quinta-feira, 9 de agosto de 2012

BAIXADA URGENTE

PARAGUAI AMEAÇA COM
NOVO APAGÃO NO BRASIL
O governo brasileiro não foi comunicado da intenção do Paraguai de suspender o repasse de energia excedente da Hidrelétrica de Itaipu para o Brasil e a Argentina. As autoridades brasileiras rebatem a informação que a energia seja “cedida” ao Brasil, como disse o presidente paraguaio, Federico Franco.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Tovar Nunes, afirmou nesta quinta (9) que a energia de Itaipu é paga. “Não existe cessão de energia, ela é comprada. Essa energia, o Brasil não tem de graça”, disse. Tovar ressaltou que há um contrato com as regras que devem ser seguidas pelos dois países.
O porta-voz do Itamaraty acrescentou que não há estudos para novos ajustes no contrato. “Não há conhecimento de que se pretenda fazer ajustes. Não há comunicação oficial sobre a decisão do presidente Federico Franco”, disse ele.
A medida ocorre no momento em que o Paraguai o está suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Isso ocorre em função do afastamento do ex-presidente Fernando Lugo, um ato político considerado quebra das regras democráticas do Mercosul.
Franco disse que enviará até dezembro projeto de lei ao Congresso recomendando a suspensão da venda de excedentes de energia para o Brasil. Uma vez enviado, o texto será submetido à apreciação dos parlamentares e, depois, votado. Não há prazo para os procedimentos.
Construída e administrada pelo Brasil e Paraguai, a Usina Hidrelétrica de Itaipu tem 14 mil megawatts de potência instalada e atende a cerca de 19% da energia consumida no Brasil e a 91% do consumo paraguaio.
O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Miguel Samek, reiterou que a empresa tem regras que definem claramente as formas de compra de energia. Ele diz não haver preocupação com a ideia de Federico Franco. Samek disse que teve um “encontro muito positivo” com o presidente paraguaio, no último dia 3.
Construída e administrada pelo Brasil e Paraguai, a Usina Hidrelétrica de Itaipu tem 14 mil megawatts de potência instalada e atende a cerca de 19% da energia consumida no Brasil e a 91% do consumo paraguaio.

JUSTIÇA VAI MONITORAR
CONTRATOS DE GAVETA

O Conselho Nacional de Justiça e o Colégio Notarial do Brasil (que representa cartórios e tabeliães) assinaram esta semana um termo de cooperação para que a Justiça e órgãos de controle (Ministério Público, Controladoria-Geral da União, Receita Federal, Conselho de Controle de Atividades Financeiras e corregedorias de Polícia) possam monitorar escrituras, procurações, inventários sem o registro final com transferência efetiva de propriedade, lavrados nos mais de 7 mil cartórios de notas de todo o país.
Segundo o CNJ, vários suspeitos investigados por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas não registram, em definitivo, imóveis e automóveis, e tampouco os declaram ao Imposto de Renda. Fazem “contratos de gaveta”, mantendo apenas procurações ou escrituras públicas que dão poderes sobre o patrimônio e permitem a transferência do bem. O monitoramento também sinalizará suspeitas de acordos de fachada, que dão propriedade de empresas e bens a terceiros, os chamados “laranja”.
“Com isso começamos a trancar algumas portas da corrupção”, disse Ricardo Chimenti, juiz auxiliar da Corregedoria do CNJ, à Agência Brasil. Segundo ele, o sistema já funciona com informações de 1.085 cartórios de notas de São Paulo e rastreia contratos por meio do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).
O CNJ ainda não fechou o cronograma para a nacionalização do sistema. O sigilo das informações é assegurado por lei. A quebra depende de autorização judicial, inclusive em caso de pessoas sob investigação.

ALEXANDRE CARDOSO PROMETE
MUNICIPALIZAR A ÁGUA DE CAXIAS

Depois do sucesso da edição de quinta-feira (2) com a entrevista do candidato a prefeito Marquinho Pessanha (PTN), que esgotou os 10 mil exemplares da edição em apenas dois dias, o “Capital-Eleções 2012” desta semana (9), com o candidato Alexandre Cardoso, da coligação liderada pelo PSB, revela, entre outros temas, a proposta de municipalizar os serviços de água e esgotos.
Integrante da base de apoio do governador Sérgio Cabral e da Presidente Dilma Rousseff, Alexandre Cardoso terá de agir com diplomacia, razão pela qual afirma que, se eleito, dará à Cedae 12 meses para normalizar o abastecimento de água a Duque de Caxias, inaugurado há 52 anos pelo governador Roberto Silveira Nas palavras do candidato socialista, é inaceitável que uma cidade – com mais de um milhão de habitantes e uma receita tributária própria superior a R$ 2 bilhões – não tenha um serviço de abastecimento condizente com a sua importância política, econômica e social.

RÁPIDAS

Talvez pelo fracasso das “new faces” que surgiram nos últimos 10 anos, os partidos foram buscar nos seus arquivos nomes que já freqüentaram os corredores da Câmara Municipal para tentar “rejuvenescer” a política em Duque de Caxias.
Nessa espécie de “Retrofit” dos partidos, teremos na lista de candidatos nomes conhecidos como dos ex vereadores Vadico, Zé Kito (foto), Chiquinho Caipira, Ito, Vaguinho, André da Farmácia, Paulo da Silva e Nanal, além do empresário Tonho de Freitas
Uma das muitas dissidências do Partido dos Trabalhadores – que defendia a candidatura própria para fortalecer o partido em Duque de Caxias, que, coligado ao PSB, não elegeu um só vereador em 2008 – decidiu radicalizar e promete muito barulho nesta segunda-feira, dia 13 e número do PT.
A concentração será na Praça Humaitá, de onde os dissidentes marcharão em direção à Praça Roberto Silveira, onde será realizado um comício de apoio ao candidato Washington Reis, do PMDB.
A liderança dos dissidentes foi assumida pela professora Dalva Lazaroni, ex secretária de Cultura no Governo Washington Reis, escolhida como candidata a prefeita do PT/Caxias. Uma decisão-intervenção do diretório nacional obrigou o partido a se coligar com o PSB, de Alexandre Cardoso, por conta do apoio dos socialistas à candidatura do ex ministro Fernando Haddad a prefeito de São Paulo.
O apoio do PT em Caxias à candidatura de Alexandre Cardoso foi negociado diretamente entre o presidente do PSB, o governador Eduardo Campos, de Pernambuco, e o presidente nacional do PT, Rui Falcão, endossado pelo ex presidente Lula.
A propaganda eleitoral gratuita vai ao ar do próximo dia 21 até 4 de outubro, sempre das 6h às 6h30 e das 11h às 11h30, no rádio e na TV das 12h às 12h30 e das 19h30 às 20h. Para prefeito, será somado o tempo de TV de cada partido em caso de coligação.
No caso dos candidatos a vereador, teremos a volta da temida Lei Falcão, da Ditadura, em que só aparecia uma foto 3 x 4, enquanto, no melhor estilo de Ernani Pires Ferreira [saudoso locutor do Jóquei Club Brasileiro] um locutor apenas indicava o nome e o número do candidato.
Por liberalidade da legislação, o País já ultrapassou a casa dos 30 partidos e, em Duque de Caxias, a Justiça Eleitoral aprovou as nominatas dos partidos, totalizando mais de 272 candidatos.
O Ministério Público Federal em Belo Horizonte (MG) recorreu da sentença que condenou dois diretores do Banco Rural, Plauto Gouvêa e Holton Gomes Brandão, ambos envolvidos no processo 470, o do Mensalão, a 3 anos e 10 meses de prisão por crimes contra o sistema financeiro. O MPF sustenta que a fixação da pena nesse patamar “afigura-se totalmente insuficiente para a repressão e a prevenção da conduta”.
Lembrando que a ação foi ajuizada em 2003, mas levou nove anos para ser julgada, ficando paralisada por quatro anos - da apresentação das alegações finais pelas partes até a prolação da sentença – o MPF afirma que a pena aplicada “não apenas desatende ao comando do artigo 59 do Código Penal, como também acarretaria a impunidade das condutas praticados pelos réus, já que eles seriam beneficiados pela prescrição."
Para o Ministério Público Federal, a sentença não corresponde à realidade dos fatos, conforme o próprio Banco Central fez questão de ressaltar no relatório das apurações: “a gravidade das irregularidades ocorridas evidencia-se não só pela natureza das mesmas e magnitude dos valores envolvidos, mas também pela forma ardilosa de sua consecução e pelo fato de envolver várias instituições do Conglomerado, estando disseminada em praticamente todas as agências do Banco Rural e do BR Banco Mercantil”.
Por isso, sustenta que, com uma pena inferior a quatro anos (a Lei 7.492 prevê pena de 3 a 12 anos de prisão), a sentença certamente irá resultar em impunidade.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que o governo está fechando suas contas esta semana para saber que proposta de reajuste poderá apresentar aos servidores. Segundo a ministra, o ano começou com boas perspectivas de recuperação da economia mundial, mas elas não se confirmaram e foi preciso o governo refazer as suas contas.
“Em maio, junho, essa perspectiva ficou meio nublada e isso fez com que o governo tivesse que refazer suas contas. Preferimos então fazer uma análise detida para formular uma proposta responsável aos servidores. Estamos finalizando esta semana as nossas contas para ver o que podemos apresentar aos servidores”, disse após participar do lançamento do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também destacou a situação econômica internacional e disse ter a convicção de que os servidores sob o comando de sua pasta, que estão em greve, têm lideranças que sabem respeitar o direito da população.
O ministro disse ainda que a população não pode ser prejudicada pelo movimento dos servidores. “A população não pode sofrer, não pode pagar essa conta, seria um equívoco, portanto, acho que esse diálogo prossegue e irá desembocar em um momento em que o problema se equacione”, disse.
Miriam Belchior disse que é de “atenção absoluta” a posição do governo no sentido de garantir que os serviços continuem sendo prestados aos cidadãos e lembrou o decreto assinado pela presidenta Dilma Rousseff para garantir a continuidade dos serviços durante as greves. O decreto prevê que ministros que comandam áreas em greve possam diminuir a burocracia para dar agilidade a alguns processos e fechem parcerias com estados e municípios para substituir servidores parados.
Os servidores federais em greve estão dispostos a enfrentar a “intransigência” do governo e vão manter as paralisações. Segundo o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Costa, o movimento atinge 28 órgãos, com 370 mil servidores públicos parados. A greve ganhou a adesão dos agentes da Polícia Federal e dos auditores fiscais agropecuários.
Também estão em greve servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. “Estamos aguardando uma resposta do governo. Até lá, a greve continua”, disse Costa.
Uma reunião entre representantes do governo e das entidades sindicais deve ocorrer na próxima semana. O governo tem até o último dia deste mês para enviar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional. O texto deve conter a previsão de gastos para 2013.
Segundo o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Pedro Delarue, a categoria não vai aceitar a falta de proposta por melhorias salariais do governo federal.
“O governo está irredutível. A alegação principal do governo para a falta de reajuste é a crise internacional. Mas isso não justifica o congelamento de salários desde 2008. O PIB [Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país] tem subido, mas os salários não acompanharam, então há margem para reajuste”, disse Delarue.
De acordo com Delarue, há graus diferentes de paralisação. Para ele, a população está sendo prejudicada pela “intransigência do governo, que não está disposto a negociar”. “Não estamos sendo ouvidos. Só nos resta fazer greve em busca de melhorias salariais.”
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) divulgou comunicado nesta quinta (9) informando que a greve dos professores das universidades federais está mantida na maioria das instituições. De acordo com o comando de greve, até ontem, docentes de 57 universidades haviam decidido em assembleia pela continuidade da greve, que já dura quase três meses, rejeitando a proposta do governo.
A proposta apresentada pelo Ministério do Planejamento prevê reajustes que variam entre 25% e 40% para todos os docentes, aplicados de forma parcelada até 2015. De acordo com o sindicato, que representa a maior parte da categoria, o impasse nas negociações com o governo não foi superado e os reajustes atingem a categoria de forma desigual, “prejudicando os docentes e aprofundando as distorções”.
Até o momento, apenas a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), uma das entidades que representam os docentes das universidades federais, aceitou o acordo com o governo. Duas instituições filiadas ao Proifes já aprovaram o fim da greve, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), além do Instituto Federal de Educação Profissional e Tecnológica do Paraná (IFPR).
O comando nacional de greve do Andes-SN defende no comunicado que “a greve permanece firme e coesa”. De acordo com o texto, “os docentes têm clareza do significado da luta e cobram reabertura de negociações, visando o atendimento da pauta de reivindicações, a qual objetiva o avanço da educação pública”.
O Superior Tribunal de Justiça  decidiu manter o corte da folha de ponto dos trabalhadores grevistas das agências reguladoras. A decisão, do ministro Humberto Martins, é válida para os servidores sindicalizados do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências).
O ministro indeferiu o pedido de liminar em mandado de segurança solicitado pelo sindicato contra o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça
Segundo a decisão do ministro do STJ, o corte de ponto é “lícito (…) em decorrência de movimento grevista”. O magistrado alegou ainda que, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, “não há direito à restituição dos valores descontados pelos dias de paralisação”.
O sindicato alegou “a legitimidade do exercício de greve e da suspensão coletiva do trabalho quando forem frustradas as negociações entre os servidores e os seus dirigentes”, para reverter a decisão do governo. Por esse motivo, consideraram que a determinação do desconto dos dias não trabalhados “viola” o disposto no Artigo 44 da Lei 8.112/90.
Ao indeferir a liminar, o relator determinou que as autoridades sejam notificadas para que prestem informações. Em seguida, o relatório é enviado ao Ministério Público Federal (MPF) para emissão de parecer em 10 dias. Após o prazo, o ministro determinou que os autos retornem para decisão final, quando a sentença provisória pode ser mantida ou alterada.
O Banco PanAmericano, que tem como sócios a Caixa Econômica Federal e o BTG Pactual, registrou prejuízo líquido de R$ 262,5 milhões, no segundo trimestre do ano. A informação foi divulgada na noite de ontem (9) pelo banco. No mesmo período do ano passado, o banco também registrou prejuízo, mas bem menor: R$ 25,5 milhões. No primeiro trimestre, houve lucro líquido de R$ 2,9 milhões.
Segundo o relatório do banco, o resultado negativo no primeiro semestre decorre do “menor volume de créditos cedidos no período, R$ 1,2 bilhão, comparados aos R$ 4,1 bilhões cedidos durante o primeiro semestre de 2011, e à maior despesa de provisão [recursos para cobrir possíveis perdas com inadimplência] para créditos de liquidação duvidosa”.
A carteira total de crédito do banco chegou a R$ 10,757 bilhões ao final do segundo trimestre, 6% acima dos R$ 10,151 bilhões de igual período de 2011. O crédito para pessoas físicas correspondia a 84,9% da carteira, no final do último semestre.
O Índice de Basileia do banco estava em 20,13% em 30 de junho de 2012, comparado a 14,13% em 31 de março de 2012.
A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados para carros novos provocou queda no preço dos veículos usados e retração no mercado. De acordo com a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), o preço dos carros usados tem como referência o valor do veículo novo.
Com o IPI menor para os novos, houve uma desvalorização de 10% a 15% no preço dos usados, conforme a entidade. “Em maio, os estoques estavam lotados de carros comprados por um preço superior. Isso prejudicou os comerciantes, pois tiveram que vender por um valor mais baixo”, explica Ilídio Gonçalves dos Santos, presidente da Fenauto
Cerca de 4,5 mil lojas de seminovos fecharam as portas em todo o país entre março e julho, segundo a Fenauto. De janeiro a maio, a redução nas vendas de usados em São Paulo chegou a 12,1%, na comparação com o mesmo período do ano passado. “Ainda vamos fazer o levantamento de maio a agosto, mas certamente a situação se agravou”, estima Santos.
Além do imposto menor, os revendedores avaliam que a restrição de crédito, provocada pela inadimplência, também contribuiu para a queda nas vendas. “De cada dez fichas para financiamento, cerca de sete são negadas. A exigência dos bancos aumentou”, argumenta.
Para o presidente da Fenauto, ainda não é possível prever os rumos do mercado de usados nos próximos meses. A federação apresentou ao Ministério da Fazenda propostas para impulsionar o setor de seminovos, como a retirada do Imposto sobre Operações de Crédito (IOF) por seis meses e linhas de financiamento para capital de giro.

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