quinta-feira, 3 de maio de 2012

BAIXADA URGENTE

CÂMARA DE CAXIAS VIVE
CLIMA DE EMPEACHMENT
 A existência de um contrato de locação de 117 veículos para uso dos 21 vereadores, em 2011, que seriam  fornecidos pela empresa Locanty, levou um grupo de vereadores a organizar um momento para afastar do cargo o presidente da Câmara. A existência do movimento contra Mazinho foi anunciada pelos vereadores Leide e Grande em entrevista a um jornal carioca. Na reportagem que denunciava a locação dos veículos, Grande se disse contrário a tal arranjo, no que Mazinho sacou da gaveta um documento, em que 18 vereadores pedem a locação dos veículos.
Investigado pelo Tribunal de Contas do Estado, o contrato foi considerado irregular. Na visão dos técnicos do TCE, teria havido um sobrepeço de R$ 600 mil reais, responsabilizando no caso o presidente e a diretora da Câmara. Como o valor de mercado para 117 veículos do tipo popular seria de 192 mil reais, o TCE condenou os 18 subscritores do documento a devolverem esse valor à Câmara, pois não conseguiram provar que utilizaram os veículos alugados em serviços de interesse público. E a condenação pelo TCE, um colegiado, coloca os 18 vereadores na mira do Ministério Público Eleitoral e ao alcance da Lei da Ficha Limpa. Em outras palavras: os que assinaram o tal documento podem ser impedidos de disputarem a reeleição.
Pelo visto, nossos vereadores resolveram apelar para o suicídio político coletivo. Como o Legislativo é uma Casa de decisões coletivas, todos os seus atos são da responsabilidade solidária de todos os 21 vereadores. Se houve malfeitos, todos são responsáveis perante a Lei. A pretendida cassação do mandato de presidente da Câmara não terá o condão de perdoar ou anistiar os crimes que ali tenham sido praticados desde janeiro de 2009.

PROFESSOR É CONVIDADO
PARA REERGUER A FEUDUC
 As negociações entre os mantenedores da FEUDUC e um grupo empresarial indicam que aquela instituição de ensino de terceiro grau poderá escapar da crise em que foi envolvida pelas últimas administrações. Segundo informação que circula entre os alunos, um respeitado professor, demitido há poucos anos, foi convidado para dirigir a Feuduc em sua nova fase.
O professor sentiu-se honrado com o convite, mas preferiu aguardar os desdobramentos das negociações entre o grupo empresarial e os mantenedores da instituição para se manifestar.  Alunos e professores estão otimistas, inclusive os que foram demitidos e aguardam, há anos, o pagamento de seus direitos trabalhistas.
O grupo que dirige a Feuduc desde a sua fundação resolveu passar adiante os seu direitos hereditários, previstos nos estatutos, depois que a Justiça do Trabalho resolveu desconsiderar a personalidade jurídica da Universidade e incluir o patrimônio pessoal dos mantenedores como garantia de pagamento das dívidas acumuladas nos últimos 10 anos.

BEBÊ MORRE POR FALTA DE
UTI NEONATAL NA BAIXADA
 Depois de aguardar por dois dias a remoção para uma Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal, um bebê com apenas quatro meses de idade faleceu no Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias, por falta de vagas em UTIS infantis na rede de saúde da Baixada Fluminense.
Inicialmente, o bebê foi levado pelos pais a um posto médico em Belford Roxo. Ao ser examinado, a equipe médica constatou que o estado do bebê era grave e recomendou  a sua internação numa UTI Néonatal.
Durante dois dias, a equipe médica fez nove tentativas de encontrar vagas em UTIs na região, sem sucesso. Por isso, a equipe resolveu transferir o bebê para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, segundo distrito de Duque de Caxias. Ali, o bebê ficou internado ao lado de outras 10 crianças, mas não resistiu e veio a falecer.
Em nota oficial, a Prefeitura de Belford Roxo informou que a criança foi atendida no posto de saúde, mas, como o estado de saúde era ruim, houve a necessidade de sua transferência para um hospital de grande porte.

SENADOR PETISTA DEFENDE A
CASSAÇAO DE DEMÓSTENES
 O discurso feito pelo senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), em plenário, no dia 6 de março, foi decisivo na construção do parecer do relator Humberto Costa (PT-PE) pedindo ao Conselho de Ética a abertura de processo disciplinar para cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro. No discurso do dia 6, Demóstenes negou qualquer relação com o empresário goiano, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, investigado pela Polícia Federal e o Ministério Público por suspeita de liderar um esquema de corrupção e exploração de jogos ilícitos.
Humberto Costa destacou que seu parecer não se sustenta apenas "em matérias veiculadas na mídia". Em vários momentos, desde que foi escolhido para a função, Humberto Costa ressaltou que as investigações do Conselho de Ética se baseiam em um julgamento político.
Com a leitura do parecer, o conselho encerra a primeira etapa na análise das denúncias que embasaram o requerimento do PSOL de cassação do mandato do ex-líder do DEM no Senado. Os parlamentares terão até terça-feira (8) para se aprofundarem nos argumentos sustentados por Humberto Costa e votar o relatório. Caso aprovado, será aberta a segunda etapa dos trabalhos que é a análise de mérito.
Já com os inquéritos das operações Vegas e Monte Carlo disponibilizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Humberto Costa avaliará até que ponto as gravações autorizadas pela Justiça e as conversas de Demóstenes com Cachoeira comprometem o ex-líder do DEM.
"O [problema é que] o senador faltou com a verdade em vários momentos e comprometeu seu mandato parlamentar ao se apresentarem evidências que sua relação com Cachoeira não era apenas privada", disse o relator à Agência Brasil.

RÁPIDAS

•  O sobrado onde funcionava o restaurante "Casarão", na Rua General Câmara, no bairro 25 de Agosto, em  Duque de Caxias, onde deveria funcionar uma produtora de programas para a TV, com vistas às eleições deste ano,  mudou de ramo antes mesmo de sua inauguração.
•  O grupo que adquiriu o restaurante já tinha compromisso com um candidato a prefeito do município, muito ligado aos novos donos do antigo restaurante. O segredo que o assunto merecia foi quebrado e a direção do PT viu no local o ponto ideal para produzir os seus programas.
•  Diante do chamado "conflito de interesses", o grupo empresarial decidiu mudar de ramo e optou por uma pizzaria, que deverá ser inaugurada nos próximos dias. Como a intenção do grupo empreendedor era diversificar suas atividades, buscando  outras fontes de lucros, a mudança de planos não representou qualquer problemas. Problema haveria se decidissem priorizar a campanha eleitoral do PT/Caxias.
•  Esta semana, o semanário "Capital" publicou uma entrevista com a professora Dalva Lazaroni, pré candidata à prefeitura de Duque de Caxias, e o fecho não poderia ser mais revelador da postura agressiva da ex Secretária de Cultura do governo Washington Reis: "Quem negocia o futuro de Caxias fora da cidade não tem compromisso com ela".
• Foi um torpedo dirigido ao deputado Alexandre Cardoso, do PSB, considerado um dos muitos "forasteiros" que cobiçam comandar a segunda economia municipal do Estado, mas que ocupa a 15ª posição do ranking das cidades com mais de 300 mil habitantes que não tem sistema de esgotos canalizados e tratados.
•  Segundo Dalva Lazaroni, o PT estadual  realizou na semana passada uma reunião com os 35 pré-candidatos já definidos através do processo eleitoral interno, e ela foi um deles. O Partido divulgou em seu site fotos de todos esses pré-candidatos.
•  No site o presidente regional Jorge Florêncio faz um resumo do que aconteceu na reunião. Dos 35 pré-candidatos, ele citou apenas seis e nesses seis aparece a estrela Dalva.  Para os diretórios municipal e estadual na há dúvidas da candidatura própria e do nome de Dalva Lazaroni.
•  Dalva revelou na entrevista  que, desde outubro do ano passado o Partido está em processo de escolha do candidato. “Em 23 de outubro, tivemos a eleição do diretório. A candidatura própria teve 30 votos e a aliança com o PSB teve 13. Essa foi a grande disputa, ali praticamente se definiu por candidatura própria. Depois tivemos alguns debates internos e, por fim, cumprimos um regulamento estabelecido pela direção nacional, regulamento que trata exclusivamente das eleições de 2012"
•  No dia 5 de fevereiro o PT/Caxias promoveu um encontro para decisão de tática eleitoral, para eleger os delegados que iriam decidir entre aliança ou candidatura própria. Nesse dia ocorreu a disputa entre seis chapas, ima indicando candidatura própria, e as outras 5 se uniram para votar em favor da aliança.
•  No dia 12 de fevereiro, uma semana depois do encontro, os 220 delegados reunidos, continuavam do mesmo jeito, uma chapa para candidatura própria e outras cinco para aliança. "Ganhou candidatura própria”, relembrou a diretora da Escola de política do PT.
•  Na entrevista, Dalva disse acreditar que não haverá intervenção no partido. ”Foi um processo legítimo e legal. Eles estão forçando uma barra para que eu desista, mas eu não desisto. Eles plantaram informações de uma maneira leviana".
•  Para Dalva, se as coisas não vão bem é uma questão de gestão, não é problema de dinheiro. "Um município rico como o nosso não pode ser tratado de maneira leviana e nem pode ter as suas decisões nacionalizadas”.
•  O Governo já tem um "Plano B" para se livrar da inconveniente companhia da insuperável Delta e seu ex presidente, o boquirroto Fernando Cavendish, amigo fiel e companheiro constante das longas vilegiaturas do governador Sérgio Cabral por Pariz e Mônaco.
•  Segundo o portal "Contas Abertas", caso a Delta Construções S.A seja considerada inidônea, tanto a celebração de novos contratos quanto o recebimento de recursos federais serão paralisados até que as irregularidades sejam sanadas ou os cofres públicos ressarcidos do eventual valor do prejuízo apurado.
•  Para o especialista em licitações, Inaldo Vasconcelos, neste caso, a legislação prevê que os contratos podem ser assumidos pelas empresas que participaram do processo licitatório, desde que estejam dispostas a realizar a obra e aceitem as condições acertadas no contrato, inclusive valores e prazos previstos.
•  O professor explica que não necessariamente as obras ficarão paradas. “Na hipótese de se considerar a licitação realizada viciada, irregular, fraudulenta, deverá ser promovida outra licitação para dar continuidade à execução da obra ou se fará a contratação por emergência. Somente na hipótese de se considerar possível risco ao patrimônio público a obra será paralisada, devendo a questão estar intimamente ligada a busca do interesse público”.
•  Na última quinta-feira, questionada sobre o que aconteceria caso a construtora, alvo das investigações e responsável por várias obras de Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), seja considerada inidônea, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou: “se isso vier a acontecer, quando acontecer, vamos ver o que pode ser feito". Além disso, Belchior disse que se a Delta quebrar, trata-se de um problema da empresa, não do governo.
•  Já o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, admitiu que o governo se preocupa com a possibilidade da empreiteira deixar a execução de obras encabeçadas pela companhia em todo o País, em especial as do PAC. De acordo com o ministro, o Ministério do Planejamento está se preparando para fazer o mais rápido possível o processo para que as obras sejam retomadas o quanto antes.
•  Carvalho afirmou ainda que o governo trabalha para impedir que haja descontinuidade na execução das obras. "Vamos fazer de tudo naturalmente para que não haja a solução de continuidade", disse.
•  A juíza Maria Cristina Barros Gutierrez Slaibi, da 3ª Vara Cível da Capital, condenou a empresa de transporte urbano Amigos Unidos a pagar uma indenização no valor de R$ 17 mil, por danos morais, a um passageiro.
•  Jackson de Souza estava no interior de um dos coletivos da empresa que trafegava em alta velocidade, quando o veículo se chocou violentamente com uma árvore, projetando o passageiro contra as ferragens. Ele permaneceu na mesma posição até a chegada da equipe de resgate.
•  Para a juíza, “analisando tais critérios e as circunstâncias traumáticas que nortearam o evento, bem como a angústia e sofrimento físico, a ausência de lesões mais graves, o teor do relatório de atendimento emergencial, que comprova que o autor ficou preso nas ferragens do coletivo, a angústia daí decorrente, os precedentes citados, bem como o caráter pedagógico de que deve se revestir a fixação do dano moral, afigura-se prudente e adequado que seja indenizado pelo dano moral com a quantia de R$17 mil”.
•  O autor da ação afirmou que sofreu várias lesões pelo corpo e que o acidente ainda vitimou 36 passageiros, levando o motorista a óbito. Processo Nº 0382465-73.2009.8.19.0001.
•  A prefeitura inaugurou sexta-fera (27) a Reserva Biológica do Parque Equitativa, no tercerio distrito de Duque de Caxias, juntamente com a urbanizaçao a Praça Bento Antonio da Silva, antiga Praça do Monte.
•  A reserva ocupa uma área de 1,5 milhão de metros quadrado e é rica em flora e fauna. Também foi entregue a sede administrativa do parque que será administrada por um comitê gestor, formado pelo poder público, entidades representativas e moradores. O monitoramento da região será feito por agentes da Guarda Florestal Municipal e biólogos.
•  A nova praça foi construída com material reciclado e ganhou um lago abastecido com água de uma das minas existentes no parque, que também abastecem as residências do entorno e de uma do próprio local.
•  Os bancos da praça foram construídos com o reaproveitamento de dormentes descartados da linha férrea e os caminhos ganharam taboas reaproveitadas de obras. A área ganhou ainda uma Rosa dos Ventos, admirada e elogiada por todos e acesso para deficientes
•  A Câmara dos Deputados aprovou na quinta (2),  projeto de lei que torna crime a exigência de cheque caução, nota promissória ou até preenchimento de formulário prévio para atendimento nas emergências de hospitais particulares. O texto segue agora para votação no Senado.
 •  Encaminhado pelos ministérios da Saúde e da Justiça, o projeto altera o Código Penal e tipifica a exigência para atendimento hospitalar emergencial como crime de omissão de socorro. Atualmente, a prática de exigir cheque caução já é enquadrada como omissão de socorro ou negligência, mas não existe uma referência expressa sobre não atendimento urgente.
•  O projeto prevê pena de três meses a um ano de detenção e aplicação de multa. A penalidade atual é de, no máximo, seis meses de detenção. Se a omissão do atendimento causar lesão corporal grave ao paciente, a pena dobra, e em caso de morte, triplica, conforme o texto aprovado pelos deputados federais.
Os hospitais privados serão obrigados ainda a fixar cartazes em local visível informando que a prática de condicionar atendimento emergencial à entrega de cheque caução ou outras garantias financeiras é crime.
O governo federal apresentou a proposta um mês após a morte do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, 56 anos (foto), vítima, em janeiro deste ano, de um infarto depois de ter procurado atendimento em dois hospitais privados de Brasília. As instituições, segundo a família, teriam exigido cheque caução mesmo ele tendo um plano de saúde bancado pelo próprio governo federal.

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