SOBRE REVISÃO DO MENSALÃO
De acordo com
Barbosa, pensar que os embargos infringentes são válidos “seria o mesmo que
aceitar a ideia de que o Supremo Tribunal Federal, num gesto gracioso,
inventivo, magnânimo, mas absolutamente ilegal, pudesse criar ou ressuscitar
vias recursais não previstas no ordenamento jurídico brasileiro, o que seria
inadmissível”.
Barbosa também
classificou como “absurda” as pretensões com esse recurso, pois a Corte já
analisou todos os argumentos trazidos pela defesa. Ele acredita que há uma
tentativa de “eternizar” o processo e conduzir a Justiça brasileira ao
descrédito, confirmando as várias possibilidades de atrasar o cumprimento das
decisões.
O ministro
analisou recursos dos advogados Arnaldo Malheiros Filho, representante do
ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, e Castellar Guimarães, que responde
judicialmente pelo publicitário Cristiano Paz. Enquanto o primeiro pedia a
anulação do crime de formação de quadrilha para seu cliente, o último
pedia prazo em dobro para apresentar o recurso de revista.
Segundo Barbosa, o
trecho do Regimento Interno do STF que trata dos embargos infringentes foi
superado por legislação da década de 1990 que estabeleceu regras processuais
para as cortes superiores. Ele afirma que esse tipo de recurso só é admitido
quando o julgamento se dá em órgão fracionário - como câmaras, seções e turmas
-, e não quando o caso é julgado diretamente pelo plenário completo.
“Não há como
concluir, portanto, que esses embargos infringentes se prestem simplesmente a
abrir espaço à mera repetição de julgamento realizado pelo mesmo órgão plenário
que já examinou exaustivamente uma determinada ação penal”, observa o ministro.
Barbosa também
rejeita o argumento de que os réus estão sendo prejudicados com a falta do
duplo grau de jurisdição, pois acredita que o fato de serem julgados pelo
Supremo é uma “privilegiadíssima prerrogativa” assegurada pela Constituição. Ele
lembra que, em tese, há chances de as decisões serem alteradas pelo julgamento
dos embargos declaratórios (que ainda serão analisados) e por meio de revisão
criminal, um pedido específico apresentado após o encerramento da ação penal.
O advogado de Delúbio
Soares, Arnaldo Malheiros, informou que vai recorrer ao plenário. "Esses
embargos foram feitos com apoio na opinião do ministro Celso de Mello, bem como
do ex-ministro Carlos Velloso, de que, como o regimento é anterior à
Constituição de 1988, essa matéria tinha força de lei. Então, estão previstos
no ordenamento jurídico, e vamos agravar ao plenário".
FLEXIBILIZAÇÃO DO MONOPÓLIO
NA ERA FHC DOBRA AS RESERVAS
As
reservas provadas de petróleo do país saltaram de 7,1 bilhões de barris para 15
bilhões de barris, entre o início de 1998 e o final de 2011, enquanto as de gás
natural passaram 227,7 bilhões de metros cúbicos para 459 bilhões de metros
cúbicos no mesmo período.
Os
dados são da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP),
que atribui o crescimento das reservas provadas ao novo regime regulador para o
setor de petróleo e gás natural – que flexibilizou a atividade no país no
Governo FHC e combatida a ferro e fogo pelo PT.
Os
dados levantados pela ANP indicam que a produção anual de petróleo passou de 1
milhão de barris diários, em 1998, para 2,13 milhões de barris diários, em
2010, enquanto a de gás natural mais que duplicou no mesmo período, passando de
29,6 milhões de metros cúbicos/dia para 63 milhões de milhões/dia no final de
2010.
O
Brasil saiu da 18ª posição no ranking dos
maiores produtores do mundo (1998), para o 13º lugar em 2011. O gás natural,
antes uma fonte marginal de energia, passou a ter cerca de 10% de participação
na matriz energética brasileira.
O setor
de óleo e gás cresceu mais de 300% desde 1997 e passou a responder por cerca de
10% do Produto Interno Bruto (PIB - a soma de bens e serviços produzidos no
país), percentual que pode chegar a 20% em uma década.
Para a
ANP, a participação de novos investidores privados nas atividades de exploração
e produção de petróleo e gás natural, viabilizada com o atual regime regulador
para o setor, “gera desenvolvimento econômico, empregos e impulsiona a
competitividade da indústria nos ramos relacionados ao setor, em sinergia com
os investimentos em pesquisa e inovação tecnológica”.
Em
janeiro de 2011, por exemplo, 74 grupos econômicos – 38 de origem brasileira,
incluída a Petrobras – atuavam no Brasil em atividades de exploração e produção
de petróleo e gás natural. De 1998 a 2010, as participações governamentais (royalties, mais participação
especial, mais bônus de assinatura e pagamento por retenção de área) passaram
de R$ 140 bilhões, repassados pelo Tesouro à União e distribuídos entre dez
estados e mais de 900 municípios brasileiros.
Existem
no país 29 bacias sedimentares com interesse para pesquisa de hidrocarbonetos –
o equivalente a 7,5 milhões de quilômetros quadrados (km²) - cerca de 2,5
milhões de km² no mar. Apenas um pequeno percentual dessas áreas está sob
concessão para as atividades de exploração e produção.
Edição: Tereza Barbosa
SUSPENSO O ATENDIMENTO A
PRESOS COM TUBERCULOSE
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu
a liminar obtida pelo Ministério Público do Estado que garantia o
atendimento aos presos com tuberculose. A ação foi proposta em outubro de 2012,
quando inspeções feitas pelo órgão acusaram grave situação de desassistência
médica aos infectados com a doença nos presídios do estado.
“Foi constatada a queda nas taxas de detecção, cura e de
oferta de consultas e exames a detentos tuberculosos a partir de 2010, com o
aumento das taxas de mortalidade no sistema prisional”, disse a promotora de
Justiça Anabelle Macedo Silva, titular da 3ª Promotoria de Justiça de Tutela
Coletiva de Saúde da Capital.
Nos meses de outubro e novembro de 2012, a promotoria fez
três inspeções nas unidades prisionais e de saúde prisional, como parte do
Programa Saúde Legal. Em janeiro deste ano, a 5ª Vara de Fazenda Pública da
Capital acatou ação do Ministério Público, determinando que o estado deveria
providenciar no mínimo 12 médicos capacitados para atendimento no Hospital
Sanatório Penal, da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, além de
laboratórios em pleno funcionamento para os exames de tuberculose.
O relator da 3ª Câmara Cível do TJRJ analisou, no mês de
março, o agravo de instrumento interposto pelo governo fluminense, e decidiu
suspender a liminar até o julgamento final da ação. A decisão foi tomada a
partir da argumentação do estado de que “já haveria atendimento sendo prestado
nas prisões pela Secretaria de Estado de Saúde”.
Segundo a promotora, os planos que o estado sustenta
estar executando “são uma verdadeira obra de ficção, absolutamente distantes do
que se apresenta na realidade do cárcere. Temos esperança na restauração da
liminar pelo tribunal, para evitar a morte de centenas de presos e a
contaminação por tuberculose de milhares de pessoas, dentro e fora das prisões,
visto ser uma doença de fácil transmissão”, disse Anabelle.
O agravo será julgado pela 3ª Câmara Cível do Tribunal de
Justiça, quando a liminar poderá ser restaurada. O MP-RJ informou em nota que
fará novas inspeções nos presídios para assegurar o cumprimento das promessas
feitas pelo estado.
PEZÃO COMANDA ENCONTRO
DE PREFEITOS DA BAIXADA
Prefeitos e representantes das prefeituras da Baixada Fluminense estiveram reunidos nesta segunda-feira (13), em Duque de Caxias participando do 2º Encontro da Construção Civil e Prefeituras da Baixada Fluminense. O evento contou com a presença do prefeito Alexandre Cardoso e do vice- governador Luiz Fernando Pezão. O fórum organizado pela Caixa Econômica Federal (CEF) teve como objetivo discutir os problemas da região, infraestrutura e as necessidades de obras, entre elas o programa Minha casa, minha vida, do governo federal.
O prefeito de Duque de Caxias destacou a importância dos governos estadual e federal na região, lembrando que o vice- governador tem dado uma enorme contribuição à Baixada Fluminense na liberação de recursos e obras que tragam melhoria na qualidade de vida dos cidadãos destes municípios.
Prefeitos e representantes das prefeituras da Baixada Fluminense estiveram reunidos nesta segunda-feira (13), em Duque de Caxias participando do 2º Encontro da Construção Civil e Prefeituras da Baixada Fluminense. O evento contou com a presença do prefeito Alexandre Cardoso e do vice- governador Luiz Fernando Pezão. O fórum organizado pela Caixa Econômica Federal (CEF) teve como objetivo discutir os problemas da região, infraestrutura e as necessidades de obras, entre elas o programa Minha casa, minha vida, do governo federal.
O prefeito de Duque de Caxias destacou a importância dos governos estadual e federal na região, lembrando que o vice- governador tem dado uma enorme contribuição à Baixada Fluminense na liberação de recursos e obras que tragam melhoria na qualidade de vida dos cidadãos destes municípios.
“As obras que chegam à Baixada, têm a mão do Pezão.
Sabemos que existe muito por fazer. Temos problemas no abastecimento de água,
saneamento e mobilidade, mas sei que o vice- governador esta empenhado na
solução das carências das nossas cidades”, disse.
O vice-governador acenou com um pacote de obras para a região, desde a chegada de novos trens com ar refrigerado e mais conforto para os usuários, pavimentação de 750 quilômetros de ruas nas cidades da Baixada, em um total de 2.200 vias.
O vice-governador acenou com um pacote de obras para a região, desde a chegada de novos trens com ar refrigerado e mais conforto para os usuários, pavimentação de 750 quilômetros de ruas nas cidades da Baixada, em um total de 2.200 vias.
“É preciso destacar o projeto Minha casa, minha vida que
garantiu um teto para quem nunca teve condições de ter casa própria, que mudou
o conceito de habitação para o brasileiro”, comentou. (Fotos: Rafael Barreto)
DEPUTADO ESCAPA DE
ASSALTO E CULPA A PM
Atacado a tiros de pistola calibre 40 na tarde de sábado
(11), quando passava pela rua Pedro Lessa, que liga o bairro Olavo Bilac, na
divisa com São João de Meriti, à Avenida Governador Leonel Brizola, antiga
Presidente Kennedy, em Duque de Caxias, e ex-prefeito e deputado federal
Washington Reis, do PMDB, decidiu pedir ao comando da PM que reforce o esquema
de segurança no município. Integrante da base aliada do governador Sérgio
Cabral, que o apoiou na eleições para prefeito em 2012, o parlamentar sentiu na
pele o que os moradores da Baixada Fluminense vem sofrendo desde que o governo
do estado resolveu implantar o projeto das UPPs – Unidades de Policiamento
Pacificadoras – em que um grupo de até 700 PMs, como no caso da Rocinha (Zona
Sul da Capital), são encarregados do policiamento de vielas e becos das favelas
mais violentas do Rio de Janeiro.
Com aviso prévio para os bandidos deixem as favelas que
irão receber as UPPs, o governo diz que essa tática evita um banho de sangue no
caso de uma invasão de surpresa aos redutos controlados pelo tráfico de armas e
drogas e as milícias. Correu mundo as cenas, gravadas ao vivo pelas emissora de
TVs, de dezenas de bandidos, com armamento pesado, fugindo a pé ou de carro
durante a invasão do Complexo do Alemão, na Zona Norte da Capital (http://www.youtube.com/watch?v=GortA2oU5sY)
Segundo o próprio deputado, um homem numa moto saiu de um
matagal ao lado da Rua Pedro Lessa, empunhando uma pistola calibre 40. O
desconhecido teria feito vários disparos, um dos quais atingiu a lataria do
veículo, mas nem Washington Reis, muito menos seu irmão e deputado estadual
Rosernverg Reis, o seu motorista e um amigo que estavam no veículo, uma blazer
branca, foram atingidos.
- Ainda levantei a mão para me proteger. Senti que ele ia
atirar porque estava muito apavorado. Deveria estar drogado. Mas não foi nada
contra a minha pessoa. Ele deve ter visto o carro e pensou que era da polícia –
disse Washington Reis depois de
se recuperar do susto.
Para o ex-prefeito, foi um ataque de bandido comuns, “reflexo da falta
de segurança a que nós e todos os cidadãos da Baixada Fluminense estamos
expostos", disse o parlamentar.
Antes que seus assessores registrassem queixa na 59ª DP/Caxias,
Washington Reis ligou para o comandante geral da PMRJ, coronel Erir Riberio da
Costa Filo, pedindo providências e o reforço de policiamento no local.
RÁPIDAS
• A falsa ideia de que o
que ocorreu com o vizinho não me atinge foi por terra mais uma vez no sábado
(11), quando o ex-prefeito e atual deputado federal Washington Reis e sua
comitiva foram atacados a tiros na movimentada Av. Pedro Lessa, que liga os
bairros de Jardim Metrópole (São João de Meriti) e Olavo Bilac à Av. Governador
Leonel Brizola, que o governo do estado insiste em chamar de Presidente Kennedy.
• Desde que o governo
do estado anunciou a implantação do projeto de Polícia Pacificadora nas favelas
mais violentas do Rio de Janeiro, vem crescendo a cada dia a violência na
Baixada Fluminense, resultado da migração dos bandidos “convidados” a se
retirarem de seus antigos “santuários”.
• Apesar do governador
Sérgio Cabral, nos intervalos entre uma viagem e outra ao exterior, em especial
na ponte aérea Leblon-Paris, negar tal migração, ela vem ocorrendo, pois
traficante e miliciano não podem mudar de “seu tipo de “atividade comercial” por
um estalar de dedos do “Houdini do Leblon”.
• Os comandantes que
passaram pela chefia do 15º Batalhão da PM nos últimos 7 anos e que tem como
vizinho os bandidos que hoje controlam o Complexo da Mangueirinha, na divisa
dos bairros Centenário e Olavo Bilac (onde Washington Reis foi atacado a tiros)
certamente devem ter dados e opiniões diferentes.
• O próprio secretário
de Segurança José Mariano Beltrame já jogou a toalha. Sem a presença do Estado,
com serviços públicos de qualidade, em especial nas áreas de Saúde, Educação,
Assistência Social e geração de Renda, as UPPs não passam de factoides, que
funcionam apenas como marketing na Mídia e no merchandising das novelas da
Globo, como vem ocorrendo em “Salve Jorge”, que se divide entre os turistas
invadindo o fictício Morro do Alemão para comer empadinhas e o tráfico de
pessoas, que a Polícia Federal tenta conter sem marketing.
• Até agora impassível
diante da violência nas ruas da Baixada Fluminense, o deputado Washington Reis,
que não tem nenhum papel importante na novela das 9, caiu na real e, pela
primeira vez, admitiu o clima de insegurança vivido pela população que vive “do
outro lado do rio Meriti”, distante da Mídia e da Barra da Tijuca e do Leblon,
tão cantado nas novela de Manoel Carlos.
• Vamos esperar e torcer para
que, nas próximas reuniões do Conselho Comunitário de Segurança Pública de
Duque de Caxias, o deputado e sobrevivente Washington Rei seja mais uma voz a
clamar por medidas efetivas de segurança, a começar pela substituição do 57
PMs, lotados ou com passagem pelo 15º BPM, que respondem, em liberdade, a
processo por diversos crimes, inclusive associação para o tráfico e homicídios.
• Não se concebe que a Rocinha,
com cerca de 75 mil moradores, tenha à sua disposição cerca de 700 PMs,
enquanto Duque de Caxias, o segundo município em arrecadação e o terceiro
colégio eleitoral do Estado, com cerca de um milhão de habitantes, tem um
Batalhão com cera de 600 homens para garantir a segurança num território de 464
quilômetros quadrados.
• Num recente arrastão, em plena
luz do dia, nos bares da rua Paraíba, no bairro Pauliceia, pe muito estranho que os bandidos não
tenham percebido a presença de um apontador do bicho, que atua na região e,
tranquilamente, registrava a “fezinha” de um apostador. Certamente os bandidos sabiam que
mexer com o dinheiro da contravenção é assinar a própria sentença de morte.
• Outro fato que não deve entrar
nas estatística do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro
(ISP), uma autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Segurança (SESEG) é o
índice de roubos e furtos na pequena Rua Sabará, no alto do 25 de Agosto. Com
cerca de 300 metro de extensão e apenas um quarteirão, é a rua com maior índice
desse tipo de crime na região.
• Entre seus moradores tem até
político com mandato, mas isso não é motivo de maior segurança para seus
vizinhos ou assuste os bandidos. Outra rua com alto índice de violência é a
Tarce de Freitas Lima, ex-Piauí. Os moradores de um prédio de apenas 4
pavimentos já foram vítimas de 4 ou 5 assaltos e furtos, inclusive com o roubo
de um carro às 6:00 horas da manhã, quando uma moradora saia para o trabalho.
• A mais recente vítima foi uma
família que fora levar o filho no colégio que funciona na antiga residência do
ex-deputado Doutor Heleno. No momento em que a mãe saltava do carro com a
criança, os bandidos, que ocupavam uma moto, anunciaram o assalto exigindo que
o marido e pai que dirigia o veículo saltasse e não olhasse para traz. O crime
ocorreu por volta as 7:30 horas da matina.
• As demolições para a reconstrução de Xerém já estão acontecendo. A foto registra o trabalho na Estrada de Xerém próximo ao logradouro conhecido como tia Anastácia e foi enviada por um internauta e mostra que as prometidas obras para a normalização das áreas afetadas pelas chuvas do dia 3 de janeiro estão saindo do papel.
• As demolições para a reconstrução de Xerém já estão acontecendo. A foto registra o trabalho na Estrada de Xerém próximo ao logradouro conhecido como tia Anastácia e foi enviada por um internauta e mostra que as prometidas obras para a normalização das áreas afetadas pelas chuvas do dia 3 de janeiro estão saindo do papel.
• O que os moradores
esperam do Governo, além da reconstrução da ponte do bairro Café Torrado,
levada pela enxurrada, seja implantada a avenida Beira Rio, que, além de
permitir o livre trânsito na região, irá impedir que novas construções sejam
erguida nas margens do rio que corta a região, como já ocorreu em ouros tempos.
Chega de bom mocismo e populismo com a vida alheia!
• O procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, encaminhou nesta segunda-feira (13)parecer ao
Supremo Tribunal Federal (STF) defendendo a suspensão do projeto de lei que
inibe a criação de partidos. O entendimento converge com a opinião do relator
do mandado de segurança, ministro Gilmar Mendes, que interrompeu o andamento do
projeto a pedido do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
• O parecer ainda não
foi divulgado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas a opinião de
Gurgel pode ser conferida de forma sucinta na página do processo na internet.
“Opina pelo conhecimento e concessão da segurança”, informa
• Na semana passada, os
presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN), manifestaram ao ministro Gilmar Mendes preocupação com o que
classificaram como “controle prévio” que o STF vem fazendo no processo
legislativo, ao interromper a tramitação de projetos.
• Já Gilmar Mendes
defendeu o uso de mandado de segurança para suspender reformas
legislativas em andamento no Congresso Nacional.
• A Justiça paulista determinou o fim do
pagamento do auxílio-moradia aos deputados estaduais de São Paulo. A decisão,
do juiz da 13ª Vara da Fazenda Pública, Luis Manuel Fonseca Pires, foi
publicada hoje (13) no Diário da
Justiça Eletrônico.
• Na decisão, o juiz considerou procedente o
pedido do Ministério Público de São Paulo, que alega que não há lei que
regulamente o benefício. Com a decisão, os 94 deputados estaduais paulistas
deverão se abster do repasse, feito pela Fazenda Pública do Estado de São
Paulo, e do pagamento da verba, conduzido pela Mesa da Assembleia Legislativa.
• Em janeiro deste ano, o juiz já havia
determinado a suspensão do pagamento do auxílio-moradia aos deputados
estaduais. Os deputados recorreram da decisão. Em março, o desembargador Luiz
Sérgio Fernandes de Souza rejeitou o recurso e manteve a suspensão do pagamento
da verba.
• Procurada pela Agência Brasil, a
Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) disse que a decisão será discutida
ainda na tarde de hoje (13) pela Mesa Diretora. Só depois dessa reunião é que a
Alesp deverá se pronunciar sobre o caso e se ainda pretende recorrer da
decisão.
• A Câmara dos Deputados adiou para esta terça-feira
(14), a discussão e votação da Medida Provisória (MP) 595/2012, conhecida como
MP dos Portos, que estabelece novo marco regulatório para a concessão de
terminais portuários à iniciativa privada. O adiamento se deu porque não houve quórum mínimo para começar o
processo de votação. Eram necessários 257 deputados presentes, mas apenas 241
marcaram comparecimento.
• O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia
(PT-SP), disse que mais de 257 deputados estavam presentes, mas muitos não
assinalaram no painel. A medida, segundo ele, foi uma forma de obstruir a
votação da MP. Chinaglia acredita que será possível aprovar a matéria no
decorrer do dia de amanhã (14).
Foram apresentados
à MP 28 destaques de bancada para alterar o texto aprovado pela comissão mista
do Congresso.
• O senador Ataídes
Oliveira (PSDB-TO) usou a tribuna do Senado Federal para advertir o Governo
Federal e o Ministério Público Federal e chamar atenção do Congresso Nacional
sobre a crise financeira instalada nos chamados RPPS – Regime Próprio de
Previdência Social.
• Em Duque de Caxias, o
IPMDC deixou de repassar às instituições financeiras no ano passado os
descontos feitos nos contracheques dos servidores que contrataram empréstimos
consignado. À época, a Secretaria de Fazenda alegou problemas de Caixa e a necessidade
de manter em funcionamento o Hospital Municipal Moacyr do Carmo.
• Segundo senador de Tocantins,
há no País mais de dois mil entes com Regime Próprio de Previdência Social e
com disponibilidade financeira superior a R$ 120 bilhões. O número de
servidores públicos que contribuem com esses regimes está acima de 10 milhões
de segurados
• O “Estado de São
Paulo” publicou matéria, em 2010, em que mais de 100 municípios brasileiros
correm o risco de ver seus regimes falirem e mais de 700 estão com pendências
no Ministério da Previdência Social e poderão ter o repasse das transferências
voluntárias do Governo Federal suspenso. Segundo o ministério da Previdência há
atualmente 339 Regimes Próprios de Previdência em processo de extinção.
• De acordo com o
parlamentar, as dívidas dos municípios totalizam, atualmente, R$ 11,3 bilhões
de débitos não parcelados e R$ 22,3 bilhões de débitos parcelados. “Somente 682
municípios, ou seja, 12,28% do total, não apresentam dívidas relativas à
contribuição previdenciária”, explica
• O senador atribuiu
quatro fatores que provocaram o caos nos regimes: má gestão administrativa,
desvios de recursos para fins eleitorais, apropriação indébita e alto custo
operacional.
• “A situação é grave, o governo federal passou a bomba para
a mão dos municípios, Estados e Distrito Federal. Quando ela estourar quem vai
pagar são os segurados que não terão a quem recorrer, uma vez que a
responsabilidade são desses entes que estão quebrados e falidos”, explica.
• Os recursos financeiros
dos RPPS podem ser aplicados: 70% em renda fixa (títulos públicos) com risco
baixíssimo; e 30% em renda variável. Nesse caso o grau de risco é alto e
altíssimo.
• “Aqui a vaca começa a
ir para o brejo! Habitualmente 30% é aplicado em fundos de ações, em bolsa de
valores, em fundos de investimentos de multimercados, em fundos de
investimentos em participações e em fundo de investimento imobiliário”,
explica.
• Segundo o senador, há
muitos casos de aplicações em bancos falidos e liquidados. “Institutos de
previdência do RS aplicaram dezenas de milhões de reais em um fundo com
características incomuns e pouco vantajosas”, exemplifica.
• “Essas são apenas
algumas das irregularidades encontradas. Vou continuar pesquisando e
acompanhando os RPPS”, confirma Ataídes.
• O senador explicou
ainda que vai apresentar um projeto de Lei para corrigir as distorções e
sugeriu que o Senado Federal realize audiência pública para debater o tema com
a sociedade.
• O senador finalizou
seu discurso afirmando que a ‘bomba’ irá explodir no prazo de 5 a 10 anos.
“Peço aos contribuintes que fiscalizem seus regimes previdenciários (Fonte:
Brasil/247).
• Em 2004, o então prefeito
Washington Reis (PMDB) tentou desviar R$ 110 milhões da Reserva Técnica do
IPMDC para a compra do Hospital Moacyr do Carmo, ainda em construção.
• Segundo o advogado Antonio
Batista, que pediu demissão da presidência da autarquia por discordar de tal
transação, o dinheiro, repassado pelo Ministério da Previdência para compensar
os servidores celetista que foram incorporado ao quadro da Prefeitura, deveria
ser investido na consolidação de um patrimônio que garantisse futuras pensões e
aposentadorias, o que a compra do hospital não iria garantir.
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