INTERVIR NO PT DE
CAXIAS
Depois de uma
reunião na quarta (9), a Executiva Nacional do PT anunciou que a escolha dos
candidatos às prefeitura das cidades com mais de 200 mil habitantes e polos
econômicos regionais, como é o caso de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, terá de
ser aprovada pela direção nacional do
partido. Em Duque de Caxias, o partido escolheu a professora Dalva Lazaroni
para disputar a prefeitura. A resolução intervencionista será submetida à
votação na reunião do Diretório Nacional na próxima sexta-feira (18), em Porto
Alegre (RS). O objetivo, segundo o presidente nacional da legenda, deputado
estadual Rui Falcão (SP), é evitar a intervenção direta da cúpula petista nos
diretórios regionais.
Nas eleições
municipais, a escolha deve ser feita pelo diretório local e a orientação da
direção nacional do Partido dos Trabalhadores era para que, nas cidades com
mais de 200 mil habitantes, a primeira opção seria a candidatura própria, como
forma de fortalecer o partido para as eleições gerais de 2014, quando o PT
decidirá entre as candidaturas de Lula e Dilma.
Ao submeter ao
crivo da direção nacional a decisão dos diretórios locais, a direção nacional
está fazendo uma intervenção branca e submetendo as direções locais aos
interesses da direção nacional. A pressão da cúpula do partido é decorrente da
falta de fôlego da candidatura do ex ministro da Educação, Fernando Haddad, que,
segundo as pesquisas, estaria com apenas 3% das intenções de voto na capital
paulista.
O ex ministro foi
scolhido pessoalmente por Lula para disputar a prefeitura de S. Paulo, que está
nas mãos do PSDB há cerca de 20 anos. Para viabilizar a candidatura de Haddad,
o PT paulista precisa do apoio do PSB, que ameaça lançar o deputado federal
Gabriel Chalita à prefeitura paulistana.
Parodiando Galvão
Bueno, para Lula, ganhar uma eleição é muito bom, mas ganhar do PSDB e do DEM,
é melhor ainda. E para Lula se vingar do PSDB em S. Paulo, a direção nacional
do PT quer obrigar o partido em Duque de Caxias a se aliar ao PSB, cujo
candidato é o deputado federal Alexandre Cardoso. Ocorre que a candidata já escolhida pelo
partido, a professora Dalva Lazaroni, não aceita ser vice de Alexandre Cardoso
e boa parte da militância ameaça apoiar o deputado federal Washington Reis, do
PMDB, de quem Dalva Lazaroni foi Secretária de Cultura.
Pelo visto, o PT
continua sendo manobrado por Lula, que mandou às favas a propalada democracia
interna, que só prevalece enquanto não prejudica os interesses de Lula e seus
amigos. E foi esse espírito vingativo de Lula que produziu a CPMI do Cachoeira,
que, originalmente, visava atingir o governador Marconi Perillo, do PSDB, e o
senador Demóstenes Torres, que, como líder do DEM, sempre infernizou a vida de
Lula & Cia.
MAZINHO DESISTE E PDT DEFINE
COLIGAÇÃO NESTA SEGUNDA
A sucessão em Duque de Caxias receberá nesta
segunda-feira (14) uma sacudida, quando a direção regional do PDT se reunir
para tomar conhecimento, em caráter oficial, da decisão do presidente do
partido em Duque de Caxias, o vereador Mazinho, de desistir da candidatura a
prefeito. A decisão do presidente da Câmara é decorrente dos problemas
envolvendo a contratação pelo Legislativo de veículos da empresa Locanty para
servir aos vereadores.
Nos últimos dias, a direção municipal do partido discutiu
os caminhos a seguir em relação às eleições municipais de 7 de outubro.
Conduzidas por Mazinho, as negociações envolveram os candidatos Washington Reis
(PMDB), Dica (PSD) e Alexandre Cardoso (PSB).
No encontro desta segunda-feira na sede regional do
partido Mazinho vai oficializar a sua renúncia à candidatura a prefeito e
apresentar as alternativas de coligação com outros partidos. Fonte próxima ao presidente da Câmara revelou
que a tendência do PDT/Caxias é formar uma coligação com o PSB, indicando o
candidato a vice e discutindo um programa de governo que contemple projetos do
PDT. A palavra final será do diretório regional, que deverá contar com o ex
Ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
PREFEITURA DÁ CALOTE E
SEPE DECIDE IR Á JUSTIÇA
Desde janeiro, os servidores ativos, inativos e pensionistas
do município de Duque de Caxias – com
orçamento de R$ 2 bilhões para 2012 –
estão sem saber quando irão receber seus vencimentos, proventos e
pensões. Até o final de 2011, a Secretaria de Administração e o IPMDC,
autarquia responsável pelas folhas de aposentados e pensionistas, obedeciam a
um calendário, que previa o pagamento até o 5º dia útil do mês seguinte, o que
significa que os servidores municipais teriam seus pagamentos liberados na rede
bancária até o dia 8 de cada mês.
Desde janeiro, quando salários e proventos de dezembro
foram pagos depois do dia 10, tanto a Prefeitura, quando o IPMDC deixaram de
divulgar o calendário de pagamento. Este mês, quando deveriam ser pagos
proventos e pensões relativas a abril, a direção do IPMDC não garante o
pagamento antes da próxima quarta-feira (16).
Embora seja uma autarquia, com direção e orçamento
independentes, o órgão responsável pelo pagamento das pensões e aposentadorias
está submetido, irregularmente, ao regime dão Caixa único. Com isso, só pode pagar
se a Secretaria de Fazenda liberar os recursos, que deveriam ser repassados ao
IPMDC no início de cada mês, uma vez que tanto os servidores, mesmo os
aposentados e pensionistas, quanto o Governo devem contribuir com 11% do total
da folha para cobrir os gastos do IPMDC, que hoje se limita a pagar a
pensionistas e aposentados, já que a assistência medica, que antes era
integral, foi transferida para o SUS.
Segundo nota do SEPE – Sindicato dos Profissionais da
Educação – a direção do IPMDC informara, no início do mês, que o pagamento
relativo ao mês de abril será creditado na conta de aposentados e pensionistas
na última sexta-feira (11). Como o
pagamento foi adiado, sem qualquer explicação, para quarta-feira (16), o SEPE
decidiu ingressar com Mandado de Segurança para que a Prefeitura seja obrigada
pela Justiça a fornecer o calendário de pagamento até o final do ano,
respeitando os termos da CLT, de que os mensalistas devem receber seus salários
até o 5º dia útil do mês subsequente, como era feito até dezembro último.
FRIGORÍFICO
VAI ASSUMIR A
DELTA COM AJUDA
DO BNDES
A partir desta
segunda-feira (14), a J&F, holding controladora do frigorífico JBS-Friboi
que tem o BNDES como acionista, assumirá a gestão da Delta Construções, envolvida no escândalo envolvendo o senador
Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira. A informação foi confirmada
em comunicado oficial. E, no texto, a J&F informa-se que as duas empresas
assinaram um “contrato preliminar” na segunda-feira (7) passada. O contrato
prevê que, nos próximos meses, a Delta será submetida a “um rígido processo de
auditoria”. A auditagem será feita pela KPMG. De posse dos resultados da
aferição, a J&F Holding decidirá se “será ou não exercida uma opção de
compra” da Delta.
O objetivo do
Governo em patrocinar a venda da Delta é livrar seus atuais dirigentes de
processos penais por corrupção, pois as escutas feitas pela Polícia Federal com
autorização da Justiça revelam a intervenção direta de Cachoeira nos negócios
da empresa em diversos estados e prefeituras, inclusive no Rio de Janeiro, onde
a Delta ameaça cobrar na Justiça cerca de R$ 300 milhões que o Governo do
Estado estaria devendo por conta de obras já concluídas.
Como o BNDES já
converteu em ações (30% do capital da holding), as debêntures compradas da
J&F uma forma de empréstimo por parte do banco, o governo terá direito a
cargos na nova diretoria da Delta, o que poderia justificar, no futuro, novos
contratos sem licitação.
RÁPIDAS
• Além de Duque de Caxias (RJ) e Mossoró (RN),
o PT está com problemas também em Porto Alegre, onde o PcdoB, que integra a
base do Governo Dilma Rousseff, não abre mão da candidatura da deputada federal
Manuela D'Ávila.
• E o deputado estadual Rui Falcão (PT/SP) não se
constrange ao comentar que a "homologação" é apenas um pretexto para
disfarçar a intervenção nos diretórios municipais, confirmando que essa arma (a
intervenção) será uma moeda de troca para que os socialistas apoiem Fernando
Haddad (PT) em São Paulo.
• “Nós avocamos para a direção nacional tanto
Mossoró quanto Duque de Caxias”, avisou Falcão. “No momento devido podemos
eventualmente formalizar uma coligação com o PSB”, emendou.
• E o próprio presidente nacional do PT admite
que a intervenção direta nos diretórios seria desastrosa. Ele confessa esse
temor da briga interna quando admite que “(A resolução) é justamente para que,
se você tiver de fazer cumprir o regimento e a tática nacional, não ter de
provocar a intervenção”, explicou o dirigente.
• De acordo com Falcão, uma intervenção direta
nos diretórios onde a escolha for contrária à orientação nacional causaria
“confusão do ponto de vista político e organizativo”.
• Rui Falcão afirmou ainda que, além do PCdoB e
do PSB, as conversas com o PR estão avançando e que o partido quer apresentar
os aliados da chapa de Haddad no encontro do dia 2 de junho.
• Isto significa que também a anunciada
candidatura do deputado estadual Samuquinha, do PR (foto), a prefeito de Duque de
Caxias subiu no telhado, pois o presidente regional do partido, o deputado
federal Anthony Garotinho, não terá condições de resistir à pressão do
diretório nacional do PT, principalmente depois que a Presidente Dilma Rousseff
resolveu reintroduzir o PR no Governo Federal, entregando uma das diretorias do
Banco do Brasil ao partido que hoje tem Garotinho como principal estrela no Rio
de Janeiro.
• Nos bastidores políticos do município não
passou desapercebida a tentativa do deputado Washington Reis de capitalizar a
seu favor a crise envolvendo a Câmara e o vereador Mazinho. Entre outras
coisas, o ex prefeito teria procurado o ex ministro Carlos Lupi para
convencê-lo que, sem o presidente da Câmara no páreo, a melhor saída para o PDT
seria uma coligação com o PMDB
• Livre
do farto de ser candidato a prefeito e ter de enfrentar os demais
concorrentes, Mazinho começa nesta segunda-feira (14) a organizar o seu staff
com duas preocupações. Dar suporte ao candidato que o PDT irá apoiar para a prefeitura e a própria campanha
pela reeleição, agora que a Prefeitura saiu do seu roteiro.
• Na inauguração do
Museu Ciência e Vida, carro chefe da campanha do deputado federal Alexandre
Cardoso, não passou desapercebido dos pessoas em volta o abraço caloroso do
deputado Dica, candidato em potencial do PSD. Como o partido ainda não sabe se
terá direito a participação no Fundo Partidário e a tempo de TV e rádio, a
impressão é de que o deputado da Prainha irá apoiar o filho do Seu Cardoso da
Farmácia.
• Se o Diretório
Nacional do PT liquidar com a candidatura da professora Dalva Lazarroni, o deputado
Alexandre Cardoso deverá liderar uma forte coligação, que terá o PT, o PDT, o
PSD, além de outros partidos menores, o que será uma plataforma segura para
sustentar a sua candidatura contra dois adversários de peso (inclusive, no
sentido literal) como Washington Reis do PMDB e Zito, agora no PP.
• No programa do
PMDB no horário eleitoral, o deputado federal Washington Reis exibiu fotos de
um pequeno trecho da Av. Governador Leonel Brizola, antiga Presidente
Kennedy, que está em obras desde o
Governo Rosinha. A cargo do DER, a obra
de duplicação de um trecho de apenas 15 km da antiga Estrada Rio-Petrópolis
está demorando quatro vezes mais do que toda a estrada, com 67 km, construída
no período 1926-1928 pelo Governo Washington Luis, derrubado por Vargas em
1930. E naquela época não havia máquinas, nem asfalto!
• Os
vereadores Sebastião Ferreira da Silva, o "Chiquinho Grandão" e Jonas
Gonçalves da Silva, o "Jonas é Nós", cujos mandatos foram suspensos
no ano passado pela Justiça e que estão num presídio de segurança máxima em
Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, acusados de liderarem uma milícia
no Parque Fluminense, resolveram renunciar aos mandatos na semana passada.
• A
estratégia da defesa dos dois políticos, acusados de liderarem uma milícia no
Parque Fluminense, seria garantir que os réus sejam julgados pelo Tribunal do
Júri em Duque de Caxias. Os ex vereadores
tinham foro privilegiado por conta do mandato popular e estavam
respondendo a processos por diversos crimes, inclusive formação de quadrilha,
perante o Tribunal de Justiça.
• Sem os
mandatos, eles irão a julgamento pelo Tribunal do Júri do município, onde a
influência política dos réus pode levar os jurados a terem um comportamento
mais complacente no julgamento dos crimes de que são acusados, principalmente
pelo fato de que algumas das mais importantes testemunhas não poderão depor no
julgamento, pois foram assassinadas
depois de colaborarem com as investigações.
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