REESTATIZAÇÃO DAS ELÉTRICAS
O Senado aprovou nesta quinta (13), por acordo de
lideranças, a Medida Provisória (MP) 577 que autoriza a União a intervir em
empresas do setor elétrico com dificuldades financeiras e de manutenção dos
serviços aos consumidores. Como o texto original enviado pelo Executivo foi
alterado no Congresso e substituído por um projeto de lei de conversão, a
matéria segue para sanção presidencial. A nova lei abre caminho para a reestatização
das empresas do setor elétrico, privatizadas no Governo FGC.
Na prática, as intervenções ocorrerão quando os serviços
prestados pela concessionária não forem satisfatórios. Essa avaliação caberá à
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que recomendará ao governo a
intervenção até o prazo máximo de três anos. No período, será permitido o
repasse de recursos públicos para custear as despesas.
A nova lei viabiliza a contratação de pessoal para manter
a qualidade do serviço prestado até que seja feita uma nova licitação da
concessionária. As empresas de energia assumidas pelo governo federal não terão
suas dívidas, obrigações e compromissos herdados pelo Poder Público. Caberá ao
novo concessionário, escolhido por licitação, assumir todo o passivo.
No parecer do relator Romero Jucá (PMDB-RR) foram
incluídos itens que não constavam na medida provisória enviada pelo Executivo
ao Congresso. Entre eles, a proposta aprovada prevê o aumento do valor de
referência dos imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida, de R$ 85 mil para R$
100 mil. Também está no projeto que vai à sanção a renovação de prazo até
dezembro de 2015 para instalação de zonas de Processamento de Exportação
(ZPEs).
Um dia depois da publicação da MP, que tem força de lei,
a Aneel aprovou, por unanimidade, a intervenção em oito empresas controladas
pelo Grupo Rede Energia. A medida atingiu as concessionárias Centrais Elétricas
Mato-Grossenses (Cemat), Companhia Elétrica do Estado do Tocantins (Celtins),
Empresa Energética de Mato Grosso do Sul (Enersul), Força e Luz do Oeste, no
Paraná, Companhia Nacional de Energia Elétrica (CNEE), Empresa Elétrica
Bragantina (EEB), Caiuá e Vale Paranapanema, no estado de São Paulo.
Juntas, elas atendem a mais de 3 milhões de unidades
consumidoras em centenas de municípios. As concessionárias terão um prazo de
dois meses para apresentar uma proposta de reequilíbrio financeiro e
readequação técnica para suspender a intervenção.
NA GUERRA DOS ROYALTIES DO
PETRÓLEO DILMA
LAVA AS MÃOS
A presidenta Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (13)
na Rússia que fez o que podia para convencer o Congresso Nacional a manter os
vetos que fez ao projeto que altera as regras de distribuição de royalties do
petróleo no Brasil. "Eu já fiz todos os pleitos. O maior é vetar. Não tem
mais o que fazer. Não tem nenhum gesto meu mais forte do que o veto. O resto
seria impossível. Eu não vou impedir que ninguém vote de acordo com a sua
consciência”, disse.
A presidenta ressaltou que o Congresso tem autonomia para
decidir contra o veto de alguns artigos que considera inconstitucionais. Ela
disse que "nós vivemos numa democracia em que existem o Executivo, o
Legislativo e o Judiciário. O Poder Legislativo é autônomo, independente e tem
todas as condições de decidir contra a minha decisão".
Dilma Rousseff acredita que uma das questões mais
importantes da medida provisória publicada sobre o assunto é a destinação de
100% dos recursos dos royalties de futuros contratos de produção de petróleo
sob o regime de concessão. "Tudo o que ganharmos do petróleo temos que
deixar para a riqueza mais permanente, que é a educação que cada um
carrega", disse após encontro com o primeiro-ministro russo Dmitri
Medvedev, em Moscou.
O Congresso Nacional aprovou ontem (12) requerimento para
votação em regime de urgência dos vetos da presidenta. A votação foi marcada
para a próxima terça-feira (18), em sessão conjunta de deputados e senadores.
Na votação na Câmara, foram 348 votos favoráveis à urgência, 84 contrários e
uma abstenção. No Senado, foram 60 votos favoráveis e sete contrários.
A MALA DE ROSEMARY E O
PAPEL DA POLICIA FEDERAL
O Ministro da Justiça e a Policia Federal estão na
obrigação de investigar as denúncias publicadas por órgãos da imprensa
portuguesa, envolvendo a Sra. Rosemary Nóvoa Noronha e uma mala, onde estariam "€" 25 milhões de euros. Como ela pediu ajuda de uma empresa de
transporte de valares da cidade do Porto, Norte de Portugal, para levar o
dinheiro para ser depositado na agênca cental do Banco Espírito Santo, famosa
casa bancária de Portugal, a
transportadora exigiu duas coisas: o registro do valor existente na mala e o
nome da pessoa que receberia a indenizaçao
em caso de algum sinistro envolvendo a tal mala.
Como Rosemary Noronha é
apenas uma funcionária do terceiro escalão, como frisou o deputado Candido
Vacarezza (PT-SP), sem muita experiência em atender a normas burocráticas, ela
preencheu o pedido do transporte e colocou como beneficiário do seguro, em caso
de sinistro, o primeiro nome que lhe veio à cabeça: Luis Inacio Lula da Cilva,
pessoa que ela, como diligente servidora, acompanha nas viagens inernacionais
Dona de um passaporte
diplomático, que livra o portador dos aborrecimentos na liberação de bagagem
nas Alfandegas de todo o Mudo, Rosemary Noronha entrava e saía de aualquer país
sem qualqeur problemas, graças ao milagrosso passaporte especial. Como ela é
uma modesta funcionária de terceiro escalão, não sabia que as emresas
transportadoras são obrigadas a declarar o valor transportado e nome da pessoa
que será ressarcida pelo Seguro. Simples assim. Se a PF federal pedri
explicações á empresa transportadora, verá que Rosemary Noronha, sem querer,
praticou o crime de evasão de divisas. Ela repete aquela figura canhestra,
apanhasda no aeroporto de Fortaleza com 100 mil dólares na cueca, pois ele não gostava
de usar malas ou depósitos bancários.
E A VILA MERITI
CHEGA AOS 69 ANOS
No próximo dia 1º de janeiro tomarão posse o novo
prefeito, seu vice e 29 vereadores, que comporão a futura Câmara Municipal. Na
véspera, em meio às comemorações do
Reveillion, Duque de Caxias completará seu 69º aniversário de emancipação
política. E a antiga Vila Meriti comemora 7 décadas de maioridade política com os problemas de qualquer adolescente,
mesmo exibindo em sua face as rugas pelos seus 69 anos de autonomia política e
administrativa.
Parte importante da
grande Senzala chamada Baixada Fluminense, a antiga Vila Meriti, nascida
ao lado de uma modesta estação ferroviária, continua sendo apenas um lugar de
descanso, entre uma jornada de trabalho e outra, de quase um milhão de
moradores que oferecem a sua mão de obra – farta e barata – para sustentar a
opulência que gira em torno dos Palácios Guanabara e do Planalto.
Num sistema tributário socialmente injusto em que o
Grande Senhor – a União – fica com mais de 80% dos frutos do suor dos seus
escravos – os contribuintes – a antiga Vila Meriti continua recebendo
investimentos de grandes empresas do exterior, atraídas pelos bons negócios
derivados não só do pré sal – sonho de consumo de 25 dos atuais 27 donatários
das capitanias hereditárias em que o País se transformou – e da petroquímica,
hoje controlada por uma grande empresa em que a Petrobrás, embora sócia
compulsória por ordem do governo petista, não tem o comando.
Por conta de sua dependência econômica e política da Casa
Grande, Duque de Caxias (e o resto da Baixada Fluminense) sofre com a falta de
saneamento básico, de um programa eficiente de desenvolvimento econômico em que
a meta seja o morador da cidade, nunca as contas bancárias no exterior,
ausência de uma rede escolar voltada para a formação de mão de obra
qualificada, que possa disputar, em igualdade de condições, as milhares de
vagas que surgem a cada ano nas empresas que estão se instalado no município,
bem como uma rede de Saúde que vá além da simples aplicação de uma injeção de
dipirona para aliviar as dores do paciente.
Para começar, o novo prefeito deve, além de suspender a
concessão de habite-se e licenciamento para novas construções, como prometera
durante a recente campanha eleitoral,
liderar a discussão sobre um novo Plano Diretor de Urbanização que
viabilize a acessibilidade de seus moradores, hoje limitada por ruas estreitas
e calçadas transformadas em estacionamentos rotativos.
O Jardim 25 de Agosto, por exemplo – bairro que paga o
mais elevado IPTU da região e onde um bom apartamento já superou a casa do meio
milhão de reais – até recentemente era
um bairro residencial. Por conta da chegada de novas empresas e do aumento da
população, casas estão se transformando em pontos comerciais, onde se instalam
clínicas e consultórios médicos, prestadoras de serviço e consultoria
empresarial. Para enfrentar essa situação
o município não oferece a infraestrutura necessária, a começar pela água
insuficiente e a carência de uma rede de esgotos. Com mais gente morando e
trabalhando no 25 de Agosto, há mais carros circulando, cujos proprietários não
contam com vagas em estacionamentos capazes de atender à crescente demanda. E
esse quadro de extrema carência se repete na Vila São Luiz, no Jardim
Primavera, em Imbariê e em Xerém.
No entorno da Praça da Maçonaria, por exemplo e onde
reside o futuro prefeito, as calçadas são utilizadas como estacionamento,
inclusive ao lado da cabine da PM doada e mantida pelos moradores. Na mesma
área, temos um dos maiores hospitais da rede privada da Baixada Fluminense,
cujo entorno, dominado por flanelinhas, está diariamente tomado por automóveis
dos médicos, funcionários e visitantes, o que acaba dificultando até o acesso
das ambulâncias de resgate.
As responsabilidades dos novos governantes – prefeito e
vereadores – exigem dedicação em tempo integral, sensibilidade social e, antes
de tudo, coragem para enfrentar o desafio de transformar uma jovem cidade de 69
anos numa grande cidade, que dispute o ranking das melhores cidades do País em
termos de qualidade de vida e segurança. Tal e qual Porto Real, por exemplo,
uma das mais novas cidades do Estado do Rio, mas que vem conseguindo conciliar
desenvolvimento econômico sustentável com as exigências da vida moderna –
conforto e segurança para seus 17 mil habitantes.
No 25 de Agosto, os carros estacionam sobre as calçadas.
RÁPIDAS
• Em reunião
realizada na sede da OAB/CAXIAS foi criada, nessa quinta-feira (12) a
Associação Procuradores de Duque de
Caxias, que tem entre outros objetivos, luar pela independência da categoria e
o respeito às leis no âmbito do município. A proposta de criação da entidade
foi apresentada pelo procurador do município Fabrício Gaspar Rodrigues e rapidamente
abraçada a por mais de uma dezena de procuradores da ativa e aposentados.
• Ao
final da assembléia, provado os estatutos, foi eleita a primeira diretoria, que
tem o procurado Fabrício Gaspar (foto) na presidência. A diretoria é integrada ainda
pela vice-presidência, procuradora Alcina Franco Natividade da Costa, Secretário: Procurador Municipal Plínio de Sá Martins
Júnior; tesoureiro: Procuradora Municipal Rosane Souza da Silva; Diretora
Sócio-Cultural: Procuradora Municipal Viviane Santos Carvalho; Diretor de
Assuntos Funcionais: Procurador Municipal Geraldo Menezes de Almeida; Conselho
Fiscal: Membros efetivos: Procuradora Municipal Ana Lúcia Costa Lopes Kader e
Procuradora Municipal Walkíria Lima da Rocha; Membros Suplentes: Procurador
Municipal Luiz Carlos dos Santos e Procuradora Municipal João Castriciano de
Aguiar Neto.
• Foi inaugurada nesta quinta-feira (12) a nova sede da
unidade de Duque de Caxias do tradicional Colégio Pedro II, que ocupará uma área de 25 metros quadrados cedidos pelo
município no bairro do Centenário.
O prédio tem dois
pavimentos, quadra poliesportiva e auditório para 350 pessoas.
• “Estávamos com
receio de não poder continuar na cidade por falta de um terreno para construir
nossa sede. Este local estava abandonado e mostramos ao prefeito Zito o quanto
seria importante para esta cidade e para a Baixada estabelecer de forma
definitiva nosso colégio aqui. Hoje, graças à ação da prefeitura, temos este
legado para a cidade”, disse o diretor geral da unidade do colégio em Duque de
Caxias, Oscar Halac
• A unidade funcionava em um imóvel alugado no Centro da
cidade desde 2008, que já fora ocupado pela Rádio Difusora de Duque de Caxias
nos anos 50 e 60 .A iniciativa par trazer o Pedro II para o município partiu da
deputada federal Andreia Zito.
• “O Colégio Pedro
II veio para Duque de Caxias devido a percepção da então deputada estadual
Andreia Zito”, afirmou Wilson Choeri, que era diretor geral do colégio na
ocasião em que a parlamentar apresentou o projeto ao Ministério da Educação.
“Com toda a justiça, a deputada Andreia Zito é considerada madrinha deste novo
campus”, declarou a reitora do Pedro II, Vera Maria Rodrigues.
• O corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco
Falcão, solicitou nesta quarta-feira (12) à Receita Federal a instauração de
ação fiscal referente à construção do prédio da lâmina central do complexo do
foro central da comarca do Rio de Janeiro. A obra é alvo de uma sindicância em
curso no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em que são apuradas supostas
irregularidades no processo licitatório para construção do prédio. A empresa responsável
pela obra foi a Delta, envolvida no escândalo que resultou na instalação da
CPMI do Cachoeira, que já provocou a cassação do senador Demóstenes Torres, de
Goiás.
• A sindicância, que vem sendo conduzida pelo conselheiro
Wellington Saraiva desde novembro, foi instaurada pelo ministro Francisco
Falcão a partir das informações coletadas pela Corregedoria Nacional durante
inspeção realizada no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).
• O relatório da inspeção, publicado em setembro, aponta
que teria ocorrido provável direcionamento da licitação, exigência indevida de
visita ao local da obra como condição de habilitação no certame, licitação da
obra sem projeto executivo, descumprimento da legislação previdenciária e
possível ausência de recolhimento de tributos federais
• A portaria que determina que seja feita a solicitação de
ação fiscal à Receita Federal (Portaria n. 151) pede ainda que o relatório
conclusivo seja encaminhado à Corregedoria Nacional de Justiça no prazo de 60
dias.
• Como forma de subsidiar o pedido, a Corregedoria Nacional
encaminhará à Receita ofício instruído com cópia de todos os documentos que
fazem parte da sindicância em curso no CNJ.
• A Assembleia Legislativa do Rio aprovou por unanimidade e
em primeira discussão, nesta quinta-feira (13), a proposta de emenda
constitucional 43/12, que poderá tornar secretários e dirigentes de autarquias
municipais ordenadores de despesa. A nova competência fará com que eles sejam
responsáveis pela movimentação de créditos orçamentários, empenhos, despesas e
pagamentos.
• “Sem esta
adaptação constitucional, determinada por decisão do Supremo Tribunal Federal,
recai sobre os prefeitos a ordenação de despesas de todas as pastas, quando ele
só pode ter responsabilidade sobre as contas de governo”, explicou o deputado
Luiz Paulo (PSDB), um dos seis autores da proposta, que introduz na
Constituição Estadual a possibilidade de que os prefeitos deleguem aos
secretários esta função em suas pastas.
• André Ceciliano fez menção à decisão do ministro Luiz
Fux, do STF, que indicava a necessidade de previsão constitucional para esta
delegação, e comemorou que a proposta esteja sendo votada antes do inicio dos
mandatos dos novos prefeitos eleitos.
“O projeto vem em boa
hora, pois começaremos um mandato novo no próximo ano e, hoje, quem responde
por qualquer ato de secretários ou de subordinados a secretários é o prefeito”,
defendeu. “Esta PEC corrige um erro histórico”, complementou Lazaroni. A
matéria ainda tem que retornar à pauta para votação, em segunda discussão,
antes da promulgação
• Os
secretários municipais que tomam posse no próximo dia 1º de janeiro devem se
pautar pela Lei de Responsabilidade Fiscal e as normas dos Tribunais de Contas
da União e do Estado, pois poderão responder civil e criminalmente por desvios
ou má aplicação de recursos públicos sob seu comando. A lei é clara!
• Estabelecimentos comerciais serão proibidos de cobrar
preços diferenciados para compras à vista ou com cartões (de crédito e débito)
e cheque à vista. A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou nesta
quinta-feira (13), em segunda discussão, o projeto de lei 653-A/11, que dá esta
garantia aos consumidores do estado, sob risco das penalidades previstas no
Código de Defesa do Consumidor (multa à imposição de contrapropaganda).
• A proposta, assinada pelo deputado Átila Nunes (PSL),
será encaminhado ao governador Sérgio Cabral, que terá 15 dias úteis para
sancionar ou vetar o texto. Para o autor, o estabelecimento não deve transferir
ao consumidor o ônus do instrumento de compra. “Estes mecanismos, afinal,
aumentam a viabilidade de seus próprios objetivos comerciais”, constata.
• Partidos
de oposição protocolaram nesta quinta (12) nova representação para que a
Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue a suposta participação do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema de compra de votos de
parlamentares no Congresso. Na terça (11), o jornal O Estado de S. Paulo publicou
reportagem em que o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza diz que Lula
teve contas pessoais pagas por empréstimos fraudulentos.
• É a
segunda vez que parlamentares da oposição vão à PGR pedir que o órgão abra
investigação sobre o caso. No mês passado, os oposicionistas foram à
procuradoria após denúncias de Valério divulgadas pela revista Veja.
• Pela
manhã, o PPS protocolou na PGR ofício para que seja disponibilizada cópia das
declarações atribuídas ao publicitário, conforme noticiado pelo jornal paulista.
• A
bancada do PT na Câmara protocolou uma reclamação na Corregedoria Nacional do
Conselho do Ministério Público contra a subprocuradora da República Cláudia
Sampaio e a procuradora Raquel Branquinho. Para o líder do PT, Jilmar Tatto
(SP), elas seriam as responsáveis pelo vazamento do depoimento do publicitário
para a imprensa. Os petistas querem a instauração de procedimento disciplinar
contra as duas por "infração ética".
• Parlamentares
do Rio de Janeiro recorreram nesta quinta(13) ao Supremo Tribunal Federal (STF)
para tentar cancelar a sessão da véspera (12) do Congresso Nacional em que foi
aprovada a urgência para a apreciação dos vetos da presidenta Dilma Rousseff ao
projeto de lei que muda a distribuição dos royalties do petróleo.
• Apresentando
preceitos constitucionais e regimentais das duas Casas que teriam sido
desrespeitados na reunião do Congresso de ontem, o senador Lindbergh Farias
(PT-RJ) e os deputados Alessandro Molon (PT-RJ), Leonardo Picciani e Hugo Leal
(PSD-RJ) ingressaram com mandados de segurança no STF para que seja concedida
liminar cancelando a sessão de ontem.
• A
intenção dos parlamentares fluminenses é impedir a realização de nova sessão do
Congresso, marcada para a próxima terça-feira (18), para votação dos vetos ao
projeto de lei dos royalties. “Em vista dos interesses menores dos outros
estados, nossa última esperança é o Supremo Tribunal Federal. Se o STF não se
manifestar até a semana que vem, teremos aqui uma votação inconstitucional”,
disse o Alessandro Molon
• “Os outros
estados são maioria, mas eles têm que respeitar o regimento e a Constituição e
eles não fizeram isso. É o nosso direito. Isso [o mandato de segurança] não é
nenhuma interferência no Poder Legislativo. Estamos entrando com o mandado de
segurança para preservar o direito da minoria, que é garantido pela
Constituição Federal”, argumentou
Lindbergh.
• Nos
mandados de segurança, que serão analisados pelo ministro Luiz Fux, os
parlamentares do Rio de Janeiro sustentam que houve violação ao Artigo 66, parágrafos 4º e 6º, da
Constituição que, segundo eles, não prevê o regime de urgência para análise de
vetos.
• Os
fluminenses acrescentam que houve desrespeito ao Regimento Comum do Congresso
Nacional, que estabelece que os vetos têm que ser votados em ordem de entrada
no Congresso. “Não é admissível que vetos ainda no prazo constitucional de
deliberação sejam apreciados antes de vetos com o prazo já vencido, em relação
aos quais a situação é de omissão inconstitucional do Congresso”, diz trecho de
um dos mandados de segurança.
• Para
os parlamentares do Rio de Janeiro ainda houve afronta aos regimentos porque
foi dispensada a criação de comissão mista que faria a análise prévia dos vetos
e elaboraria parecer sobre o tema. “Eles rasgaram a Constituição, atropelaram o
regimento em cima de vários artigos”, disse Lindbergh.
• Nesta
quarta (12), depois de aprovada a data para votação dos vetos, representares
dos demais estados rebateram as acusações dos parlamentares fluminenses. Eles
disseram que o requerimento de urgência é legal, pois foi assinado por mais da
metade dos deputados e dos senadores.
• Atualmente,
existem mais de 3 mil vetos que foram lidos e estão aptos a serem apreciados.
Desde o início do governo da presidenta Dilma Rousseff foram vetados, total ou
parcialmente, 38 projetos. No entendimento dos parlamentares do Rio de Janeiro,
todos esses dispositivos devem ser votados antes da análise do veto aos
royalties.
• A
Justiça Federal condenou nesta quinta (12) oito administradoras de cartões de
crédito por cobranças indevidas de encargos dos clientes. O juízo da 30ª Vara
Federal da capital declarou inválidas as cláusulas contratuais que permitem a
cobrança da taxa de garantia, de administração, de comissão de permanência
cumulada com outros contratuais e de multa moratória superior a 2% sobre a
prestação devida.
• Os
clientes dos cartões que foram prejudicados devem entrar com ação na Justiça
Federal pedindo a apuração do prejuízo total e o valor do dano sofrido. A
Justiça também decidiu que as administradoras devem indenizar com o dobro do
valor os consumidores lesados e compensá-los por eventuais prejuízos morais e
materiais.
• As
empresas punidas foram: Credicard, Real, Itaucard, Fininvest, Banco do Brasil
(BB), Bradesco, Federal Card (da Caixa Econômica) e Banerj.
• Para
o juiz Márcio Barra Lima, os contratos dos cartões de crédito administrados
pelas empresas condenadas, como contratos de adesão, apresentavam alguns pontos
abusivos que permitiam a cobrança de encargos não autorizados, como a chamada
cláusula mandato, que permitia à administradora autonomia para renegociar a
dívida do titular do cartão no mercado, inclusive mediante financiamento feito
em seu nome com outras instituições, sem constar nenhuma informação sobre os
encargos e da remuneração pelos serviços.
• Ainda
segundo a decisão, a cobrança cumulada de comissão de permanência com outros
encargos como juros e correção monetária sobrecarrega o consumidor, sendo
considerada abusiva a estipulação de juros a 2% sobre prestação completa por
afrontar o Artigo 52 do Código de Defesa do Consumidor
• Em
nota, a Itaucard, que incorporou a Finivest e a Banerj, diz que ainda não
recebeu o comunicado oficial sobre a decisão. "O Itaú Unibanco reforça que
suas práticas encontram-se totalmente adequadas à jurisprudência e ao Código de
Defesa do Consumidor", diz. A instituição declara também que não exerce a
cobrança de comissão de permanência somada a juros moratórios, nem cobra multa
superior a 2%".
• O
Bradesco, por meio de nota, informou que não se pronuncia sobre casos que estão
sob o exame da Justiça. "As providências serão tomadas em juízo". O
Citibank, dono da Credicard, declarou que "não comenta processo em
tramitação, sem decisão definitiva".
• O
Banco do Brasil, por meio de sua assessoria de imprensa, esclareceu que "não
cobra as taxas mencionadas na referida ação, bem como que não utiliza a
cláusula-mandato em seus contratos. No tocante aos trâmites processuais,
informa que já interpôs o devido recurso de apelação".
• O
banco informou ainda que, "por oportuno, o BB reafirma seu compromisso em
cumprir fielmente as regras e premissas contidas no Código de Defesa do
Consumidor, inclusive no que se refere à cobrança de multa moratória de 2%
sobre a prestação inadimplida". As demais administradoras não se
manifestaram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário