quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

BAIXADA URGENTE

JUSTIÇA DECRETA A PRISÃO DO PREFEITO
ZITO POR DESVIO DE VERBAS NA SAÚDE

A Polícia Federal cumpriu nesta quinta-feira (20) quatro mandados de prisão e dez de busca e apreensão no Rio e em mais quatro municípios fluminenses, inclusive Duque de Caxias e Petrópolis. O objetivo da operação é coibir irregularidades na gestão do sistema de saúde no Estado do Rio.
Os mandados foram expedidos a pedido do Ministério Público Federal, pela 1ª Vara Federal de Duque de Caxias. No município, os agentes federais estiveram pela manhã na casa do prefeito, no bairro Dr. Laureano. Como Zito, que deveria ser preso, não estava em casa, os policiais arrombaram o portão e pediram apoio do Corpo de Bombeiros para dominar os dois cães que guardam a residência mais famosa da região. Depois de vasculharem todos os cômodos da casa, em que foram acompanhados pelo caseiro do prefeito, os policiais saíram carregando documentos. Os policiais também arrecadaram documentos e objetos no Hospital Moacyr do Carmo e em diversos Postos de Saúde da rede municipal.
A ação da PF foi decorrente de uma Ação de Improbidade movida pelo Ministério Público Federal contra o prefeito Zito, com base num inquérito que investigou denúncias de irregularidades nas licitações para a contratação de serviços e compras pelo Hospital Municipal Moacyr do Carmo, inclusive de medicamentos e alimentação para dos pacientes. As denúncias de má gestão por parte da Secretaria de Saúde do município já vem de longe, incluindo a falta de médicos e material.
Há poucos dias, Zito deu entrevista para explicar porque desde agosto a Prefeitura não repassa às instituições financeiras o valor das prestações descontadas dos servidores que pediram empréstimo consignado. Zito justificou que os cerca de R$ 3 milhões que o município devia à Caxias e outros bancos foram utilizados para manter em funcionamento o hospital Moacyr do Carmo, em face do atraso no repasse das verbas do SUS por parte da Secretaria de Saúde do Estado. A denúncia do prefeito foi imediatamente contestada pelo Secretário estadual de Saúde Sérgio Cortes, informando que apenas um contrato fora suspenso por não ter o município cumprindo cláusulas do referido contato.
Os outros municípios onde os mandados foram  cumpridos foram Areal, Petrópolis e São José do Vale do Rio Preto, na região serrana do estado.

JOQUIM BARBOSA DIZ QUE CÃMARA
NÃO PODE REVER DECISÃO DO STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator da Ação Penal 470, ministro Joaquim Barbosa, disse nesta quarta (20) que o presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Marco Maia (PT-RS), não tem o poder de mudar as consequências das decisões tomadas pelo Supremo no processo do mensalão.
Marco Maia tem dito em entrevistas que o STF não pode interferir na questão do mandato dos parlamentares condenados na ação - João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) - e tem visto a execução antecipada das sentenças com ressalvas. Perguntado sobre a hipótese de abrigar os condenados na Casa Legislativa, caso as prisões sejam decretadas por Barbosa, Marco Maia não descartou a possibilidade e argumentou que os parlamentares só podem ser presos em flagrante delito ou depois de condenação transitada em julgado, como prevê a Constituição.
“Acredito que o deputado Marco Maia não será a autoridade do Poder Legislativo que terá a incumbência de dar cumprimento à decisão. Portanto, o que ele diz hoje não terá nenhuma repercussão no futuro ou no momento adequado de execução das penas decididas pelo plenário [do Supremo]”, disse Barbosa, em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira.
"A proposição de medidas dessa natureza, de acolher condenados pela Justiça nas Casas do Congresso, é violação das mais graves à Constituição brasileira", acrescentou. A Procuradoria-Geral da República apresentou quinta-feira (19) pedido ao Supremo para a prisão imediata dos condenados. Barbosa deve decidir nesta sexta (21) sobre a solicitação.
O ministro ainda negou que o STF esteja cometendo ingerências no Poder Legislativo, alegando que as condenações do mensalão são conseqüências de crimes praticados por figuras públicas, e criticou os entendimentos contrários. “É falta de compreensão do nosso sistema político constitucional, falta de leitura, de conhecimento, do próprio país, da Constituição, não compreender o funcionamento regular das instituições. Tudo o que ocorreu aqui nesta semana são fenômenos normais regulares em um sistema de governo como o nosso”.
Barbosa comentou sobre as declarações de Maia, que vinculou a nomeação ou cassação de ministros do STF à decisão do Parlamento. “Vivemos em democracia em que não há lugar para qualquer tipo de ameaças. Trata-se de desconhecimento puro das instituições políticas brasileiras. Não é o Parlamento quem nomeia ministro do STF. Quem nomeia é o presidente da República, que ouve o Senado [que sabatina o indicado ao cargo]”. Sobre possíveis processos de cassação contra ministros da Corte, Barbosa afirmou que o simples fato de o STF cumprir sua função, julgando processos criminais, não abre espaço para isso. “Há um erro grosseiro de análise das instituições brasileiras”, concluiu.

RJ DECIDE TAXAR O  PETRÓLEO
PARA COMPENSAR OS ROYALTIES

O Estado do Rio poderá instituir taxa no valor de quatro Ufir-RJ (cerca de R$ 9), incidente sobre o barril de petróleo, que poderá render ao estado do Rio R$ 6,9 bilhões por ano. Esses são os cálculos do autor do projeto 1.877/12, deputado André Ceciliano (PT), aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) nesta quarta-feira. O parlamentar petista admitiu que a regra pode ser uma alternativa caso o Congresso derrube o veto ao projeto que muda as regras de distribuição dos royalties e participações especiais, e explicou o conceito da novidade. “É uma taxa que visa a fiscalizar a produção. É a única forma do Estado do Rio de Janeiro taxar esta atividade, já que não temos direito a  ICMS do petróleo aqui produzido. Ela vem garantir uma receita de cerca de R$ 7 bilhões para o estado no ano de 2013”, contabiliza, lembrando que a receita do estado com royalties é de cerca de R$ 3,4 bilhões/ano. A taxa incidirá também sobre a unidade de gás extraído.
Ceciliano explicou que a Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Petróleo e Gás (TFPG) tem o sentido de regular o poder de polícia conferido ao Estado sobre as atividades citadas, e será exercido pela secretaria de Estado de Ambiente. Segundo ele, iniciativas foram implementadas com sucesso nos estados de Minas Gerais e do Pará “Onde a maior mineradora questionou judicialmente a constitucionalidade da taxa e perdeu essa contestação”, ressalta, fazendo menção à Vale do Rio Doce.
O projeto foi aprovado com uma emenda que traz as regras de distribuição dos recursos entre o Estado e os municípios. Assinada conjuntamente por Ceciliano e pelos deputados Luiz Paulo (PSDB) e Clarissa Garotinho (PR), ela define que, do total, 25% serão destinados aos municípios. Deste montante, 70% será destinado aos municípios produtores e 30% será dividido entre todos, obedecendo o índice de participação dos municípios utilizado no ICMS. O fato gerador da taxa será o momento da venda ou da transferência entre estabelecimentos pertencentes ao mesmo titular do petróleo ou gás extraído. O governador Sérgio Cabral terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar o texto.

EMRESA UTILIZA O SAGUÃO DA
PREFEITURA PARA VENDER CAFÉ

Quem foi à Secretaria de Fazenda de Duque de Caxias, antes da blitz da Policia Federal desta quarta-feira, ficou surpreso ao ver, no meio do saguão do segundo andar do prédio da Praça Roberto Silveira, uma moderna máquina de fazer cafezinho. Enganou-se quem pensou que seria uma cortesia para os contribuintes que esperam por atendimento. Na verdade o espaço publico foi alienado pelo Governo em favor de uma empresa, sem a devida licitação. Duque de Caxias, às vésperas de seu aniversário, parece uma grande feira, onde tudo se vende e, para os seus moradoras, só restam o lixo e os buracos nas ruas da cidade, o que agrava o trânsito já caótico de uma cidade que cresceu sem planejamento urbano.


RÁPIDAS

  Alexandre Cardoso, que toma posse dia 1º, já escolheu o Secretário Municipal de Segurança Publica, que irá viabilizar a contratação dos PMs de folga para reforçar o policiamento ostensivo em Duque de Caxias. Será o Coronel Mario Sérgio de Brito Duarte, ex-comandante geral da Polícia Militar do Estado do Rio.
  O Coronel Mário Sérgio comandou a Academia de Polícia Militar, o 22º Batalhão da Polícia Militar (o "Batalhão da Maré") e o BOPE. Bacharel em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, ele caracteriza como um "conflito urbano armado de baixa intensidade" na cidade do Rio de Janeiro, os combates cotidianos travados entre os agentes da lei e as quadrilhas de bandidos das diversas facções que disputam áreas de influência na cidade.
  Como estudioso da violência urbana,  ele defende a retomada definitiva dos espaços onde o poder público vê ameaçada sua soberania pelas "facções" criminosas que dominam áreas geográficas e comunidades, através de uma estrutura de coerção despótica e assassina, assente no poder de fogo das armas de guerra que dispõem.
  Em entrevistas e palestras, o militar também faz críticas às ONGs que desqualificam o trabalho policial contra o narcotráfico, ancoradas num discurso subliminar marxista que credita às forças do estado o papel de "superestrutura de poder", agindo contra as bases proletárias da população.
  Em setembro de 2011 ele foi exonerado, a pedido, do cargo de Comandante geral da PM do Rio de Janeiro enquanto gozava de licença medica, logo após a prisão do Tenente-Coronel PM Cláudio Oliveira - então comandante do 12º BPM (Niterói) acusado de ser o mandante o assassinato da Juíza Patricia Acioli, crime que teria sido executado por policiais militares do 12º BPM.
  Em carta o coronel Mário Sérgio alegou que a decisão de nomear Cláudio Oliveira como comandante de batalhão não poderia ser atribuída a outra pessoa, se não ele. Reconhecendo o desgaste que sua permanência geraria na corporação, pediu exoneração do cargo, pedido aceito pelo Secretário de segurança, que lamentou a perda, para a PMRJ, de um oficial com a sua experiência e qualificação
  O clima nas diversas repartições da prefeitura era de muita apreensão na manhã desta quarta-feira, com a chegada a Polícia Federal à sede da Secretaria de Fazenda, no segundo andar da antiga prefeitura, na Praça Roberto Silveira. Uma viatura da PF foi colocada no meio da praça, para receber o material apreendido na Secretaria de Fazenda, em especial os relativos aos pagamentos de processos envolvendo verbas do SUS.,
Principal objetivo da aça da Polícia Federal.
  O mesmo clima foi observado no Hospital Municipal Moacyr do Carmo, objeto de uma investigação comandada pelo Ministério Público Federal, já que as verbas do SUS saem do Tesouro Nacional.
  Assim, a presença de Zito na diplomação do seu sucessor, o ex-deputado federal Alexandre Cardoso, poderá ser a última aparição em público do prefeito da segunda cidade do Estado do Rio, já que seu mandato expira no próximo dia 31, exatamente na data em que o município completará 69 anos de sua emancipação do vizinho município de Nova Iguaçu
  A Assembleia Legislativa aprovou nesta quinta-feira (20), em discussão única, o projeto de lei da Comissão de Orçamento, Fiscalização Financeira e Controle da Casa que fixa o salário do governador do Estado e, assim, eleva o teto do Poder Executivo, beneficiando integrantes de carreiras como coronéis da Polícia Militar e delegados.
  Inicialmente estipulado, pela comissão, em R$ 19,3 mil, o salário para 2013 foi aprovado em plenário com o valor de R$ 20,6 mil, introduzido no texto por emenda do deputado Luiz Martins (PDT), adaptada posteriormente em substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O parlamentar defendeu o acréscimo como um investimento na valorização das carreiras de Estado.
   “Essa alteração beneficia auditores fiscais, coronéis, delegados de polícia e outras carreiras que mereciam esta valorização”, afirmou o deputado, que comentou ter se inspirado nos engenheiros ao propor o aumento do teto em relação ao projeto original e destacou o efeito do aumento sobre carreiras desvalorizadas.
   “Ao oferecermos este aumento, estamos combatendo a evasão existente em carreiras importantes, como na de auditores fiscais”, acrescentou, explicando que o valor acordado é o mesmo teto do Poder Executivo em São Paulo. Os secretários e o vice-governador terão seus salários reajustados dos atuais R$ 16,4 mil para R$ 17,4mil. O texto será enviado à sanção do governador.
  O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, disse nesta quarta (20) em entrevista coletiva que a execução imediata das sentenças da Ação Penal 470, o processo do mensalão, não pode ser comparada com a tradição de julgamentos anteriores da Corte. Até hoje, o STF tem entendido que as prisões só podem ser decretadas quando não há mais possibilidade de recurso. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, reforçou na terça (19) pedido para prisão imediata dos condenados, que será julgado nesta sexta-feira (21) por Barbosa.
  Segundo o presidente, o STF sempre analisou pedidos de prisão em processos que corriam em outras instâncias, e não no próprio STF. “É a primeira vez que o STF tem que se debruçar em pedido de execução de pena decretado por ele mesmo, o STF, porque acima não há qualquer Tribunal”, explicou o ministro, descartando a vinculação automática a decisões anteriores do Supremo.
  O fato de o STF ser a última instância de julgamento é o principal argumento usado por Gurgel para justificar a execução imediata das sentenças do mensalão. O procurador-geral apresentou a questão na defesa oral em agosto, no início do processo, e reforçou o pedido nesta terça por meio de nova petição. Como o STF já está de recesso de fim de ano, a questão será julgada individualmente por Barbosa.
  Perguntado se a prisão preventiva pode ser justificada pelo risco de fuga dos réus, Barbosa disse não vislumbrar algo que possa atrapalhar o andamento da ação penal. “Com o recolhimento dos passaportes acho que diminuiu significativamente”. O ministro ainda lembrou que o pedido de prisão preventiva já foi formulado pelo Ministério Público no início do processo, o que foi negado por ele, mas que agora “o momento é outro”.
  Como ministro plantonista, Barbosa pode decidir sobre o pedido do Ministério Público de várias formas: rejeitando o pedido do procurador-geral, adiando para análise do plenário em fevereiro, acatando parcialmente ou totalmente. “Nós exercemos essa função correndo todos os riscos. Ministros de Suprema Corte têm que exercer seu trabalho com total responsabilidade. Devem sopesar efeitos e responsabilidades de suas decisões. E cada um assume o risco que acha necessário
  Em petições protocoladas nesta semana, advogados dos condenados alegam que a questão não é urgente e pode esperar a volta do plenário em fevereiro. Também argumentam que a decisão não pode ser executada enquanto todos os recursos não forem apreciados, porque em tese, ainda há chance de alteração no resultado do julgamento.
  Os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e líderes partidários decidiram adiar para o ano que vem a  votação dos 3.060 vetos presidenciais prevista para esta quarta (19).
A informação foi dada por Maia após reunião realizada no gabinete de Sarney. Ele afirmou que uma nova sessão do Congresso Nacional para apreciação dos vetos foi marcada para 5 de fevereiro, três dias depois do fim do recesso do Legislativo.
  Maia disse que o objetivo da decisão foi cumprir determinação do Judiciário. Ao analisar mandado de segurança do deputado Alessandro Molon (PT-RJ), o ministro Luiz Fux decidiu que o veto presidencial a um artigo da Lei dos Royalties do petróleo só poderia ser apreciado depois que o Congresso votasse em ordem cronológica todos os 3.060 dispositivos vetados que estão na fila.
  O veto da presidente Dilma Rousseff atendeu à reivindicação dos principais estados produtores de petróleo, como Rio de Janeiro e Espírito Santo. O artigo vetado reduzia a parcela de royalties a que os estados produtores têm direito em decorrência dos contratos em vigor e ampliava a dos estados não produtores.
  Às vésperas do Natal, empregados da empresa Condor Consultoria e Administração, que fazem serviço de limpeza ao Ministério da Fazenda, decidem cruzar os braços e protestar com cartazes e faixas pelo não pagamento do tíquete-alimentação, do vale-transporte e do décimo terceiro salário.
  Banheiros e demais dependências do prédio deixaram de ser limpos, enquanto os manifestantes aguardam uma solução em frente ao edifício-sede do ministério. Participam do protesto cerca de 250 funcionários. Esta quarta-feira (20) foi o último dia para o pagamento do décimo terceiro salário.
  Os empregados reclamam também que o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o INSS não têm sido depositados pela empresa como manda a lei. Eles dizem que muitos têm férias vencidas há mais de dois anos. Para evitar sanções da fiscalização do Ministério do Trabalho, segundo os empregados, a firma manda assinar os avisos de férias sem colocar a data.
  Os responsáveis pela firma não foram localizados. Ao ligar para o telefone fornecido pelos empregados ouve-se uma mensagem informando que o número não existe. Ontem, um grupo de empregados foi até a sede da empresa, na cidade-satélite do Núcleo Bandeirante, que fica a aproximadamente 20 quilômetros da Esplanada dos Ministérios, e encontrou o escritório fechado.
  O fiscal do contrato, funcionário do Ministério da Fazenda, Magno David, informou que todas as providências estão sendo tomadas. O superintendente de Administração do ministério no Distrito Federal, Walter Disney, disse que serão adotadas as medidas legais contra a empresa.
  Outro funcionário do ministério, que não quis se identificar, forneceu cinco números de telefones celulares dos representantes da Condor, mas, em todas as tentativas, a ligação é enviada para uma caixa postal ou a mensagem é “telefone desligado ou fora da área de serviço”. Enquanto a situação não for resolvida, os empregados continuam com as atividades paralisadas.
  O Ministério Público Eleitoral propôs Ação de Investigação Judicial Eleitoral por Abuso de Poder Político e Econômico em face do Prefeito reeleito de Japeri, Ivaldo Barbosa dos Santos, conhecido como Timor; o Vereador e vice na chapa, Oswaldo Henrique de Almeida Gonçalves; Cláudio Vieira e Seny Pereira Vilela Junior (atualmente presos); e Carlos Alberto Ferreira da Silva
  O MP requereu a cassação dos registros e dos diplomas dos dois primeiros investigados e a declaração de inelegibilidade pelo prazo de oito anos. A Ação foi subscrita pela Promotoria que atua junto à 139ª Zona Eleitoral.
  De acordo com a ação, o prefeito utilizou-se da máquina pública, com o apoio da Secretaria de Educação de Japeri, na distribuição de kits escolares com propaganda institucional da Prefeitura. O material era novo e, pelas características da agenda distribuída, deveria ser entregue no início do ano letivo de 2013 e não em agosto, três meses antes do encerramento do ano letivo.
  As capas dos cadernos eram ilustradas com fotos de novas salas de aula, fachadas de escola e parque recreativo recentemente construídos ou reformados. Ainda de acordo com a ação, as mensagens demonstram a promoção do trabalho administrativo do Prefeito, contribuindo para desequilibrar o pleito. A ação narra ainda o fato de não poder descartar o impacto e a influência causados na família dos alunos. Além disso, o material foi entregue também a alunos do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), pessoas já votantes.
  No ano eleitoral, o Prefeito também determinou a contratação de diversas pessoas para postos de trabalho temporários, que, segundo informações contidas em denúncias, atuariam como cabos eleitorais. A investigação pretende demonstrar a excessiva contratação de pessoal em ano eleitoral, em total divergência do que ocorreu nos anos anteriores, o que configura abuso de poder político
  O MP Eleitoral colheu depoimentos e provas de que o Prefeito também aliciou pessoas pertencentes à base eleitoral de outro candidato, visando a migração para a dele em troca de dinheiro. Para isso, foi auxiliado por Cláudio Vieira e Seny Pereira.
  Já o investigado Carlos Alberto atuava como cabo eleitoral e teve R$ 2.740 em dinheiro apreendidos pela Polícia Militar no dia da eleição. Ele fazia ostensiva propaganda dos dois primeiros investigados no Colégio Duque de Caxias, que fica na Avenida dos Alpes, onde funcionavam as seções eleitorais 100ª, 101ª, 102ª, 103ª, 171ª, 188ª, 197ª e 202ª. Tais práticas configuram abuso de poder econômico.

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