DILMA CAI NAS PESQUISAS E
ASSUSTA O GOVERNO E O PT
A pesquisa Datafolha, publicada neste sábado (29) pelo jornal Folha de S. Paulo, em que a avaliação do governo Dilma Rousseff caiu 27 pontos percentuais em consequência das manifestações de rua, acendeu o alerta vermelho no Partido dos Trabalhadores e em diversos setores do governo, que veem no horizonte como trágica a perspectiva da presidente enfrentar a ex senadora Marina Silva num possível segundo turno em 2014. Como o projeto de poder do PT prevê que o partido deveria comandar o País por pelo menos 24 anos, a possibilidade da ex petista derrotar Dilma Rousseff no segundo turno é assustadora.
O levantamento do Datafolha ouviu 4.717 pessoas em 196
municípios e tem margem de erro de dois pontos.
Por isso, figuras de destaque do Partido dos
Trabalhadores como Rui Falcão, João Paulo Cunha e Ricardo Berzoine, passaram a
articular um movimento pela candidatura do ex-presidente Lula, que, se eleito,
teria a chance de nova reeleição em 2018, garantindo a permanência do PT no
comando do País por mais oito anos.
Até o ex-ministro José Dirceu, pivô do “Mensalão”, saiu
dos seus cuidados para recomendar que Dilma ouça mais o partido e os movimentos
sociais (chapa branca) como forma de reconquistar a confiança do eleitor, que
anda assustado com a escalada da inflação e a multiplicação de denúncias, não
devidamente investigadas, de novos casos de corrupção, como é o caso da ex
chefe da Casa Civil em São Paulo, Rosemary Noronha, presença quase obrigatória
na comitiva do ex-presidente Lula ao exterior. Na semana passada, o governo
proibiu a divulgação dos dados sobe o uso do cartão corporativo usado por
Rosemary Noronha, sob o pretexto de que esses gastos deveriam ser mantidos em
sigilo por pelo menos 5 anos, por ser uma “questão de Estado”.
TRANSPORTES E PREÇOS DA COMIDA
REPROVADOS PELOS ESTRANGEIROS
Pesquisa feita com turistas estrangeiros sobre a Copa das Confederações mostra que a qualidade do transporte público, o preço da alimentação nos estádios e o atendimento no idioma estrangeiro estão entre os itens que tiveram avaliação negativa nas cidades-sede dos jogos. Bem avaliados estão serviços como o de táxi, a limpeza e a segurança pública, os restaurantes, o conforto dos estádios e o preço do transporte público.
A pesquisa divulgada pelo Ministério do Turismo traz
dados de 2 mil entrevistas feitas em estádios com brasileiros e estrangeiros e
106 entrevistas em aeroportos apenas com estrangeiros. Os dados são parciais e,
quando finalizada, a pesquisa terá 14 mil entrevistas.
O ministro do Turismo, Gastão Vieira, acrescentou que
houve avaliação negativa também de serviços prestados dentro dos estádios.
“Surpreende a avaliação positiva dos restaurantes, preço dos táxis. Agora, é
negativa no que se passa dentro dos estádios. As pessoas acham que a comida é
cara e ruim e o preço das bebidas é alto. Há reclamações desses serviços que as
arenas estão oferecendo”, disse.
A Copa das Confederações foi o motivo que trouxe ao
Brasil 70% dos estrangeiros que estão no país no período dos jogos. O tempo
médio de permanência deles é 14 dias. A estimativa é que o público total de
turistas atraído ao Brasil pelos jogos seja 20 mil estrangeiros, de acordo com
o ministro do Turismo, Gastão Vieira.
Na avaliação do ministro, os protestos que se espalham
pelo país e ocorreram próximo aos estádios no momento dos jogos não vai
atrapalhar o turismo no Brasil e fazer com que menos estrangeiros venham para a
Copa do Mundo. “Isso pode afastar turista? Não acredito. Não tenho nenhum
número que comprove que as pessoas possam desistir de vir em função das
manifestações que estão ocorrendo em nosso país”. (ABr)
BARROSO SERÁ RELATOR
DO MENSALÃO DO PSDB
Ao assumir o cargo de ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF), Luís Roberto Barroso foi nomeado relator de mais de 7,6 mil
processos. Ele herdou o gabinete de seu antecessor, Carlos Ayres Britto, que
por peculiaridades regimentais do STF tinha muitos processos do atual
presidente da Corte, Joaquim Barbosa. Barroso terá sob a sua responsabilidade
11,5% do total do acervo do Tribunal, formado por 11 ministros.
Luís Roberto Barroso será o responsável por duas ações
penais que estavam sob a relatoria de Joaquim Barbosa relativas ao episódio
conhecido como mensalão mineiro. Segundo denúncia do Ministério Público, foram
desviados R$ 3,5 milhões de verbas públicas em Minas Gerais para pagar
campanhas eleitorais, em procedimentos intermediados pelo publicitário Marcos
Valério.
Em uma dessas ações penais, o deputado Eduardo Azeredo
(PSDB-MG) é acusado de cometer os crimes de peculato e de lavagem de dinheiro
enquanto tentava a reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998. Atualmente,
ocorre a oitiva das testemunhas de defesa. Os depoimentos das testemunhas de
acusação já foram tomados. Na outra ação penal, o senador Clésio Andrade
(PMDB-MG), que concorria a vice na chapa de Azeredo, responde pelos mesmos
crimes do político do PSDB.
Barroso também concluirá, como relator, o julgamento da
ação que reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo. O processo foi
julgado em maio de 2011 com o reconhecimento do direito a casais homossexuais,
mas houve recurso da Associação Eduardo Banks ainda pendente de análise. O
processo tinha Ayres Britto como relator.
Barroso já adiantou que passará o recesso de julho
estudando direito penal, no qual admite não ser especialista, e a Ação Penal
470, o processo do mensalão. Está previsto para ocorrer no segundo semestre o
julgamento dos primeiros recursos dos condenados. Como é o mais novo ministro
da Corte, Barroso é o próximo a votar depois do relator Joaquim Barbosa e do
revisor Ricardo Lewandowski. (ABr)
CNJ APOSENTA DESEMBARGADOR
ACUSADO DE RECEBER PROPINA
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou quinta-feira (27) a aposentadoria compulsória, com proventos proporcionais ao tempo de serviço, do desembargador Carlos Luís de Sousa, do Tribunal de Justiça do Tocantins, acusado em processo administrativo de receber propina para proferir decisões em processo judicial.
Segundo a investigação realizada pelo CNJ, o
desembargador rateou R$ 350 mil com dois magistrados do tribunal e advogados
que trabalhavam no processo, por meio de precatórios pagos indevidamente.
Conforme a apuração, Sousa ficou com R$ 50 mil. A decisão foi tomada por
unanimidade pelo plenário da Corte.
Na época (2007), Carlos Luís de Sousa era vice-presidente
do Tribunal de Justiça do Tocantins e, segundo a sindicância realizada pelo
CNJ, desrespeitou a ordem cronológica de pagamento dos precatórios para obter
vantagem financeira indevida. O caso foi apurado pela Polícia Federal, na área
criminal, e foram gravadas conversas comprometedoras dos envolvidos no caso,
diz o relatório apresentado ao CNJ pelo conselheiro José Guilherme.
Embora a defesa tenha sustentado que não havia no
processo administrativo provas suficientes para condenar o desembargador, o
plenário acompanhou o voto do relator e decidiu aplicar a ele a pena
administrativa mais grave para o caso, que é a aposentadoria compulsória com
vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. A defesa do desembargador diz
que, em 30 anos de magistratura, ele nunca tinha recebido qualquer punição.
VÍTIMAS DO TEMPORAL EM XERÉM
ASSINAM CONTRATO COM A CAIXA
Desde cedo à movimentação era grande na sede a Fundação
Educacional de Duque de Caxias (Feuduc), no bairro do São Bento. Mais de 400 famílias foram convocadas para
assinarem os contratos dos imóveis que serão entregues a partir desta semana.
A aposentada Maria Isabel Souza Ferreira, 67 anos, foi
acompanhada da filha Regineia Ferreira, foi uma das primeiras a cumprir a
última etapa antes de receber as chaves do apartamento.
“Minha mãe morava
em Xerém há 20 anos e, de uma hora para outra, perdeu tudo por causa da
enchente. Na hora foi um desespero, mas a ação da prefeitura foi rápida,
conseguimos em pouco tempo o aluguel social e um lugar para morar. Estou mais
tranquila de saber que ela irá viver em um local seguro, sem o risco de ter a
casa invadida pela água. Confesso que fiquei impressionada com a rapidez da
prefeitura na solução do caso. Lembrei do que aconteceu na região serrana e em
Niterói, onde o pessoal até hoje não tem onde morar”, diz Regineia Ferreira.
A imagem da água
invadindo a casa nas primeiras horas do dia 3 de janeiro continua viva na
memória do motorista Jesualdo Vieira Cruz. “Só tive tempo para retirar minha
mulher e meus dois filhos, um de 15 anos e outra de um ano e dez meses. Vi tudo
àquilo que construí em anos se perder”, conta.
Segundo o
motorista, a agilidade da prefeitura em conseguir um imóvel para as pessoas que
perderam suas casas o deixou surpreso. “Quando ouvi o prefeito Alexandre
Cardoso anunciar que iria conseguir os apartamentos, pensei que fosse somente
promessa, e agora está se transformando em realidade. Agora fico mais
tranquilo. Assinei o contrato e em julho estou de casa nova”, disse o
motorista, feliz da vida e com a nova moradia. (Foto: Rafael Barreto)
RÁPIDAS
● O todo poderoso Joseph Blater, presidente da
não menos podero$a FIFA, considerou uma indelicadeza a decisão da presidente
Dilma Rousseff de não participar do jogo final da Copa das Confederações, no
Maracanã, neste domingo.
● Diante do que ocorreu no Estádio Mané
Garricha, que a FIFA rebatizou de forma canhestra de Arena de Brasília, no jogo de
abertura do torneio caça-níqueis, a decisão de Dilma foi uma opção ditada pelo
bom senso. Pena que os áulicos de plantão, muito bem remunerados pelo Governos,
tenham inventado uma espécie de contaminação para justificar as vaias.
● Para esses “analistas chapa branca”, a vaia
era dirigida ao chefão da FIFA e, por falha do protocolo, o nome da Presidente
foi citado logo a seguir, isto é, o que teria ocorrido, nessa versão
pirlimpimpim, seria o eco das vais para Blater na chegada de Dilma.
● A mentira nunca foi boa conselheira, principalmente
quando está em disputa a reeleição de uma mulher que Lula rotulou como “Mãe do
PAC” e uma excelente gestora. Mesmo depois do fiasco que foi o apagão quando ela
era Ministra de Minas e Energia, e o próprio PAC, cujas obas não ficam prontas
nem com a remarcação do calendário de inauguração. As refinarias de Itaboraí e
Pernambuco, que já consumiram bilhões da Petrobrás e do BNDES, que o digam!
● O presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Joaquim
Barbosa, criticou na última quinta-feira (27) o desempenho dos tribunais
brasileiros no julgamento de processos de improbidade administrativa. O tema
foi incluído como uma das metas do Judiciário para 2013, mas apenas 36,55% dos
processos de improbidade protocolados até 2011 foram julgados.
● “Cabe nos perguntar por que o Judiciário não
julga esses processos? Deficiências e condições precárias por si só não
explicam resultados tão pífios. O CNJ não será conivente com essa indiferença”,
disse, durante a última sessão do conselho no semestre quinta-feira (27)
● Segundo
levantamento feito semanalmente pelo CNJ, do passivo de 121,8 mil processos de
improbidade, apenas 44,5 mil foram julgados até agora. Os processos são
divididos entre processos civis de improbidade administrativa e processos
penais de crimes contra a administração pública.
● Barbosa classificou como “deplorável” o
desempenho dos tribunais como o do Piauí e da Bahia, que cumpriram apenas 4,81%
e 7,16% da meta, respectivamente. O ministro disse que vai enviar ofícios a todos os tribunais cobrando um melhor
desempenho. A medida vem sendo adotada regularmente pelo ministro para que a
meta seja cumprida.
● A titular de uma Vara Cível da capital, por
exemplo, resolveu aproveitar as suas férias, que começam nesta segunda-feira
(1º), de uma forma inusitada. Ela vai fazer uma rápida viagem, de apenas uma
semana e, na volta, vai se debruçar sobre alguns dos processos que superlotam o
seu gabinete, apesar de ser considerada pelo Tribunal de Justiça do Rio como
uma juíza eficiente e diligente, com produtividade próxima dos 100%
● Entre os processos que irá tentar esmiuçar
nos próximos 30 dias está um litigio envolvendo grandes empresas do setor do
petróleo, que na fase inicial já atinge o número extraordinário de 40 volumes,
cerca de 8 mil folhas de petições, relatórios, laudos periciais e até documentos.
● Até que seja proferida a sentença de 1º Grau,
mais alguns volumes serão acrescidos. Depois, com recursos das partes
insatisfeitas com a decisão monocrática, o processo subirá ao Tribunal de
Justiça, para uma nova rodada de recursos, quando deverá ganhar mais alguns
volumes, muito embora o TJ fluminense tenha sido um dos primeiros do País a
informatizar os seus serviços cartorários.
● Por se tratar de “briga de cachorro grande”,
o processo deverá chegar até o Supremo, dentro de 8 a 10 anos. E mais papel,
petições, pareceres e arrazoados serão adicionados até que seja prolatada a sentença
definitiva.
● E o caso dessa douta juíza não é uma exceção,
mas uma lamentável e inaceitável situação vivida diariamente por milhares de
juízes e desembargadores que integram a Justiça de um País de bacharéis.
● Um outro exemplo de lentidão da Justiça está
num processo por improbidade movido pelo Ministério Público perante a 4ª Vara
Cível de Duque de Caxias.
● No tamanha ele se assemelha ao “case” da juíza
carioca, mas com uma agravante: um dos réus, dono de uma empresa acusada de
participar da fraude na licitação, realizada em 1997, ainda não foi localizada
para ser citada.
● Sem essa providência crucial, o processo não
anda e, assim, há o risco do crime prescrever sem que, antes disso, a Justiça
declare se houve, ou não, o crime denunciado com todas as letras pelo MP.
● Por isso o ministro Joaquim Barbosa tem
inteira razão de cobrar mais eficiência dos Tribunais (e da Justiça em geral)
no julgamento de processos de improbidade, peculato e corrupção ativa e
passiva, restaurando a moralidade no trato da coisa pública.
● O caso do deputado Natan Donadon, por exemplo,
levou 18 anos em tramitação na Justiça até que ele fosse preso para cumprir a
pena de mais de 13 anos a que fora condenado por peculato.
● De nada adianta a presidente da República
propor um plebiscito para consultar o eleitorado sobre uma possível reforma
política, cujo custo está sedo estimado em meio bilhão de reais. um terço do
que foi gasto na maquiagem de rejuvenescimento do Maracanã.
● Com um congresso em que o chamado “baixo
clero” é utilizado por lideranças carcomidas, comprometida com “tudo que aí está”, para
aventuras como as PECs 37, que proibia o Ministério Público de investigar
crimes do colarinho branco, ou a PEC-33, que pretende transferir para o
Congresso a palavra final sobre assuntos julgados pelo Supremo, como a condenação
dos mensaleiros, nenhum plebiscito terá
o condão de mudar nossos (péssimos) costumes políticos, que chegam até a
fraudar uma máxima de S. Francisco de Assis: é dando (aos mais necessitados)
que se recebe (as graças de Deus).
● Foi por não entender o clamor das ruas de
Paris que a Rainha Maria Antonieta acabou perdendo literalmente a cabeça. Não é
financiando geladeiras, móveis e fogões com juros de 5% ao ano (o Governo paga
8%, no mínimo, na venda de títulos públicos), ou carros sem juros, mas com 60%
de entrada, que o Brasil vai se tornar uma potência mundial.
● O Brasil só será respeitado se tivermos uma
Educação de qualidade, onde os alunos do ensino fundamental aprendam a ler e
interpretar textos sem precisar de ajuda da Google, ou fazer as 4 operações fundamentais
em matemática sem apelar para as calculadoras eletrônicas, ver as horas num
relógio convencional, com ponteiros e números, ou a execrável múltipla escolha
da urna eletrônica nas eleições de 2014, que poderá levar para o Congresso e Assembleias
Legislativas “o que há de pior na Política brasileira”, como atestou o
insuspeito (no caso) Jorge Picciani, presidente do PMD/RJ e ex-presidente da
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro..
● Sem uma verdadeira reforma política e
eleitoral, corremos o risco de elegermos outros Tiriricas e assemelhados, que puxarão
votos para eleger deputados federais como Natan Danadon, o primeiro cidadão,
desde a chegada ao Brasil de D. João VI, com todo o seu séquito, em 1808, a ingressar
como preso numa penitenciária usando crachá de deputado na lapela.
● Os presidentes
do PT, PDT, PCdoB e o vice-presidente do PSB se reuniram sexta-feira (28) em
São Paulo para firmarem apoio à proposta de um plebiscito sobre a reforma
política e traçarem estratégia para defender a ideia. Além de Rui Falcão, do PT,
Carlos Lupi, do PDT, Renato Rabelo, do PCdoB, e Roberto Amaral, do PSB, também
participaram da reunião o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que compõe a
Executiva Nacional do PT, e o presidente da Fundação Maurício Grabois,
Adalberto Monteiro.
● Eles decidiram
criar um fórum onde serão debatidas as ideias em torno do plebiscito, inclusive
as que forem apresentadas pelos demais partidos da base aliada do governo da
presidenta Dilma Rousseff. Os quatro partidos pretendem começar uma campanha
nacional a favor do plebiscito e irão se reunir com frequência para discutir o
assunto – o próximo encontro será em Brasília, na quarta-feira (3).
● “Na reunião vamos discutir o que vai constar no
plebiscito, as perguntas que deverão ser apresentadas”, disse Paulo Teixeira.
“O fórum é inicial dos quatro partidos, mas vamos ouvir outras entidades e
outros partidos”.
● O fórum também
deverá ser utilizado para consultar as ideias dos movimentos sociais e do
movimento sindical sobre o plebiscito e sobre a reforma política. Pretende-se
ajudar a definir as questões que vão balizar a consulta popular, mas não entrar
em detalhes sobre a reforma para não criar confusão na população.
● Os quatro
partidos também definiram que vão propor que a reforma inclua financiamento
público exclusivo de campanha e voto proporcional em listas que serão
elaboradas pelas agremiações partidárias. A ideia de que a consulta popular
seja feita por meio de um referendo, que foi apresentada pela
oposição, foi rechaçada pelos presidentes dos quatro partidos.
● “A proposta do plebiscito já foi acordada com a
presidenta e dez partidos da base, então nós queremos manter o que foi proposto
pela presidenta. Além disso, nós entendemos que devemos consultar o povo antes
[de fazer a reforma]”, defendeu Teixeira.
● Depois das
quadrilhas (caipiras), a grande atração das festas de junho e julho em todo o
país, são as comidas típicas servidas nesta época do ano. Na lista de quitutes
estão desde os pratos à base de milho – como a canjica, o curau e a pamonha foto)–,
os caldos e bolos de diversos sabores até as cocadas e os doces feitos com
amendoim, oferecidos em barraquinhas, nas quermesses.
● A médica Flávia
Bravo, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), adverte, no entanto, que
o consumidor deve estar atento para não sofrer contaminações causadas por
alimentos típicos deste período.
Segundo ela, as pessoas devem preferir os alimentos
frescos e evitar aqueles que possam ter sido manipuladas ou estar expostos há
muito tempo.
● “Principalmente
se estiver exposto, que as pessoas falem em cima, que possa cair sujeira ou
poeira”, destacou. “Isso pode ser um meio de cultura fácil para a proliferação
de germes patogênicos”, completou. Os caldos e a canjica branca têm de ser
servidos quentes e estar frescos, observou. “Porque, se eles já foram feitos há
muito tempo e o panelão está mantido a uma temperatura morna e não quente, isso
pode levar à contaminação com o tempo.”
● Em relação aos
alimentos crus, como frutas e verduras, dos quais não se sabe como foi feita a
higienização, a atenção deve ser redobrada. O mesmo ocorre no caso das carnes,
principalmente a de porco. “Além de confiar um pouco no que se cheira e
enxerga, a gente tem que pensar que salsichão, por exemplo, tem corante. E
muitas pessoas desenvolvem alergia por esse corante que pode ter na pele do
salsichão”. Também as comidas feitas com amendoim podem provocar alergia,
advertiu a médica.
● Flávia Bravo
disse que alguns alimentos podem ser contaminados por bactérias que produzem
toxinas. “O que vai fazer mal para a gente é a toxina daquela bactéria. Existem
os vermes e outros parasitas que são transmitidos, na verdade, pelas mãos
contaminadas de quem manipula o alimento. E você só vai saber que pegou uma
giárdia ou uma lombriga muito tempo depois”.
● Ela explicou à
reportagem da Agência Brasil que os quadros agudos, quando ocorrem, sejam por
intoxicação ou por ingestão de algum vírus que esteja contaminando um alimento,
é um quadro rápido com diarreia, febre eventual, vômito. Criança pequena e
idoso têm que tomar cuidado com a hidratação. Mas, normalmente, os sintomas
passam em um ou dois dias, segundo ela.
● A médica
alertou, porém, que se esse quadro se estender, é necessária a supervisão
médica. “Uma diarreia que a gente controla com maior ingestão de líquidos e que
não atrapalha muito a sua vida é uma coisa. Mas se é uma diarreia muito
repetida durante o dia, com grandes volumes, muito líquido, se tem vômito que
impede que a pessoa consiga repor o líquido perdido, aí ela precisa de um
médico, de hidratação e outras medidas específicas.”
● Sobre o consumo
de bebidas alcoólicas, o excesso deve ser evitado, de acordo com ela. Além
disso, o mesmo cuidado quanto à higiene dos alimentos deve ser observado no
caso de sucos, latas, garrafas e copos usados nas festas.
● Os governos
federal, estaduais e municipais são responsáveis por apenas 42% dos gastos com
saúde no país, enquanto as famílias e instituições sem fins lucrativos
respondem pelos 58% restantes. Segundo dados de 2009, os mais recentes do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os gastos públicos em
saúde representaram 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto os gastos
privados alcançaram 4,9%.
● “Não alcançamos
uma universalidade completa com o Sistema Único de Saúde [SUS]. A criação do
SUS possibilitou a melhoria do acesso da população, mas essa melhoria do acesso
ainda não é suficiente para cobrir as necessidades de saúde. Mais da metade dos
gastos totais em saúde no país são gastos privados. Os gastos públicos não
alcançam 50%. Nos países que têm realmente sistemas universais de saúde, os
gastos públicos correspondem a 80%”, disse Lígia Giovanella, pesquisadora da
Escola Nacional de Saúde Pública.
● Segundo ela,
além de gastar menos do que as famílias, o Estado brasileiro também gasta menos
do que outros países que possuem sistemas públicos universais, como a Espanha,
o Reino Unido e a Suécia, que investem em torno de 7% a 9% do PIB.
● “O SUS sofre de um subfinanciamento crônico.
Quando a população vai às ruas clamar por mais recursos públicos na saúde, ela
tem toda razão. Nosso gasto público com saúde é menor do que 4%. A gente
precisa de pelo menos 8% do PIB. Precisamos dobrar os gastos. Nossas riquezas
nacionais nos permitiriam ter gastos mais elevados com saúde”, disse.
● De acordo com os
últimos dados do próprio Ministério da Saúde, relativos a 2010, os gastos
federais com saúde representaram R$ 63 bilhões. Segundo a assessoria de
imprensa do Ministério da Saúde, o governo quase triplicou investimentos no
setor entre 2002 e 2012, já que o valor investido na saúde passou de R$ 28,3
bilhões em 2002 para R$ 95,9 bilhões em 2012. Para 2013, há uma previsão de
aumento para R$ 99,3 bilhões.
● Além disso, de
acordo com a assessoria, o ministério cumpre a Emenda Constitucional 29/2000,
que determina que o investimento na saúde deve ser do mesmo valor do ano
anterior, acrescido da variação nominal do PIB. De 2008 a 2012, o Ministério da
Saúde diz que executou R$ 4,9 bilhões acima do exigido.
● Em nota
divulgada pela assessoria, o ministério explicou que vem adotando uma série de
ações para aprimorar a gestão e otimizar o uso de recursos do SUS. As medidas
incluem compra centralizada de produtos estratégicos, negociação direta do
ministério com fornecedores, adoção de bancos de preços internacionais e
produção nacional de medicamentos por meio de parcerias entre laboratórios
públicos e privados.
● A falta de
médicos em hospitais públicos do Rio de Janeiro é um dos principais fatores que
comprometem a qualidade da saúde, segundo o coordenador da Comissão de Saúde
Pública do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), Pablo Vazquez. De
acordo com ele, o déficit de profissionais prejudica o atendimento nas
emergências, provoca o fechamento de leitos hospitalares e coloca em risco até
o Programa Saúde da Família.
● “Nosso problema principal é de recursos
humanos, porque os médicos estão se aposentando ou pedindo afastamento do
trabalho e não estão sendo repostos”, disse Pablo Vazquez. Segundo ele, é
preciso realizar concursos públicos, principalmente na rede federal. Na rede
municipal, explica Vazquez, concursos são realizados, mas os salários
oferecidos são muito baixos e não atraem profissionais de saúde.
● Vazquez explica
que a aposentadoria de médicos no Hospital Cardoso Fontes e no Hospital do
Andaraí, ambos vinculados ao Ministério da Saúde, comprometem o funcionamento
de alguns setores dessas unidades.
● “No CTI [pediátrico] do Cardoso Fontes, os
médicos anunciaram em 2009 que, em 2011, se aposentariam em massa. Estamos em
2013 e, até agora, não entrou ninguém. No Setor de Queimados do Hospital do
Andaraí, que é uma referência, há dez estatutários e oito contratados, cujo contrato
acaba em dois ou três meses. A maioria dos estatutários está para se aposentar.
Só vão restar dois médicos. O setor vai ter que fechar”, alerta Vazquez.
● Na rede
municipal do Rio, segundo o Cremerj, a falta de médicos coloca em risco também
o funcionamento do Programa Saúde da Família, que aposta na promoção da saúde
das pessoas para evitar que elas precisem utilizar os hospitais públicos.
● “Não tem médicos em todas as equipes de saúde
da família, o que faz com que outros profissionais de saúde, como enfermeiros,
assumam responsabilidades que não deveriam assumir. Aí a coisa vai ficando mais
frouxa e você acaba tendo uma medicina que varia a qualidade de acordo com a
classe social, o que é péssimo”, disse Vazquez.
● Na rede estadual
de Saúde, o déficit é de 12,7%, segundo a própria Secretaria Estadual de Saúde
do Rio. Faltam profissionais de pediatria, neurocirurgia, ortopedia e
anestesia. De acordo com a secretaria, os salários pagos para médicos é
compatível com o oferecido no mercado e, em alguns casos, até superior ao pago
por hospitais privados. No entanto, segundo as autoridades estaduais de saúde,
há “dificuldades em encontrar profissionais” nessas especialidades.
● Vazquez discorda
de que haja falta de profissionais de saúde no Rio de Janeiro. O especialista
acredita que a aplicação de mais recursos na saúde pública poderia resolver
esse problema, junto com uma melhor gestão das unidades hospitalares. Por isso,
o Cremerj iniciou uma campanha para coletar 1,5 milhão de assinaturas, pedindo
que sejam aplicados 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na saúde.
● “Hoje o Brasil aplica menos de 4% do PIB na
saúde. É menos do que a Argentina, o Uruguai e o Chile, por exemplo. A
Argentina investe 4%, o Chile, 4,5% e o Uruguai, entre 7% e 8%”, disse Vazquez,
acrescentando que 1,3 milhão de assinaturas já foram coletadas.
● O Ministério da
Saúde informou que desde 2011 vem buscando recompor os quadros profissionais
das seis unidades de atendimento federais do Rio de Janeiro. Desde então, foram
contratados 1.717 médicos por meio de concursos ou contratos temporários,
enquanto 488 se aposentaram. Já a Secretaria Municipal de Saúde não se
pronunciou sobre as críticas. (ABr)
● Os contribuintes
que pedirem compensação ou ressarcimento de tributos poderão, em breve,
requerer o serviço nos postos de atendimento da Receita Federal. Uma liminar da
Justiça Federal em Porto Alegre obriga o Fisco a oferecer atendimento
presencial para as pessoas físicas que quiserem fazer os pedidos.
● A decisão, do
juiz federal Andrei Pitten Velloso, vale para todo o país. A obrigatoriedade
começa a valer no próximo dia 11. Na liminar, ele alegou que a Fazenda Nacional
deve facilitar o exercício pelos cidadãos do direito à restituição de tributos
pagos a mais, mediante o atendimento presencial nas agências da Receita.
● Atualmente, o
contribuinte que alega ter pago mais tributos que o devido só tem a opção de
pedir o ressarcimento ou a compensação por meio do Pedido Eletrônico de
Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação
(Per/Dcomp), disponível na página da Receita na internet. No entanto, o juiz
entendeu que somente parte dos cidadãos têm acesso à internet e conhecimento
suficiente para baixar o programa de preenchimento do Per/Dcomp e enviar o
documento pelo Receitanet, programa de transmissão de declarações usado pelo
Fisco.
● De acordo com a
liminar, enquanto a Receita não implementar o atendimento presencial, os
contribuintes podem preencher um formulário à mão e declarar ao Fisco falta de
condições para usar o sistema. A Receita é, então, obrigada a aceitar o pedido
de reembolso – caso o cidadão queira receber a diferença de volta – ou de
compensação – quando o contribuinte opta por ter a diferença descontada no
pagamento de outros tributos.
● Autora do
processo, a Defensoria Pública da União no Rio Grande do Sul alega ter recebido
diversas reclamações de pessoas físicas com dificuldade de usar o sistema
Per/Dcomp. Na maioria dos casos, informou o órgão, as queixas partiram de
pessoas apenas com ensino fundamental completo sem noções de informática nem de
internet. A ação civil pública foi ajuizada em abril deste ano na Justiça
Federal.
● Procurada pela Agência Brasil, a Receita
informou que a decisão ainda não tem efeitos práticos e que somente a
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que defende o Ministério da
Fazenda perante a Justiça, pode se pronunciar. A PGFN informou apenas que
recorrerá da decisão nos próximos dias.
● Na última
sexta-feira (28), em comemoração ao Dia Internacional do Orgulho Gay, ao invés
das tradicionais passeatas pela Av. Brigadeiro Lima e Silva, a prefeitura de
Duque de Caxias preferiu realizar uma ação contra a discriminação e em favor da
cidadania oferecendo à população uma série de serviços.
● Em parceria com
o governo do estado, a secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do
município levou para o Centro de Referência da Cidadania LGBT Baixada I,
serviços de prevenção em saúde, higiene e beleza que foram disponibilizados
gratuitamente para os moradores do centro e bairros do entorno. A iniciativa reuniu instituições e
profissionais em prol dos direitos da população LGBT para mostrar que respeito
é bom e todo mundo merece e atendeu mais de 500 pessoas.
● Segundo a
secretária de Assistência Social do município, Cláudia Peixoto, aproximar o
público LGBT e seus familiares dos serviços que promovem cidadania estava entre
as principais propostas do evento. “A prefeitura, através da Comppird
(Coordenação Municipal de Políticas de Promoção de Igualdade Racial e Direitos
Humanos Individuais, Coletivos e Difusos – LGBT), e em parceria com o estado,
fez questão de promover esta ação para marcar o dia 28 de junho, quando todo o
mundo comemora o Dia do Orgulho Gay”, disse.
● Entre os serviços oferecidos estavam a isenção para emissão da segunda via de
documentos (certidão de nascimento, casamento, óbito), carteira de trabalho,
primeira e segunda via da carteira de identidade, aferição de pressão arterial,
balcão de empregos, corte de cabelo, manicure, encaminhamento e orientação para
o Programa Bolsa Família
● Para o
coordenador do Centro de Referência da Cidadania LGBT Baixada I, Ernane Alexandre, é fundamental marcar datas
como esta, com cidadania e principalmente difundindo informações. “Nas últimas
duas décadas, avançamos bastante. Mas ainda temos muito a fazer. Acredito que a
próxima luta será para que a homofobia vire crime”, declarou.
● As oficinas de
beleza, realizadas pela Fatec, foram um dos grandes sucessos do evento. O
público se revezou para participar dos serviços de corte de cabelo, manicure e
depilação. A copeira Gilvany dos Santos Silva, 41 anos, foi uma das primeiras a
ser atendida. “Os profissionais são excelentes. Apoio e aprovo o evento, além
de tudo, também é um incentivo para deixar o preconceito de lado”, afirmou.
● A ação acabou sendo um presente para a
auxiliar de serviços gerais Idoni Conceição de Souza, que comemorou 51 anos
participando da ação. “Para mim está sendo um presente de aniversário. Acho
ações como esta, muito importantes porque mostram o valor da comunidade gay”,
concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário