DIREITO A PRISÃO
ESPECIAL
Os réus condenados na Ação Penal 470, o processo do
mensalão, não terão direito a prisão especial, segundo disse hoje (13) o
ministro Joaquim Barbosa, relator do julgamento no Supremo Tribunal Federal
(STF). Após visita aos presidentes da Câmara, Marco Maia, e do Senado, José
Sarney, Barbosa respondeu a jornalistas que réus condenados não têm direito a
esse benefício.
"A prisão especial é só para quem está cumprindo
prisão provisória, e não [pena] definitiva", lembrou Barbosa, que assume a
presidência interina da Corte Supremo a partir da próxima segunda-feira (19).
Na saída do Congresso, o ministro disse ainda que não falaria sobre o
julgamento do mensalão porque o caso ainda está em andamento.
O Artigo 295 do Código de Processo Penal (CPP) estabelece
que a prisão especial só poderá ser aplicada para autoridades, pessoas com
diploma de nível superior, entre outros, enquanto não houver condenação
definitiva. Ou seja, como os réus do mensalão estão sendo condenados em último
grau de instância, depois de esgotados todos os recursos, eles cumprirão a pena
em prisão comum.
Joaquim Barbosa assume a presidência do STF no próximo
dia 22 e foi ao Congresso convidar os presidentes da Câmara e do Senado para a
cerimônia. Na visita, o ministro também disse que sua gestão será marcada pela
clareza, transparência e simplicidade.
DEPUTADO CONDENADO POR
COMPRA DE VOTOS EM 2006
O TRE-RJ condenou, na sessão plenária desta terça-feira
(13), o deputado estadual Samuel Corrêa da Rocha Júnior (PR-RJ), o Samuquinha,
a um ano e seis meses de reclusão e pagamento de 15 dias-multa por compra de
votos na campanha eleitoral de 2006. Pelo mesmo crime, a Corte eleitoral
fluminense aplicou igual sanção à ex-vereadora por Teresópolis Lúcia Elena da
Silva Rodrigues, a Tia Lu (PMDB), e condenou Paulo Sérgio Nunes Lomenha a um
ano de reclusão e oito dias-multa. Da decisão, cabe recurso.
Em setembro de 2006, Tia Lu e Paulo Sérgio Nunes Lomenha
organizaram evento em benefício da candidatura a deputado estadual de
Samuquinha, então vereador de Duque de Caxias. Segundo a denúncia do Ministério
Público Eleitoral, na ocasião teria havido oferecimento de tratamento médico e
odontológico em troca de votos para o candidato.
O artigo 299 do Código Eleitoral estabelece como crime
eleitoral "dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para
outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e
para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita".
A pena prevista é de até quatro anos de reclusão e pagamento de cinco a 15 dias-multa.
PREFEITURAS
DESPREPARADAS
PARA ENFRENTAR AS CHUVAS
Do total de municípios brasileiros em 2011 (5.565),
apenas 344, ou (6,2% tinham planos municipais de redução de riscos de desastres
naturais e recuperação ambiental preventiva. Cerca de 10% (564) estavam
elaborando o documento e 32,5% (1.812) declararam ter algum tipo de programa ou
ação de gerenciamento de riscos. A drenagem urbana, presente em 1.135 cidades,
e redes e galerias de águas pluviais, construídas em 1.090 municípios, são as
ações mais executadas.
Os dados fazem parte da Pesquisa de Informações Básicas
Municipais – Perfil dos Municípios (Munic) de 2011, divulgada nesta terça-feira
(13). Pela primeira vez, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) pesquisou a existência de planos municipais de redução de riscos.
Para a pesquisadora do IBGE Vânia Pacheco, gerente da
Coordenação de População e Indicadores Sociais (Copis), apesar da taxa de
municípios com plano de redução de riscos ser pequena, os números mostram
avanços.
“Nem todo município brasileiro precisa realmente de um
plano municipal de redução de risco. Seria bom que todos tivessem, mas eu acho
que já é um movimento bem positivo, levando em consideração que foi só esse ano
também, em agosto, que o governo federal lançou o Plano Municipal de Riscos.”
O plano municipal mapeia riscos ambientais, geológicos,
geotécnicos e de construções e traça objetivos, metas e ações para a prevenção
e controle de desastres. Os programas ou ações de gerenciamento são
intervenções isoladas para prevenir esses riscos, como obras de drenagem
urbana, recuperação de várzeas, renaturalização de córregos e construção de
muros de proteção e diques.
Entre os municípios grandes, que têm mais de 500 mil
habitantes, 20 (52,6%) já têm plano de redução de riscos, oito (21%) estavam
fazendo o programa de ações no ano passado e 33 (86,8%) desenvolvem alguma ação
preventiva.
PREFEITURA DEIXA GESTANTES
DE XERÉM SEM MATERNIDADE
Esse 15 de novembro deveria ser de muita festa em Xerém,
quarto distrito de Duque de Caxias e antiga sede da FNM e que hoje abriga um
laboratório do INMETRO. Os moradores, principalmente a parte feminina, etária comemorando
o 43º aniversário da Maternidade de Xerém, inaugurada no feriado de 15 de
novembro de 1969 pelo pastor Isaias Maciel, fundador e presidente do Serviço de
Assistência Social Evangélico – SASE – instituição que começara com um hospital
em Realengo, Zona Oeste da Capital, seguindo-se o Hospital do Sase/Caxias, na Rua
Itacibá, no bairro Itatiaia e que também serviu de sede provisória do extinto
SANDU, um sistema de assistência médica do também extinto INAMPS.
A maternidade foi construída entre 1961-1969 na forma de
mutirão, com doação de material e de mão de obra não só de evangélicos, mas
membros de outras religiões, pois o hospital mais próximo de Xerém ficava em
Petrópolis. Entre milhares de pessoas que ajudaram a construir aquela unidade
estavam o então vereador José Barreto, o prefeito Moacyr do Carmo e o vice,
Ruyter Poubel. A maternidade foi incorporada pelo município no Governo José Carlos
Lacerda, quando foi inteiramente reconstruída, sendo reformada, pela segunda
vez, em 2007, no Governo Washington Reis.
Alegando elevado custo para sua reconstrução, a
secretaria de Saúde do município decidiu fechar a Maternidade. Numa entrevista ao jornal Extra, publicada no
dia 29 de maio último, o secretário de Saúde, Danilo Gomes. anunciou que,
devido às precárias condições do prédio, a Maternidade de Xerém iria ser
fechada, mas que o Governo estava construída uma nova unidade, o Hospital da Mulher, em Sant a Cruz da Serra,
distante cerca de 10 km da Vila Santa Alice, onde fica a antiga maternidade do
SASE. Além da população local, a Maternidade de Xerém também atendia as
moradoras de Imbariê, Santa Cruz da Serra, bem como de Belford Roxo, especialmente
os moradores do Lote XV, do Parque São José, do Vale do Ipê e outros bairros do
vizinho município.
Durante a recente campanha eleitoral, o prefeito Zito,
que disputava a sua segunda reeleição, acusou o secretário de Saúde do Estado,
Sérgio Cortes, de reter, por razões eleitorais, os recursos necessários à
conclusão do Hospital da Mulher (foto), projeto que também constava do programa de
governo do ex prefeito Washington Reis.
Hoje, nem a Prefeitura, no aniversário do antigo Hospital
do SASE, nem o município, muito menos o Governo do Estado, que banca o projeto
Hospital da Mulher com recursos do SUS, tem condições de informar quando a
unidade de Santa Cruz da Serra irá funcionar.
Enquanto isso, as gestantes da região terão de procurar o Hospital
Moacyr do Carmo, que não pode ser considerado um endereço seguro em matéria de
atendimento às gestantes.
RÁPIDAS
• As
primeiras indicações do futuro prefeito Alexandre Cardoso para compor o seu
secretariado foram bem recebidas, em especial na classe médica, que reconhece
nos nomes escolhidos um conjunto de conhecimento muito importante para uma
gestão eficiente da Secretaria de Saúde.
• Como
seria de esperar, dirigentes de entidades que se auto proclamam representantes dos usuários fizeram as críticas
de costume, a começar pela suposta falta de programas do novo prefeito para a
área de Saúde, a começar pelo reequipamento dos postos de saúde, que estariam
sendo sucateados pelos seus atuais administradores, ligados a uma OSCIP.
• Aliás,
o futuro prefeito deve ficar atento às pressões do PT/Caxias, que pretende
continuar a controlar a Secretaria de Meio Ambiente, sob comando do partido
desde o Governo Washington Reis. Hoje, a Secretaria se limita a informar que a
Locanty foi notificada para o cumprimento do TAC – Termo de Ajuste de Conduta –
firmado por Zito em agosto último com o INEA e a Secretaria do Meio Ambiente do
Estado, comprometendo-se a regularizar a coleta de lixo nos quatro distritos em
uma semana, sob pena de multa diária.
• A
Secretaria do Meio Ambiente também endossa a desculpa da Locanty, a de que o
fechamento do lixão do Jardim Gramacho, previsto para o próximo dia 31 de
dezembro, foi antecipado sem aviso prévio para 30 de julho pelo prefeito Eduardo Paes,
sem que o município ou a Locanty tivessem tempo para reprogramar a coleta, pois
o lixo agora tem de ser enviado para o aterro de Seropédica.
• Lamentavelmente,
a assessoria jurídica do INEA não encontrou base legal para aplicar a multa diretamente
sobre o bolso do prefeito pelo descumprimento do TAC, multa que poderia chegar
a R$ 10 milhões. Por isso, o Inea decidiu aplicar uma multa de apenas R$ 1,85 milhão, a ser paga pelo Tesouro Municipal, isto é, pelos pobres contribuintes
que já pagam Taxa do Lixo nos carnês do IPTU.
• A prefeitura
de Duque de Caxias vai realizar de 22 a 24 novembro, na FEUDUC – Fundação
Educacional Duque de Caxias (Avenida Governador Leonel de Moura Brizola, 9422 -
antiga Presidente Kennedy – bairro São Bento), a VI Conferência Municipal de
Meio Ambiente com representantes do poder público e da sociedade civil
organizada.
• Com o
tema “Avanços, Dificuldades e Desafios na Implementação da Política do Meio
Ambiente”, a conferência vai discutir seis subtemas: “Educação Ambiental e
Agenda”, “Áreas protegidas municipais, estaduais e federais”, “Controle das
atividades poluentes e riscos industriais”, “Recursos hídricos e saneamento”,
“Saúde e qualidade do ar” e “Gestão de resíduos sólidos e líquidos”. Outras
informações poderão ser obtidas pelo telefone: 2773-6243.
• Trinta
agricultores de Duque de Caxias estão sendo capacitados para trabalhar na Feira
Agrícola que vai funcionar no primeiro semestre no bairro Saracura, no segundo
distrito. O curso, iniciado terça-feira (13), será ministrado às terças e
quintas-feiras pela manhã, até fevereiro na sede no Centro Cultural de
Piranema, no Capivari.
• A
feira faz parte do programa do Ministério do Desenvolvimento Social em parceria
com o município e o Estado, através da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura
e Abastecimento, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio de
Janeiro – EMATER/RJ, do Departamento de Segurança Alimentar (DESANS) e o Fórum
de Economia Solidária.
• Durante
o curso, os plantadores da zona rural do município aprenderão técnicas de
comercialização, qualidade de atendimento, cooperativismo, acondicionamento de
produtos, certificação, além de tirarem dúvidas sobre técnicas de manejo.
• O
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse terça-feira (13), que prefere
a morte a uma longa pena no sistema prisional brasileiro, porque as condições
nos presídios nacionais são medievais. “Se fosse para cumprir muitos anos em
uma prisão nossa, eu preferiria morrer”, disse Cardozo durante um encontro com
empresários paulistas.
• Cardozo
salientou que o sistema prisional do país precisa melhorar muito. “Não é porque
eu tenho um sistema [prisional] debilitado, que não oferece condições de
reinserção, que eu vou negar o princípio que eu tenho que seguir. Eu tenho é
que melhorar o meu sistema, cumprir o meu papel”, disse.
• O
ministro respondia a perguntas feitas pelos empresários na reunião do Grupo de
Líderes Empresarias (Lide). Ele foi questionado a respeito de prisão perpétua,
pena de morte e castração química a estupradores e pedófilos. Cardozo
mostrou-se contrário à aplicação desses tipos de penas no país.
• Num
país em que os Direitos Humanos são efetivamente respeitados e os servidores se
comportam como empregados do Povo, o ministro da Justiça não deveria retornar
ao seu gabinete, devendo ser demitido por telefone pela sua estapafúrdia
confissão.
• Afinal
de contas, o sistema prisional no País é vinculado ao Ministério da Justiça que,
além de liberar recursos para construção e equipamento dos presídios estaduais,
tem o dever do fiscalizar como as cadeias funcionam.
• Como
no período colonial e no Império, as cadeias brasileiras sempre foram
destinadas aos indivíduos classificados em três Os – Pretos, Pobres e
Prostitutas. Por isso o descaso com os presos, inclusive os que já cumpriram suas
sentenças.
• A
declaração do Ministro da Justiça serviu de pano de fundo para figuras
conhecidas do PT e do lulismo afirmarem que boa parte dos réus do Mensalão, que
deveriam cumprir penas em regime semiaberto, não irão para a cadeia, por falta
de vagas, uma forma debochada de reagir à decisão dos ministros do STF,
inclusive os nomeados por Lula e Dilma, a reconhecerem que o mensalão foi uma
forma de comprar apoio parlamentar para o Governo entre 2005 e 2008.
• Policiais
da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) desencadearam, na manhã
desta quarta-feira (14), a Operação Posto Legal para fiscalizar cerca de 10
postos revendedores de combustíveis, situados no município de Duque de Caxias e
localidade de Santa Cruz da Serra, no segundo distrito do município.
• Nas
primeiras horas da operação, os agentes identificaram
três postos, cujos nomes não foram revelados, praticando o crime conhecido como "bomba
baixa", ou seja, cobrava do motorista acima do que o corresponde ao
abastecido no veículo. O responsável por um dos postos foi detido e encaminhado
para a sede da especializada.
• A
ação, que tem apoio de técnicos da Agência Nacional de Petróleo (ANP), da
Cedae, da Light, da Ceg e de fiscais da Postura da Prefeitura, visa coibir a
venda de combustível adulterado, sem procedência e de distribuidor que não seja
da bandeira autorizada do posto.
• Os
agentes também verificaram possíveis fraudes nas bombas de combustível; crimes
de furto de água, luz e gás além de cumprimento de posturas municipais.
• A 1ª
Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis do Rio aumentou para R$ 4 mil a
indenização por danos morais que o Citibank terá que pagar a um cliente que
teve despesas indevidas lançadas em seu cartão de crédito.
• O
cliente tentou cancelar a cobrança, mas o pedido foi negado pela
instituição. Agora, o banco terá que
excluir os valores contestados, juros e encargos, no prazo de 30 dias, sob pena
de multa de R$ 2 mil por cada fatura emitida
• A
sentença de 1º grau havia reconhecido a responsabilidade objetiva do banco,
condenando-o ao pagamento de indenização por dano moral, no valor de R$
500. Todavia, deixou de analisar o
pedido de exclusão definitiva dos valores relativos aos gastos impugnados e os
encargos derivados.
• Ao
apreciar o recurso de cliente, os juízes que integram a 1ª Turma Recursal dos
Juizados Especiais, por unanimidade, deram parcial provimento ao pedido,
seguindo o voto do relator, juiz André Luiz Cidra. Segundo o magistrado, de
acordo com as faturas juntadas ao processo, o cliente pagou o valor
incontroverso. O banco, por sua vez, sequer trouxe aos autos os comprovantes de
reconhecimento do débito assinado pelo consumidor, dotando de plausibilidade a
alegação de que as cobranças eram indevidas.
• “Abalo psicológico e tribulação espiritual
decorrentes do evento danoso corretamente identificado. Dano moral
caracterizado pelo sentimento de impotência do consumidor e também pela
reiteração do fornecedor nas práticas abusivas, acolhendo-se a posição
doutrinária de que na síntese é possível aplicar para o instituto o caráter
profilático inibidor, aliado ao fator compensatório”, escreveu em seu voto o
juiz. Proc. Nº 0028639-66.2009.8.19.0209.
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