DILMA E OS
DIREIT0S
HUMANOS EM CUBA
A presidente Dilma Rousseff foi
muito criticada, tanto aqui, como no exterior, por não ter defendido os
direitos humanos na sua visita a Cuba esta semana. Ela parece concordar com o
dito popular de que não se fala em corda em casa de enforcado. Na véspera da
visita de Lula à Havana, em fevereiro de 2010, o preso político Orlando Zapata
Tamayo morreu em um hospital de Havana após 85 dias em greve de fome. Ele
estava preso desde 20 de março de 2003 e acabou criticado pelo fundador do
Partido dos Trabalhadores, que considerou uma burrice o uso da greve de fome
como arma política.
A coisa ficou
pior quando Dilma ameaçou ir aos EE.UU., discutir a prisão federal na base
naval de Guantanamo, um enclave americano na ilha de Fidel Castro. Para quem pegou em armas contra a Ditadura no
Brasil, Dilma parece ter sofrido uma lavagem cerebral a ponto de confundir os
Direitos Humanos, que são universais, com questiúnculas localizadas, como é o
caso de Guantanamo e das Ilhas Malvinas, tema que volta a ser prioridade na
política externa da Argentina.
Para quem
pretende ocupar, em caráter permanente, uma cadeira no Conselho de Segurança da
ONU, a hesitante e sinuosa política
externa brasileira não é um bom indicador como premissa de quem terá pela
frente temas polêmicos, como a questão nuclear no Irã, a colonização judaica
fora de Israel, as fronteiras entre as duas Coréias, a situação política na
Síria, sem falarmos na democratização dos países feudais da Ásia.
Para quem prefere
a omissão como arma política, é mais do que oportuno o poema de Vladimir
Maiakovski (1893-1930) nascido na Geórgia, quando esse país integrava a
Rússia Imperial:
Na primeira noite
eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim
E não dizemos
nada.
Na segunda noite,
Já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão,
E não dizemos
nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra
sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos
a voz da garganta.
E porque não
dissemos nada, Já não podemos dizer nada.
CAI O 7º MINISTRO
DO GOVERNO DILMA
O ministro das Cidades, Mário
Negromonte, entregou nesta quinta (2) sua carta de demissão à presidenta Dilma
Rousseff e será substituído pelo colega de partido Aguinaldo Ribeiro, atual
líder do PP na Câmara dos Deputados. A informação foi confirmada pelo Palácio
do Planalto.
“O ministro das Cidades,
deputado Mário Negromonte, entregou hoje sua carta de demissão à presidenta
Dilma Rousseff. A presidenta da República agradece aos serviços por ele prestados
ao país à frente da pasta e lhe deseja boa sorte em seus novos projetos. Para
substituí-lo, a presidenta convidou o deputado Aguinaldo Ribeiro”, diz a nota
da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom).
A posse do novo ministro deve
ocorrer ainda nesta sexta (3) ou na segunda-feira (6). A Secom não divulgou o
conteúdo da carta de demissão de Negromonte, que foi entregue em encontro
fechado, no início da tarde. O encontro com a presidenta durou cerca de 20
minutos.
A demissão ocorre depois de
denúncias de corrupção publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo. Segundo a
reportagem, Negromonte e assessores próximos se reuniram na casa do deputado
João Pizzolatti (PP-SC) para negociar com o empresário Luiz Carlos Garcia o
resultado de uma licitação do ministério para a contratação de empresa de
informática. Garcia é dono de uma empresa que atua na área de informática e tem
interesse no contrato.
Negromonte é o sétimo ministro
a deixar o governo após denúncias de corrupção. Antes dele, foram afastados os
ex-ministros da Casa Civil, Antonio Palocci, dos Transportes, Alfredo
Nascimento, da Agricultura, Wagner Rossi, do Turismo, Pedro Novais, do Esporte,
Orlando Silva, e do Trabalho, Carlos Lupi.
Outras duas mudanças
ministeriais do governo Dilma até agora foram a saída do ex-titular da Defesa,
Nelson Jobim, que deixou o cargo após criticar publicamente o governo, e do
ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, que saiu para disputar as eleições
municipais.
SUPREMO MANTÉM PUBLICIDADE NOS
PROCESSOS CONTRA MAGISTRADOS
O Supremo Tribunal Federal
(STF) decidiu nesta quinta (2), por votos 9 a 2, que o julgamento de processos
administrativos contra magistrados deve ser público. Os ministros analisaram
dois itens de uma resolução do Conselho Nacional de Justiça que tratam sobre o assunto.
A publicidade total dos
processos administrativos contra juízes foi contestada pela Associação dos
Magistrados Brasileiros. A entidade alegou que o sigilo em processos
disciplinares contra magistrados é necessário para manter a confiança da
população em relação ao Poder Judiciário enquanto as acusações não forem
comprovadas.
O ministro Marco Aurélio
Mello, relator do processo, negou liminar a AMB nesse ponto. Ele entendeu que a
publicidade deve ser total de forma a permitir o controle social.
“O respeito ao Poder
Judiciário não pode ser obtido por meio de blindagem destinada a proteger do
escrutínio público os juízes e o órgão sancionador. Tal medida é incompatível
com a liberdade de informação e com a ideia de democracia”.
Marco Aurélio foi acompanhado
integralmente pelos ministros Rosa Weber, Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia,
Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto, Gilmar Mendes e Celso de Mello. Embora
tenha acompanhado o relator, o ministro Ricardo Lewandowski ressalvou que a
própria Constituição abre brecha para que se decrete sigilo em determinados
processos a fim de não prejudicar as partes interessadas.
O presidente da Corte, Cezar
Peluso, acompanhou a maioria sobre o conceito publicidade, defendendo
inclusive, que essa é uma regra que deve valer para também para servidores. No
entanto, discordou sobre a divulgação das penas leves de advertência e censura
para magistrados, conforme permite a resolução do CNJ. Para o ministro, deve
ser conservado a ideia proposta na Lei Orgânica da Magistratura para que essas
penas sejam aplicadas reservadamente, por escrito.
RÁPIDAS
• O SEPE promete
fazer muito barulho na próxima segunda-feira (6), quando fará uma manifestação
na Praça Roberto Silveira, a partir das 16:00hs em protesto contra o novo
atraso do pagamento, que começa na segunda, quando deveria ser pago o terceiro
e último grupo de servidores, e pela falta de pagamento do adicional de férias.
• Outro item importante
na pauta de reivindicação do SEPE é o descaso com o pessoal terceirizado que
trabalha na rede escolar do município. Até esta quinta-feira, as empresas
contratadas pela prefeitura para fornecer esse pessoal não havia pago o 13º
salário, não havendo também previsão quanto aos salários de janeiro.
• Para reforçar
os protestos de segunda-feira, o SEPE também relaciona o desconto do Imposto
Sindical, referente a 2010, que será descontado nos contracheques de janeiro e
2011, no pagamento de fevereiro. O impostos está sendo reivindicado por um
sindicato que não é reconhecido como tal pelos servidores municipais e foi uma
criação do Ministério do Trabalho durante o período em que o órgão esteve a
serviço da Força Sindical e do PDT.
• O SEPE promete
recorrer ao Tribunal de Contas do Estado pedindo a suspensão dos contratos
entre a Prefeitura e as empresas terceirizadas que não cumprem a legislação
trabalhista, como ocorreu com os garis demitidos pela Delta no ano passado, e as que atrasam os salários dos seus
empregados
• Duque de Caxias está preparando a 1ª
Conferência sobre Transparência e Controle Social (Consocial), que acontecerá
nos dias 11 e 15. Representantes da sociedade civil e do governo municipal
estiveram reunidos nesta quarta-feira (1º) para discutir questões relacionadas à infra-estrutura e a organização do
evento,.
• Na conferência serão elaboradas propostas sobre
4 eixos temáticos: promoção da transparência pública e acesso à informação;
mecanismos de controle social, engajamento e capacitação da sociedade para o
acompanhamento da gestão pública; atuação do conselho de políticas públicas
como instância de controle; diretrizes para a prevenção e o combate à
corrupção.
• Durante a reunião, o presidente da Comissão
Organizadora da Consocial, Miguel da Silva falou sobre a importância de
explicar para a sociedade conceitos básicos como transparência, gestão pública
e controle social. “O nosso objetivo é estimular a participação da sociedade no
controle da gestão pública e, para isso, é necessário que as pessoas entendam
como esses instrumentos funcionam. Por exemplo: combate à corrupção é uma
função de todos nós, mas precisamos saber como fazer isso”, esclareceu Miguel.
• A reunião contou ainda com a presença do
diretor municipal de Planejamento e Gestão, Carlos Henrique de Souza; do
coordenador do Profec (Programa de Formação e Educação Comunitária) de Duque de
Caxias, Carlos Dionísio; do diretor da Ordem Espírita Afro-Brasileira de Duque
de Caxias, Fernando Ramos; e do diretor executivo da Consocial, Marcos Evandro.
Foto: Marcio Leandro
• Apesar de terem aumentado os investimento nos
últimos meses do ano passado, as empresas estatais aplicaram menos recursos do
que em 2010. Segundo dados divulgados pelo Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão na última terça-feira (31), a queda foi de R$ 1,8 bilhão.
• Lideradas pelo Grupo Petrobrás, as estatais
investiram R$ 82,4 bilhões em 2011, enquanto no ano retrasado foram
desembolsados R$ 84,2 bilhões, em valores correntes. Em relação aos recursos
previstos para o ano passado, as empresas investiram 79,4% dos R$ 103,8 bilhões
previstos.
• No final de 2011, o governo cancelou R$ 12,1
bilhões em investimentos das empresas estatais federais no ano. O corte ocorreu
porque, por razões variadas, elas não conseguiram gastar os valores que haviam
sido programados no início do ano.
• Segundo o portal "Portas Abertas",
técnicos do Governo justificaram que o corte foi feito para adequar o orçamento
ao que foi efetivamente realizado. Em outubro, as estatais informaram ao
governo sobre a impossibilidade de realizar a totalidade dos investimentos, por
isso os valores foram adaptados à nova previsão.
• De acordo com dados publicados no D.O.U., no
dia 30 de dezembro de 2011, o maior cancelamento, de R$ 5,8 bilhões, atingiu o
programa de oferta de petróleo e gás natural. Foram afetados o desenvolvimento
dos sistemas de produção de óleo e gás natural da Bacia de Campos e a
recuperação dos sistemas de produção de óleo e gás natural na região Norte, por
exemplo. O programa recebeu o maior investimento de 2011, R$ 32,9 bilhões,
cerca de 87,6% no total realizado pelas empresas estatais em todas as rubricas.
• O segundo
maior corte, de R$ 5,4 bilhões, foi na área de refino de petróleo, com projetos
como a implantação de uma refinaria no complexo petroquímico de Itaboraí, no
Rio de Janerio. Em seguida, o programa mais afetado foi o de transporte de
petróleo, derivados, gás natural e de combustíveis, com corte de R$ 2,6
bilhões.
• Enquanto isso a Petrobrás continua importando
gasolina, óleo diesel e etanol do exterior, inclusive dos EE.UU. e Venezuela,
sócia da refinaria de Pernambuco que ainda não mostrou a cor do seu dinheiro no
empreendimento, que é financiado pelo BNDES.
• O diretor de Tecnologia e Inovação da Coordenação de
Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (Coppe/UFRJ), Segen Estefen, disse nesta quarta (1º) que o primeiro
vazamento na área do pré-sal, ocorrido na véspera31) em um poço operado pela Petrobras
na Bacia de Santos, reforça a necessidade de criação, no país, de um centro de
monitoramento e prevenção de acidentes no mar. A sugestão da academia já foi
encaminhada ao Ministério de Minas e Energia.
• A Petrobras dispõe de nove Centros de Defesa Ambiental
(CDA) que atuam no combate a vazamentos de óleo e outras emergências no mar.
São os CDAs do Rio de Janeiro, de Macaé, São Paulo, da Bahia, do Sul,
Centro-Oeste, Rio Grande do Norte, Maranhão e da Amazônia. Segundo informou a
assessoria de imprensa da estatal, “os centros estão à disposição também para
atender a outros acidentes com outras empresas, não só de petróleo”.
• A Petrobras informou ainda que, embora não disponha de
uma unidade específica de prevenção de acidentes no mar, essa preocupação está
presente em todos os órgãos operacionais. “Não tem um centro específico para
isso, mas o próprio Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) tem áreas que
estudam isso”, esclareceu a estatal.
• Segen Estefen avaliou, porém, que é preciso ter
procedimentos bem definidos de prevenção que possam ser usados ao longo dos
próximos anos. “A produção de petróleo vai se intensificar, a probabilidade de
vazamentos vai aumentar e nós temos que ter um grupo de especialistas focados
nesse assunto”, defendeu ele. Embora o volume de óleo vazado na Bacia de Campos
tenha sido pequeno, estimado em 25,5 mil litros, e tenha ocorrido longe da
costa (a 250 quilômetros de Ilhabela, em São Paulo), “isso não deve servir de
consolo para que nós não façamos nada”.
• Reforçou que
o Brasil tem de desenvolver procedimentos adequados para minimizar os impactos
dos vazamentos e, também, para estancá-los. Para isso, precisa ter
profissionais trabalhando de forma contínua, que priorizem a proteção ambiental
• O centro deverá ser coordenado pela Coppe, mas estará
aberto à participação de pesquisadores e especialistas de outras instituições.
E vai se articular com programas de pesquisa e desenvolvimento dedicados às
questões ligadas ao meio ambiente marítimo. “Além da vigilância que devemos ter
do mar, através de imagens de satélite, que hoje já estão disponíveis na Coppe,
nós temos que dar ênfase à maior confiabilidade dos equipamentos e das
operações ligadas à exploração e produção de petróleo no mar”.
• O governo vai oferecer testes
rápidos de Aids durante o carnaval nas cidade onde ocorrem as principais festas
no país. A medida foi anunciada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha,
durante o lançamento da campanha do Carnaval contra a Aids, que este ano vai
priorizar os jovens gays de 15 a 24 anos.
• Padilha explicou que os testes
rápidos, batizados de Fique Sabendo, fornecem os resultados em até 20 minutos.
"O teste rápido é quase imediato. Demora de 15 a 20 minutos. Faz o teste e
recebe orientação de profissionais de saúde", disse Padilha.
• Durante o carnaval o ministério
vai repassar 70 milhões de preservativos aos estados. Dados do ministério
indicam que a contaminação por aids caiu 20,1% entre os jovens heterossexuais
de 15 a 24 anos, entre 1998 e 2010, mas aumentou 10,1% entre gays na mesma
faixa etária.
• O conceito da campanha será "Na
empolgação pode rolar de tudo. Só não rola sem camisinha. Tenha sempre a sua".
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