situações, firmou termos de compromisso antes da emissão do parecer técnico, atestando como e quanto o município deveria receber. Conforme dados do Tribunal, R$ 11,5 milhões a seis prefeituras baianas, em 2009, durante a gestão de Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), que ficou no cargo até 2010.
• Os auditores do TCU identificaram que nas pastas onde os processos ficaram guardados havia bilhetes de recomendação para que o parecer de análise fosse colocado antes do termo de compromisso, “com data anterior ao mesmo”. Nos mesmos documentos, foram encontradas folhas em branco, à espera do aval da área técnica, que indicavam apenas a finalidade: “parecer de análise”.
• A auditoria foi a mesma que confirmou a pequena estrutura da Secretaria de Defesa Civil para avaliação dos decretos de situações risco encaminhados pelos municípios. Como o jornal O Globo revelou este mês, a fragilidade do controle abriu o caminho para a proliferação de casos de desvio de recursos repassado a cidades para reconstruir áreas atingidas por enchentes no país.
• Questionado pelo jornal, o ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, atualmente na vice-presidência da Caixa Econômica Federal, afirmou não conhecer o teor da auditoria e negou que tenha liberado recursos sem a devida sustentação da área técnica, por motivos políticos ou partidários, já que os municípios beneficiados eram baianos.
• Diante dos fatos, o governo federal deve encaminhar nas próximas semanas ao Congresso Nacional proposta para que os estados retomem a prerrogativa de homologar os pedidos de situação de emergência apresentados pelos municípios, como ocorria até 2010. O objetivo é exatamente conter o descontrole das autorizações de repasses de verbas para municípios que decretaram emergência ou calamidade sem análise técnica adequada para avalizar as transferências.

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