A DEMOLIÇÃO DO TEMAM - TEATRO MUNICIPAL ARMANDO MELO
Na entrevista a um jornal do Rio, o Secretário de Obras João Carlos Grillo confirmou que já foi encaminhado ao Governo Federal o projeto de revitalização do Centro da cidade, que receberá R$ 300 milhões do PAC de Lula. Com uma fúria demolidora nunca vista na cidade, o prefeito Washington Reis pretende derrubar o Shopping Center e o terminal rodoviário que ali funciona há mais de 40 anos, De cambulhada, também vai ao chão o Teatro Municipal Armando Melo, um marco nas atividades culturais de Duque de Caxias e da Baixada Fluminense, pois serviu, por quatro décadas, como formador de platéias e de artistas e técnicos em artes cênicas. Para quem está chegando agora, é bom lembrar que o Armando Melo, com menos de 100 lugares, foi o primeiro teatro do Município, inaugurado pelo prefeito Moacyr do Carmo em 1967 e resultou de doação, por 99 anos, dos incorporadores do Shopping Center. Nesses 40 anos de luta e resistência política – seu primeiro diretor, o teatrólogo e jornalista Laís Costa Velho não pode assumir por veto da Ditadura – o Amando Melo ajudou a formar profissionais que hoje integram grupos teatrais da Baixada, além de servir de laboratório para que o grupo TAL – Teatro de Abertura Lúdica – conquistasse o prêmio “Molière”, que era dado pela estatal “Air France” a grupos que se destacassem no panorama teatral brasileiro. E o grupo, liderado pelo professor Ediélio Mendonça, só não foi a Paris receber o prêmio por falta de patrocinador para custear a viagem. A informação de que, na área hoje ocupada pelo Shopping Center, surgirá uma arena, não resolve o problema por dois motivos muito importantes:
1 – O TEMAM faz parte da História da Cultura da Baixada e, como tal, deveria ser preservado, como ocorre na Europa, nos EUA e na Ásia, com a Estátua da Liberdade, a Torre de Pisa, as Muralhas da China e as pirâmides do Egito, por registrarem momentos importantes da história da humanidade;
2 – O Poder Público é movido pelo oportunismo. O que hoje o prefeito considera importante e urgente, poderá não sê-lo na próxima administração. A Estrada Rio-Petrópolis, por exemplo, que acaba de completar 79 anos, foi construída em menos de dois anos, mas sua duplicação, iniciada no Governo Moacyr do Carmo no final dos anos 60, já dura quase 40 anos.
A sociedade precisa discutir e se pronunciar sobre o PAC de Caxias. Afinal de contas, o atual governo já demonstrou o pouco apreço pela Cultura e pela História da cidade, como vimos na derrubada dos galpões da antiga Fábrica de Tecidos, no Corte Oito, e com a tolerância criminosa em relação ao lixão do Jardim Gramacho, que está destruindo área de manguezal e poluindo a Baía da Guanabara, sem falar da apreensão, pela Polícia Federal, do ônibus da Secretaria de Cultura que levava um grupo de estudantes de Xerém para uma excursão a Barbacena, Minas Gerais. (Foto: Beto Dias/Arquivo)
• O delegado André Drumond, titular da 59ª DP-Caxias, que agora só sai ás ruas de coletes a prova de balas e em carro blindado com escola armada, começa a ouvir nesta quarta-feira (19/09) os 58 PMs e uma agente penitenciário suspeitos de cobrarem propina dos traficantes que atuam nas favelas de Santa Lúcia e Parada Angélica, em Imbariê, Terceiro Distrito de Duque de Caxias. Os policiais presos por ordem da Justiça, pertencem ao 15º Batalhão da PM, responsável pelo policiamento no município.
• O número de presos esta semana corresponde a 10% do efetivo do Batalhão e, por causa do desgaste provocando pelo escândalo, o Tenente Coronel José da Silva Macedo deve ser substituído inda hoje no comando do antigo “Treme Terra”, como era conhecido o batalhão até a fusão dos estados da Guanabara e Rio de Janeiro.
• Ente os presos está o sargento Renato de Abreu, suplente de vereador em Magé, acusado pela Polícia Civil de cobrar propina diária de R$ 15 reais dos donos de 70 vans e kombis daquele município, além de ser dono de uma frota de veículos alugados à prefeitura comandada pela prefeita Núbia Cozzolino, de quem o sargento foi Secretário de Transporte.
• A Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, presidida pelo deputado Comte Bittencourt (PPS), realiza nesta quarta-feira (19/09), uma reunião para discutir o processo de municipalização previsto na Lei 4.528/05, que estabelece prazo de três anos para que o Governo do estado transfira o ensino infantil para a administração dos municípios. O tema • será debatido com a presidente da União Nacional de Dirigentes Municipais da Educação (Undime), Stella Salomão.
“A lei aprovada por esta Casa sofre por interpretações equivocadas. Precisamos aprofundar a discussão do tema para que ela seja implantada de forma a beneficiar os estudantes”, declarou Bittencourt. No começo da semana, a comissão esteve em Itaperuna, no Noroeste fluminense, para discutir o tema com representantes de ensino da região – o mesmo já ocorreu em Campos, Nova Friburgo, Niterói e em bairros da Zona Oeste do Rio.
• Também nesta quarta-feira, a CPI que investiga denúncias de irregularidades nos medidores de energia da Ampla. receberá, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, e os superintendentes da agência, Paulo Henrique Silvestri e Ricardo Vidnich Herz. Os depoimentos estão marcados para 11 horas, do Palácio Tiradentes.
• Além deles, também foram convidados o ex-diretor de Metrologia Legal do INMETRO, Roberto Guimarães, e o funcionário do órgão, Luiz Carnielo Santiliano. “Temos o objetivo de cobrar dos convidados uma explicação quanto à postura dos órgãos no caso da instalação dos chips eletrônicos de medição aérea da Ampla, tida como suspeita”, contou o presidente da CPI, deputado Marco Figueiredo (PSC).
• Hélio Alvim, diretor de Recursos Humanos da Cedae, negou que exista algum estudo para a privatização dos serviços de abastecimentos da empresa em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Ele falou como representante da Cedae durante a audiência pública realizada nesta terça-feira (18/09), pela Comissão de Trabalho, da Alerj. “Poderá haver um concurso público para a companhia e um plano de cargos e salários para os funcionários. Esses boatos sobre a privatização são contrários aos investimentos previstos”, informou.
• O presidente da comissão, deputado Paulo Ramos (PDT), achou insuficientes as informações prestadas pelo diretor e, por isso, marcou, para o próximo dia 27 de setembro, uma nova audiência sobre o assunto. “Achamos que esse senhor não foi a pessoa certa para representar a companhia nessa questão. Existem rumores de uma decisão política a respeito da transferência da gestão do sistema em Belford Roxo para a prefeitura. É uma irresponsabilidade. Não acredito que o governador Sérgio Cabral possa cometer esse crime contra a população do município. Vamos exigir a presença do presidente da Cedae (Wagner Victer)”, declarou o pedetista.
• Segundo funcionários da Cedae, a apreensão dos trabalhadores é motivada pelo envio de um documento da Prefeitura de Belford Roxo manifestando interesse na distribuição e no tratamento da água e esgoto no município. “A existência desse documento nos causa muita preocupação. Queremos que a companhia seja transparente em relação a essa situação e que nos deixe participar da discussão. O presidente da Cedae declarou que a inadimplência no município é de 95% e, por isso, seria favorável à privatização”, afirmou o engenheiro da Cedae e diretor do Sindicato dos Engenheiros, Paulino Cabral.
• O deputado Alcides Rolim (PL), representante de Belford Roxo, tem outros números sobre a inadimplência, que seria, segundo ele, de 60%. “A população da cidade é de 600 mil habitantes. Esse índice de inadimplência é motivado pela falta de investimento no saneamento básico. Muitas casas não têm abastecimento de água, mas são taxadas pela companhia”, ressaltou o parlamentar. Para o representante da Central Única dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (CUT-RJ), Maurílio Paixão, o número de inadimplentes não é o maior problema. “O problema não é a inadimplência, mas sim a má gestão e a incapacidade administrativa da Cedae”, manifestou-se.
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