domingo, 21 de fevereiro de 2010

BAIXADA URGENTE

ACABOU A ESBÓRNIA!
Depois do feriadão de uma semana, o time do prefeito Zito deve voltar ao batente nesta segunda-feira (22). Desde a tarde do dia 11 (quinta-feira), antes do Carnaval, começou a debandada das principais autoridades, a começar pelo prefeito, que tomou o rumo de Angra dos Reis, onde também passou o “Reveillon”, deixando a cidade entregue à Defesa Civil. O vice e os secretários seguiram o mesmo caminho, desligando celulares e “caíram na folia”. A Câmara, que retornara no início do mês do recesso de final de ano, também suspendeu as suas atividades por uma semana. Assim, Duque de Caxias, a segunda cidade do Estado em termos econômicos, ficou reduzida a condição de uma modesta comunidade da periferia, entregue à própria sorte.
Como o prefeito já avisou que a sua paciência com o seu Secretariado – e a nossa também – já acabou, ele deverá começar hoje as prometidas substituições daqueles que falharam ou não cumpriram, à risca, as determinações do prefeito, ou não se interessaram em saber como deveria funcionar o Governo de uma das mais importantes cidades do Estado do Rio. Na verdade, com 14 meses de governo e em seu terceiro mandato, o balanço que o prefeito deverá fazer será negativo, pois nada funcionou como prometido na campanha, a começar pelo choque de ordem, que ficou pelo meio, com a Saúde, privatizada entre empresários amigos e cooperativas fajutas, ou à Educação, que no fim do ano letivo de 2009 ainda não havia fornecido uniforme e material didático para os alunos, uma marca do Governo Zito da primeira fase, quando a Educação era comandada pela professora Roberta Barreto, uma legítima caxiense..
Como teremos eleições em outubro e a situação eleitoral de Zito e do seu partido, o PSDB, vai de mal a pior no Estado do Rio, onde o ex-governador Marcello Alencar conseguiu levar à falência a legenda que, por oito anos, governo o País, o prefeito tem até o final de setembro para mostrar que o “Volta Zito!”, não foi uma “volta” no eleitorado.


LULA BATE PÉ E AGORA EXIGE
PALANQUE ÚNICO PARA DILMA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse sexta-feira (19) que não irá participar de campanha política em estados onde houver mais de um palanque com candidatos de partidos aliados, como o PT e o PMDB. Lula deu a declaração a jornalistas após participar de evento em Três Lagoas (MS), onde o governador de Estado, André Puccinelli, do PMDB, deverá concorrer à reeleição, mas Zeca do PT é apontado como um possível candidato ao governo do estado. E ocorreu logo depois do governador Sérgio Cabral “peitar” a Ministra Dilma Rousseff, que teve um encontro reservado com o ex-governador Anthony Garotinho no Rio, antes do Carnaval.
“Se em algum estado não tiver possibilidade de construir aliança política o que vai acontecer é que o presidente da República não participa da campanha naquele estado, porque não acredito muito na história de dois palanques. Não é possível que uma pessoa possa vir a um estado e fazer um palanque aqui e outro ali”, disse.
O presidente disse ainda que as direções partidárias devem gastar os argumentos que tiverem para que se possa fazer essa aliança política.
No momento, PT e PMDB tentam impor candidatos únicos em estados onde os dois partidos tem alguma chance de vitória. No caso fluminense, parece que o prefeito Lindberg Farias, de Nova Iguaçu, preferiu terçar armas dentro do PT com a ex-senadora Benedita da Silva por uma vaga para senador a enfrentar, cara a cara, Sérgio Cabral para governador. Resta ao Planalto e ao PT, agora, afastar Garotinho da disputa. Será que ele topa?

RÁPIDAS



· Uma badalada festa realizada sexta-feira (19) numa das mais luxuosas casas de festas da cidade está sendo comentada como uma repetição do último baile da Ilha Fiscal, que teria sido o pretexto para a deposição de D. Pedro II e a decretação do fim do Império no Brasil.
· A festa, por muitos considerada como um evento politicamente incorreto, ou inconveniente, ocorreu logo depois que surgiram fortes rumores em torno do nome de um conhecido médico da cidade, que teria sido sondado para ocupar a Secretaria de Saúde.
· O médico em questão, que participou do Governo Washington Reis, é filho de outro médico que ocupou diversos cargos importantes na cidade, inclusive a presidência da Associação Médica de Duque de Caxias nos turbulentos anos da Ditadura de 64.
· Lideranças do PMDB prestigiaram o lançamento da pré-candidatura da
chefe da Casa Civil, ministra Dilma Rousseff, à Presidência da República. Cotado para assumir a vaga de candidato a vice, o presidente do PMDB e da Câmara Federal, Michel Temer (SP), foi convidado a compor a mesa sentando-se ao lado de Dilma (Foto: José Cruz/ABr).
· O presidente do PT, José Eduardo Dutra, reforçou que a aliança com o PMDB será sacramentada com a escolha do candidato a vice nas convenções partidárias de junho. Ele ressaltou que o “tempo político” deve ser respeitado. “Não cabe ao PT dar palpite na indicação do PMDB”, disse Dutra.
· A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer pela manutenção da prisão do governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido). Segundo a vice-procuradora geral, Deborah Duprat, “há base empírica suficiente para afirmar que o governador agiu para alterar depoimento de testemunha, de modo a favorecê-lo no inquérito, mediante oferta de dinheiro e outras vantagens”.
· Deborah Duprat também argumenta que houve “absoluta subversão da ordem pública no Distrito Federal”, com o uso da estrutura administrativa para impedir a tramitação dos pedidos de impeachment de Arruda na Câmara Legislativa, com ameaça a servidores públicos comissionados para que participassem de manifestações em favor do governador, e o favorecimento de empresas pertencentes a deputados distritais com altas somas de dinheiro público para que atuassem contra o impeachment.
· Gravações mostram Antônio Bento da Silva entregando R$ 200 mil ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Sombra. O dinheiro seria uma tentativa de suborno para que Sombra prestasse depoimento favorável a Arruda na Polícia Federal.
· O jornalista ainda teria recebido um bilhete de Arruda, entregue pelo deputado distrital Geraldo Naves (DEM). O secretário de Comunicação do governo do Distrito Federal (GDF), Wellington Moraes, também estaria envolvido nas negociações. Os três estão presos no Presídio da Papuda, em Brasília.
· O ministro do STF, Marco Aurélio Mello, negou o habeas corpus a Arruda na semana passada. Agora, com base no parecer da PGR, os ministros do Supremo se reúnem em plenário para discutir o mérito da ação, em sessão que deverá ocorrer quinta-feira (25).
· Enquanto Arruda deverá continuar preso pelo menos até quinta-feira, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), uma nova denúncia contra ele. De acordo com o procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, e com a subprocuradora-geral da República, Raquel Dodge, Arruda praticou falsidade ideológica ao inserir informações falsas em quatro documentos entregues à Justiça, declarando o recebimento de dinheiro do ex-secretário de governo do Distrito Federal Durval Barbosa.
· Segundo o MPF, os documentos apresentados pelo governador afastado atestam o recebimento de R$ 20 mil em 2004, R$ 30 mil em 2005, R$ 20 mil em 2006 e de R$ 20 mil em 2007. Na denúncia, consta que os documentos foram elaborados, impressos e assinados por Arruda em 28 de outubro de 2009 e, em seguida, rubricados por Durval Barbosa e entregues a PF em 30 de outubro. Na ocasião, Durval declarou não ter doado ao governador tais quantias.
· Num dos vídeos gravados por Durval Barbosa e entregues à PF, Arruda aparece recebendo dinheiro de Durval. Segundo o governador afastado, o dinheiro teria como destino a compra de panetones a serem doados a pessoas carentes.
· Parece que o calvário do DEM não terminará tão cedo. Depois das
trapalhadas com os panetones do governador do Distrito Federal, agora é o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e a vice, Alda Marco Antonio (PMDB), que tiveram os mandatos cassado pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral, Aloísio Sérgio Resende Silveira, por recebimento de doações consideradas ilegais na campanha de 2008.
· A decisão, em primeira instância, torna Kassab o primeiro prefeito da capital cassado no exercício do mandato desde a redemocratização, em 1985. Como o recurso tem efeito suspensivo imediato, os dois podem recorrer da sentença sem ter de deixar os cargos.
· Entre as doadoras consideradas ilegais estão a Associação Imobiliária Brasileira (AIB) e empreiteiras acionistas de concessionárias de serviços públicos, como Camargo Corrêa e OAS. Ao todo, a coligação de Kassab e Alda gastou R$ 29,76 milhões na campanha, dos quais R$ 10 milhões são considerados irregulares pela Justiça. A sentença será publicada no Diário Oficial desta terça-feira (23), quando passa a contar o prazo de três dias para o recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

BANDALHA CHAPA BRANCA

Está se tornando repetitiva, enfadonha e até mesmo nauseante a publicação de notas sobre a bandalha institucionalizada que domina o caótico trânsito em Duque de Caxias. Mais uma vez, publicamos um retrato colorido da bandalha com veículos oficiais, flagrados em situação irregulares por um internauta. Não é a primeira vez que flagramos um ônibus da Secretaria de Serviços Públicos, que deveria ser utilizado, no transportes de funcionários municipais, estacionado irregularmente na Rua Pinto Lira, no bairro do Engenho do Porto. No ano passado, um veículo daquela secretaria foi incendiado no bairro Dr. Laureano, a poucos metros da antiga residência do prefeito, quando deveria levar um grupo de meninos do bairro para uma partida de futebol em Campos Elíseos. O incidente não serviu de advertência às autoridades e um outro ônibus da Secretaria de Serviços Públicos continua fazendo “ponto” na Rua Pinto Lira, a quilômetros de distância da garagem da Prefeitura. Falta autoridade ou falta governo na cidade?

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