JUSTIÇA CASSA REGISTRO
DE PEFEITO MAI S VOTADO
O candidato mais votado para a prefeitura de Teresópolis
(RJ), Mário Tricano (PP), teve o registro negado pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). O registro já havia sido rejeitado pelo juiz de primeira
instância e pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). Ainda
assim, o candidato concorreu nas eleições e recebeu mais de 27 mil votos no
pleito de outubro.
Tricano foi condenado por abuso de poder político e
econômico e uso indevido dos meios de comunicação nas eleições de 2008 e ficará
inelegível até 2016 devido à Lei da Ficha Limpa. O único ministro a liberar o registro
foi o relator do processo, ministro Marco Aurélio Mello. Segundo ele, a Lei da
Ficha Limpa não pode ser aplicada a casos que ocorreram antes de ser editada.
“A primeira condição da segurança jurídica é a
irretroatividade da lei”, disse. A posição de Marco Aurélio é conflitante com o
entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto. “Se assim é, e
penso que não é, o caso me compele à insubordinação, à resistência democrática
e republicana”, sustentou o ministro.
Com a decisão do TSE, o novo prefeito de Teresópolis será
Arlei de Oliveira Rosa (PMDB), que recebeu 24,8 mil votos.
ZITO CONCEDE SUA ULTIMA
ENTREVISA COMO PREFEITO
O prefeito de Duque de Caxias, cujo mandato expira no próximo
dia 31, marcou para esta segunda-feira (17) a sua última entrevista como chefe
do Poder Executivo da segunda cidade em arrecadação e o terceiro colégio
eleitoral do Estado do Rio. A entrevista acontecerá às 11:00 horas, na sede da
FUNDEC, na Av. Brigadeiro Lima e Silva, em frente ao viaduto da Rodovia Washington
Luis, na entrada da cidade.
A Assessoria de Comunicação não revelou os assuntos que
serão abordados na entrevista, mas assessores próximos do prefeito deixaram
escapa que Zito deverá anunciar o decreto que declara estado de Calamidade
Pública na cidade, em decorrência dos problemas gerados pela empresa Locanty, que
deixou de recolher o lixo na cidade, o que levou a Justiça a aplicar uma multa
diária de R$ 50 mil para o prefeito e de cerca de $ 234 mil reais para a
empresa responsável pela transformação de Duque de Caxias no maior lixão do
Estado do Rio e um dos maiores do Brasil.
Antes de convocar a entrevista coletiva desta
segunda-feira, o prefeito Zito teria mantido contatos com os governos do Estado
e Federal, explicando os motivos de sua decisão, que terá de ser confirmada
tanto pelo Governo estadual, quando federal, para que o município possa não só
contratar, em caráter extraordinário, outra empresa para recolher o lixo e
levá-lo para o aterro de Belford Roxo, como adotar outras providências que
importem na execução de despesas não previstas o Orçamento de 2012.
DUQUE DE CAXIAS CONTINUA SENDO
A CAMPEÃ NA MATANÇA DE JOVENS
Com índice de violência de mais do dobro (6,35) da média nacional (2,98), Duque de Caxias voltou
a ser uma cidade perigosa e das mais violentas do Estado do Rio, apesar da presença de um quartel da PM (15º
Batalhão), com um efetivo de pouco mais de 500 homens para garantir a segurança
de mais de um milhão de moradores da segunda potência econômica e o terceiro
colégio eleitoral do estado. Há poucos dias, uma operação conjunta da Polícia
Federal e do Ministério Público prendeu mais de 65 policiais, inclusive
graduados, lotados ou com passagem pelo 15º Batalhão por crimes de extorsão e
tráfico de armas e drogas, o que reduziu em cerca de 10% o efetivo disponível
para o policiamento ostensivo no município.
Na quinta-feira (13), foram divulgados (13) os resultados
de uma pesquisa sobre o Índice de Homicídio na Adolescência, num estudo feito em
conjunto pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Unicef, Observatório de
Favelas, e Laboratório de Análise da Violência da Uerj.
A pesquisa revela que mais de dois mil jovens residentes
no Rio de Janeiro não chegarão até o fim da adolescência nos próximos quatro
anos. Os homicídios já representam 45,2% das mortes de jovens no Brasil e a
pesquisa estima que somente na Capital, cerca de 1960 adolescentes serão assassinados
até 2016, ano dos Jogos Olímpicos Mundiais, principal preocupação do governo do
estado e da prefeitura do Rio de Janeiro.
Além de Duque de Caxias, Itaguaí, Niterói (Região Metropolitana),
e Cabo Frio (Região dos Lagos) também apresentam elevados índices de milhares
de jovens não chegarão vivos até o fim da adolescência.
“A gente avalia que há uma subestimação dos dados de
morte no estado do Rio de Janeiro em 2007, pelos dados da saúde, que costumam
apresentar dados consistentes, mas no caso do Rio a saúde desde 2007 apresenta
problemas”, diz Ignácio Cano, sociólogo do Laboratório de Análise da Violência,
da Uerj.
De acordo com o estudo, jovens moradores de favelas, do
sexo masculino e negros correm mais risco de serem assassinados. Regiões onde
há crescimento econômico e populacional têm uma tendência maior a se tornarem
violentas para os adolescentes. É o caso, por exemplo, de Macaé, no Norte
Fluminense.
“A violência persegue a desigualdade. A gente faz um
alerta sobre um número, uma tendência de número de que a gente precisa
reverter”, diz a especialista em direitos e proteção do Unicef, Helena
Oliveira.
DILMA TERÁ DE RETOMAR O COMANDO
DA DISCUSSÃO SOBRE OS ROYALTIES
A presidente em exercício do Congresso Nacional, deputada
Rose de Freitas (PMDB-ES), defendeu sexta-feira (14) que a apreciação dos vetos ao projeto de
lei dos royalties fique para o ano que vem. Por isso, ela pediu ao senador José Sarney (PMDB-AP), que esteve no
exercício da Presidência da República até sábado (15), que converse com a presidenta Dilma
Rousseff antes de tomar qualquer decisão sobre a convocação de sessão do
Congresso.
“O tempo ajudaria bastante. Essa pressão [pela derrubada
do veto] leva a uma perturbação”, disse Rose de Freitas a jornalistas. “A sugestão
foi que antes de tomar qualquer decisão, o presidente [do Senado] Sarney
converse com a presidenta Dilma. A questão é muito complexa. Não se trata
apenas da convocação de uma sessão, mas o que vai resultar dessa convocação”,
disse a deputada.
Segundo ela, a derrubada do veto e a posterior aprovação
da Medida Provisória (MP) 592, que destina 100% dos royalties para educação,
determina novas regras de distribuição dos royalties e da participação especial
e disciplina a destinação dos recursos do Fundo Social, criará uma grande
disputa na Justiça.
“Esse impasse jurídico provocará prejuízos também ao
Brasil. Não só aos nossos estados [produtores], mas também ao país”, disse.
“Muitas pessoas entendem que ao derrotar o veto a questão
estará decidida, e não estará. Temos a MP que ela [Dilma] editou. Com a
derrubada do veto e a MP o que restará do projeto do senador Wellington Dias
[PT-PI]? Vai se criar um limbo jurídico em que ninguém saberá responder o que
restará”, declarou.
Para Rose de Freitas, o melhor caminho é o diálogo.
“Primeiro, temos que tentar a saída política. Neste momento, precisamos sentar
à mesa, coisa que alguns governadores se negam a fazer. Acredito que cada
governador, neste momento, deve estar fazendo as contas de quanto vai receber,
mas ele não vai receber [imediatamente os recursos dos royalties]. Com a
judicialização desse processo eles não vão receber. A questão não será
resolvida da noite para o dia.”
Na última quarta-feira, em sessão tumultuada, o Congresso
aprovou requerimento de urgência para a análise do veto à nova distribuição dos
royalties. A decisão definitiva sobre derrubada dos dispositivos pode ocorrer nesta
terça-feira (18). Para isso, o presidente do Congresso, José Sarney, terá que
convocar as duas Casas para debater o tema.
Parlamentares das bancadas do Rio de Janeiro e do
Espírito Santo, maiores produtores de petróleo do país, e principais
prejudicados com a nova divisão dos royalties, recorreram ao Supremo Tribunal
Federal (STF) para tentar anular a sessão em que foi aprovada a urgência para a
discussão do veto, quando havia mais de três mil vetos aguardando apreciação
pelo Congresso.
RÁPIDAS
• A inauguração da sede
própria do Colégio Pedro II em Duque de Caxias, na última quinta-feira, encerrou
uma longa história que envolve política e religião. Começou quando o então
prefeito Washington Reis desapropriou o terreno na Av. Dr. Manoel Reis, no
bairro do Centenário, onde, por décadas,
funcionou uma fábrica de sabão.
• O objetivo seria de
doar a área para a Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada pelo missionário
R.R. Soares, oriundo da Igreja Universal do Reino de Deus, fundada por seu cunhado,
o auto intitulado bispo Edir Macedo, que hoje comanda um império na Mídia liderado
pela Rede Record de rádio e TV
• O missionário R. R.
Soares havia se queixado ao prefeito que a sua igreja, num velho prédio ao lado
do terminal rodoviário do Shopping Center, vinha sendo vítima de seguidos assaltos,
devido à falta de segurança e a sua localização, numa das entradas da Favela do
Lixão.
• Como Washington Reis
perdeu a reeleição em outubro de 2008, ele deixou o governo sem fazer a doação
do terreno da antiga fábrica de sabão, onde o Missionário R. R. Soares
prometera construir o maior templo da sua organização religiosa, que disputa com
a Universal a construção de novos e luxuosos templos por todo o país.
• Ao assumir o Governo,
o prefeito Zito não saiba o que fazer com aquele terreno, que se transformada num
imenso viveiro do mosquitos “aedes
aegypti”, transmissor da Dengue. A
deputada Andréia Zito, sua filha, tinha uma sugestão: doar o terreno para que o
Colégio Pedro II, trazido por Washington Reis e que ocupava o prédio onde
funcionara a Radio Difusora de Duque de Caxias, em frente á Praça do
Pacificador.
• A direção do Pedro II
não se fez de rogada e aceitou a oferta. Feia a doação, faltava dinheiro e,
mais uma vez, Andréia Zito tinha a solução: uma emenda ao Orçamento da União
destinou R$ 600 mil para conclusão do colégio, que poderá atender a até três
mil estudantes do segundo grau.
• Os fiéis seguidores do
missionário R. R. Soares podem ter perdido a oportunidade de conhecer e freqüentar
o maio templo da sua denominação na
Baixada Fluminense, mas a juventude da região ganhou, com toda certeza, um
colégio de elevado padrão de ensino, que terá um participação decisiva para
melhorar o índice de Desenvolvimento
Humano de Duque de Caxias, que está aquém de uma cidade que ainda é a segunda
economia do Estado.
• Na festa da
inauguração, o grande ausente foi o prefeito Zito que, convidado, não compareceu,
mas foi representado por sua filha e herdeira política, Andréa Zito.
• Será nesta terça (18),
com início às 11 horas, a cerimônia de diplomação do prefeito, vice e 29
vereadores eleitos em outubro último e será realizada no Teatro do SESI/CAXIAS,
na Rua Artur Neiva, nº 100, bairro Paulicéia.
• A diplomação é mais
uma etapa do processo eleitoral e não significa que os resultados das urnas
estarão estratificados no diploma concedido pela Justiça Eleitoral. O TSE ainda
tem milhares de processos para analisar e o Ministério Público Eleitoral ainda
pode impedir a posse dos eleitos ou, se necessário, pedir a cassação do mandato
daqueles que violaram, mesmo depois de eleitos, as normas estabelecidas ela Lei
da Ficha Limpa.
• O caso de
Teresópolis, em que o prefeito eleito Mário Tricano teve seu registro cassado e
será substituído no cargo pelo segundo colocado, é um recado da Justiça
Eleitoral para os assanhadinhos, que buscam no mandato popular um “habeas
corpus” preventivo para a prática de diversos crimes, a começar pelo
desconhecimento dos compromissos assumidos com os eleitores durante a campanha
eleitora.
• Os torcedores do
Insatisfeitos F. C., um dos maiores clubes do País, mas que não tem sede ou bandeira, já começaram a campanha contra o provável secretariado do
prefeito eleito Alexandre Cardoso. Na falta de melhor argumento, os detratores
de plantão alegam que os nomes escolhidos saíram do bolso do colete do
governador Sérgio Cabral e do seu vice,
Luis Fernando Pezão e, sendo “estrangeiros”, não conhecem os problemas do
município.
• Esse nacionalismo de
botequim, na verdade, revela a frustração de quantos se sentem excluídos do
Poder, apesar de se dizerem militantes da coligação que elegeu o presidente regional
do PSB. A crítica seria bem vinda se,
calcada em provas da incompetência profissional dos escolhidos, ou por seus
possíveis envolvimentos com os chamados malfeitos, um neologismo oportunista dos
petistas para escamotear a verdade sobre os crimes dos mensaleiros.
• Para começar, o
regime político no País é o presidencialistas, em que o poder é centrado no
chefe do Executivo, seja presidente, governador ou prefeito. Em segundo lugar,
nossos paridos políticos não passam de legenda de aluguel, que não tem quadros capazes
para assumir encargos, mas tão somente os cargos, com as suas verbas de gabinetes,
carros e motoristas, além de cartão corporativo que paga até ingresso em teatro
ou sauna.
• O novo governo
precisará muito mais do que os tradicionais 100 dias para “tomar pé” da
verdadeira situação do município. Não é possível uma prefeitura dispor de 1.400
cargos de chefia, quando faltam merenda nas escolas, medicamentos na rede de
Saúde, a rede escolar está desmoronando por falta de manutenção, o lixo se espalha
por ruas e praças, faltam professores nas salas de aula, mas cerca de 300
servidores da Secretaria de Educação estão cedidos a outros órgãos.
• Esse quadro de
descontrole revela que, além do desvio de função, há falta de uma Política de
Pessoal que valorize o servidor público
de carreira, a começar pela lotação dos professores nas salas de aula com deficiência,
ou médicos em postos de saúde com igual problema.
• A Federação Nacional
dos Jornalistas (Fenaj) vai criar uma Comissão da Verdade, Memória e Justiça
dos Jornalistas. O grupo será instalado durante o Seminário Internacional de
Direitos Humanos e Jornalismo, programado para os dias 18 e 19 de janeiro de
2013, em Porto Alegre.
• O objetivo é
registrar os casos de jornalistas mortos e desaparecidos e também dos que foram
perseguidos, ameaçados, indiciados em processos, condenados, exilados, presos e
torturados na ditadura militar.
• Em 2012, 119
jornalistas foram mortos, o maior número desde que o Instituto Internacional de
Imprensa (cuja sigla em inglês é IPI) começou a pesquisar o assunto, em 1997.
Na América Latina, foram registradas 22 mortes de jornalistas. O local
considerado mais perigoso para o exercício da profissão é o México, onde sete
profissionais foram assassinados. O Brasil, Honduras e a Colômbia também
aparecem no relatório do IPI. No Brasil, houve quatro mortes, em Honduras,
três, e na Colômbia, duas.
• Aprovada no 35º
Congresso Nacional dos Jornalistas, a Comissão Nacional da Verdade da categoria
será composta pelos jornalistas Audálio Dantas (SP), Nilmário Miranda (MG),
Rose Nogueira (SP), Carlos Alberto Caó (RJ) e Sérgio Murillo de Andrade (SC),
que vai coordenar a comissão.
• Ao final dos trabalho
a comissão deve produzir uma publicação especial e encaminhar o resultado à
Comissão Nacional da Verdade (CNV) até agosto do próximo ano.
• Aqui no Rio de Janeiro, governado pelo filho de um jornalista
perseguido pela Ditadura (Sergio Cabral), o blogueiro Ricardo Gama, vítima de
tentativa de assassinato, precisou sair do Rio de Janeiro com a família, depois
de receber diversas ameaças de morte, enquanto o Blog do Garotinho está há mais
de 110 dias sob censura, por conta de uma liminar concedida pelo Juiz Jaime
Dias Pinheiro Filho, da 43ª Vara Cível da Capital, a pedido do presidente da
Assembléia Legislativo, deputado Paulo Melo.
• Embora a Constituição
Federal de 1988 garanta a liberdade de expressão e pensamento, o deputado
federal e ex governador do Estado está proibido de citar o nome do presidente
da Alerj, não importando a que título for, o que caracteriza a igualmente
abominável censura prévia.
• A decisão do juiz da
43ª Vara Cível tem a mesma origem (a Santa Inquisição) do Index da Ditadura, em
que a imprensa foi proibida de veicular qualquer tipo de notícia envolvendo personalidades
como D. Helder Câmara, Carlos Lacerda e Juscelino Kubitschek, entre outros.
• O corregedor nacional
de Justiça, ministro Francisco Falcão, determinou, nesta quarta-feira (12/12),
a realização de levantamento das ações penais contra autoridades que têm o
chamado foro privilegiado nos tribunais de Justiça (TJs) e nos tribunais
regionais federais (TRFs). Também decidiu mapear as apelações em ações de
improbidade administrativa nos TJs e nos TRFs. Os presidentes dos 27 TJs e dos
5 TRFs receberão ofício por meio do qual o corregedor requisita que enviem, no
prazo de 30 dias, uma série de informações
• Em relação às ações
penais originárias, os tribunais deverão informar a quantidade em tramitação, o
número de denúncias oferecidas e ainda não apreciadas e aquelas que estão sem
nenhuma movimentação há mais de 90 dias.
• A Corregedoria também
solicitou informações sobre quantas ações tiveram julgamentos de mérito,
quantas prescreveram e quantas foram remetidas a outro juízo por modificação da
competência (por exemplo, em razão da perda do foro por prerrogativa de
função), a partir de 2010.
• Sobre processos por
improbidade administrativa, o corregedor nacional de Justiça requisitou aos
tribunais que informem, também no prazo de 30 dias, a quantidade de recursos em
tramitação, o número de apelações julgadas desde 2010 e as ações que estão sem
nenhuma movimentação há mais de 90 dias.
• Os TJs julgam ações
penais contra prefeitos (exceto quando há suposto desvio de recursos públicos
federais), secretários estaduais, deputados estaduais, juízes de direito e
promotores de Justiça, entre outras autoridades. Os TRFs têm competência para
julgar ações penais contra prefeitos quando a causa envolve suspeita de
utilização irregular de recursos federais, além de juízes federais e
procuradores da República, entre outros.
• Em sua decisão sobre
esse levantamento, o ministro Francisco Falcão afirmou que as inspeções
realizadas pela Corregedoria Nacional de Justiça, órgão do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), demonstram que, de modo geral, as ações contra autoridades com
foro por prerrogativa de função não andam “com a celeridade que se poderia
esperar”. O atraso na tramitação, destacou ele, “pode levar à extinção da
punibilidade por prescrição”.
• Além disso, a demora
na tramitação associada à perda do chamado foro privilegiado pode gerar um
vaivém do processo nas instâncias judiciais. Por exemplo, ao final do mandato
de um prefeito, os autos de ação contra ele seguem para a primeira instância.
Mas o processo retorna ao tribunal caso ele assuma dois anos depois mandato de
deputado estadual.
• O baixo nível dos
reservatórios das usinas hidrelétricas causado pela seca fez aumentar a
produção das usinas térmicas este ano e deve ter impacto na conta do consumidor
em 2013. Estudo feito pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia
Elétrica (Abradee) aponta um aumento no custo da geração de energia que pode
chegar a quatro pontos percentuais na conta.
• Segundo a associação,
para garantir a continuidade de fornecimento, sem riscos de apagões, a produção
das usinas térmicas aumentou pouco mais de três vezes em relação à produção
considerada normal ao longo do ano o que fez aumentar os custos da energia.
• No início do mês, o
governo anunciou a redução de 16,7%, a partir de fevereiro de 2013, no valor da
conta de luz devido às assinaturas antecipadas de contratos de concessão de
energia elétrica. Com o aumento dos gastos apontado pelo estudo da Abradee,
essa meta pode ser comprometida. A intenção inicial do governo, com a aprovação
da Medida Provisória 579, era reduzir a conta de luz em 20,2%.
• A Abradee calcula
que, de novembro a março, época de maior impacto climático, as distribuidoras
de energia terão um aumento mensal de R$ 650 milhões no custo da produção - o
que representa um aumento total de 4% após os cinco meses. “Esse acúmulo vai
gerar na distribuidora um problema de caixa, que será repassado para o
consumidor, na época do reajuste”, afirma o presidente da Abradee, Nelson Leite
• De acordo com os
dados apresentados sexta-feira (14) pela associação, as usinas térmicas passaram de
uma produção considerada normal de 3 mil megawatts médios para 13 mil. O
aumento da produção implicou um aumento de custo de R$ 90 por megawatt-hora em
julho para R$ 451, em novembro.
• “Há o risco de as
distribuidoras ficarem sem caixa para honrar os seus compromissos”, disse
Nelson Leite. Para ajudar a lidar com os gastos, a Abradee recorreu ao governo
e se reuniu na última quarta-feira (12) com o ministro de Minas e Energia,
Edison Lobão, na tentativa de negociar um empréstimo com o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o presidente da associação.
O governo teria se mostrado aberto a discussões.
• “De qualquer forma há
um sinal econômico de que a tarifa vai aumentar. A partir disso, devemos
conscientizar os consumidores, para que repensem e reduzam o consumo”, disse
• Um problema no
sistema interligado do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) provocou a
interrupção no fornecimento de energia sábado (15) à noite, por volta das 18h, deixando
cerca de 2 milhões de consumidores sem luz em vários várias regiões do Rio de
Janeiro, de São Paulo e de Minas Gerais.
• De acordo com a
Light, concessionária que atende a 31 dos 92 municípios fluminenses, uma
anormalidade no sistema interligado, sob a responsabilidade do ONS,
"provocou perda no suprimento de energia para parte da área de concessão
da Light.” Segundo a empresa, algumas subestações da companhia tiveram queda de
frequência e foram desligadas por dispositivos automáticos de controle.
• A concessionária
Ampla - responsável pelo fornecimento de energia em 61 municípios fluminenses -
informou que a falha no sistema provocou falta de energia em alguns bairros em
20 municípios da área de concessão da distribuidora. A interrupção atingiu
principalmente os municípios de Niterói, São Gonçalo e Magé, na região metropolitana
do Rio de Janeiro.
• De acordo com a
companhia, a falha provocou a atuação do Esquema Regional de Alívio de Carga
(Erac), ocasionando a interrupção que foi determinada pelo ONS. A interrupção
ocorreu das 17h54 às 18h25. Todas as regiões atingidas já estão com o
fornecimento normalizado.
• A Light informou
ainda que durante a noite de sábado foram normalizadas as subestações que
fornecem energia para as regiões de Campo Grande, Cascadura, Bonsucesso, Penha,
Jacarepaguá, Benfica, Vila Isabel, Inhaúma, Lins de Vasconcelos, Santíssimo, na
capital fluminense, além dos municípios de Duque de Caxias, Mesquita, Nova
Iguaçu, Seropédica, e Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e de Três Rios, na
região do Médio Paraíba.
• O bairro do Méier, na
zona norte da cidade, por exemplo, ficou totalmente às escuras. A rua Dias da
Cruz que concentra o maior comércio da
região, devido à falta de energia, obrigou os comerciantes a fechar as portas
mais cedo.
• A concessionária
informou que antecipou o plano verão, com 1.400 técnicos para agilizar o
atendimento. Há um aumento das temperaturas e consumos elevados, além de
temporais, ventanias e chuva, o que provoca a exposição bem maior na rede
aérea, diferentemente do que ocorre na rede subterrânea.
• Segundo o Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a causa da interrupção está sendo
investigada. Os técnicos estão reunidos para distribuir um comunicado sobre a
anormalidade no sistema interligado.
• De acordo com o ONS,
na área de atuação da Cemig, o apagão atingiu o noroeste de Minas Gerais; e na área da concessionária Eletropaulo, em
São Paulo, o apagão afetou, principalmente, os consumidores da região do ABC
paulista
• O Instituto
Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec) recomenda
cautela com o custo das transações durante as compras de Natal. Segundo o
presidente do órgão, Geraldo Tardin, o consumidor não deve se deixar levar pelo
comodismo e aceitar o financiamento das lojas de qualquer forma. De acordo com
Geraldo Tardin, é importante entender que muitas dessas lojas estão vinculadas
a um agente financeiro, e por isso oferecem crédito com mais facilidade, mas
que muitas vezes não são os mais baratos.
• A sugestão é fazer um
levantamento de preços e verificar se um empréstimo bancário não é mais
vantajoso. Com o dinheiro tomado da instituição financeira de confiança, o
consumidor poderá obter vantagens se comprar à vista, obtendo um desconto.
Depois, paga-se em parcelas mais suaves ao banco, recomenda.
• Outra dica é pedir à
financeira da loja o Custo Efetivo Total anual (CET) do financiamento para
comparar com o indicador de outras financeiras. “Não adianta o agente
financeiro falar que a taxa é de 0,99%. Às vezes, quem está pagando 1,05% está
pagando menos, pois esse financiamento não tem tantos encargos financeiros como
o outro que cobra 0,99% apenas como chamariz”, alerta.
• Além disso, lembra o
Tardin, é muito comum os lojistas agregarem ao valor da compra um seguro,
chamado de garantia estendida. Na verdade, não é proibido ao vendedor oferecer
esse tipo de garantia, mas é obrigatório informar ao consumidor que esse
serviço está embutido no preço.
• “Outro dia, fui comprar uma tv e ao chegar ao
caixa verifiquei que existiam dois boletos, sendo que um era o tal seguro, que
custava quase 22% do valor do aparelho. O número de parcelas também era igual”,
exemplifica.
• Nesse caso, explicou
Tardin, o seguro foi recusado, uma vez que o televisor já tinha garantia de
três anos do fabricante e não existia a necessidade de dois anos adicionais de
seguro, o que, na avaliação de Geraldo Tardin, com o avanço rápido da
tecnologia os consumidores trocam seus aparelhos mais rapidamente.
• “Há muito tempo, no
comércio, o vendedor deixou de vender produtos. Ele deixou de ter argumentação
sobre o produto, qualquer produto. Seja carro, eletrodomésticos, computadores,
tudo. A oferta é de prestações”, diz.
• De acordo com Tardin,
o que se vende é facilidade de compra, que o consumidor muitas vezes aceita sem
levar em consideração o valor que irá pagar ao final do prazo de financiamento.
Outra precaução do consumidor, aconselha, é fazer uma prevenção antes da compra
procurando por meio das redes sociais na internet denúncias sobre produtos e
lojas.
• Quando se trata de
compras online, recentemente a Fundação Procon-SP divulgou uma lista de sites
não recomendados no link Evite esses sites em sua página na internet. A lista
contém o endereço eletrônico em ordem alfabética, razão social da empresa e
número do CNPJ ou CPF, além da condição de "fora do ar" ou "no
ar".
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