quarta-feira, 24 de outubro de 2007

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

CAXIAS – UMA CIDADE SEM LEI

Além da balburdia geral do trânsito da cidade, que irrita o cidadão, Caxias também tem o abuso institucionalizado, que transforma leis em papéis velhos para embrulhar banana nas feiras. No acesso à Biblioteca Municipal Leonel Brizola, na Praça do Pacificador, existe uma rampa para acesso aos portadores de necessidades especiais, como a lei determina. Ocorre que a área vizinha foi transformada em estacionamento para motos, que bloqueiam o acesso dos cadeirantes. Pior do que isso, é o fato da maioria das motos não terem placas, o que viola o Código Nacional de Trânsito. O fato se repete entre os moto-taxistas, que circulam pela cidade sem capacete e levando até três “passageiros” na garupa, o que aumento o risco de acidentes. Como as Secretarias de Serviços Públicos e de Transportes em Vias Terrestres estão disputando poder dentro do Governo, a Guarda Municipal, que deveria fiscalizar e reprimir a circulação irregular de veículos, inclusive das moto-táxis, não tem regras claras para reprimir o abuso. Repete-se, com as motos, a mesma licenciosidade que incentivou as vans piratas e clonadas, que continuam circulando, inclusive com “pontos” fixos ao lado dos terminais rodoviários, como ocorre na Rua Pastor Belarmino Pinto Ramos, em frente ao terminal rodoviário Plínio Casado. (Foto: Beto Dias)
O ROLEX E A LUTA DE CLASSES
Bastou que Luciano Huck, depois de assaltado no centro de S. Paulo, protestasse contra a falta de segurança nas ruas das principais cidades do Brasil, para que os “sociólogos de almanaque” resolvessem exibir o Rolex roubado do apresentador como símbolo de uma luta de classe que oporia, de um lado, a “zelite” – exibicionista a ponto de desfilar com um relógio de pulso que custa em torno de R$ 50 mil reais – e de outro, a “classe oprimida”, representada por crianças e adolescentes, negros e pardos em sua maioria, que se apresentam nos sinais de trânsito fazendo malabarismo, ou, pior, assaltando motoristas e transeuntes. Para esses pseudo-sociólogos, quando um menino pobre, preto e favelado rouba um transeunte, ele está expropriando um bem supérfluo de quem tem mais do que precisa, isto é, está praticando o “socialismo científico” que aparece agora até em livros adotados pelo MEC para adolescentes do Ensino Fundamental. Essa “teoria da expropriação” foi posta a nu com a pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas, nesta terça-feira (23/10), que revela dados alarmantes da participação da “zelite” como financiadora do narcotráfico, com 62,22%, dos 182 mil entrevistados, pertencendo à classe A e confessando que usa drogas, sendo que 85% são brancos, tem cartões de crédito, 59,32% tendo de 8 a 11 anos de estudos. Na outra ponta da pesquisa, essa feita nos presídios, verificamos que 17,51% são analfabetos.
Tem razão, portanto, o Secretário de Segurança do Estado ao afirmar que são os consumidores da alta classe média que financiam e até participam do narcotráfico e que, depois de uma “noite iluminada”, vão para as ruas da Zona Sul protestar contra “a violência dos pivetes” e a truculência da Polícia na invasão de “comunidades carentes”. E o economista Marcelo Néri, que apresentou o resultado dessa pesquisa durante o seminário “Gestão Pública de Segurança”, frisou que, “quem consome droga é um jovem da elite, como no filme (“Tropa de Elite”). Talvez porque nossa política enfatize mais a oferta e menos o consumo”. Essa participação da “zelite” no consumo de drogas “Classe A”, talvez explique a campanha feita para livrar da prisão os usuários, a pretexto que ele á apenas “uma vítima do sistema”. Chegou a hora classe média tirar a máscara, aposentar a hipocrisia e admitir que precisa se reciclar e analisar, honestamente, o comportamento esta semana de um pequeno comerciante, ao saber que seu filho de 22 anos, que não trabalha, nem estuda, foi preso depois de assaltar, com dois compartas os passageiros de um ônibus. O pai, apesar de envergonhado, partiu para cima do filho aos tapas, mesmo com o rapaz já estando nas mãos da Polícia!

• O secretário Nacional de Segurança Pública, Antônio Carlos Biscaia, declarou nesta terça-feira (23/10), no Rio que “a inteligência da polícia não é usada para matar ninguém”. Biscaia negou que a execução de bandidos seja o objetivo da ação policial. Na primeira mesa iniciada às 9h20, no auditório da Fundação Getúlio Vargas, no centro do Rio, os palestrantes apresentaram sua idéias e propostas a serem concretizadas mediante apoio dos órgãos públicos e da sociedade, no evento Desafios da Gestão Pública de Segurança.
• O Secretário de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse que os índices de impunidade incentivam a prática de ações ilícitas, alimentando o crime organizado que usa a comunidade como área de confronto com a polícia, e que no Rio as freqüentes disputas entre os traficantes de drogas é um agravante, tornando a cidade como uma das mais violentas do país.FM
• O presidente da Cedae, Wagner Victer, confirmou, nesta segunda-feira (22/10), durante audiência pública da Comissão de Trabalho, da Alerj, que o município de Belford Roxo poderá realizar parceria com uma empresa privada para garantir a distribuição de água e o tratamento de esgoto na cidade.
• “Temos um prejuízo de R$ 30 milhões por mês no nosso orçamento e Belford Roxo é um dos locais com maior inadimplência no pagamento das contas.
• Segundo Victer, a Cedae encontrava-se em estado caótico quando ele assumiu a presidência e o seu objetivo é o de reestruturar a companhia para que ela possa voltar a crescer. “Só em Belford Roxo, temos três milhões de contas vencidas, o que totaliza R$ 250 milhões que a empresa não arrecadou. A companhia não recebe investimentos do Governo e os prejuízos são pagos com nossos próprios recursos. Mas não há dinheiro para realizar os investimentos necessários naquela área”, disse Victer, completando que parcerias precisam ser feitas para que a empresa possa manter a sua rentabilidade.
• O deputado Alcides Rolim (PL), que é do município de Belford Roxo e participou da audiência, garantiu que a saída da Cedae e a entrega do sistema de águas e esgoto para uma empresa privada não agradam a população. “Com uma empresa privada assumindo o controle, certamente o preço da tarifa aumentará. Como os moradores irão reagir a esse aumento das contas?”, questionou o parlamentar.
• A CPI da Alerj, que investiga denúncias de irregularidades nos chips da Ampla, receberá nesta quarta-feira (24/10) o diretor do Inmetro, Luiz Carlos Gomes dos Santos, e diretores da concessionária. De acordo com o relator da Comissão, deputado Paulo Ramos (PDT), a CPI irá cobrar dos convidados uma explicação quanto à postura dos órgãos no caso da instalação dos chips eletrônicos de medição aérea da Ampla, tida como suspeita.
• “Queremos saber por que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não acatou o laudo do Inmetro atestando falhas na medição de energia da empresa, e porque o Inmetro, por outro lado, não fiscaliza o serviço da empresa como deveria”, adiantou Ramos.
• No último dia 17, o procurador da República Cláudio Gheventer disse que o Ministério Público Federal poderá entrar com uma ação civil pública contra a Ampla para que sejam revistas todas as contas de energia dos clientes que tenham se sentido lesados desde que a empresa inaugurou o sistema de medição através de chips.
• “Fizemos um apelo ao MPF para que tome providências contra essa série de desmandos que vem ocorrendo onde esses equipamentos estão instalados. A medição através desses aparelhos precisa ser cancelada imediatamente”, alertou o presidente da comissão, deputado Marcos Figueiredo (PSC).
• Jorge Bastos Furman e Maurício Thomaz de Araújo participam da exposição de cartões-postais sobre a Baixada Fluminense, que integra a 1ª SEMANA DE EXTENSÃO DO MESTRADO EM EDUCAÇÃO, CULTURA E COMUNICAÇÃO EM PERIFERIAS URBANAS, no campus avançado da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, da UERJ, que funciona num antigo Ciep na Rua General Manuel Rabelo, na Vila São Luís, em Duque de Caxias. A exposição de cartões-postais será na sexta-feira e, às 17h, haverá um debate sobre as exposições. Jorge Bastos Furman e Maurício Thomaz de Araújo são sócios da ACARJ - Associação de Cartofilia do Rio de Janeiro, sendo que o Maurício é atualmente o 2º Vice-presidente

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