terça-feira, 15 de novembro de 2011

BAIXADA URGENTE

HOTEL MUNICIPAL – MAIS UM
CRIME CONTRA A HISTÓRIA 

A voracidade da predadora indústria da construção civil, aliada à insensibilidade e a omissão do Governo provocaram mais um terrível crime contra a História de Duque de Caxias. Tal como ocorreu com a antiga Fábrica de Tecidos do Corte Oito e com a Igreja de Santo Antonio, o Hotel Municipal foi abaixo no fim de semana,com os donos da área se aproveitando do feriadão. O local, que serviu de sede provisória da Prefeitura de Duque de Caxias e do Fórum logo após a Emancipação do antigo Distrito de Vila Meriti, em dezembro de 1943, foi demolido em menos de uma semana. Cercado por um tapume há cerca de 15 dias, o local não tinha nenhuma placa indicativa da realização de reforma ou demolição, como exige a legislação sobre ocupação do solo urbano, cuja competência para fiscalizar e licenciar é da Prefeitura. No feriadão deste fim de semana, os novos donos da área reuniram uma grande frota de caminhões para fazer a remoção do entulho, pois a demolição fora feita por trás dos tapumes.
Depois do assassinato. na manhã do dia 2 de março último, da menina Lavínia Azeredo de Oliveira, de apenas 8 anos, crime cometido pela ex-amante do pai da vítima, Luciene Reis Santana, por vingança, o prédio em ruínas do Hotel Municipal, que funcionava como local de encontros fortuitos há décadas, passou a ocupar espaço na imprensa da Baixada devido à disputa política entre o vereador Mazinho (PDT), presidente da Câmara, que pretendia transformar o local num Centro Cultural, e a deputada Claise Maria Zito (PSD), que pretendia que ali fosse instalada uma Delegacia de Proteção á Criança e ao Adolescente, instituição da qual o município carece muito. O mercado imobiliário, no entanto, foi mais rápido na decisão e o antigo hotel, que pertencia aos herdeiros do falecido deputado Tenório Cavalcante, acabou sendo vendido para uma grande incorporadora, que ali irá erguer um prédio comercial.
O crime contra o nosso patrimônio histórico foi denunciado em primeira mão pelo jornal  "Capital" na edição desta terça-feira (15).
E mais um naco da História de Duque de Caxias e da Baixada Fluminense foi devorado pelo mercantilismo de uns poucos e a omissão de nossos governantes, que parecem detestar a palavra CULTURA!

A antiga residência do empresário e político Tupynambá de Castro (acima) foi cedida ao Governo do antigo Estado do Rio para servir de sede provisória da Prefeitura e do fórum, virou hotel (no meio) e acabou em escombros no feriadão da Independência.

GOVERNO ECONOMISA PARA
PAGAR JUROS AOS BANCOS

Mais da metade Dívida da União esá nas mãos do setor financeiro. Segundo o Tesouro Nacional, as instituições financeiras e os fundos de investimento detêm 56,6% da dívida em títulos do governo federal no mercado interno, o que equivale a quase R$ 1 trilhão.   De acordo com o último relatório da dívida pública, a dívida mobiliária (em títulos) federal somava R$ 1,723 trilhão em setembro, dos quais R$ 976,28 bilhões estavam em poder do segmento financeiro. Desse total, R$ 524,85 bilhões (30,45%) pertenciam a bancos, corretoras e distribuidoras e R$ 451,43 bilhões (26,19%) estavam sob a posse de fundos de investimento.
Em terceiro lugar entre os detentores da dívida mobiliária, estão os planos de previdência aberta e fechada, com R$ 267,36 bilhões (15,51%). Os estrangeiros detinham R$ 194,65 bilhões (11,29%). Por meio de fundos administrados pela União, como Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o Fundo Soberano do Brasil (FSB), o governo federal possuía em setembro R$ 155,32 bilhões (9,01%).
Apesar das iniciativas nos últimos anos, a proporção de pessoas físicas na dívida pública continua pequena. O estoque do Tesouro Direto, programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas pela internet, somou R$ 6,722 bilhões em setembro, o que corresponde a apenas 0,4% da dívida mobiliária interna.
Assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Eliana Graça avalia que a predominância do setor financeiro entre os detentores dos títulos federais é estimulada pelos juros altos, que, segundo ela, tornaram-se fonte de lucro fácil para os bancos e fundos de investimento. “Observamos um círculo vicioso. Não é o cidadão que detêm os títulos da dívida, mas o mercado financeiro, que lucra com isso”.
Para a especialista, essa postura dos bancos afeta o crédito, à medida que as instituições financeiras preferem comprar em títulos públicos a emprestarem dinheiro. “Os bancos querem ficar no mesmo circuito e especular com títulos públicos, em vez de emprestar para o setor produtivo”.
Por meio da dívida pública, o governo pega emprestado recursos dos investidores para honrar compromissos. Em troca, se compromete a devolver os recursos com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic (juros básicos), da inflação ou do câmbio.

 
A situação política do ministro Carlos Lupi ficou mais enfraquecida depois que  um site do Maranhão publicou fotos do presidente do PDT desembarcando de um avião alugado por Aidar Moura, um empresário ligado ao partido e dono de tres ONGs (foto) que tem convênios com o Ministério. 

DEPUTADO NÃO PERDOA

O Jornal de Hoje, de Nova Iguaçu, publicou semana passada uma nota sobre as denúncias de irregularidades na compra de alimento parenteral por parte da Secretaria de Saúde de Duque de Caxias. A nota não menciona o deputado Aureo (PRTB), membro da Comissão de Fiscalização Financeira da Câmara e autor do requerimento pedindo que as denúncias fossem investigadas pela Comissão.
Como o PRTB já anunciou que a nutricionista Carla Braga, autora das denúncias, será candidata a vereadora no próximo ano, a investigação deverá ser acelerada no incio de 2012, a tempo de poder ser veiculada na propaganda eleitoral.
Pela disposição já demonstrada, a candidata Carlinha Nutricionista tem muita munição para gastar até o dia da eleição, para desespero dos possíveis envolvidos nas denúncias.

 RÁPIDAS

Os lucros dos três maiores bancos do país com prestação de serviços e tarifas bancárias somou quase R$ 38 bilhões, de janeiro a setembro deste ano, segundo dados divulgados nos balanços contábeis do Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco, referentes ao terceiro trimestre. Em relação a igual período do ano passado, quando o lucro com essas receitas chegou a R$ 34,1 bilhões, o crescimento foi 11,4%.
No caso do Banco do Brasil (BB), as receitas com prestação de serviços (cartão de crédito e débito, conta-corrente, administração de fundos e outros) e tarifas bancárias (pacote de serviços, operações de crédito, transferência de recursos e outros) chegaram a R$ 13,215 bilhões no período de janeiro a setembro deste ano, um crescimento de 11,4% em relação ao ano passado. Somente as receitas com cartão de crédito e débito do BB chegaram a R$ 2,337 bilhões e com pacotes de serviços, a R$ 1,979 bilhão.
O Itaú Unibanco apresentou receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias de R$ 13,960 bilhões, de janeiro a setembro de 2011, alta de 10,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
O balanço do Bradesco, divulgado recentemente, mostrou que as receitas com a prestação de serviços e tarifas chegaram a R$ 10,816 bilhões no acumulado até setembro deste ano, crescimento de 12,3%.
Para a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), “não há grande alteração de padrão de comportamento” das receitas de prestação de serviços e tarifas. Essas receitas têm crescido ao ritmo de cerca de 14% ao ano, segundo levantamento da federação com os cinco maiores bancos e os de capital aberto, representantes de 82% dos ativos do Sistema Financeiro Nacional.
A explicação da Febraban é que esse ritmo de crescimento está relacionado ao aumento da inflação (6,97% em 12 meses encerrados em outubro) e à expansão dos negócios dos bancos. Segundo a entidade, o número de contas-correntes desses bancos cresceu em média 8% ao ano, nos últimos nove anos, e o de cartões de crédito, 17%.
Nesta terça (15), terceiro dia de ocupação da Favela da Rocinha, a polícia prosseguiu nas buscas por armamentos, em um trabalho de investigação que também conta com a colaboração dos próprios moradores. Até a manhã de hoje (15), haviam sido localizadas 87 armas e cerca de 20.500 munições de diversos calibres. Também foram encontrados armamentos pesados como bazucas com capacidade de destruir até veículos blindados.
Nas primeiras horas da manhã, uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) localizou, dentro de uma casa, em uma localidade conhecida como Roupa Suja, no alto da Rocinha, nove fuzis e uma carabina, todos limpos e lubrificados, prontos para o uso. De acordo com os policiais, provavelmente, os criminosos foram surpreendidos pelo cerco e fugiram às pressas, sem tempo de levar o armamento.
Segundo balanço parcial, também foram apreendidos 56 granadas, 61 bombas caseiras, 20 rojões antiblindados e 350 carregadores diversos. A quantidade de droga encontrada chega a 315 quilos (kg), incluindo 135 kg de cocaína, 120 kg de maconha e 60 kg de pasta-base de cocaína.
Como a Capital fluminense e a Baixada não tem nenhuma indústria bélica, os Governos do estado e federal precisam, urgentemente, explicar á população como esse armamento (bazucas, fuzis e granadas), todos  de grande potencial destrutivo, chegava às mão dos traficantes.
A famosa e manjada desculpa de que o armamento foi furtado dos paióis da Polícia ou das Forças Armada é muito fraca e inverossímil pela grande quantidade de armas e munições apreendidas este ano com os bandidos depois da invasão do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro.
Um grupo de cerca de 30 pessoas protestou nesta terça (15), em Brasília, contra a corrupção. Sob uma forte chuva, os manifestantes se reuniram embaixo da marquise do Museu da República, na região central da cidade, na tentativa de fazer uma marcha contra a corrupção nos moldes daqueles que foram programadas para ocorrer em várias cidades nesta terça-feira, Dia da Proclamação da República.
Com a forte chuva, o pequeno grupo resolveu estender uma bandeira do Brasil e caminhar até a Rodoviária do Plano Piloto, na região central da cidade. Vestidas de preto, as 30 pessoas usavam adesivos com a frase “Fora Agnelo”, em referência ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, acusado de envolvimento em desvio de verba pública quando era ministro do Esporte.
Uma da articuladoras do protesto, a jornalista Irene Oliveira disse que houve boicote nas redes sociais à manifestação programada para o Museu da República. Isso, segundo ela, deixou Brasília fora do calendário da Marcha Nacional contra a Corrupção, cuja terceira edição foi promovida nesta terça-feira. Ela citou o Movimento Contra a Corrupção (MCC) como uma da entidades que desmobilizou o evento em Brasília.
De acordo com Walter Magalhães, um dos representantes do MCC, entidade que ajudou a organizar as duas primeiras edições da marcha, Brasília ficou fora do calendário do evento por causa ao feriado prolongado, que costuma deixar a cidade vazia
“Não organizamos marcha em Brasília porque em feriados prolongados a cidade fica vazia e a baixa participação traria uma repercussão negativa, prejudicando os próximos eventos”, disse Magalhães.
O MCC organizou a primeira Marcha Nacional contra a Corrupção no feriado de 7 de setembro e reuniu cerca de 25 mil pessoas em Brasília. A segunda edição foi em 12 de outubro e participaram aproximadamente 10 mil pessoas, segundo a Polícia Militar.
Entre os objetivos da Marcha Nacional contra a Corrupção, que ocorre hoje em cerca de 30 cidades, está a defesa da Lei do Ficha Limpa e do voto aberto na Câmara dos Deputados e no Senado.

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