CRIME CONTRA A HISTÓRIA
A voracidade da predadora indústria da construção civil,
aliada à insensibilidade e a omissão do Governo provocaram mais um terrível
crime contra a História de Duque de Caxias. Tal como ocorreu com a antiga
Fábrica de Tecidos do Corte Oito e com a Igreja de Santo Antonio, o Hotel
Municipal foi abaixo no fim de semana,com os donos da área se aproveitando do
feriadão. O local, que serviu de sede provisória da Prefeitura de Duque de
Caxias e do Fórum logo após a Emancipação do antigo Distrito de Vila Meriti, em
dezembro de 1943, foi demolido em menos de uma semana. Cercado por um tapume há
cerca de 15 dias, o local não tinha nenhuma placa indicativa da realização de
reforma ou demolição, como exige a legislação sobre ocupação do solo urbano,
cuja competência para fiscalizar e licenciar é da Prefeitura. No feriadão deste
fim de semana, os novos donos da área reuniram uma grande frota de caminhões
para fazer a remoção do entulho, pois a demolição fora feita por trás dos
tapumes.
Depois do assassinato. na manhã do dia 2 de março último, da
menina Lavínia Azeredo de Oliveira, de apenas 8 anos, crime cometido pela
ex-amante do pai da vítima, Luciene Reis Santana, por vingança, o prédio em ruínas
do Hotel Municipal, que funcionava como local de encontros fortuitos há
décadas, passou a ocupar espaço na imprensa da Baixada devido à disputa política
entre o vereador Mazinho (PDT), presidente da Câmara, que pretendia transformar
o local num Centro Cultural, e a deputada Claise Maria Zito (PSD), que
pretendia que ali fosse instalada uma Delegacia de Proteção á Criança e ao
Adolescente, instituição da qual o município carece muito. O mercado
imobiliário, no entanto, foi mais rápido na decisão e o antigo hotel, que
pertencia aos herdeiros do falecido deputado Tenório Cavalcante, acabou sendo
vendido para uma grande incorporadora, que ali irá erguer um prédio comercial.
O crime contra o nosso patrimônio histórico foi denunciado em primeira mão pelo jornal "Capital" na edição desta terça-feira (15).
O crime contra o nosso patrimônio histórico foi denunciado em primeira mão pelo jornal "Capital" na edição desta terça-feira (15).
E mais um naco da História de Duque de Caxias e da Baixada
Fluminense foi devorado pelo mercantilismo de uns poucos e a omissão de nossos
governantes, que parecem detestar a palavra CULTURA!
A antiga residência do empresário e político Tupynambá de Castro (acima) foi cedida ao Governo do antigo Estado do Rio para servir de sede provisória da Prefeitura e do fórum, virou hotel (no meio) e acabou em escombros no feriadão da Independência.
GOVERNO ECONOMISA PARA
PAGAR JUROS AOS BANCOS
Mais da metade Dívida da União esá
nas mãos do setor financeiro. Segundo o Tesouro Nacional, as instituições
financeiras e os fundos de investimento detêm 56,6% da dívida em títulos do
governo federal no mercado interno, o que equivale a quase R$ 1 trilhão. De acordo com o último relatório da dívida
pública, a dívida mobiliária (em títulos) federal somava R$ 1,723 trilhão em
setembro, dos quais R$ 976,28 bilhões estavam em poder do segmento financeiro.
Desse total, R$ 524,85 bilhões (30,45%) pertenciam a bancos, corretoras e
distribuidoras e R$ 451,43 bilhões (26,19%) estavam sob a posse de fundos de
investimento.
Em terceiro lugar entre os
detentores da dívida mobiliária, estão os planos de previdência aberta e
fechada, com R$ 267,36 bilhões (15,51%). Os estrangeiros detinham R$ 194,65
bilhões (11,29%). Por meio de fundos administrados pela União, como Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT), Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o
Fundo Soberano do Brasil (FSB), o governo federal possuía em setembro R$ 155,32
bilhões (9,01%).
Apesar das iniciativas nos últimos
anos, a proporção de pessoas físicas na dívida pública continua pequena. O
estoque do Tesouro Direto, programa de venda de títulos públicos a pessoas
físicas pela internet, somou R$ 6,722 bilhões em setembro, o que corresponde a
apenas 0,4% da dívida mobiliária interna.
Assessora política do Instituto de
Estudos Socioeconômicos (Inesc), Eliana Graça avalia que a predominância do
setor financeiro entre os detentores dos títulos federais é estimulada pelos
juros altos, que, segundo ela, tornaram-se fonte de lucro fácil para os bancos
e fundos de investimento. “Observamos um círculo vicioso. Não é o cidadão que
detêm os títulos da dívida, mas o mercado financeiro, que lucra com isso”.
Para a especialista, essa postura
dos bancos afeta o crédito, à medida que as instituições financeiras preferem
comprar em títulos públicos a emprestarem dinheiro. “Os bancos querem ficar no
mesmo circuito e especular com títulos públicos, em vez de emprestar para o setor
produtivo”.
Por meio da dívida pública, o
governo pega emprestado recursos dos investidores para honrar compromissos. Em
troca, se compromete a devolver os recursos com alguma correção, que pode ser
definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação
da taxa Selic (juros básicos), da inflação ou do câmbio.
A situação política do ministro Carlos
Lupi ficou mais enfraquecida depois que
um site do Maranhão publicou fotos do presidente do PDT desembarcando de
um avião alugado por Aidar Moura, um empresário ligado ao partido e dono de tres ONGs (foto) que
tem convênios com o Ministério.
DEPUTADO
NÃO PERDOA
O Jornal de Hoje, de Nova Iguaçu,
publicou semana passada uma nota sobre as denúncias de irregularidades na
compra de alimento parenteral por parte da Secretaria de Saúde de Duque de
Caxias. A nota não menciona o deputado Aureo (PRTB), membro da Comissão de
Fiscalização Financeira da Câmara e autor do requerimento pedindo que as
denúncias fossem investigadas pela Comissão.
Como o PRTB já anunciou que a
nutricionista Carla Braga, autora das denúncias, será candidata a vereadora no
próximo ano, a investigação deverá ser acelerada no incio de 2012, a tempo de
poder ser veiculada na propaganda eleitoral.
Pela disposição já demonstrada, a
candidata Carlinha Nutricionista tem muita munição para gastar até o dia da
eleição, para desespero dos possíveis envolvidos nas denúncias.
RÁPIDAS
• Os lucros dos três maiores bancos do país com
prestação de serviços e tarifas bancárias somou quase R$ 38 bilhões, de janeiro
a setembro deste ano, segundo dados divulgados nos balanços contábeis do Banco
do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco, referentes ao terceiro trimestre. Em
relação a igual período do ano passado, quando o lucro com essas receitas
chegou a R$ 34,1 bilhões, o crescimento foi 11,4%.
• No caso do Banco do Brasil (BB), as receitas com
prestação de serviços (cartão de crédito e débito, conta-corrente,
administração de fundos e outros) e tarifas bancárias (pacote de serviços,
operações de crédito, transferência de recursos e outros) chegaram a R$ 13,215
bilhões no período de janeiro a setembro deste ano, um crescimento de 11,4% em
relação ao ano passado. Somente as receitas com cartão de crédito e débito do
BB chegaram a R$ 2,337 bilhões e com pacotes de serviços, a R$ 1,979 bilhão.
• O Itaú Unibanco apresentou receitas com prestação de
serviços e tarifas bancárias de R$ 13,960 bilhões, de janeiro a setembro de
2011, alta de 10,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
• O balanço do Bradesco, divulgado recentemente,
mostrou que as receitas com a prestação de serviços e tarifas chegaram a R$
10,816 bilhões no acumulado até setembro deste ano, crescimento de 12,3%.
• Para a Federação Brasileira de Bancos (Febraban),
“não há grande alteração de padrão de comportamento” das receitas de prestação
de serviços e tarifas. Essas receitas têm crescido ao ritmo de cerca de 14% ao
ano, segundo levantamento da federação com os cinco maiores bancos e os de
capital aberto, representantes de 82% dos ativos do Sistema Financeiro
Nacional.
• A explicação da Febraban é que esse ritmo de
crescimento está relacionado ao aumento da inflação (6,97% em 12 meses
encerrados em outubro) e à expansão dos negócios dos bancos. Segundo a
entidade, o número de contas-correntes desses bancos cresceu em média 8% ao
ano, nos últimos nove anos, e o de cartões de crédito, 17%.
• Nesta terça (15), terceiro dia de ocupação da Favela
da Rocinha, a polícia prosseguiu nas buscas por armamentos, em um trabalho de
investigação que também conta com a colaboração dos próprios moradores. Até a
manhã de hoje (15), haviam sido localizadas 87 armas e cerca de 20.500 munições
de diversos calibres. Também foram encontrados armamentos pesados como bazucas
com capacidade de destruir até veículos blindados.
• Nas primeiras horas da manhã, uma equipe do Batalhão
de Operações Especiais (Bope) localizou, dentro de uma casa, em uma localidade
conhecida como Roupa Suja, no alto da Rocinha, nove fuzis e uma carabina, todos
limpos e lubrificados, prontos para o uso. De acordo com os policiais,
provavelmente, os criminosos foram surpreendidos pelo cerco e fugiram às
pressas, sem tempo de levar o armamento.
• Segundo balanço parcial, também foram apreendidos 56
granadas, 61 bombas caseiras, 20 rojões antiblindados e 350 carregadores
diversos. A quantidade de droga encontrada chega a 315 quilos (kg), incluindo
135 kg de cocaína, 120 kg de maconha e 60 kg de pasta-base de cocaína.
• Como a Capital fluminense e a Baixada não tem nenhuma
indústria bélica, os Governos do estado e federal precisam, urgentemente,
explicar á população como esse armamento (bazucas, fuzis e granadas), todos de grande potencial destrutivo, chegava às mão
dos traficantes.
• A famosa e manjada desculpa de que o armamento foi
furtado dos paióis da Polícia ou das Forças Armada é muito fraca e inverossímil
pela grande quantidade de armas e munições apreendidas este ano com os bandidos
depois da invasão do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro.
• Um grupo de cerca de 30 pessoas protestou nesta terça
(15), em Brasília, contra a corrupção. Sob uma forte chuva, os manifestantes se
reuniram embaixo da marquise do Museu da República, na região central da
cidade, na tentativa de fazer uma marcha contra a corrupção nos moldes daqueles
que foram programadas para ocorrer em várias cidades nesta terça-feira, Dia da
Proclamação da República.
• Com a forte chuva, o pequeno grupo resolveu estender
uma bandeira do Brasil e caminhar até a Rodoviária do Plano Piloto, na região
central da cidade. Vestidas de preto, as 30 pessoas usavam adesivos com a frase
“Fora Agnelo”, em referência ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz,
acusado de envolvimento em desvio de verba pública quando era ministro do
Esporte.
• Uma da articuladoras do protesto, a jornalista Irene
Oliveira disse que houve boicote nas redes sociais à manifestação programada
para o Museu da República. Isso, segundo ela, deixou Brasília fora do
calendário da Marcha Nacional contra a Corrupção, cuja terceira edição foi
promovida nesta terça-feira. Ela citou o Movimento Contra a Corrupção (MCC)
como uma da entidades que desmobilizou o evento em Brasília.
• De acordo com Walter Magalhães, um dos representantes
do MCC, entidade que ajudou a organizar as duas primeiras edições da marcha,
Brasília ficou fora do calendário do evento por causa ao feriado prolongado,
que costuma deixar a cidade vazia
• “Não organizamos marcha em Brasília porque em
feriados prolongados a cidade fica vazia e a baixa participação traria uma
repercussão negativa, prejudicando os próximos eventos”, disse Magalhães.
• O MCC organizou a primeira Marcha Nacional contra a
Corrupção no feriado de 7 de setembro e reuniu cerca de 25 mil pessoas em
Brasília. A segunda edição foi em 12 de outubro e participaram aproximadamente
10 mil pessoas, segundo a Polícia Militar.
• Entre os objetivos da Marcha Nacional contra a
Corrupção, que ocorre hoje em cerca de 30 cidades, está a defesa da Lei do
Ficha Limpa e do voto aberto na Câmara dos Deputados e no Senado.
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