TCU DENUNCIA
SOBREPREÇO DE R$
11,2
MILHÕES EM OBRAS DA COWAN
Só em
Minas Gerais são encontradas duas obras com irregularidades sob o comando da
empresa, de acordo com o TCU. Uma delas é referente à obra de ampliação e
restauração das pistas do Aeroporto de Confins, melhoria destinada à Copa do
Mundo. Nela, foi identificada sobrepreço no montante de R$ 11,2 milhões,
decorrente de preços excessivos frente ao mercado concorrente.
Para a
obra em questão, foram previstos R$ 184,7 milhões, de acordo com o Portal de
Transparência da Copa 2014. O valor contratado, no entanto, já atingiu R$ 202,1
milhões e R$ 83,6 milhões já foram efetivamente pagos. No relatório do
Tribunal, advindo de auditória realizada em 2012, também se identificou atraso
da obra com relação ao cronograma apresentado.
Entre
2007 e 2011, a Cowan recebeu R$ 4 milhões do governo federal, de acordo com
dados do Portal da Transparência da Controladoria-Geral da União (CGU). A maior
parte dos recursos (R$ 3,6 milhões) diz respeito à outra obra de Minas Gerais,
a de duplicação da BR-040/MG, trecho Sete Lagoas – Trevo de Curvelo, que faz
parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Em
2008, fiscalização do Tribunal de Contas constatou irregularidades na obra. De
acordo com o órgão, o projeto básico era deficiente e o projeto executivo
superavaliado. O TCU, no entanto, afirmou que não foram encontradas
irregularidades que poderiam gerar a paralisação da obra.
Os R$
400 mil restantes foram pagos à Cowan em 2011 pela obra de Construção da
Variante Ferroviária (EF-431) de Camaçari, na Bahia. Auditoria realizada pelo
TCU em 2011 constatou ausência de levantamento prévio das jazidas existentes no
local da obra e indícios de sobrepreço, que foram parcialmente resolvidos.
No
quarto empreendimento, a empreiteira ficou programada para executar obras do
sistema de esgotamento sanitário de Porto Velho, em Rondônia. No relatório
apresentado pelo TCU, em 2010, foi recomendado a anulação de licitação e do
contrato por conta de irregularidades do processo licitatório, sobrepreço de R$
106 milhões no contrato, que previa uma aplicação de R$ 736 milhões, além de
restrição de competitividade. O consórcio Cowan-Triunfo estabelecido com a Secretaria
de Estado do Planejamento e Coordenação Geral do Governo de Rondônia foi,
posteriormente, cancelado.
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