domingo, 13 de maio de 2012

BAIXADA URGENTE

DIREÇÃO NACIONAL AMEAÇA
INTERVIR NO PT DE CAXIAS

Depois de uma reunião na quarta (9), a Executiva Nacional do PT anunciou que a escolha dos candidatos às prefeitura das cidades com mais de 200 mil habitantes e polos econômicos regionais, como é o caso de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, terá de ser aprovada  pela direção nacional do partido. Em Duque de Caxias, o partido escolheu a professora Dalva Lazaroni para disputar a prefeitura. A resolução intervencionista será submetida à votação na reunião do Diretório Nacional na próxima sexta-feira (18), em Porto Alegre (RS). O objetivo, segundo o presidente nacional da legenda, deputado estadual Rui Falcão (SP), é evitar a intervenção direta da cúpula petista nos diretórios regionais.
Nas eleições municipais, a escolha deve ser feita pelo diretório local e a orientação da direção nacional do Partido dos Trabalhadores era para que, nas cidades com mais de 200 mil habitantes, a primeira opção seria a candidatura própria, como forma de fortalecer o partido para as eleições gerais de 2014, quando o PT decidirá entre as candidaturas de Lula e Dilma.
Ao submeter ao crivo da direção nacional a decisão dos diretórios locais, a direção nacional está fazendo uma intervenção branca e submetendo as direções locais aos interesses da direção nacional. A pressão da cúpula do partido é decorrente da falta de fôlego da candidatura do ex ministro da Educação, Fernando Haddad, que, segundo as pesquisas, estaria com apenas 3% das intenções de voto na capital paulista.
O ex ministro foi scolhido pessoalmente por Lula para disputar a prefeitura de S. Paulo, que está nas mãos do PSDB há cerca de 20 anos. Para viabilizar a candidatura de Haddad, o PT paulista precisa do apoio do PSB, que ameaça lançar o deputado federal Gabriel Chalita à prefeitura paulistana.
Parodiando Galvão Bueno, para Lula, ganhar uma eleição é muito bom, mas ganhar do PSDB e do DEM, é melhor ainda. E para Lula se vingar do PSDB em S. Paulo, a direção nacional do PT quer obrigar o partido em Duque de Caxias a se aliar ao PSB, cujo candidato é o deputado federal Alexandre Cardoso.  Ocorre que a candidata já escolhida pelo partido, a professora Dalva Lazaroni, não aceita ser vice de Alexandre Cardoso e boa parte da militância ameaça apoiar o deputado federal Washington Reis, do PMDB, de quem Dalva Lazaroni foi Secretária de Cultura.
Pelo visto, o PT continua sendo manobrado por Lula, que mandou às favas a propalada democracia interna, que só prevalece enquanto não prejudica os interesses de Lula e seus amigos. E foi esse espírito vingativo de Lula que produziu a CPMI do Cachoeira, que, originalmente, visava atingir o governador Marconi Perillo, do PSDB, e o senador Demóstenes Torres, que, como líder do DEM, sempre infernizou a vida de Lula & Cia.

MAZINHO DESISTE E PDT DEFINE
COLIGAÇÃO NESTA SEGUNDA

A sucessão em Duque de Caxias receberá nesta segunda-feira (14) uma sacudida, quando a direção regional do PDT se reunir para tomar conhecimento, em caráter oficial, da decisão do presidente do partido em Duque de Caxias, o vereador Mazinho, de desistir da candidatura a prefeito. A decisão do presidente da Câmara é decorrente dos problemas envolvendo a contratação pelo Legislativo de veículos da empresa Locanty para servir aos vereadores.
Nos últimos dias, a direção municipal do partido discutiu os caminhos a seguir em relação às eleições municipais de 7 de outubro. Conduzidas por Mazinho, as negociações envolveram os candidatos Washington Reis (PMDB), Dica (PSD) e Alexandre Cardoso (PSB).
No encontro desta segunda-feira na sede regional do partido Mazinho vai oficializar a sua renúncia à candidatura a prefeito e apresentar as alternativas de coligação com outros partidos.  Fonte próxima ao presidente da Câmara revelou que a tendência do PDT/Caxias é formar uma coligação com o PSB, indicando o candidato a vice e discutindo um programa de governo que contemple projetos do PDT. A palavra final será do diretório regional, que deverá contar com o ex Ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

PREFEITURA DÁ CALOTE E
SEPE DECIDE IR Á JUSTIÇA
Desde janeiro, os servidores ativos, inativos e pensionistas do município de Duque de Caxias – com  orçamento de R$ 2 bilhões para 2012 –  estão sem saber quando irão receber seus vencimentos, proventos e pensões. Até o final de 2011, a Secretaria de Administração e o IPMDC, autarquia responsável pelas folhas de aposentados e pensionistas, obedeciam a um calendário, que previa o pagamento até o 5º dia útil do mês seguinte, o que significa que os servidores municipais teriam seus pagamentos liberados na rede bancária até o dia 8 de cada mês.
Desde janeiro, quando salários e proventos de dezembro foram pagos depois do dia 10, tanto a Prefeitura, quando o IPMDC deixaram de divulgar o calendário de pagamento. Este mês, quando deveriam ser pagos proventos e pensões relativas a abril, a direção do IPMDC não garante o pagamento antes da próxima quarta-feira (16).
Embora seja uma autarquia, com direção e orçamento independentes, o órgão responsável pelo pagamento das pensões e aposentadorias está submetido, irregularmente, ao regime dão Caixa único. Com isso, só pode pagar se a Secretaria de Fazenda liberar os recursos, que deveriam ser repassados ao IPMDC no início de cada mês, uma vez que tanto os servidores, mesmo os aposentados e pensionistas, quanto o Governo devem contribuir com 11% do total da folha para cobrir os gastos do IPMDC, que hoje se limita a pagar a pensionistas e aposentados, já que a assistência medica, que antes era integral, foi transferida para o SUS.
Segundo nota do SEPE – Sindicato dos Profissionais da Educação – a direção do IPMDC informara, no início do mês, que o pagamento relativo ao mês de abril será creditado na conta de aposentados e pensionistas na última sexta-feira (11).  Como o pagamento foi adiado, sem qualquer explicação, para quarta-feira (16), o SEPE decidiu ingressar com Mandado de Segurança para que a Prefeitura seja obrigada pela Justiça a fornecer o calendário de pagamento até o final do ano, respeitando os termos da CLT, de que os mensalistas devem receber seus salários até o 5º dia útil do mês subsequente, como era feito até dezembro último.

FRIGORÍFICO VAI  ASSUMIR A
DELTA COM AJUDA DO BNDES
A partir desta segunda-feira (14), a J&F, holding controladora do frigorífico JBS-Friboi que tem o BNDES como acionista, assumirá a gestão da Delta Construções,   envolvida no escândalo envolvendo o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira. A informação foi confirmada em comunicado oficial. E, no texto, a J&F informa-se que as duas empresas assinaram um “contrato preliminar” na segunda-feira (7) passada. O contrato prevê que, nos próximos meses, a Delta será submetida a “um rígido processo de auditoria”. A auditagem será feita pela KPMG. De posse dos resultados da aferição, a J&F Holding decidirá se “será ou não exercida uma opção de compra” da Delta.
O objetivo do Governo em patrocinar a venda da Delta é livrar seus atuais dirigentes de processos penais por corrupção, pois as escutas feitas pela Polícia Federal com autorização da Justiça revelam a intervenção direta de Cachoeira nos negócios da empresa em diversos estados e prefeituras, inclusive no Rio de Janeiro, onde a Delta ameaça cobrar na Justiça cerca de R$ 300 milhões que o Governo do Estado estaria devendo por conta de obras já concluídas.
Como o BNDES já converteu em ações (30% do capital da holding), as debêntures compradas da J&F uma forma de empréstimo por parte do banco, o governo terá direito a cargos na nova diretoria da Delta, o que poderia justificar, no futuro, novos contratos sem licitação.

RÁPIDAS

• Além de Duque de Caxias (RJ) e Mossoró (RN), o PT está com problemas também em Porto Alegre, onde o PcdoB, que integra a base do Governo Dilma Rousseff, não abre mão da candidatura da deputada federal Manuela D'Ávila.
• E o deputado estadual Rui Falcão (PT/SP) não se constrange ao comentar que a "homologação" é apenas um pretexto para disfarçar a intervenção nos diretórios municipais, confirmando que essa arma (a intervenção) será uma moeda de troca para que os socialistas apoiem Fernando Haddad (PT) em São Paulo.
• “Nós avocamos para a direção nacional tanto Mossoró quanto Duque de Caxias”, avisou Falcão. “No momento devido podemos eventualmente formalizar uma coligação com o PSB”, emendou.
• E o próprio presidente nacional do PT admite que a intervenção direta nos diretórios seria desastrosa. Ele confessa esse temor da briga interna quando admite que “(A resolução) é justamente para que, se você tiver de fazer cumprir o regimento e a tática nacional, não ter de provocar a intervenção”, explicou o dirigente.
• De acordo com Falcão, uma intervenção direta nos diretórios onde a escolha for contrária à orientação nacional causaria “confusão do ponto de vista político e organizativo”.
• Rui Falcão afirmou ainda que, além do PCdoB e do PSB, as conversas com o PR estão avançando e que o partido quer apresentar os aliados da chapa de Haddad no encontro do dia 2 de junho.
• Isto significa que também a anunciada candidatura do deputado estadual Samuquinha, do PR (foto), a prefeito de Duque de Caxias subiu no telhado, pois o presidente regional do partido, o deputado federal Anthony Garotinho, não terá condições de resistir à pressão do diretório nacional do PT, principalmente depois que a Presidente Dilma Rousseff resolveu reintroduzir o PR no Governo Federal, entregando uma das diretorias do Banco do Brasil ao partido que hoje tem Garotinho como principal estrela no Rio de Janeiro.
•  Nos bastidores políticos do município não passou desapercebida a tentativa do deputado Washington Reis de capitalizar a seu favor a crise envolvendo a Câmara e o vereador Mazinho. Entre outras coisas, o ex prefeito teria procurado o ex ministro Carlos Lupi para convencê-lo que, sem o presidente da Câmara no páreo, a melhor saída para o PDT seria uma coligação com o PMDB
•  Livre  do farto de ser candidato a prefeito e ter de enfrentar os demais concorrentes, Mazinho começa nesta segunda-feira (14) a organizar o seu staff com duas preocupações. Dar suporte ao candidato que o PDT irá  apoiar para a prefeitura e a própria campanha pela reeleição, agora que a Prefeitura saiu do seu roteiro.
• Na inauguração do Museu Ciência e Vida, carro chefe da campanha do deputado federal Alexandre Cardoso, não passou desapercebido dos pessoas em volta o abraço caloroso do deputado Dica, candidato em potencial do PSD. Como o partido ainda não sabe se terá direito a participação no Fundo Partidário e a tempo de TV e rádio, a impressão é de que o deputado da Prainha irá apoiar o filho do Seu Cardoso da Farmácia.
• Se o Diretório Nacional do PT liquidar com a candidatura da professora Dalva Lazarroni, o deputado Alexandre Cardoso deverá liderar uma forte coligação, que terá o PT, o PDT, o PSD, além de outros partidos menores, o que será uma plataforma segura para sustentar a sua candidatura contra dois adversários de peso (inclusive, no sentido literal) como Washington Reis do PMDB e Zito, agora no PP.
• No programa do PMDB no horário eleitoral, o deputado federal Washington Reis exibiu fotos de um pequeno trecho da Av. Governador Leonel Brizola, antiga Presidente Kennedy,  que está em obras desde o Governo Rosinha.  A cargo do DER, a obra de duplicação de um trecho de apenas 15 km da antiga Estrada Rio-Petrópolis está demorando quatro vezes mais do que toda a estrada, com 67 km, construída no período 1926-1928 pelo Governo Washington Luis, derrubado por Vargas em 1930. E naquela época não havia máquinas, nem asfalto!
• Os vereadores Sebastião Ferreira da Silva, o "Chiquinho Grandão" e Jonas Gonçalves da Silva, o "Jonas é Nós", cujos mandatos foram suspensos no ano passado pela Justiça e que estão num presídio de segurança máxima em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, acusados de liderarem uma milícia no Parque Fluminense, resolveram renunciar aos mandatos na semana passada.
• A estratégia da defesa dos dois políticos, acusados de liderarem uma milícia no Parque Fluminense, seria garantir que os réus sejam julgados pelo Tribunal do Júri em Duque de Caxias. Os ex vereadores  tinham foro privilegiado por conta do mandato popular e estavam respondendo a processos por diversos crimes, inclusive formação de quadrilha, perante o Tribunal de Justiça.
• Sem os mandatos, eles irão a julgamento pelo Tribunal do Júri do município, onde a influência política dos réus pode levar os jurados a terem um comportamento mais complacente no julgamento dos crimes de que são acusados, principalmente pelo fato de que algumas das mais importantes testemunhas não poderão depor no julgamento, pois  foram assassinadas depois de colaborarem com as investigações.

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