segunda-feira, 5 de agosto de 2013

BAIXADA URGENTE

PM OCUPA COMUNIDADE DA
MANGUEIRINHA EM CAXIAS
O complexo de favelas conhecido como “Mangueirinha”, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, recebeu, na manhã desta segunda-feira (5), os 180 agentes (Foto: Maracelo Hora/Governo do Estado) que vão ocupar permanentemente a região, numa Unidade de Companhia Destacada. Os policiais, que são destacados de UPPs, serão responsáveis pelo policiamento do complexo, formado por cinco comunidades, onde moram 20 mil moradores. Será a quinta Companhia Destacada do estado.
No domingo (4), pela manhã, o prefeito Alexandre Cardoso visitou a região na, na companhia do secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, do vice-prefeito Laury Villar, dos secretários municipais Camilo Junqueira (Saúde); Tarce Filho (Serviços Públicos), Luiz Felipe Carneiro Leão (Obras), Cláudia Peixoto (Assistência Social e Direitos Humanos), e do comandante do 15º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Ranulfo Brandão.
Durante a visita, o prefeito anunciou que no máximo em 15 dias terão início as obras de recuperação do posto de saúde da comunidade e as melhorias na creche e pré-escola Abne Mesquita Abreu.
“Queremos que esta região de Duque de Caxias sirva de exemplo para todo o Estado do Rio. Por isso, pedimos à Unigranrio que desenvolva projetos para a comunidade. Vamos investir na qualificação profissional dos moradores, buscar financiamentos para que a mulher possa comprar máquina de costura e contribuir no orçamento doméstico, incentivar a fabricação de brinquedos de madeira e levar projetos culturais aos moradores desta área. O papel da universidade na Mangueirinha será de grande importância, pois caberá a ela pensar a região, incentivar o empreendedorismo do pequeno empresário local”, destaca Alexandre Cardoso.
Na avaliação do secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, a implantação de uma companhia destacada da PM na Mangueirinha tem papel fundamental por garantir o direito de ir e vir do cidadão.
“Esta é uma conquista de Duque de Caxias e da Baixada Fluminense. É importante destacar que a companhia, ao contrário das UPPs, tem ligação com o batalhão de Duque de Caxias e contará com 180 homens experientes e provenientes das unidades pacificadoras”, revelou.
A comitiva percorreu dois dos locais onde funcionarão as companhias da PM, no morro da Mangueirinha e no morro São Sebastião (também conhecido como Sapo), Neste último, tiveram um encontro com o presidente da associação de moradores, Ivan Teixeira Alves, que aprovou a ocupação, destacando o papel do prefeito Alexandre Cardoso. Vivemos um momento de paz. As pessoas estão podendo andar sem medo e os primeiros resultados já podemos ver. O prefeito Alexandre Cardoso disse que irá construir uma área de lazer para a comunidade, teremos nosso posto de saúde. “Tudo isto é importante para quem vive nesta área”, finaliza.

JUSTIÇA PROÍBE ATERRO
SANITÁRIO EM MAGÉ 
A pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) a Justiça concedeu liminar, em ação civil pública, proibindo o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) de conceder licença prévia à CTR Terra Ambiental para a instalação de um aterro sanitário em uma área de 1.307.178 metros quadrados, em Mauá, no município de Magé. O aterro receberia resíduos sólidos não só de Magé, mas também de cidades vizinhas e da Baixada Fluminense. Em caso de descumprimento, o INEA será multado em R$ 100 mil.
Na ação, a 2ª Promotoria de Tutela Coletiva do Núcleo Itaboraí-Magé destaca que o local escolhido para o empreendimento é uma área com nascentes de rios e pequenos lagos. Por tal razão, de acordo com a Resolução Conama nº 303/2002, o local é considerado Área de Preservação Ambiental, totalmente incompatível com a instalação de aterros sanitários.
Após analisar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), o Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE) do MPRJ conclui que existem fatos que podem ser contornados com a utilização de tecnologia de ponta, porém há aspectos técnicos ambientais impossíveis de serem solucionados: a questão do solo e das águas. O estudo de vulnerabilidade natural à poluição do aquífero do terreno (solo e águas subterrâneas) foi feito pela própria CTR Ambiental no EIA e indicou que a vulnerabilidade é de alta a extrema em toda a área. Ressaltou-se na ação que o solo do terreno escolhido é arenoso, sendo que o recomendado para aterros é o solo argiloso. Além disso, no local escolhido há espécies de peixes ameaçados de extinção.
Segundo o projeto proposto pelo empreendedor, seriam necessárias modificações impactantes no local que, de acordo com o GATE, podem afetar o regime das águas e causar alagamentos nos bairros próximos, afetando diretamente a população.
A localização regional do aterro também é bastante problemática, já que o mesmo situa-se junto a rios e próximo à Baia de Guanabara. Assim, em caso de eventual acidente durante a fase de operação, a propagação da contaminação seria muito rápida em direção aos rios, em especial ao Rio Inhomirim, que fica a 700 metros da central de tratamento de resíduos. Esta distância viola a Lei Municipal nº 1.623/2003, que exige o mínimo de três quilômetros dos rios e da Baia de Guanabara.
O laudo do GATE foi discutido com a sociedade e com representantes do empreendimento durante uma audiência pública realizada no dia 11 de julho deste ano.
“O MP reconhece a importância da instalação de um novo aterro sanitário em Magé, mas ressalta que deve ser escolhido um local com condições geológicas naturais adequadas e que o projeto esteja de acordo com a legislação vigente”, narra
3ª Câmara do MPF quer regras mais claras sobre cobertura de planos de saúde

JUTIÇA DE BELFORD ROXO EXPORTA
PROJETO DE PROTEÇA ÁS CRIANÇAS 
A psicóloga Rejane de Souza Rocha Valdene, da equipe técnica do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, apresentou, no mês de julho, trabalho no Congresso Internacional de Psicologia Educação e Cultura, realizado no Instituto Superior Politécnico Gaya, na cidade do Porto, em Portugal.
O tema foi “Violência Sexual contra a Criança”, abordado a partir da produção do filme “A escuta do silêncio”, da psicóloga Gabriela Ferrarese, da equipe do Laboratório de Práticas Sociais Integradas (LAPSI), da Universidade Veiga de Almeida/RJ. Na ocasião, foi feita uma análise da questão na perspectiva da criança abusada. O trabalho consiste em uma ferramenta de reflexão sobre o assunto, com o escopo de favorecer a intervenção profissional de forma preventiva na escola.
A psicóloga Rejane Valdene destacou que o olhar construído a partir do trabalho desenvolvido pela equipe técnica do juizado em Belford Roxo contribuiu efetivamente para a discussão. “Observo, juntamente com a assistente social do juizado, Adriana Valentim, que grande parte dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes ocorre em lares em que há uma mulher também vítima de alguma forma de violência doméstica”, afirmou.
A psicóloga acrescentou que a implantação do trabalho desenvolvido no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher no município de Belford Roxo foi possível devido ao empenho do juiz titular da 2ª Vara Criminal, Alfredo José Marinho Neto. Segundo ela, o magistrado preocupa-se com os altos índices de violência intrafamiliar envolvendo crianças e adolescentes – testemunhas e vítimas da violência doméstica.

http://www.tjrj.jus.br/tema-tjerj-cleanblue-1.0.17/images/spacer.gif
MP FEDERAL COBRA REGRAS MAIS
CLARAS SOBRE PLANOS DE SAÚDE

A 3ª Câmara de Coordenação e Revisão (Consumidor e Ordem Econômica) do Ministério Público Federal (MPF) quer que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informe sobre a possibilidade de que todos os planos de saúde utilizem as mesmas nomenclaturas de cobertura de atendimento. O objetivo é tornar as regras mais claras para evitar que os clientes sejam surpreendidos com a recusa no atendimento. A decisão foi tomada na análise do Inquérito Civil Público 1.23.000.001466/2012-14, durante a 4ª Sessão Ordinária.
O procedimento foi instaurado pelo MPF no Pará depois que uma consumidora do plano de saúde Unimed Centro-Oeste teve o atendimento recusado por um hospital-maternidade que melhor se adequaria ao seu estado de gravidez de risco. Oficiada, a Unimed Centro-Oeste informou que o hospital escolhido não era conveniado a essa Unimed, e sim à Unimed Paulistana, mas sugeriu outros hospitais conveniados que atenderiam à situação especial de gravidez. Mesmo assim, a internação no local só foi realizada após decisão liminar em processo judicial.
O operadora explicou também que o hospital de preferência da paciente é prestador credenciado à Unimed Paulistana, mas apenas para os planos na modalidade Integral e Supremo. Conforme afirmou, o plano ao qual a beneficiária aderiu é o Especial da Unimed Centro-Oeste, que, no repasse para a Unimed Paulistana, equivale ao Plano Padrão/Apartamento, cuja rede de atendimento disponível era a básica. Segundo o plano, para que ela tivesse direito ao hospital de preferência, deveria pertencer ao plano Executivo e não ao Especial.
Igualmente oficiada, a ANS informou que instaurou procedimento administrativo referente a essa demanda, o qual foi arquivado por não constatar irregularidades, com base na Lei nº 9.656/98.
Na análise do arquivamento pelo MPF, o subprocurador-geral da República Antônio Fonseca considerou que os indícios sugerem ou que a usuária imaginou dispor de um plano que abrangia o hospital pretendido, ou que não fora esclarecida sobre a intercomunicação dos planos de saúde. “Vale dizer, o consumidor foi induzido em erro em função da confusão terminológica, numa afronta ao Código de Defesa do Consumidor”, disse. Segundo o código, são direitos básicos do consumidor a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços.

“Caso se faça necessário, elabore-se uma recomendação à ANS no sentido de que regulamente a questão de modo a unificar os termos utilizados pelas operadoras”, determinou o relator, cujo voto foi seguido pelos demais membros do colegiado.

RÁPIDAS

●  Ao visitar na manhã desta segunda-feira (5) o complexo de favelas da Mangueirinha, o prefeito constatou que o posto de saúde existente no Complexo da Mangueirinha fora completamente depredado. A contratação da obra de recuperação foi autorizada em caráter emergencial.
●  “Durante o período que a criminalidade agia na comunidade não havia um médico ou técnico de saúde que tivesse interesse em trabalhar na região. Agora, com a presença da PM, poderemos desenvolver campanhas importantes de orientação à hipertensão arterial, a diabetes.
●  Segundo o prefeito, professores, funcionários e alunos também foram beneficiados com a ocupação. Era comum as escolas da rede municipal ficarem sem funcionar. Há cerca de 15 dias uma funcionária da Escola Municipal Hermínia Caldas, visitada nesta segunda por Alexandre Cardoso, foi atingida por uma bala perdida. “Isto não podia continuar” afirmo o prefeito.
●  No novo encontro com a comunidade da Mangueirinha (Foto: Marcelo Hora/Divulgação), o prefeito anunciou ainda que, em parceria com a Prefeitura, a Unigranrio irá desenvolva projetos para a comunidade
●  “Vamos investir na qualificação profissional dos moradores, buscar financiamentos para que a mulher possa comprar máquina de costura e contribuir no orçamento doméstico, incentivar a fabricação de brinquedos de madeira e levar projetos culturais aos moradores desta área. O papel da universidade na Mangueirinha será de grande importância, pois caberá a ela pensar a região, incentivar o empreendedorismo do pequeno empresário local”, destaca Alexandre Cardoso.
●   “A comunidade agora começa a sentir a presença do Estado, já que a violência foi combatida pela polícia. Estamos preparando uma série de ações visando atender as necessidades de quem vive nesta localidade. Além de contarmos com a universidade e com as secretarias municipais, pretendemos implementar uma campanha junto à população da área sobre a coleta de lixo. Queremos mostrar que a coleta tem um horário pré-estabelecido e não adianta deixar o saco com detritos após a passagem do caminhão”, recomendou.
●  A secretaria municipal de Serviços Públicos divulgou nesta segunda um balanço dos três primeiros dias de trabalho no Complexo da Mangueirinha. Foram recolhidos desde sexta-feira até este domingo cerca de 400 toneladas de lixo e 120 pontos de luz foram recuperados.
●  O secretário estadual de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, disse neste domingo (4) que o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, na Favela da Rocinha, e os ataques do tráfico contra duas sedes do grupo AfroReggae, no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro, não afetam a imagem das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
●  Beltrame falou à imprensa durante visita à Favela da Mangueirinha, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense (Foto: Marcelo Hora/Divulgação), que foi ocupada na última sexta-feira (2) pela Polícia Militar (PM) e ganhará uma companhia destacada, com 180 policiais. A Mangueirinha era considerada uma das mais violentas da região, conhecida como "o Complexo do Alemão da Baixada".
●   “Eu acho que não [afeta a imagem das UPPs]. Na Rocinha, a Divisão de Homicídios (DH) está trabalhando diuturnamente. Tivemos um incidente lá, sério e grave, que vamos apurar. Cinco anos atrás, você não poderia fazer um local de crime dentro da Rocinha ou do Complexo do Alemão. Se a gente quer avançar, não pode esquecer que houve um ganho substancial. [Há] problema, mas a situação nesses lugares é infinitamente melhor do que tínhamos antes. Quantos casos tivemos nesses locais em que as pessoas foram consumidas pelo microondas [fogueira feita com pilha de pneus] e os familiares não podiam nem ir a uma delegacia reclamar o corpo?”, declarou Beltrame.
●  O secretário comentou a intimação feita pelo delegado Rivaldo Barbosa, titular da DH, ao soldado PM Juliano da Silva Guimarães, que deverá prestar esclarecimentos nesta semana. Ele disse que um tio, motorista de um caminhão de lixo, foi obrigado por traficantes a retirar um corpo da Rocinha e levar para um depósito no Caju, região portuária
●  “Denúncias, notícias e especulações têm que ser carreadas para dentro do inquérito e analisadas. Se esta pessoa disse que fez isso, vamos ver em que situação aconteceu. A polícia vai atrás para confirmar o que está sendo dito, para fazer com que denúncias virem, ou não, uma verdade. Nós temos que ter é cautela. Quando apresentarmos um resultado, tem que ser uma coisa muito bem feita.”
●  Beltrame falou também sobre a iniciativa do comandante da PM, coronel Erir Ribeiro, de anistiar punições de ações administrativas de 450 policiais, que assim poderiam limpar suas fichas e estarem aptos a promoções e à volta ao trabalho de rua.
 “Da maneira como foi colocado e comunicado, eu não gostei. A Polícia Militar sabe o que significa delito administrativo de menor potencial, mas a sociedade não sabe. E precisamos esclarecer isto para dizer à sociedade o que significa e quais as consequências. Eu aguardo da PM explicações para que tenhamos isso muito claro e transparente.” Sobre o decreto, Beltrame respondeu: “Eu acredito que sim, [o decreto pode ser revogado. Nós precisamos analisar essas medidas para, criteriosamente, tomar uma medida”.
●  O pedreiro Amarildo desapareceu em 14 de julho, depois de ser levado por soldados da PM à sede da UPP da Rocinha para esclarecimentos. O comandante da unidade, major Edson dos Santos, alegou que ele foi ouvido e liberado em seguida, mas Amarildo continua sumido, o que provocou uma série de protestos tanto da comunidade quanto durante manifestações de rua, no Rio e até em São Paulo, com a frase "Cadê Amarildo?" estampada em faixas e cartazes, além de amplamente divulgada nas redes sociais.
●  O grupo AfroReggae teve sua sede no Complexo do Alemão incendiada no dia 16 de julho e um suspeito que chegou a ser preso acabou morrendo, vítima das queimaduras provocadas pelas chamas. Outra sede, localizada na Vila Cruzeiro, vizinha ao Complexo do Alemão e também ocupada pela polícia, foi alvejada por tiros, no último dia 1º. O AfroReggae desenvolve um trabalho social nas comunidades que poderia estar desagradando a setores ligados ao tráfico de drogas. (Vladimir Platonow/ABr
●  O município de Barra do Piraí, no sul fluminense, elegeu domingo (4) novo prefeito, em eleição suplementar realizada pela Justiça Eleitoral. O candidato Jorge Babo, da coligação Governando Junto com Você, dos partidos PPS, PTdoB e PSDB, foi eleito com 56% dos votos válidos, ou seja, 29 mil votos.
●  Cleber Paiva Guimarães é o novo vice-prefeito. A cidade foi uma das nove que tiveram eleições suplementares nesse domingo (4). Desde as eleições municipais de 2012, eleitores de 51 municípios já tiveram que voltar às urnas para eleger prefeitos devido a irregularidades com os eleitos naquele pleito.
●  No caso de Barra do Piraí, a eleição foi feita devido à cassação do prefeito eleito, Maércio Fernando Oliveira de Almeida (PMDB), e de seu vice, Norival Garcia da Silva Junior (PV), por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na campanha eleitoral do ano passado. Como foram anulados os 29.177 votos recebidos pelo prefeito em 2012, ou seja, mais de 50% dos votos válidos, foi marcada uma nova eleição.
●  Uma medida tomada pela presidente do TRE-RJ, desembargadora Letícia Sardas, foi decisiva para acelerar a contagem dos votos. Um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) auxiliou no transporte das mídias com os resultados das urnas eletrônicas instaladas nos locais de votação dos bairros mais distantes até o cartório da 93ª Zona Eleitoral, onde os votos foram apurados. "Foi uma eleição limpa, de Primeiro Mundo", disse a presidente, que fez um balanço positivo do pleito.
●  A desembargadora Letícia Sardas destacou o clima de tranquilidade e o fato de ter havido um único registro do crime de boca de urna. A presidente do TRE-RJ atribuiu o pequeno número de incidentes na eleição ao trabalho da Comissão Permanente de Fiscalização da Propaganda Eleitoral e da Assessoria de Relações Institucionais. "O TRE-RJ teve uma atuação preventiva, mostrou que estava presente e que agiria com rigor", disse.
●  Durante a manhã, houve quatro pessoas detidas em carros adesivados, para averiguação. Elas foram liberadas em seguida porque não havia propagandas armazenadas nos carros. À tarde, um eleitor foi detido por tentar votar duas vezes e uma pessoa foi presa, depois de ser flagrada fazendo boca de urna. Apenas cinco urnas eletrônicas apresentaram problemas e tiveram que ser substituídas. Em nenhum dos casos houve necessidade de adotar a votação manual.
●  Para reforçar a estrutura de segurança e fiscalização, foram mobilizados 482 policiais, 90 viaturas, 12 reboques, uma ambulância, 11 pessoas para atendimento de casos de emergência médica, dois ônibus, cinco motocicletas, além do helicóptero da PRF e seis atendentes que trabalharam na central de atendimento do Disque-Denúncia. Durante o dia, a presidente do TRE-RJ, desembargadora Letícia Sardas, esteve ainda em locais de votação de toda a cidade, inclusive no bairro Califórnia, considerado a área de maior violência da cidade. Nesses locais, a presidente cumprimentou mesários e eleitores, além de conversar com agentes de segurança.
●  Doença incomum no Brasil, a língua azul, que ataca gados ruminantes, sobretudo ovelhas, pode se alastrar no estado do Rio e prejudicar o setor de ovinos. O alerta foi feito por veterinários da Universidade Federal Fluminense (UFF), que detectaram o vírus em fevereiro em uma fazenda em Vassouras, área rural do sul fluminense, que matou ovelhas leiteiras e cordeiros e causou sequelas em vários animais. O caso foi comunicado à Defesa Sanitária Animal (DSA), da Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária, e ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
●  A propriedade rural foi interditada pela DSA. Segundo o pesquisador Mário Balaro, do Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Caprinos e Ovinos (Gepeco) da UFF e um dos responsáveis pelo diagnóstico, a medida não é suficiente para evitar um surto.
●   “É importante a adoção de procedimentos para controle epidemiológico. Apresentamos um plano de contingência baseado em planos internacionais às autoridades, mas ainda não obtivemos resposta”, comentou.
●  Segundo Balaro, veterinários que estudam a doença acreditam que a língua azul é endêmica em grande parte do país, mas é subnotificada. Os sintomas podem ser confundidos com o de outras enfermidades, como verminose e pneumonia.
●  Na Europa e nos Estados Unidos, a doença causou perdas enormes: a solução encontrada foi a vacinação dos ovinos. Nos Estados Unidos, segundo ele, as perdas em razão do vírus já chegaram a cerca de US$ 3 bilhões por ano, sobretudo, pela queda drástica na produção de leite das ovelhas doentes e pela redução do crescimento e engorda dos cordeiros, além da morte dos animais. O Brasil não produz a vacina e ainda não autoriza a importação da mesma que vem da Europa
●  De acordo com o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques, o caso em Vassouras está sendo monitorado pelas autoridades competentes, mas é pontual e não pode ser considerado um surto.
●  “Todas as propriedades de onde saíram animais para essa propriedade foco e que venderam animais dessa propriedade foco foram monitoradas, inclusive em outros estados, e não foi detectada nenhuma ocorrência da doença. Nas propriedades próximas também foram feitos estudos e nada foi detectado que justifique uma medida emergencial”, declarou.
●  Balaro explicou que embora a literatura diga que o vírus não apresenta risco de transmissão para seres humanos há o registro de um homem que manipulava o vírus em laboratório que adoeceu e de uma experiência in vitro, em que o vírus conseguiu atacar a célula pulmonar humana. O representante do Mapa disse desconhecer que haja havido transmissão do vírus para humanos.
●  Um grupo de veterinários da UFF, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pretende fazer um levantamento sorológico no estado e mapear as zonas de risco e as zonas endêmicas da doença.
●  “Faremos na primavera e no verão quando há maior incidência dos mosquitos. Vamos tentar verificar em que localidades está presente o mosquito-pólvora e se há riscos de as ovelhas de adoecerem”, comentou. (Flávia Villela/ABr).
●  O que exigia um procedimento cirúrgico, agora pode ser diagnosticado em cerca de dez minutos. A detecção da presença de fibrose no fígado de pacientes com hepatites B e C, antes feita por meio de cirurgia, pode ser feita pela elastografia, exame que não é invasivo e se assemelha a um ultrassom. O exame ainda é para poucos, pois na rede particular chega a custar R$ 3 mil e a rede pública ainda tem poucos aparelhos.
●  Carmem Alves Pereira, chefe da unidade de gastrologia do Hospital de Base do Distrito Federal (DF), explicou que, quando descobre que tem hepatite B ou C, o paciente deve logo fazer um exame para saber o nível de comprometimento do fígado, para, a partir dessa informação, ter um tratamento adequado.
●  Para o exame tradicional é necessário um procedimento cirúrgico, com anestesia, para ter acesso direto ao órgão e assim saber em que estado se encontra. Carmem diz que, como toda cirurgia, o procedimento oferece riscos, por isso a importância da elastografia.
●  A médica diz que o DF têm três Fibroscan, aparelho usado para fazer a elastografia, na rede pública. Os aparelhos ficam no Hospital de Base do DF, na Unidade Mista da Asa Sul e no Hospital Regional de Taguatinga. Cada um custou cerca de R$ 750 mil.
●  São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro também contam com o exame na rede pública. A Associação Brasileira de Portadores de Hepatite (ABPH) em breve vai passar a oferecer em São Paulo esse exame gratuitamente à população.
●  A estimativa do Ministério da Saúde é que no Brasil 800 mil pessoas estejam infectadas pelo vírus B e 1,5 milhão de pessoas pela hepatite C. Da infecção até a fase da cirrose hepática pode levar de 20 a 30 anos, em média, sem nenhum sintoma.
●  Pelos dados oficiais da Organização Mundial da Saúde, 1,4 milhão de pessoas morrem por ano em decorrência das diversas formas de hepatite. Apenas 37% dos 126 países analisados pela organização dispõem de estratégias para prevenção e tratamento. O Ministério da Saúde informa que, no Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C.
●  No Brasil, há vacinas para a prevenção das hepatites A e B. O Ministério da Saúde oferece vacina contra a hepatite B nos postos de saúde do SUS e contra a hepatite A nos centros de Referência de Imunobiológicos Especiais. Não há vacina contra a hepatite C. (Aline Leal/ABr).

Nenhum comentário: