quinta-feira, 4 de julho de 2013

BAIXADA URGENTE

PASSAGENS SUBIRAM 65%
ACIMA DA INFLAÇÃO 

O valor das passagens de ônibus subiu em nível 65% superior ao da inflação entre 2000 e 2012, acima do custo de automóveis particulares e da gasolina. Com isso, a demanda por transporte público registrou queda de 25%, em comparação com os anos 90, gerando um círculo vicioso que favorece, novamente, o aumento das tarifas. Esta foi uma das conclusões que se encontram em nota técnica divulgada nesta quinta (4) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
“O congestionamento urbano também acaba aumentando em 20% [e 25% no caso de São Paulo] os custos do transporte público e, consequentemente, o preço da tarifa. E quanto mais aumenta o preço [do transporte público] menos [esse tipo de transporte] é usado, gerando, então, nova necessidade de se aumentar o preço. Para piorar, o aumento do custo não vem acompanhado de uma melhora da qualidade, o que também desestimula seu uso”, disse o pesquisador do Ipea Carlos Henrique Ribeiro.
Segundo ele, o aumento da renda das famílias também pode ser considerado negativo para o transporte público, uma vez que ele veio associado a mais investimentos em transportes privados e, consequentemente, em maiores congestionamentos urbanos. “É um círculo vicioso”, conclui o pesquisador, que aponta o oligopólio do setor como outro fator que influencia o aumento das tarifas acima do índice de inflação.
Ele explica que, em regra geral, o custo do transporte é 100% coberto pelas tarifas cobradas dos usuários, diferentemente do que ocorre em outros países. Com isso, a conta acaba sendo paga exclusivamente pelas camadas mais pobres da população, principais usuários do sistema de transporte público.
“Isso resulta também em imobilidade, já que, entre os 10% mais pobres da população, 30% das famílias não gastam absolutamente nada com transporte público”, argumentou Ribeiro.

GOVERNO DESLIGA TERMELÉTRICAS
PARA  ECONOMISAR R$ 1,4 BI POR MÊS

O governo vai desligar hoje (4) todas as usinas termelétricas movidas a óleo combustível e a óleo diesel, que estavam ligadas desde outubro do ano passado. Essas usinas são as mais caras do sistema elétrico. A medida visa a economizar R$ 1,4 bilhão por mês. O valor representa cerca de dois terços do custo mensal que o governo tem atualmente com térmicas.
A decisão foi tomada na quarta (3) durante reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Com a decisão, 34 usinas vão deixar de gerar energia. O desligamento representa a saída de 3,8 megawatts. As térmicas a gás, a biomassa, a carvão e as usinas nucleares continuarão ligadas.
As usinas foram acionadas em outubro para garantir a segurança energética do país. Na época, o nível dos reservatórios das hidrelétricas era considerado baixo. O sistema de geração de eletricidade do Brasil é chamado de hidrotérmico, ou seja, a geração por meio de hidrelétricas é a principal, e as térmicas movidas a gás natural, óleo diesel, carvão ou biomassa servem para complementar.
Quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas está muito baixo, o governo decide acionar mais termelétricas para garantir que não falte energia no país. No entanto, essa energia é mais cara e mais poluente.

EMPREITEIRAS  PEDEM AO TCU NOVA
REVISÃO DA LICITAÇÃO DE ANGRA 3


O Consórcio UNA 3, formado pelas empresas Andrade Gutierrez S.A., Odebrecht, Camargo Corrêa e UTC, apresentou uma impugnação ao edital da concorrência para a montagem eletromecânica da Usina Nuclear Angra 3. O Tribunal de Contas da União está considerando que os preços apresentados na licitação estariam superiores aos preços de referência para a construção de outras usinas nucleares, inclusive de Angra 2.
A decisão do consórcio de pedir o embargo da licitação é devido a comparação dos preços de 15 anos, quando as exigências trabalhistas eram completamente diferentes, os preços dos equipamentos e até mesmo as usinas nucleares usadas como paradigmas tem processos diferentes.
O TCU já estava questionando o processo licitatório para montagem eletromecânica, fazendo carga contra a Eletronuclear, afirmando que os índices administrativos e técnicos por ela utilizados no seu orçamento estão superestimados, com consequente aumento dos preços de referências, tal como publicado no edital de licitação. Em função de todos estes problemas, as empresas que formam os dois consórcios classificados para o trabalho de montagem pleitearam o adiamento da data da entrega das propostas, que estava marcada para esta quinta-feira (4).
Há informações de que o outro consórcio também pré-qualificado, formado pelas empresas EBE, Techint e Queiroz Galvão, também deve entrar com um embargo contra a licitação até a próxima segunda-feira (8). O consórcio também alega as mesmas razões.
O início das operações de Angra 3 já tinha sido adiado para maio de 2018, em função de mudanças planejadas na área de instrumentação e controle da futura usina, no sentido de modernizar o projeto. As novas alterações farão com que Angra 3 tenha um controle inteiramente digital. Com mais este embargo, o início de suas operações deve sofra um novo atraso. (Fonte: Petronotícias)

CÂMARA ACABA COM A
MULTA DE 10% DO FGTS 

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quara (3)  projeto que extingue a contribuição social de 10% sobre o saldo total do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que é paga pelos empregadores no caso de demissões de trabalhadores sem justa causa. Foram 315 votos favoráveis, 95 contrários e 1 abstenção. O projeto segue agora à sanção presidencial.
De autoria do Senado, o texto estabelece a data de 1º de junho deste ano como limite para o recolhimento da contribuição pelos empregadores. Como os deputados aprovaram o texto sem qualquer alteração, a proposta segue para a sanção presidencial. Encaminharam contrários à aprovação o PT, PCdoB e PSOL, os demais partidos votaram pela aprovação da proposta. O PP liberou sua bancada para a votação.
A contribuição foi instituída em 2001 com o objetivo de prover o FGTS de recursos em função das decisões judiciais que obrigaram o fundo a compensar as perdas nas contas individuais dos trabalhadores derivadas dos expurgos na correção monetária feitas pelos planos Verão e Collor, entre dezembro de 1988 a maio de 1990. Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), de 2001 até hoje foram arrecadados R$ 42 bilhões.
Com a instituição dos 10% a mais na multa em 2001, os empregadores passaram a recolher 50% do saldo do FGTS, nos casos de dispensa imotivada. No entanto, os trabalhadores só podiam sacar 40%, já que os 10% adicionais se destinavam a cobrir déficits no FGTS.

BNDES ENTERROU  R$ 10,4 BILHÕES
NAS EMPRESAS DE EIKE BATISTA

O valor emprestado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às empresas do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, soma R$ 10,4 bilhões, informou nesta quarta  (3) o banco de fomento. Em nota, o BNDES disse que o montante não chegou a ser totalmente desembolsado por causa do calendário de execução dos projetos financiados.
“Do volume total contratado, nem tudo foi liberado, já que os desembolsos, de acordo com a praxe em projetos apoiados pelo BNDES, ocorrem ao longo do período de execução dos empreendimentos”, destacou o comunicado. A instituição financeira informou também que as participações acionárias nas empresas de Eike Batista representavam apenas 0,6% da carteira da BNDespar, braço do banco que compra ações de empresas, em 31 de março.
Na nota, o banco indicou ter confiança de que o Grupo EBX encontrará uma saída para a crise: “O BNDES está acompanhando o desenrolar dos acontecimentos relacionados ao Grupo EBX, que dispõe de ativos sólidos e valiosos, e confia na capacidade dos atores envolvidos de encontrar a melhor solução para superar os atuais desafios”.
O BNDES informou ainda que cada contrato está amparado em garantias específicas, incluindo fianças bancárias, que podem ser executadas caso as empresas do Grupo EBX não paguem os financiamentos. “Com isso, a exposição direta à EBX representa uma parcela muito pequena do patrimônio líquido de referência do BNDES”, acrescentou o texto.
Nos últimos 30 dias, as ações da OGX, empresa de Eike Batista que explora petróleo, caíram 71,9% na Bolsa de Valores de São Paulo. Somente nesta quaqrta (3), a queda chegou a 13%. Na terça (2), as agências de classificação de risco Moody’s e Standard & Poor’s rebaixaram a nota das ações da OGX para uma avaliação que indica alto risco de calote – risco de a empresa não conseguir honrar os compromissos. As duas agências citaram a baixa produção de petróleo e o fraco fluxo de caixa para justificarem a decisão. (ABr).

PREFEITURAS NÃO SABEM
O QUE FAZER COM O LIXO


Uma pesquisa realizada em 2012 pelo Tribunal de Contas do Estado em 91 dos 92 municípios do RJ (a capital tem um Conselho de Contas próprio), revelou que a maioria das cidades fluminenses não tem plano para a destinação final de resíduos sólidos. E, sem esse plano, as prefeituras não tem como planejar o destino final desse lixo, muito menos buscar financiamento federal para um projeto de aterro sanitário digno desse nome.
“Encontramos situações muito complicadas, especialmente na maneira como o lixo vem sendo despejado, bem como a falta de controle das cidades. Algumas prefeituras sequer sabiam qual era a destinação do lixo”, afirmou Marconi Brasil, técnico do TCE que participou da pesquisa.
Na campanha eleitoral do ano passado, o Ministério Público foi acionado em diversas cidades da Baixada, inclusive Duque de Caxias e Belford Roxo, para que os prefeitos rompessem os contatos com as empresas que não estavam recolhendo o lixo, sob pena de multa. Só em janeiro, quando assumiram os novos prefeitos, é que a situação sanitária dessas cidades começou a melhorar com a entrada de novas empresas do setor.
A revelação feita pela Emurb, estatal responsável pela coleta do lixo em Nova Iguaçu, de que a prefeitura do Rio de Janeiro estava descartando lixo hospitalar em área de Xerém, no quarto distrito de Duque de Caxias, é bem um retrato da falta de plano de coleta e deposição do lixo, bem como  da falta de fiscalização das empresas contratadas para esse serviço. Recentemente, uma empresa contratada para fazer o descarte do lixo hospitalar da Capital foi denunciada por queimá-lo de forma inadequada pra economizar o frete entre o Rio de Janeiro e uma empresa em S. Paulo, especializada em tratar o lixo contaminado.

RÁPIDAS

•  Um desastrado rei Midas ao inverso, o governador Sergio Cabral vê, do alto da Torre Eifel, em París, um a um dos seus amigos no “grande monde” afundarem em escândalos e negócios mal conduziso. Primeiro foi Fernando Cavendish, o ex-todo poderoso dono da Construtora Delta, que tinha diversos órgãos do Estado do Rio em sua carteira de clientes, inclusive a prefeitura de Duque de Caxias (Governo Washington Reis), o Tribunal de Justiça e até as obras de reforma do Maracanã.
•  A degringolada da antes imbatível Delta começou depois que a CPI da Câmara Federal, criada para investigar os negócios do bicheiro Carlinhos Cachoeira, descobriu que uma filial da Delta, que operava em Goipas, era utilizada para “amaciar” autoridades e garantir contratos superfaturados para o grupo.
•  Por conta disse, veio à tona um jantar em um dos mais caros restaurantes de Paris, onde Sérgio Cabral e diversos de seus fiéis escudeiros, travestidos de Secretários de Estado, comemoravam algo não revelado, mas tinham as cabeças cobertas por lenços. Segundo o deputado Anthony Garotinho, o jantar não deve ter custado menos que R$ 400 mil reais.
•  Logo depois, numa viagem à Bahia, em companhia do empresário Fernando Cavendish, o governador Sérgio Cabral viu um helicóptero, que o levara pouco antes até uma fazenda em Trancoso, cair no mar.  No acidente, morreu o piloto e amigo de Cavendish, bem como uma cunhada do empresário e a namorada de um dos filhos do governador fluminense.
•  A mais nova baixa no caderninho de amigos bilionários de Sérgio Cabral é o também empresário Eike Batista, que acaba de deixar a presidência do Conselho de Administração da empresa OGX, de petróleo, cujo controle passou a uma empresa alemã, que já participava dos negócios da petroleira. Além de deixar o comando da empresa, o ex bilionário verá se apagar o X no logo da petrolífera, uma marca de todso os empreendimentos comandados pelo ex marido de Luma de Oliveira.
•  Além dos problemas com as empresas de “rating”, a Comissão de Valores Imobiliários decidiu investigar não só a petrolífera OGX, mas também outras empresas do grupo EBX, de Eike Batista, por suposta falha na divulgação de informações ao mercado. Entre elas, a promessa de produção de petróleo que não se confirmou. O caso ainda não virou um processo sancionador, quando há acusações e possibilidade de julgamento.
•  A investigação é anterior ao fato relevante divulgado nesta segunda-feira (1º) pela OGX, em que a petroleira diz "que não devem mais ser consideradas válidas as projeções anteriormente divulgadas, inclusive as que dizem respeito a suas metas de produção", uma declaração que agrava a situação da empresa.
•  Mas a temporada de más notícias para o governador fluminense não para por aí. O deputado Romário, que pode deixar o PSB, teve 8% das intenções de voto da última pesquisa Datafolha, empatado em 3º com o vice governador Pezão, que, de repente, passou a ser “arros de festa” na mídia, frequentando casamentos  caipiras, tomando calde de cana na feira dominical de Caxias e inaugurando até início de obras, como ocorreu recentemente em Xerém, com relação à mudança da praça de pedágio
•  E a urucubaca que persegue o governador parece ter força suficiente para atingir outras pessoas do governo, como acaba de acontecer com o presidente da Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio), Ícaro Moreno Júnior, e de mais três pessoas suspeitas de irregularidades nas obras de reforma em escolas atingidas pelas chuvas na Região Serrana do Rio, em 2011.
•  Para quem embarcou agora, a Emop é responsável por todas as grandes obras do Governo do Estado e braça direito do vice, Luis Fernando Pezão. Estavam sob a supervisão da Emop as obras do Maracanã, que consumiram mais de R$ 1,3 bilhão, do teleférico do Complexo do Alemão e as vinculadas ao PAC em todo o Estado.
•  Em Duque de Caxias, por exemplo, estão por conta da Emop as obras de urbanização da Favela do Lixão, na entrada da cidade, inclusive um conjunto residencial na Av. Dr. Manoel Teles, para cerca de 1,3 famílias cujas casas serão demolidas para prosseguimento das obras ou foram destruídas por enchentes. As obras da Favela do Lixão, planejadas no Governo Marcello Alencar e financiadas pelo Governo FHC com recurso da Caixas Econômica Federal, começaram efetivamente no Governo Garotinho e se arrastam até hoje, enquanto as famílias que seriam beneficiadas continuam morando em locais perigosos, em barracos de madeira e papelão
•  Enquanto a PM reluta em instalar uma companhia independente no bairro Centenário, para conter a invasão de bandidos no Complexo da Mangueirinha, sob o pretexto de falta de recursos, o Governo do Estado gastou $ 3,7 milhões na compra de mil kits para “Distúrbios Civis”, compostos por 11 peças, todas preparadas para proteger o militar e, segundo o edital, produziria em “menos traumas e lesões nos policiais e nos manifestantes”.
•  Com um contingente 1,2 mil policiais, o Batalhão de Choque recebeu na sua última aquisição 200 kits CDC (Controle de Distúrbio Civil), que estão sendo utilizados na segurança dos atuais protestos. O novo kit foi projetado visando proteger a tropa de elite em confronto físico, composto por protetores para cabeça, tronco, antebraço, joelho, mãos, rosto, além de escudo e coldre para pistola.
•  A diferença entre os dois kits – antigo e novo – é a qualidade do material. Os novos capacetes são resistentes à penetração de objetos pontiagudos, o protetor de mãos suporta chamas de até 427 graus, além de um sistema de hidratação, parecido com uma garrafa para armazenar cerca de dois litros de água, com tratamento antimicróbios e um canudo para sucção.
•  Na avaliação do ex-capitão do Bope e especialista em Segurança Pública, Paulo Storani, as recentes manifestações no Rio de Janeiro e em todo o país apresentam características bem distintas dos atos públicos registrados em outras épocas. Para Storani, não tem como identificar uma liderança entre as centenas de grupos participantes nos protesto recentes.
•  Ele aponta esse fator como limitador na atuação da polícia, na tentativa de neutralizar as ações violentas. Storani destaca que a corporação precisa reavaliar os seus métodos, que estão ineficientes e ultrapassados para o cenário nacional, necessitando de uma reorganização nas suas práticas para evitar lesões graves às massas e aos PMs.
•  - As manifestações são legítimas e democráticas, mas devem permanecer num limite social já estabelecido. O que está acontecendo é que pequenos grupos, apenas uns 5% dos manifestantes, estão se denominando anarquistas e estimulando a violência no meio das massas. Eles se infiltram nos atos pacíficos, promovem uma ação violenta e quando começa o confronto, eles se retraem. O prejuízo nesse caso já é irreparável, avalia Storani.
•  Será neste sábado (6), a entrega das chaves do Condomínio Bolzano para as 100 famílias que perderam suas casas na enchente que ocorreu em Xerém em janeiro deste ano. Os apartamentos vão beneficiar as famílias cadastradas no Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, e essas famílias também terão acesso ao Programa Minha Casa Melhor, por meio do qual podem financiar a compra de móveis e eletrodomésticos no valor de até R$5 mil.
•  Os imóveis estavam sendo construídos na região e foram liberados pelo Ministério das Cidades para atender rapidamente aos moradores que tiveram suas casas devastadas pelo temporal. As chuvas provocaram muita destruição, derrubando casas construídas às margens do Rio Capivari e deixando centenas de pessoas desabrigadas.
•  A prefeitura informou que a área está passando por obras de urbanização e a desapropriação é necessária para o andamento do projeto. Uma ponte destruída pelo temporal, que faz a ligação entre o distrito de Xerém a uma área chamada Café Torrado, está parcialmente reformada e dando passagem para carros e ônibus. A prefeitura informou, ainda, que casas destruídas mais distantes do Rio Capivari, porém atingidas pela inundação, não foram totalmente liberadas para que os moradores retornem a elas.
•  O superintendente nacional de Habitação da Caixa Econômica Federal, Roberto Carlos Ceratto, disse que a Caixa reforçou a fiscalização sobre os empreendimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida para evitar problemas na qualidade das construções. A informação foi divulgada nesta quarta (3) durante audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados para tratar irregularidades nos conjuntos habitacionais do programa do governo.
•  O anuncia dessa providência salutar e indispensável à segurança dos futuros moradores, chega meses depois que dois blocos de um conjunto em construção em Niterói (Foto/Arquivo), foram demolidos pela própria construtora depois que a mídia denunciou que os dois blocos apresentavam rachaduras. Esse conjunto se destinará, segundo promessa do Governo Federal, a abrigar as famílias que perderam tudo no desmoronamento do Morro do Bumba, uma montanha de lixo transformada em favela pelo descaso das autoridades da antiga capital fluminense.
•  Entre as medidas adotadas pela Caixa estão a criação de um canal de atendimento exclusivo para falar com beneficiários do programa e um 
cadastro negativo de construtoras.
• Criado em março, o canal para falar com beneficiários do Minha Casa, Minha Vida acumula 36 mil ligações este ano. De acordo com a instituição, 61% delas destinou-se à solicitação de informações e apenas 7% foram para relatar danos físicos nas unidades habitacionais
•  A partir das queixas feitas pelo canal, os responsáveis pela construção dos imóveis têm cinco dias para sanar o defeito alegado pelo comprador. Caso contrário, são incluídos no cadastro e impedidas de contratar com o governo até resolverem o problema. Atualmente, 169 empresas e pessoas físicas integram o cadastro negativo. O número para entrar em contato com o canal de atendimento é 0800 721 6268
•  Durante a audiência, o superintendente também respondeu a perguntas dos parlamentares sobre casos problemáticas vinculados ao programa. Segundo ele, estão sendo feitas as obras necessárias em Duque de Caxias (RJ), onde uma enchente em março danificou casas dos condomínios Santa Helena e Santa Lúcia. De acordo com Ceratto, as unidades habitacionais na região sofreram "pequenos danos de fissuras, trincas e nas portas e a empresa está no local tomando as providências".
•  Ceratto disse que os pagamentos das prestações pelas famílias 
afetadas, remanejadas para abrigos, estão suspensos até que os imóveis sejam recuperados. "Em uma noite, choveu 15%, 16% da chuva de um ano [em Duque de Caxias]. Atingiu o bairro como um todo e não apenas o empreendimento da Caixa. Temos todas as licenças ambientais. Não temos como prever determinadas situações", disse.
•  No entanto, o subsecretário de Habitação de Duque de Caxias, Kelson Senra, disse que a área sofre com inundações "constantemente" e que o problema somente se agravou em função da força das chuvas recentes. "O pessoal mudou em maio e ocorreram três ou quatro inundações. [O local] tem problemas de drenagem e abastecimento de água. As intervenções necessárias são estruturais, do governo do estado", disse, que pediu apoio do governo federal e da Caixa para que os órgãos estaduais façam as obras necessárias.
•  Os parlamentares também fizeram perguntas sobre irregularidades na seleção de beneficiários. De acordo com a diretora do Departamento de Produção Habitacional do Ministério das Cidades, Maria do Carmo Avesani, a seleção das famílias é atribuição do município. "Do ponto de vista de controle, temos cruzamento de informação, mas só de quem tem salário formal", explicou. De acordo com ela, o ministério faz estudos para desenvolvimento de um software que ajude as prefeituras a melhorarem o processo de seleção.(ABr)
•  O governador Sérgio Cabral disse nesta quinta (4) que se sentiu incomodado com os manifestantes que acamparam durante dias na rua onde mora, no bairro do Leblon, área nobre da cidade. O grupo foi retirado do local na madrugada de terça-feira (3) pela Polícia Militar. Mais uma manifestação está prevista para esta noite em frente ao prédio onde reside o governador.
•  Para ele, manifestações devem ser sempre respeitadas. "Deve haver tolerância e respeito, mas isso não tem nada a ver com acampamento na rua – nem na [Avenida] Delfim Moreira, nem na Aristides Espíndola, nem na Irineu Marinho, nem na Rua Riachuelo, nem na Avenida Copacabana ou na Avenida Brasil. Em lugar nenhum, pode-se tolerar o impedimento do direito de ir e vir."
•  O governador disse que tem ficado em casa nas duas últimas semanas, desde quando o acampamento foi instalado, e reclamou dos transtornos. "Eu lamento, porque tenho filhos pequenos, grandes, família, que ficam preocupados." Cabral reforçou que manifestações contra o governo devem se feitas pacificamente, em frente à sede do governo, o Palácio Guanabara, em Laranjeiras.
•  Ele aproveitou para lembrar que a democracia é recente no país e que as manifestações fazem parte dela. "Todas essas manifestações fazem parte de uma reflexão para o aperfeiçoamento da democracia. Graças a Deus, ninguém marchou com Deus e a família, querendo o golpe", disse Cabral, referindo-se a uma série de atos promovidos em março de 1964 por setores conservadores da sociedade contra reformas anunciadas pelo então presidente João Goulart. O movimento culminou com a instalação do regime militar no país
•  Os partidos de oposição consideraram uma demonstração de que Palácio do Planalto está “perdido” o anúncio de que o plebiscito sugerido pela presidenta Dilma Rousseff sobre a reforma política será realizado apenas em 2014. Os oposicionistas continuam defendendo o referendo em lugar de plebiscito e acreditam que a consulta popular acompanhada das eleições nacionais, no próximo ano, vai confundir o eleitor.
•  A decisão do adiamento foi anunciada nesta quinta (4), depois de reunião com líderes da Câmara, pelo vice-presidente Michel Temer. Ele reconheceu que não haveria tempo para promover a consulta popular e para o Congresso aprovar as mudanças antes de outubro próximo, para que as novas regras valessem para as próximas eleições. Ele sugeriu que o plebiscito seja feito no segundo turno das eleições do próximo ano
•  A oposição criticou a proposta. “Preparar questões para a população responder em 2014 elegendo novos congressistas é uma situação confusa. O mais adequado seria o Congresso Nacional realizar a reforma política e submetê-la ao referendo em 2014 ou anunciar que só se fará a reforma depois das eleições, com um novo Congresso”, disse à Agência Brasil o vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR).
•  O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), tem opinião parecida. Para o deputado, o Congresso tem que avançar nos temas da reforma política que podem ser consensuais e prever a aplicação para oito anos, para então promover um referendo. “Essa é a maneira correta de fazer. Empurrar um plebiscito para o ano que vem é mais um factoide. Em 2014, todos vão estar ocupados com a campanha eleitoral”, analisou.
•  Os líderes do PSDB e do DEM voltaram a criticar a reação do governo em respostas às manifestações populares. “Fica a impressão de que há um deserto de inteligência no Palácio do Planalto”, ironizou o vice-líder tucano.
•  Já para Ronaldo Caiado, o governo deveria reconhecer o erro ao tentar transferir para o Parlamento a resposta à crise. “O que é estranho é a resistência em não admitir o erro e a falha na proposta do Executivo ao Congresso Nacional. Agiu na tese de Pôncio Pilatos, para tentar transferir ao Congresso a demanda da sociedade”, disse Caiado.(ABr).


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