DE ANDADORES PARA BEBÊS
Brasília (Agência
Brasil/EBC) - A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) começou hoje campanha
contra o uso de andadores para bebês. A entidade diz que há pelo menos um caso
de traumatismo para cada duas a três crianças que utilizam o andador e que em
um terço destes casos as lesões são graves. Os pediatras explicam que bebês que
usam o equipamento levam mais tempo para ficar de pé e para caminhar sem apoio,
engatinham menos e têm resultados inferiores em testes de desenvolvimento.
O exercício físico também é prejudicado pelo uso do
andador, pois, embora ele dê mais mobilidade e velocidade, a criança precisa
gastar menos energia com ele do que tentando alcançar o que lhe interessa sem
ajuda.
Um dos principais fatores de risco para traumas em
crianças, de acordo com a SBP, é dar a ela mais independência do que sua idade
permite. Tendo essa liberdade, a criança pode ter acesso a objetos e locais que
podem provocar queimaduras, intoxicações e afogamentos. Ainda esta semana, a
SBP vai se reunir com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia (Inmetro) para que os dois órgãos possam discutir a segurança do
andador e as providências possíveis.
Em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, desde 2010 o uso de
andadores por crianças em creches e escolas públicas é proibido. Isso ocorreu
depois da morte de uma criança de 10 meses, que caiu enquanto usava um andador.
Rui Wolf, o pediatra que atendeu à criança, entrou com denúncia no Ministério
Público, que em seguida recomendou que a prefeitura proibisse o uso do
equipamento. “A venda de andadores deveria ser proibida em todo o Brasil”, diz
Wolf.
Geraldo Henrique Soares, pediatra professor da Faculdade
de Medicina de Botucatu e que já atendeu muitas crianças que sofreram acidente
envolvendo andadores, acredita que o equipamento mais propicia acidentes do que
ajuda no desenvolvimento infantil.
“Eu acho que o pai estimular a criança e respeitar as
fases dela é que vai favorecer o desenvolvimento da criança. Muitas vezes a
criança ainda não tem condições de suportar nem o próprio peso e, usando
andador, ela não vai ter condições de manter a posição ereta quando vier algum
obstáculo”, diz Geraldo, acrescentando que muitas vezes a criança muito pequena
pode ter lesões nas articulações e na musculatura pelo uso de andador.
GOVERNADORES PEDEM AO STF
NOVO
PRAZO PARA MUDAR REGRAS DO FPE
Brasília – (Agência Brasil/EBC) - Governadores dos
estados da Bahia, do Maranhão, de Minas Gerais e do Pernambuco ajuizaram hoje
(21) uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a prorrogação do prazo
para que o congresso nacional crie novas regras de distribuição do Fundo de
Participação dos Estados (FPE) e a manutenção dos critérios utilizadas
atualmente até que haja essa atualização.
Em 2010, o Supremo considerou inconstitucionais os
critérios de distribuição e ordenou que o governo federal mudasse a fórmula até
31 de dezembro do ano passado. O Tribunal não vedou os princípios gerais de
repartição, mas pediu que as tabelas, que são as mesmas desde o fim da década
de 1960, fossem atualizadas. No entanto, o prazo estipulado pelo STF encerrou
sem que o Congresso tenha analisado o tema.
Na ação, os governadores pedem urgência de julgamento da
liminar, afirmando que a omissão legislativa, se não sanada, poderia
inviabilizar a transferência de recursos do FPE, causando grave desequilíbrio à
economia dos entes federados.
Sem um novo critério de repartição aprovado pelo
Congresso, os estados e o Distrito Federal receberam na sexta-feira passada
(18), R$ 774,8 milhões do FPE pela regra antiga, considerada inconstitucional
pelo Supremo. O valor se refere à segunda parcela do repasse de janeiro do
fundo.
No último dia 8, as unidades da Federação haviam recebido
o primeiro repasse de janeiro pelos critérios antigos. No entanto, o Ministério
da Fazenda alegou que os recursos poderiam ser repartidos da maneira vedada
pelo Supremo porque o repasse se referia aos impostos arrecadados nos últimos
dez dias de 2012. A divisão da semana passada, no entanto, reflete os tributos
obtidos de 1º a 10 de janeiro deste ano.
O Fundo de Participação dos Estados é formado por 21,5%
da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos
Industrializados. Desse total, 85% são repassados para estados do Norte, do
Nordeste e do Centro-Oeste e 15% vão para o Sudeste e o Sul. O valor destinado
a cada unidade da Federação leva em conta a extensão territorial, tamanho da
população e renda per capita. Quanto mais populoso e pobre, mais recursos o
estado recebe.
QUARTEIRIZAÇAO DA SAÚDE
CONDENADA PELA JUSTIÇA
Na liminar em que determinou o bloqueio de todos os bens,
inclusive das contas bancárias, dos denunciados pelo MPF na Ação de Improbidade
(Proc. nº 0002799,73.2012.4.02.5118 (2012.51.18.002799,2) proposta pelo
Ministério Público Federal, o juiz da 1ª Vara Federal de Duque de Caxias
condenou a quarteirização do sistema público de saúde do município, através da
contratação de da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), um novo tipo de
ONG destinada a assumir o comando de órgãos estatais, mediante contratos de
gestão.
Na análise dos contratos firmados pelo ex-prefeito Zito e
ex-secretário de Saúde do Municipio, Danilo Gomes, com as instituições “A
Marca”, Instituto de Gestão em Políticas Públicas – IGEPP e Nucleo de Saúde e
Educação Social - SALUTE SOCIALE, entre
outras, o Município de Duque de Caxias,
ao invés de transferir a gestão das
principais unidades hospitalares e pré-hospitalares de sua responsabilidade em
favor de Organizações Sociais, na forma de contratos de gestão, mesclou os
dispositivos das Leis nº 9.637/ 98 e 9.790/ 99
e aplicou os institutos de privatização previstos na primeira (cessão de
bens e servidores) em conjunto com as regras de controle mais flexível
estabelecidas na segunda (simples previsão de Conselho Fiscal ou órgão equivalente
no estatuto da entidade qualificada como OSCIP). Assim, foi criado um modelo de
entidade que teria todas as atribuições quase-estatais de uma organização
social, mas sem qualquer dos mecanismos
de controle e fiscalização específicos a este tipo de instituição.
Ao conceder a liminar pedida pelo MPF, o juiz da 1ª Vara
Federal em Duque de Caxias, Osair Victor
de Oliveira Junior, fixou os valores que deverão ser bloqueados dos principais denunciados
pelo MPF sendo o de R$ 707 mil para o prefeito, R$ 490 mil para o secretário de
Saúde, e de R$ 707 mil para o
ex-Procurador Geral do Município, Francisco Rangel.
RÁPIDAS
• Além do prefeito
Zito e do ex-Secretário de Saúde Danilo Gomes, e para garantir o ressarcimento
do Município dos valores supostamente desviados pelo grupo atuava na Secretaria
de Saúde, também foram bloqueados os bens dos
denunciados pelo MPF Paula Martins Porto (R$ 206.629.111,44) , Barbara
Barrocas (R$ 105.401.077,56), Flávia
Azevedo Nunes (R$ 63.413.596,080 , Jeferson Teixeira Terra (R$ 270.042.707,52) ,Osmar de Oliveira Silva (206.629.111,44)
, Sérgio Ricardo Simões de Faria (R$ 206.629.111,44) ,
• Na lista dos denunciados pelo MPF que tiveram
seus bens bloqueados foram incluídos Antonio Carlos Palma Martins (R$
312.030.189,00 ), Jania Maria Lacerda Ferreira (R$ 312.030.189,00) ,Tatiane
Pina Cabral Condessa Madureira (R$
105.401.077,56) Débora Vieira Oliveira Gagno (R$ 105.401.077,56), Carolinne
Oliveira de Andrade (R$ 63.413.596,08) ,
Lidia Zimbardi (R$ 63.413.596,08), Associação
Marca para Promoção de Eventos (R$ 707.490.805,32).
• Também tiveram
seus bens seqüestrados Monica Simões de Araújo (R$ 707.490.805,32( , Instituto de Gestão e
Políticas Públicas - IGEPP (R$
280.042.707,52) , Amadeu Augusto de Azevedo Morel (R$
280.042.707,52), Olivas Planejamento, Assessoria e Serviços S/C Ltda-ME (R$ 707.490.805,32)
, Núcleo de Saúde e Ação Social – SALUTE
SOCIALE (R$ 707.490.805,32)
, Tufi Soares Meres (R$ 707.490.805,32) ,
Rosimar Gomes Bravo e Oliveira (R$ 707.490.805,32)
e Antonio Carlos de Oliveira Junior (R$ 707.490.805,32)
• A lista dos 50 marajás, divulgadas pelo
prefeito na sexta-feira (18), teve, como era de se esperar, grande repercussão.
O que nem Alexandre Cardoso poderia prever é que entre os “marajás” estavam
pessoas muito próximas de alguns amigos e auxiliares seus.
• Por conta dessa
aproximação entre os marajás e amigos do prefeito, no final da tarde de ontem
era dado como bastante provável o afastamento de pelo menos dois auxiliares
diretos do novo prefeito.
• Outra surpresa
para Alexandre Cardoso foi encontrar na
lista o nome de um servidor, demitido por determinação do Tribunal de
Contas do Estado, mas que não só
retornou aos quadros da prefeitura, como se aposentou com a “mixaria” de R$ 40
mil por mês.
• Menos feliz foi
um outro marajá, que passou de modestos R$ 1,4 mil para R$ 18 mil mensais por
conta de uma ação judicial, com pedido de atrasados desde 2004. Como o valor da
indenização chegou a R$ 950 mil, a saída para o Governo foi parcelar o
pagamento, daí o escandaloso salário que irá receber na folha de dezembro, que
ainda aguarda melhoria no nível das contas bancárias do municio.
• Como vemos, a
Prefeitura se tornou, de uma hora para outra, uma viúva pobre que deve
sustentar, com mesadas fabulosas, algumas dezenas de herdeiros,, que vivem
nababescamente, enquanto 96% dos 17 mil servidores (ativos, inativos e
pensionistas) sobrevivem com salário médio em torno de dois ou três salários
mínimos, inclusive médicos, professores e guardas municipais.
• Há mais de 8
anos sob o domínio do PT/Caxias, a Secretaria de Meio Ambiente do município
ainda não encontrou, por preguiça ou leniência, uma forma de acabar com a venda
de animais silvestres em diversas feiras do município, principalmente a de
domingo, no 25 de agosto.
• Como a feira é
competência do municio – que cede espaço em vias públicas mediante
licenciamento e, por tabela, deve fiscalizá-las – a venda de animais
silvestres, proibida pelo Código Florestal, deveria ser reprimida pelas
secretarias de Fazenda (licenciamento), Serviços Públicos (uso do solo) e Meio
Ambiente através do controlar dos produtos vendidos
• A reportagem da
TV-Globo exibida na segunda-fera (21) e feita na véspera e mostrou a venda de
filhotes de papagaios retirados de seus ninhos, bem como outros animais silvestres.
E o tráfico de animais silvestres é crime e, portanto, deve ser combatido pelas
autoridades da Segurança Pública (Policias Civil e Militar).
• Assina, não há
como negar a inoperância dos órgãos que deveriam fiscalizar as feiras-livres,
bem como combater os crimes ambientais. Mas o PT, que briga por cargos, detesta
os encargos, isto é, seus dirigentes
estão preocupados apenas nos bônus, detestando o ônus. A mudança de Governo e a
troca de nomes na Secretaria de Meio Ambiente (todos do PT) não mudou o
panorama: os traficantes de animais silvestres continuam livremente torturando
e matando pequenos animais, sob a vista das autoridades constituídas.
• O Instituto
Estadual do Ambiente (Inea) decretou alerta máximo para a região onde ficam
dois rios da Baixada Fluminense. Esse é o mais grave dos quatro níveis criados
pelo instituto. Devido à forte chuva que atingiu a área nas últimas horas, os
rios Pavuna e Capivari, localizados nos municípios de Duque de Caxias, Belford
Roxo e São João de Meriti, atingiram pelo menos 80% do nível de
transbordamento.
• Mais 11 rios da
Baixada estão em estágio de atenção, o terceiro dos níveis, devido à previsão
de chuvas moderadas e fortes. Segundo o Inea, todos os rios na Região Serrana
estão em estágio de atenção.
• Várias ruas da
capital fluminense ficaram alagadas, depois de um temporal no início da manhã.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) deve continuar chovendo
nos próximos dias em todo o Estado (Agência Brasil/EBC) .
• O ministro de
Minas e Energia, Edison Lobão, disse segunda-feira (21) que o país não terá problemas com o nível
dos reservatórios das hidrelétricas porque o período de chuvas já começou.
Segundo ele, o suprimento de energia está garantido
• "O período
de chuvas é realmente em janeiro, fevereiro, março e abril. Não temos problemas
com nossos reservatórios, vamos preenchê-los todos e garantir o suprimento de
energia por todo ano e pelos anos seguintes. Só o fato de estarmos
acrescentando cerca de 9 mil megawatts de energia este ano é uma segurança para
frente. Nós estamos acrescentando cada vez mais e fazendo balanceamento de
térmicas e hidrelétricas", explicou o ministro.
• Segundo dados do
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível dos reservatórios das
usinas hidrelétricas subiu nas regiões desde a semana passada.
• A Região Norte,
que apresentava 43,51% da capacidade total na semana passada, agora está com
45,04%. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o crescimento passou de 32,09% para
33,31%. Já na Região Nordeste, o nível subiu de 29,64% para 29,84%. No
subsistema Sul, houve uma queda na semana passada, mas desde a última
sexta-feira (18), o nível passou de 48,67% para 48,94%.
• A manutenção do
nível dos reservatórios das hidrelétricas é importante para garantir a geração
de energia necessária para o país, que tem sua matriz energética baseada principalmente
na energia hidráulica. Por causa do baixo nível dos reservatórios das usinas
registrado nos últimos meses, o governo teve que acionar as térmicas, que são
mais caras e poluentes.
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