PARA CARDOZO DECISÕES AS
DO SUPREMO VALEM COMO LEI
Em meio à polêmica sobre a decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF) de decretar a perda de mandatos dos parlamentares condenados na
Ação Penal 470, o chamado processo do mensalão, o ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo, disse hoje (18) que as decisões da Corte valem como lei.
“As decisões do Supremo, desde que transitadas em
julgado, diz a Constituição, valem como lei e deverão ser cumpridas,
independentemente da avaliação que as pessoas possam subjetivamente fazer sobre
elas”, disse o ministro após balanço do Plano Estratégico de Fronteiras, feito
esta manhã no gabinete do vice-presidente da República, Michel Temer.
Na segunda (17), o presidente da Câmara dos Deputados,
Marco Maia (PT-RS), classificou de “ingerência” no Parlamento a decisão do
Supremo sobre a perda imediata de mandato dos deputados João Paulo Cunha
(PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT), condenados no
processo.
Para o petista, a decisão do STF fere a Constituição. No
entanto, ponderou que, até a publicação do acórdão, há tempo para uma solução.
“A decisão tomada pelo STF, na minha avaliação, contraria o que diz a Constituição
e tira uma prerrogativa da Câmara. Como a medida tomada não é imediata, há um
período ainda de recursos e debates sobre o tema. Neste período, poderá haver
mudanças de opinião e no posicionamento de alguns ministros do Supremo”, disse
Maia ontem.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defende
que até a publicação do acórdão também haverá um consenso sobre o destino dos
deputados condenados.
OAB COBRA RESPEITO À
DECISÃO
DO SUPREMO SOBRE O MENSALÃO
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
Ophir Cavalcante, defendeu segunda-feira (17), por meio de nota, o cumprimento da
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a perda de mandato de
parlamentares condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Para
Cavalcante, mesmo que polêmica, a decisão do Supremo é a palavra final sobre o
assunto.
“Ainda que se possa discordar da decisão, e devemos
lembrar que o placar foi por 5 votos a 4, não é dado a nenhum Poder e a nenhum
cidadão descumprir a própria Constituição Federal, que confere ao Supremo a
autoridade para interpretá-la”, afirmou Ophir. A decisão do STF implicará na
perda de mandato dos deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e
Valdemar Costa Neto (PR-SP), quando o processo for concluído, o que deve
ocorrer apenas após o julgamento dos recursos.
Ophir acredita que essa “não foi a primeira, nem será a
última vez que o STF procederá dessa forma", pois a Constituição de 1988 é
relativamente recente e vem sendo interpretada a partir de fatos e situações
que não eram cogitados antigamente.
CAXIAS PODERÁ UTILIZAR O
ATERRO DE BELFORD ROXO
O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciou
hoje (17) que poderá conceder uma autorização emergencial à prefeitura de Duque
de Caxias, na Baixada Fluminense, para o transporte do lixo doméstico do
município, acumulado há mais de dois meses nas ruas da cidade, para o Aterro
Sanitário de Belford Roxo, na mesma região. Nesta quarta (18) técnicos do
Instituto Estadual do Ambiente (Inea) avaliaram se o trajeto proposto para a
passagem dos caminhões é viável em termos de impacto para a população.
Na manhã de segunda-feira, o prefeito José Camilo Zito,
anunciou que pode decretar situação de emergência sanitária no município, caso
o Inea não atenda às suas solicitações. Entre os pedidos estão a extensão do
prazo para a utilização do transbordo - local de armazenamento do lixo antes de
ser transportado para o aterro sanitário - que termina no próximo dia 20, e a
autorização para depositar parte dos detritos nos aterros sanitários de Belford
Roxo e Magé, na região metropolitana do Rio.
"Se o Inea não acatar o apelo, a prefeitura vai
decretar uma situação de emergência sanitária, porque não teremos condições de
limpar o município levando o lixo coletado pelos veículos de coleta até
Seropédica", disse.
O secretário rebateu as alegações feitas pelo prefeito
sobre a crise do lixo. Segundo Minc, as prefeituras que usavam o antigo aterro
controlado de Gramacho foram alertadas em setembro de 2011 sobre o seu
fechamento em abril deste ano. "Na verdade, o aterro só parou de receber
resíduos no início de junho, dois meses depois. Além disso, a prefeitura do Rio
pagou pelo transporte para o município de Seropédica [aterro para onde seriam
originalmente destinados os resíduos de de Duque de Caxias] durante cinco
meses", declarou.
ALEXANDRE DEFENDE A ÉTICA E O
RESPEITO AO VOTO DO ELEITOR
Em seu discurso logo depois de receber das mãos do
prefeito José Camilo Zito o diploma de prefeito da segunda mais rica cidade do Estado
do Rio, o prefeito Alexandre Cardoso, que toma posse próximo dia 1º, pregou a
necessidade de mudanças no comportamento da classe política, com a prevalência
da Ética e do respeito ao voto do eleitor. Para o novo prefeito, a Saúde, a
Educação, o Saneamento Básico e a melhoria do padrão de vida de mais de um
milhão de moradores de Duque de Caxias devem ser prioridade absoluta tanto para
o prefeito, quando para a Câmara de Vereadores, que, na sua totalidade, também
representa a vontade do eleitor.
O futuro prefeito lembrou aos 29 vereadores, diplomados
na mesma cerimônia, que o Legislativo tem um papel fundamental na discussão de
políticas públicas que venham ao encontro da ansiedade da população. Para o
prefeito que assume o cargo dia 1º, é preciso resgatar o papel do vereador,
como intermediário das reivindicações da população, que devem chegar até o
gestor municipal. Para Alexandre Cardoso, o trabalho realizado pelos vereadores
não vem sendo avaliado adequadamente pela população, uma vez que é comum creditar
apenas ao prefeito o que de bom, ou ruim, que acontece na cidade.
Desde que foram proclamados os resultados das últimas
eleições, Alexandre Cardoso vem repetindo que irá governar com os 29
integrantes da nova Câmara, com respeito mútuo e solidariedade no
encaminhamento de soluções para os problemas enfrentados diariamente pela
população, como a precariedade da rede municipal de ensino, quadro que se
repete em outras áreas, como a saúde e o meio ambiente.
RÀPIDAS
• Ao abrir a solenidade
de diplomação dos eleitos nas eleições municipais, a Juiza a 128ª Zona
Eleitoral, a Dra. Vera Maria Andrade Lage, responsável pelo registro e
diplomação dos eleitos, fez uma oportuna advertência aos novos representantes
do povo no Legislativo e no Executivo municipal.
• “Nesta solenidade,
passo a entregar aos eleitos o documento oficial que reconhece a validade de
sua eleição em Duque de Caxias, onde com muita honra, sou cidadã honorária. Os
senhores não estão recebendo uma carta em branco. O diploma é um voto de
confiança que deve ser usado em prol do povo que os elegeu”
• A seguir ela fez
questão de ressaltar a imensa responsabilidade que os eleitos estavam assumindo
não só perante seus familiares, mas, principalmente, perante os cidadãos de
Duque de Caxias, pois toso esperam e confiam que doravante vereadores e
prefeito estarão cuidando da cidade, preocupando-se com a melhoria nas áreas de
educação, da saúde, da segurança e do seu desenvolvimento, como forma de
garantir ao cidadão de Duque de Caxias dignidade na criação de sua família.
• E ainda fez uma
advertência: “Não se esqueçam que foram eleitos pelo povo para representá-los,
para cumprir o que prometeram. Atentem para o fato de que o status, o poder e a
estabilidade financeira que acompanham o cargo que passarão a ocupar são
passageiros enquanto que o local onde moram, seus amigos e sua família são
duradouros”.
• Com muita
propriedade, a Juíza Vera Maria Andrade Lage recomendou: “Exerçam suas
atribuições com o objetivo de melhorar a vida do povo que os elegeu. Boa sorte
nesta nova empreitada e contem com a Justiça sempre que dela necessitarem. Que
Deus os conduza em todas as suas decisões e que permita que os senhores dêem a
este povo tão sofrido, a ESPERANÇA
• A Dra. Vera Andrade
Lage abriu a solenidade de diplomação dos eleitos agradecendo a todo os
funcionários da 128ª Zona Eleitoral pela dedicação e eficiência com que
trabalharam para que as eleições corressem tranqüilas até a diplomação, última
etapa da campanha eleitoral a cargo da Justiça.
• A convite da Dra. Vera
Andrade Lage, coube ao prefeito Zito entregar o diploma ao seu sucessor,
Alexandre Cardoso. Segundo a juíza da 12ª Eleitora, o gesto do atual prefeito
participar da cerimônia de diplomação do seu sucessor representa uma prova de que
vivemos numa democracia, em que é garantido a todos o direito de opinião,
mantidos o devido respeito ao adversário ou opositor.
• Na mesa que comandou a cerimônia, montada no palco do
Teatro do SESI/Caxias, a Dra. Vera Andrade Lage tinha a companhia do prefeito
Zito, de Alexandre Cardoso e seu vice, Laury Villar, representantes do
Ministério Publico, além dos deputados estaduais Dica, Geraldo Moreira,
Samuquinha, o federal Áureo Ilio.
• Coube ao vereador
Eduardo Moreira, o mais votado das últimas eleições, discursar em nome dos seus
colegas de legislativo. Em discurso curto, mas com muita emoção, Eduardo
Moreira, que é candidato à presidência da Câmara, fez questão de ressaltar a importância
do apoio da família a todso os eleitos, pois a carreira política, feita de
altos e baixos, precisa de permanente apoio da família de quem se aventura
nesse perigoso terreno, onde a palavra respeito é comumente substituída pela
palavra traição.
• O secretário
executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse nesta
terça-feira (18) que, desde o início das operações, em novembro, para
investigar as recentes quedas de energia no país, 22 subestações já foram
visitadas pelos técnicos da área energética. De acordo com o secretário, das
cerca de 300 subestações existentes, 40 consideradas prioritárias deverão ser
checadas até janeiro.
• O último apagão
registrado no país ocorreu no sábado atingindo 12 estados das regiões Sudeste,
Centro-Oeste e Norte. Ontem (17), o diretor-geral do Operador Nacional do
Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse que a interrupção foi um problema
pontual e descartou a possibilidade de racionamento de energia no país em 2013.
• A Justiça Federal em
São Paulo negou segunda-feira (17) pedido de prisão preventiva da ex-chefe de
gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha,
acusada de participar do esquema criminoso infiltrado em órgãos públicos federais
que vendia e manipulava pareceres. A juíza
federal substituta, Adriana Freisleben de Zanetti, entendeu que seria
mais adequada a aplicação de medidas cautelares alternativas, como o
comparecimento periódico em juízo.
• “Visando à equidade
com os demais investigados, denunciados pelos mesmos crimes, determino a
aplicação de medidas cautelares alternativas previstas no Artigo 319 do Código
de Processo Penal, em substituição à decretação de sua prisão preventiva, por
entender adequadas e suficientes à garantia da ordem pública, à instrução e à
aplicação da lei penal”, disse a juíza na decisão. A prisão de Rosemary havia
sido solicitada Ministério Público Federal (MPF).
• Na decisão, a juíza
também manifestou entendimento de que os funcionários públicos denunciados pelo
MPF na Operação Porto Seguro terão direito a defesa prévia. Adriana determinou
que o apartamento da Alameda Lorena, em São Paulo, e dois carros (um Land Rover
Defender e uma Pajero) de Paulo Vieira, acusado de chefiar o esquema criminoso,
devem ser apreendidos e cedidos à Polícia Federal.
• O MPF em São Paulo
denunciou na última sexta-feira (14) à Justiça Federal 24 pessoas envolvidas no
esquema criminoso infiltrado em órgãos federais e agências reguladoras para
elaborar pareceres técnicos fraudulentos e favorecer interesses privados,
investigado pela Operação Porto Seguro. Entre os crimes praticados pelo grupo
estão formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico de
influência, falsidade ideológica e falsificação de documento particular
• Foram denunciados por
formação de quadrilha a ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São
Paulo, Rosemary Noronha; o ex-diretor de Hidrologia da Agência Nacional de
Águas (ANA), Paulo Rodrigues Vieira, e seus dois irmãos, o então diretor da
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Rubens Carlos Vieira, e o empresário
Marcelo Rodrigues Vieira. Também foram denunciados pelo mesmo crime os
advogados Marco Antonio Martorelli e Patrícia Santos Maciel de Oliveira.
• De acordo com a a
procuradora da República Suzana Fairbanks, que coordenou a investigação do caso
no Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo, o ex-diretor de Hidrologia da
Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Rodrigues Vieira – um dos participantes
do núcleo principal da quadrilha – manifestou por meio de seu advogado, que
está disposto a recorrer à delação premiada para ter sua pena reduzida, em caso
de condenação.
• De acordo com o MPF,
o então adjunto da Advocacia-Geral da União, José Weber Holanda Alves, também
atuou em prol da quadrilha: foi o responsável por uma reanálise jurídica de um
caso de interesse do grupo de Paulo Vieira relacionado às ilhas de Cabras e de
Bagres. “Desde fevereiro de 2012, manteve reiterados contados, por troca de
e-mails e telefonemas, com Paulo Vieira e outros investigados, acerca de
processo administrativo (...) tendo pleno conhecimento que este visava a
atender aos interesses particulares do empresário Gilberto Miranda Batista”,
diz a denúncia. Weber foi denunciado por corrupção passiva e Gilberto Miranda,
por corrupção ativa.
• O presidente da
Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), classificou hoje (17) como uma
“ingerência” no Parlamento a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a
perda imediata de mandato dos deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar
Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT), condenados no julgamento da Ação
Penal 470, processo do mensalão.
• Para o petista, a
decisão de hoje do STF fere a Constituição. No entanto, ponderou que, até a
publicação do acórdão, há tempo para discutir o assunto para uma solução. “A
decisão tomada pelo STF, na minha avaliação, contraria o que diz a Constituição
e tira uma prerrogativa da Câmara. Como a medida tomada não é imediata, há um período
ainda de recursos e debates sobre o tema. Neste período, poderá haver mudanças
de opinião e no posicionamento de alguns ministros do Supremo”, disse Maia.
• Como reação à
decisão, o presidente da Câmara lembrou que há em tramitação na Casa uma série
de matérias que diminuem as prerrogativas dos ministros do STF. “Tem uma lista
de projetos que estão tramitando há algum tempo sobre prerrogativas do STF. Não
tenha dúvida de que nessa linha [da decisão pela cassação imediata] que as
propostas andarão aqui com mais rapidez”, declarou.
• “O ideal é que o STF
não se envolvesse tanto e não tentasse limitar as prerrogativas do Parlamento.
Essa é uma ingerência, na minha avaliação, indevida e que não dialoga com o bom
entendimento entre os Poderes”, completou. Entre as matérias que limitam a
atuação do SFT, está a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33 de 2011. Ela
prevê que certas decisões da Corte sejam validadas pelo Congresso antes de
entrar em vigor.
• O presidente da
Câmara disse ainda que vai consultar a Advocacia-Geral da União sobre o
assunto. “Já havia encaminhado à AGU e tive uma conversa com o ministro [Luís
Inácio] Adams no sentido de que preparasse os estudos para que, se a Câmara
fosse chamada ou se houvesse a tentativa de usurpar algum tipo de sua
prerrogativa no processo da Ação Penal 470, que a pudesse entrar no processo.
Como essa decisão ocorreu, a Câmara certamente vai entrar no debate sobre suas
prerrogativas com o STF”, disse Maia.
• Como a perda dos
mandatos depende da publicação do acórdão, o posicionamento da Câmara será
tomado pela próxima composição da Mesa Diretora, que será eleita em fevereiro,
no retorno das atividades de 2013.
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