O POVO NAS RUAS NÃO
QUER SÓ BOLSA ESMOLA
A 15 meses das eleições, o povo acaba de enviar dois
recados ao Governo, aí entendido o que se convencionou chamar de Três Poderes:
Executivo, Legislativo e Judiciário. O primeiro recado foi a pesquisa divulgada
no início da semana passada, confirmado a queda de oito pontos percentuais na
avalição positiva do Governo Dilma Rousseff. Segundo a pesquisa encomendada ao IBOPE pela
Confederação Nacional da Indústria – CNI – o percentual dos que avaliavam o
atual governo como ótimo ou bom caiu de 63%, na pesquisa de março, para 55%. É
um indicativo de que não foi só o preço do tomate e dos transportes que
influíram na queda de confiança do povo na atuação do Governo. A pesquisa foi
feita antes das manifestações de rua que tomaram conta das capitais e até das
cidades médias, levando às ruas cerca de 3 milhões de brasileiros indignados
com a política do analgésico para curar fratura exposta, como é o caso da bolsa
família para combater a miséria, ao invés de uma política de investimento tendo
como prioridades a infraestrutura de transporte, educação, saúde e de proteção ao meio
ambiente.
Dentre os
desastres cometidos pelo Governo podemos citar o anúncio da redução das tarifas
de energia elétrica, com o pagamento de R$ 2,8 bilhões de subsídios ás distribuidoras no mesmo instante em que a
Aneel autoriza o reajuste dessas mesmas tarifas, ou o prefeito Fernando Haddad,
abandonado pelo PT e pelo Governo Federal, anunciando a redução das tarifas de
ônibus, mas avisando que irá cortar investimentos em Saúde e Educação,
confessando publicamente que o governo paulistano subsidia as empresas de
ônibus e que a tarifa paga na roleta é uma tarifa simbólica. Temos ainda o
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, inaugurando um moderno hospital na
Palestina, fruto da doação de US$ 4 milhões de dólares do Governo Brasileiro,
dinheiro saído dos cofres do Ministério que ele dirige, mas que não tem
dinheiro para a compra de insumos básicos, como fio de sutura para cirurgias
nos hospitais públicos do país.
O recado das ruas,
de onde os partidos foram expulsos, como ocorreu com o PT em São Paulo, foi
claro: está na hora do Governo descer do palanque e governar PARA TODOS. Uma
grande rede varejista, controlada por capitais franceses, acaba de anunciar a
adesão ao programa “Minha Casa Melhor”, no qual o Governo promete investir R$
18,7 bilhões em financiamento a juros de 5% ao ano (a taxa Selic está em 8%
a.a.) para a compra de eletrodomésticos pelos beneficiários do programa” Minha
Casa, Minha Vida”.
E as faixas de protesto, como as de condenação da PEC 37,
que proíbe o Ministério Público de investigar crimes de grande repercussão,
como foi o caso do “Mensalão”, atinge também o Congresso Nacional e as Assembleias
Legislativas e Câmaras de Vereadores, pródigas em leis casuístas, contrárias à
Constituição, ou criando vantagens para determinadas categorias de servidores,
como a que permitiu a um simples guarda municipal, cujos vencimentos não vão
além do salário mínimo, aposentar –se
como Secretário da Prefeitura, ou a aprovação de projeto estabelecendo
procedimentos a serem seguidos por psicólogos e outros profissionais da saúde
para a cura de indivíduos cuja opção sexual não siga o padrão homem x mulher.
E o Judiciário não foi poupado, pela lentidão em julgar
os acusados de corrupção, como é o caso do “Mensalão”, envolvendo as principais
figuras do Governo Lula, às vésperas de se transformar na maior pizza da vida
política do País. Não podemos esquecer o caso de um senador de Brasília, que
renunciou ao mando para não ser cassado, condenado por desvio de recursos na
construção da sede do Tribunal da Justiça do Trabalho em S. Paulo, mas que
continua livre, lépido e fagueiro dando as cartas na política do Distrito
Federal, num processo que também envolveu um integrante do próprio TRT-SP, que
estava cumprindo pena de prisão em sua nababesca mansão num dos bairros mais
valorizados da capital paulista.
Se pretende disputar, com chances, a reeleição em outubro
de 2014, a presidente Dilma Rousseff terá de “lançar ao mar” peças importantes
do seu governo de coalizão, a começar pelos “mais chegados” e que desvirtuaram
a Lei dos Portos e a lei dos royalties do petróleo. Ou que revogaram a Lei das
Licitações para favorecer as empreiteiras envolvidas na construção e
reconstrução de estádios para a Copa do Mundo...
ALEXANDRE PADILHA INAUGURA
CENTRO MÉDICO NA PALESTINA
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, inaugurou no
início do de maio (2) um centro médico na cidade palestina de Dura, no sul da
Cisjordânia, construído com recursos doados pelo governo brasileiro. De acordo com Padilha, dos US$ 10 milhões
doados pelo Brasil para a Autoridade Palestina, US$ 4 milhões são provenientes
do ministério da Saúde e estão sendo investidos em centros de reabilitação e de
tratamento materno-infantil. "Consideramos a contribuição à saúde como
parte dos esforços pela paz nesta região", acrescentou o ministro.
"Foi uma cerimônia bastante emocionante", disse
Padilha ao portal Terra ao final de uma visita de três dias a Israel e
Palestina. "Os palestinos em Dura ficaram muito agradecidos pela nossa
contribuição, que faz parte da colaboração do Brasil para ajudar na construção
do Estado Palestino", afirmou ao portal Terra.
O médico Nazih Abed, que dirige o novo centro médico de
Dura, fez questão de agradecer "ao governo e a todo o povo
brasileiro".
"Com a doação do Brasil conseguimos construir um
centro médico que prestará serviços à população do sul do distrito de Hebron e
isso facilitará a vida de cerca de 200 mil pessoas, que antes tinham que viajar
35 km até a cidade de Hebron e esperar por muito tempo em filas para obter
atendimento", disse o médico palestino ao Terra. "Agora poderemos
oferecer atendimento e vacinação para uma grande população em condições muito
melhores. Temos 22 médicos e 40 enfermeiros no novo centro", acrescentou.
Segundo o ministro Padilha, a visita ao Oriente Médio foi
muito proveitosa. "Em Israel estabelecemos dois canais muito importantes
de colaboração", disse, "na área da produção de remédios e na área de
treinamento de equipes médicas que irão atuar em eventos de massa,
principalmente na Copa do Mundo e nas Olimpíadas".
MÉDICOS NÃO ACEITAM A CULPA
PELO CAOS NA SAÚDE NO PAÍS
Enquanto o ministro Alexandre Padilha inaugura hospital
na Cisjordânia, construído com a ajuda de R$ 10 milhões de dólares do Governo
brasileiro, sendo US$ 4 milhões do orçamento do próprio Ministério da Saúde
comandado pelo PMDB, os médicos de todo o país decidiram denunciar as péssimas
condições em que funcional hospitais e postos de saúde, ondem falta materiais
fundamentais para cirurgias, com fio de aço.
Vídeos estão sendo divulgados nas redes sociais,
revelando as condições precárias em que o Governo está sucateando a saúde no
País, forçando a adesão a planos de saúde cada vez mais caros, que só atendem à
chamada classe alta, que pode ser tratada nas luxuosas suítes dos hospitais da
rede D’Or ou do Sírio-Libanês, o preferido de 10 entre 10 famosos, como o ex-presidente
Lula e a presidente Dilma Rousseff
Enquanto isso, circula nas redes sociais, inclusive no
You Tube, vídeos mostrando o caos na Saúde no País e os médicos saem do
anonimato dos corredores dos hospitais públicos sucateados para denunciar a
falta de estrutura e até de insumos básicos para cirurgias.
Em Duque de Caxias, por exemplo, só agora a prefeitura
está concluindo as instalações do 3º pavimento, enquanto o 4º andar continua em
alvenaria, embora a prefeitura não saiba quando recebeu a construtora Delta,
contratada pelo Governo do Estado para erguer o hospital, inaugurado pelo
ex-presidente Lula em setembro de 2004, com promessa de um atendimento de
qualidade superior ao oferecido pelo Sírio-Libanês.
Segundo a propaganda feita pelo ex-prefeito Washington
Reis na campanha eleitoral de 2004, quando tentou a reeleição, o hospital Moacyr
do Carmo custou cerca de R$ 110 milhões, parte dos recursos repassados pelo município,
mas, em janeiro de 2005, na primeira visita que o prefeito eleito Zito fez ao
hospital, em companhia do secretário de Saúde do Estado, Sérgio Cortes, parte
do tomógrafo ainda estava encaixotado e abandonado na calçada ao lado da
entrada para a Emergência. No domingo (16), quando um professor foi baleado na
cabeça e levado para o Moacyr do Carmo, ele teve que ser transferido para um
hospital particular, pois o tomógrafo do hospital do município estava quebrado
há um mês. Conforme nota da Secretaria de Saúde de Duque de Caxias, a empresa
fabricante e responsável pela manutenção do equipamento, indispensável em casos
como o do professor, voltará a funcionar em três semanas. Situação idêntica
ocorre com o Hospital Duque de Caxias, fechado desde janeiro de 2005, que seria
transformado em policlínica. Depois de quatro anos de obras, o hospital
continua “em obras”, pois a empresa responsável pelo “Duque”, a Marca, está
sendo investigada pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal sob
suspeita de fraudes em licitações no Rio e no Rio Grande do Norte, com parte de
sua direção na cadeia. Nessa situação, a nova administração do município não pode
retomar as obras para devolver o “Duque” à população como um grande ambulatório
com diversas especialidades.
Veja o vídeo-denuncia dos médicos, que não aceitam ser esponsabilizados pelo caos na Saúde no link:
Veja o vídeo-denuncia dos médicos, que não aceitam ser esponsabilizados pelo caos na Saúde no link:
TRIBUNAL DECIDE QUE SALÁRIO DO
PREFEITO É O TETO NO MUNICÍPIO
Na primeira semana de seu governo, o prefeito Alexandre
Cardoso divulgou uma lisa em que dezenas de funcionários recebiam mais do que
ministro do Supremo Tribunal Federal, valor considerado como teto pela
Constituição Federal para o funcionalismo público dos três Poderes, inclusive
nos estados e municípios. Ente os nomes divulgados pelo prefeito estavam o
ex-Secretário de Governo, Mario Vasconcelos, servidor da Câmara Municipal (R$
53 mil), o ex-vereador e fiscal de rendas Demerval Laje de Barros Neto (52
mil), e o professor Paulo Roberto Mendes Gonçalves, ex-Secretário de Administração
(R$ 45 mil).
Com base em estudos feitos em conjunto pela Procuradoria
Geral do Município e a Secretaria de Administração, o prefeito determinou que o
teto de remuneração no município teria como base os subsídios do próprio
prefeito, fixado em R$ 24,5 mil desde 2012
No último dia 11, o Tribunal de Contas do Estado
encaminhou parecer em que reconhece como legal o teto fixado pelo prefeito
Alexandre Cardoso, pois "o limite remuneratório para os servidores
públicos municipais é o subsídio do prefeito (observado o limite do subsídio
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal - STF), nos termos do artigo 37,
inciso XI, da CRFB, excetuando-se os procuradores do Município e das Autarquias
e Fundações Municipais, cujo limite é o subsídio dos desembargadores (observado
o limite de 90,25% do subsídio dos Ministros do STF), pelos fundamentos ora
expostos."
Segundo estimativa afeito pelo secretário de
Administração, o advogado e professor da Fundação Getúlio Vargas Sidney Guerra,
esse corte nos salários mais elevados representará uma economia de R$ 8 milhões
só em 2013.
RÁPIDAS
● No governo do
Cel. Renato Moreira da Fonseca, o município firmou um acordo com o Governo do
Estado no sentido de unificar as tarifas, levando em conta que linhas
intermunicipais são sobrepostas às linhas municipais, isto é, as linhas
municipais não poderiam ter tarifas diferenciadas em relação às
intermunicipais.
● Com esse acordo,
todas as linhas municipais que fazem a ligação Gramacho-Centro teriam tarifas
iguais às cobradas pelas linhas intermunicipais no mesmo trajeto.
● Por isso, os
líderes do movimento pela redução das tarifas de ônibus na cidade, que reuniu,
segundo a PM, cera de 15 mil pessoas na Praça do Pacificador, na última sexta-feira,
decidiu mudar o foco da campanha para um outro ponto: a tarifa única para todas
as linhas.
● E são muitos os
exemplos de que linhas intermunicipais em preços menores que as linhas
municipais no mesmo trajeto. Os moradores de Xerém, que participaram do
protesto de sexta-feira, citam como exemplo as linhas Xerém-Nova Iguaçu
(intermunicipal) e Xerém-Caxias. Se o morador do 4º Distrito for de ônibus a
Nova Iguaçu, pagará R$ 2,50, mesmo passando por Belford Roxo. Se decidir fazer
compras no centro de Duque de Caxias, um trajeto mais curto, irá pagar pela
passagem nada menos que R$ 4,60.
● Qual a
explicação da Secretaria de Serviços Públicos do município para justificar tal
disparate, levando-se em conta que o trajeto Nova Iguaçu-Xerém é mais longo e, portanto, com custo
operacional maior?
● Não é por outro
motivo que o Ministério Público de São Paulo decidiu investigar as planilhas de
custo das empresas paulistas, que recebem alguns bilhões por ano do governo
estadual e de prefeituras e ainda cobram preços extorsivos por serviços
precários.
● Em 4 de março de
2012, o blog denunciou que Governo do Rio mandou para o lixo uma pesquisa
feita pela Universidade Federal de Santa Catarina, a pedido e pago pelo próprio
Governo fluminense, que analisava as planilhas de custos da empresa Barcas S/A,
que serviria de subsídio ao governo para reajustar as tarifas dos serviços na
Baía de Guanabara. Confira no endereço;
● Além de
confirmar que a concessionária não tinha razão de reivindicar novas tarifas – que,
na época, passaram deR $ 2,80 para R$ 4,50 – os estudos da UFSC revelaram que,
com a conivência da Agetransp – agência criada pelo governo para fiscalizar as empresas
concessionárias de transportes no Estado – a Barcas S/A sonegavam parte da
receita, como a locação de espaço para a instalação de lojas e serviços nas
estações de embarque/desembarque, além dos estacionamentos em terrenos
utilizados pela empresa, mas pertencentes ao Governo do Estado.
● Além de
reajustar as tarifas, o Governo, com o apoio entusiasmado da Assembleia
Legislativa, ainda concedeu um subsídio suplementar de R$ 400 milhões, o que
garantiu a transformação de um alegado prejuízo, num razoável lucro para os
donos da Barcas S/A.
● A substituição
do vice Pezão pelo secretário de Meio Ambiente, Carlos Minc, do PT/RJ, como
coordenador e fiscal das obras de reconstrução de Petrópolis, cujo prefeito
integra o PSB de Eduardo Campos, tem como principal objetivo amarrar o PT no
governo, impedindo, a todo custo, a candidatura do senador Lindbergh Farias.
● A luminosa ideia
também retira de Pezão o carimbo de fracassado, pois, desde o primeiro mandato
de Sérgio Cabral, é o vice Luiz Fernando Pezão que sempre aparece comandando a
Defesa Civil no resgate das vítimas de catástrofes previsíveis, como em Angra
dos Reis, Morro do Bumba, Região Serrana e Xerém, com milhares de mortos e
desaparecidos e outros tantos sem tento e sobreviventes com apena a roupa do
corpo.
● Os discursos de
Pezão, culpando pelo atraso das obras a burocracia e a Lei de Licitações, não
servem como justificativa para o fato de, até hoje, o Governo do Estado não ter
conseguiu construir as casas prometidas aos sobreviventes desses
desmoronamentos, muito menos uma política concreta de combate às construções em
áreas de risco, seja de suntuosas mansões, seja de modestas palafitas.
● Em 2012, o
Governo do Estado elaborou um mapa das áreas de risco no Estado, identificado
pelo menos 94 pontos de Duque de Caxias onde havia risco de desabamento. O
documento foi entregue ao ex-prefeito Zito, que preferiu guarda-lo num cofre a
pretexto de que sua divulgação causaria pânico desnecessário na população que
residia nessas áreas de risco. Uma dessas áreas, a localidade de Café Torrado,
em Xerém, acabou devastada pelas chuvas de janeiro deste ano.
● Ainda em 2012, a
prefeitura entregou a cerca de 600 famílias retiradas de áreas de risco, um
conjunto construído em Santa Cruz da Serra, dentro do programa “Minha Casa,
Minha Vida”. Como as obras não são fiscalizadas, quer pela Caixa Econômica
Federal, que repassa às construtoras o dinheiro do Governo, quer pela
Prefeitura, que autoriza as construções dentro dos critérios fixados pelo
Código de Obras do Município, as casas acabaram invadidas pelas águas do Rio
Capivari em janeiro deste ano.
● A CPI da Alerj,
que investiga o descumprimento, por parte das construtoras, dos prazos para a
entrega de casas e apartamentos, resolveu recomendar às instituições
financeiras, com a Caixa e o Banco do Brasil em primeiro plano, sejam mais
rigorosas na fiscalização dos projetos por elas financiados.
● Essa
recomendação soa como uma confissão de culpa do Poder Público, incapaz de zelar
pelo interesse da população, mesmo que se trate da construção de conjuntos
habitacionais, quer para a classe C, quer para a verdadeira classe média.
● O caso de um
conjunto financiado pela Caixa e destinado às famílias que sobreviveram ao
desastre no Morro do Bumba, em Niterói, que foi parcialmente demolido antes da
entrega das chaves, não pode ser considerado um caso pontual, como o Governo
gosta de intitular os desvios de conduta dos seus gestores.
● Temos em Duque
de Caxias um caso ainda mais impactante. Trata-se de um conjunto construído por
uma suposta cooperativa. As unidades, cuja construção foi financiada pela
Caixa, foram vendidas, mas o prazo de entrega não foi cumprido. A suposta
cooperativa acabou abandonando a obra na fase de acabamento, o que resultou na
invasão de dezenas de famílias, algumas promitentes-compradores dos
apartamentos inacabados.
● No final do Governo
Washington Reis, foi negociada uma operação entre a Caixa e a Prefeitura, que
iria desapropriar o conjunto por R$ 4 milhões, com o município assumindo a
responsabilidade pela conclusão das obras. Como o cheque foi assinado pela
tesoureira numa cama de um hospital, onde fora internada com stress, o cheque
não chegou até a Caixa e o prefeito Zito, que assumira no dia 1º de janeiro de
2009, mandou cancelar a operação, que não tinha o aval da Câmara.
● Até hoje,
compradores e invasores do “Carandiru” ainda não conseguiram regularizar a
posse dos apartamentos que ocupam, mesma situação em que se encontra o hospital
Duque de Caxias, entregue a uma empresa para reforma, que já foi paga, mas cuja
posse a Secretaria de Saúde do município não consegue retomar porque os donos
da referida empresa ou estão presos no Rio Grande do Norte, ou foragidos da
Justiça.
● Um poste da
Oi/Telemar tombou na manhã desse sábado (22) sobre um veículo estacionando na
movimentada Avenida Brigadeiro Lima e Silva, em frente á Praça Humaitá.
Instalado pela extinga Telerj, o poste, sem a devida manutenção, não resistiu
ao peso dos cabos de fibra ótica recentemente instalados pelas operadoras de
telefonia para permitir a exploração da chamada banda larga.
● No mês passado,
a prefeitura notificara as concessionárias para que reorganizassem a rede
aérea, cuja utilização por mais de uma concessionária não obedecia parâmetros
técnicos que garantissem a segurança de pedestres e veículos. O prazo terminou
no último dia 10, mas como a Secretaria de Serviços Públicos tem outras
prioridades, o prazo transcorreu e nada foi feito, nem pelas concessionárias,
muito menos pela fiscalização do município.
● Em 2012, a
presidente Dilma Rousseff confessou que seu governo fora apanhado de surpresa
pela seca que vem castigando o sertão nordestino, onde as chuvas não chegaram
como esperavam os lavradores e devotos de S. José (19 de março).
● Na última
semana, o Governo foi surpreendido pela mobilização de milhões de pessoas em
passeatas por todas as capitais e cidades de porte médio, independente da cor
da camisa partidária de prefeitos e dos governadores.
● Como a
presidente tem um ouvido seletivo, que só registra os elogios, mas recusa as
críticas, mesmo que fundamentadas e partidas de pessoas próximas ao governo,
mas que não sem incluem nos áulicos de plantão, mais uma vez o governo foi
“pego no contrapé”, como diz o jargão do futebol
● Desde o primeiro
dia da “Era Lula”, o governo decidiu priorizar os elogios e colocar as críticas
num arquivo morto, rebatizado de “oposição”. Por conta dessa canhestra “Teoria
da Conspiração”, Lula resistiu a demitir José Dirceu, mesmo que a denúncia do
mensalão tenha partido de um insuspeito parceiro do governo, o então deputado Roberto
Jeferson.
● No caso da quebra
do sigilo bancário de um faxineiro, que tivera a coragem de desmentira o
poderoso ministro Antônio Palocci, Lula também resistiu à demissão do
ex-prefeito de Ribeirão Preto.
● Antes mesmo de
assumir a presidência da República, Dilma Rousseff também foi envolvida num
escândalo em torno das atividades da sua substituta na Chefia da Casa Civil,
Erenice Guerra, acusada de tráfico de influência, mesma acusação que atingiu no
ano passado a chefe do Escritório da Casa Civil em S. Paulo, Rosemary Noronha,
nomeada por Lula, a quem acompanhava em viagens ao exterior, mas que até hoje é
protegida pelos altos escalões do Governo.
● O mesmo
comportamento teve o PMDB ao receber um documento assinado por mais de 1,3
milhão de eleitores, pedindo que Renan Calheiros fosse impedido de assumir a
presidência do Senado, já que ele renunciara ao mandato anterior para fugir da
cassação. O partido não só desconheceu a importância política do documento,
como endossou a eleição de Renan, levando de cambulhada a presidência da Câmara
com Henrique Alves
● Ao mesmo tempo,
o PMDB escolheu para líder do partido o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que
escapara da cadeia no Governo Garotinho, quando era presidente da CEHAB-RJ e se
envolvera numa nebulosa transação em torno de um terreno do DER-RJ, penhorado
para garantir o pagamento de um fornecedor da autarquia.
● Ao desobedecer a
uma ordem judicial, que impedia a assinatura pela CEABH-RJ de escritura
definitiva de compra e venda de casas do conjunto Nova Sepetiba, construído no terreno
do DER/RJ penhorado pela Justiça, Eduardo Cunha teve a sua prisão decretada
pela justiça do Rio.
● O hoje líder do
PR precisou convencer um deputado da bancada fluminense a assumir uma
secretaria no seu governo, abrindo, assim, vaga para a convocação do primeiro
suplente Eduardo Cunha, Como deputado federal e foro privilegiado, Eduardo
Cunha escapou de ser preso pela ordem de um juiz de primeira instância.
● Com a
credibilidade de prefeitos e governadores em baixa, como é o caso de Sergio
Cabral e Eduardo Paes, a proposta de Dilma de um pacto federativo pela
eficiência na gestão e contra a corrupção soa como um deboche.
● Afinal de
contas, tanto o governador fluminense, quanto o prefeito carioca tem sido
denunciados pelo comportamento no mínimo dúbio em relação às obras da Copa, do
PAC e da recuperação de áreas em que houve desmoronamento e morte de moradores
que continuam vivendo em áreas de risco, embora os bilhões de verbas federais
tenham sido amplamente divulgados pelo governo
● O professor e
pesquisador do departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade
Católica (PUC) do Rio de Janeiro Ricardo Ismael avalia que as manifestações que
ocorrem em várias partes do Brasil estão provocando uma mudança na agenda
nacional. Ele destacou que autoridades de diversas esferas do país, que não
deram declarações nas primeiras manifestações, começam a se manifestar.
● “Significa que, primeiro, a agenda mudou no
pais. As ruas, com esse movimento todo, trouxeram novos pontos para a agenda.
Os políticos, de uma forma geral, passaram os últimos dias calados e agora
começam a falar o óbvio, o que está nas passeatas”, disse.
● Para o
pesquisador, houve uma adaptação à nova agenda, mas só isso não é suficiente.
“Discurso não conta mais não. O que importa agora são fatos concretos. Quem
sair dizendo que vai fazer isso ou aquilo, se não mostrar como vai fazer, não
tem muita repercussão. Isso aí mudou. Hoje só tem uma coisa de concreta,
recuaram nos aumentos das passagens. O resto não tem nenhuma repercussão”,
avalia.
● O professor
lembra que em outros dois momentos da história do país os estudantes foram
decisivos. O primeiro foi na Passeata dos 100 Mil, em junho de 1968, no centro
do Rio. Naquele momento, segundo ele, apesar de sofrer certa influência do
movimento de maio de 68 na França, havia a luta contra a ditadura pela qual o
país atravessava. O outro evento, de acordo com o professor, foi o impeachment do ex-presidente
Fernando Collor.
● “A ditadura militar naquele momento era o
elemento de mobilização. Esse é um evento marcante. O evento do impeachment do Collor também, pela
dramaticidade. É eleito e perde o mandato acusado de corrupção. Lá os
estudantes foram às ruas e não só eles, tinha a CUT [Central Única dos
Trabalhadores], o PT, o Movimento de Ética na Política e os caras-pintadas. Tem
uma série de movimentos que nascem e têm repercussão forte. Esses dois são
exemplos”, disse.
● Na avaliação de
Ricardo Ismael, com relação às manifestações atuais, agora é momento das
polícias Militar e Civil analisarem as imagens para identificar os que estão
participando apenas com a intenção de provocar depredações e atos de vandalismo.
“A Polícia Civil e a Militar têm que tentar estabelecer alguma estratégia de
identificar e prender essas pessoas. De fato não são manifestantes. Não estão
ali para fortalecer a democracia. Então com esse tipo de atitude tem que se
lidar de forma profissional. Tem que identificar”, defendeu.(Agência
Brasil/EBC)
● Em resposta ao
pronunciamento feito sexta-feira (21) pela presidenta Dilma Rousseff, diversas
entidades ligadas à categoria de médicos do país divulgaram hoje (22) nota onde
criticam a intenção do governo em trazer médicos estrangeiros para atender a
regiões carentes desses profissionais, localizadas no interior do país.
● Na carta,
dirigida à população brasileira, as entidades lembram que a presidenta foi
“vítima de grave problema de saúde”, e que fez tratamentos em “centros de
excelência do país e sob a supervisão de homens e mulheres capacitados em
escolas médicas brasileiras”. E acrescenta: “O povo quer acesso ao mesmo [tipo
de tratamento] e não quer ser tratado como cidadão de segunda categoria, tratado
por médicos com formação duvidosa e em instalações precárias”.
● Durante o
pronunciamento, a presidenta disse que, entre as medidas estudadas pelo
governo, está a de “trazer de imediato milhares de médicos do exterior para
ampliar o atendimento do SUS [Sistema Único de Saúde]”.
● Assinada pelas
associações Médica Brasileira (AMB), Nacional de Médicos Residentes (ANMR),
pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Federação Nacional dos Médicos
(Fenam), a carta diz que as entidades usarão “todos os mecanismos possíveis
para barrar a decisão, inclusive na Justiça”.
Segundo as entidades, a “importação” de médicos simboliza
uma “vergonha nacional”.
● De acordo com as
entidades, a medida submeteria a parcela mais vulnerável da população “à ação
de pessoas cujos conhecimentos e competências não foram devidamente
comprovados”, escondendo “os reais problemas” que afetam o Sistema Único de
Saúde (SUS).
● Contatado pela
Agência Brasil, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto
d'Ávila, se disse decepcionado com o anúncio feito pela presidenta. “Ela tinha
prometido, em audiência que tivemos, que não tomaria qualquer medida sem antes
conversar com as entidades, e que instituiria, antes, um GT [grupo de trabalho]
para discutir assunto”, disse o médico
CRIANÇAS APRENDEM O
BE-A-BÁ DOS PROTESTOS
Mais de 200 crianças de várias idades segundo noticiário distribuído
pela Agência Brasil/EBC, participaram nesse domingo de uma manifestação (23),
em frente ao Congresso Nacional. Acompanhadas dos pais, muitas levaram cartazes
confeccionados na véspera por elas mesmas com dizeres contra a corrupção e por
educação e saúde de qualidade. Usando as mãos como pincéis e vários potes de
tinta verde, amarela e azul, as crianças pintaram uma grande bandeira nacional
em papeis colocados no chão do gramado em frente ao Congresso, enquanto
cantavam o Hino Nacional e
outras músicas cívicas.
Daniel Ribeiro, de 11 anos, fez um cartaz dizendo “Meu
primeiro protesto - Brasil sem corrupção”, e falou dos motivos que o levaram à manifestação.
“Eu acho que a gente está lutando para acabar com a corrupção, porque tem tanta
corrupção que falta educação, transporte e saúde e não dão a importância que
deveriam para isso. Não é pelos R$ 0,20 [da tarifa de ônibus] que nós estamos
lutando, e sim pela mudança do país”.
Muitos pais aproveitaram o evento para ensinar aos
filhos, na prática, o que são as mobilizações e para que servem. O bancário
Rodrigo Pena de Andrade foi acordado esta manhã pela filha Maria Clara, de 6
anos, para ir ao ato. Por ser um movimento de crianças que acontece durante o
dia, ele disse que foi a melhor oportunidade para que as filhas participassem
do ato e pudessem assim formar uma consciência política do que acontece pelo
país.
“Vendo o jornal todo dia, ela perguntava porque tanta
gente estava na rua. Aí a gente parou para explicar um pouco a questão do
público e do privado, que o pessoal está lutando para que aquilo que é público
tenha o mesmo nível daquilo que é privado. Que ela estuda numa escola boa, mas
que se só ela estudar numa escola boa, não vai mudar o país”, explicou Andrade,
reforçando a importância da participação das famílias no processo político do
país.
Os novos “brasileirinhos”, como estavam sendo chamados
pelos pais, mostraram uma característica da nova geração e, perguntados pela
reportagem da Agência Brasil, muitos responderam que souberam da manifestação
pelas redes sociais e avisaram seus pais. A ideia surgiu com Raquel Fusaro, que
criou uma página para o evento em uma rede social há quatro dias.
“A ideia foi criar um espaço para que as famílias
pudessem mostrar a sua voz junto com suas crianças. É tanto um gesto das
famílias estarem presentes, como ensinar para os nossos pequenos um ato cívico,
que é uma manifestação pacífica. Mostrar a eles uma lição de que as ruas nos
pertencem e temos que usá-las para fazer ouvir a nossa voz, nos fazer
representar”, disse Raquel.
Às 11h, a Polícia Militar estimou que 400 pessoas estavam
no gramado do Congresso, entre adultos e crianças, mas algumas que chegaram
mais cedo já tinham ido embora e outras ainda chegavam. O céu de Brasília
estava ensolarado e com poucas nuvens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário