quinta-feira, 20 de setembro de 2007

BAIXADA URGENTE

JARDIM PRIMAVERA FAZ 60 ANOS

Um dos primeiros loteamentos urbanizados de Duque de Caxias, o Jardim Primavera está comemorando 60 anos com muita festa. O bairro foi criado em 23 de setembro de 1946 pelo professor Nelson Cintra, que se desfez de uma coleção de instrumentos como violinos e violoncelos centenários para realizar um sonho: construir um bairro estritamente residencial numa cidade que acabara de surgir (31/12/1943) na inóspita Baixada Fluminense. Ele precisou de muita paciência e persistência para convencer o espanhol Regis Constantino a lhe vender a fazenda que possuía naquele local. O fazendeiro estava muito abalado com o assassinato de um filho numa tocaia dentro da fazenda e o professor Nelson Cintra garantiu que faria uma escola no local da tocaia. E, assim, surgiu o Colégio Primavera, que oferecia, além dos cursos Primário e Ginasial, o de Técnico de Contabilidade, garantindo, assim, um ensino de qualidade aos filhos dos moradores do novo bairro. Os terrenos foram vendidos para famílias que moravam na então Capital Federal, mas queriam um lugar mais sossegado para criarem e educarem seus filhos. Para tanto, o professor Nelson Cintra mantinha ônibus ligando Jardim Primavera ao Rio e a Petrópolis. Além das ruas terem meios-fios e serem conservadas pela empresa incorporadora, Nelson Cinta ainda construir poços artesianos, garantindo água canalizada para quem morava no bairro, privilégio que o centro de Duque de Caxias só iria desfrutar a partir de agosto de 1960. O sistema foi doado pelo professor posteriormente ao Governo do Estado, sendo incorporado à Cedae. Além de disporem de transporte, escola e água encanada, os compradores dos lotes ganharam, também, um clube que garantia o lazer para todos. O único sonho que o sempre sorridente professor não conseguiu realizar foi o de ser prefeito da cidade para construir uma “Nova Duque de Caxias”, mas Jardim Primavera acabou se tornando sede da Prefeitura no Governo de José Carlos Lacerda, numa manobra política para evitar a emancipação de Xerém e Imbariê, projeto comandado justamente por Washington Reis, atual prefeito do Município. (Foto: SECOM/Divulgação)

• A festa do 60º aniversário de Jardim Primavera começa neste sábado com uma caminhada pela Paz partindo da estação ferroviária (doada por Nelson Cintra) às 9 horas, terminando com uma concentração na Praça do Rotary, na Avenida Primavera, onde será realizado um ato ecumênico, seguido de um encontro cívico de escolas da região.
• A programação continua no domingo (23/09), com apresentação de artistas locais e homenagens aos moradores mais antigos num salão de festas na Avenida Primavera, a partir das 16h. No dia 29, das 9 às 14 horas, será realizada uma gincana no Colégio Primavera, envolvendo três grupos da terceira idade.
• O blog “Transparência”, dos amigos do prefeito, denunciou, com foto e tudo, na sexta-feira (14/09), que um casal com filho pequeno está, há mais de um ano, morando numa calçada atrás do Ed. River, onde funcionou a Secretaria de Ação Social, hoje chefiada pela esposa de Washington Reis.
• Nenhum comentário, porém, com relação aos adolescentes que “moram” embaixo do prédio da Biblioteca Municipal Leonel Brizola, em plena Praça do Pacificador. Será que o ataque dos blogueiros tem alguma coisa a ver com possíveis mudanças no Secretariado? O “fogo amigo” contra a Sra. Daniele Marques Reis será apenas para abrir vaga no Governo para o PDT de Aroldo Brito e Roberta Barreto?
• A Assembléia Legislativa aprovou nesta terça-feira, em discussão única, projeto de indicação legislativa do deputado Zito (PSDB) propondo aumento salarial para integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, que teria por base a média salarial dos PMs de todo o País. Com isso, o vencimento de um soldado da PMRJ, em início de carreia, passaria de R$ 874,00 para R$ 1.307,70. “O Estado do Rio paga o pior salário de toda a federação. Nosso objetivo é resgatar os vencimentos dos profissionais de segurança e demais militares, dando a eles um salário compatível com um estado que apresenta um dos maiores índices de violência do país”, destaca Zito.
• Tal e qual a proposta do deputado tucano para dobrar os vencimentos da Policia Militar com mudança da escala de serviço, esse projeto segue o modelo de um outro, do delegado-deputado Alvará Lins, que autoriza o governado a equiparar, a partir de 2008, os vencimentos dos Procuradores e Promotores de Justiça, Defensores Públicos e Delegados de Polícia.
• Como a Constituição Federal proíbe que o Congresso, Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores legislem sobre política de pessoal, função privativa de Presidente da República, governadores e prefeitos, o que teremos, na verdade, será muita propaganda dos legisladores sem que os contracheques sofram qualquer alteração. Como o governador segue à risca a política fiscal do Secretário de Planejamento, o seu amigo Sérgio Rui, a favor do caixa forte, os policiais civis e militares vão continuar esperando e esperneando.
• A chefe do Setor de Fiscalização da Delegacia Regional do Trabalho (DRT-RJ), Elisabeth Cavalcante, disse, na audiência pública realizada, segunda-feira (17/9), pela Comissão de Trabalho da Assembléia Legislativa, que a falta de manutenção dos trens e as péssimas condições de trabalho dos ferroviários seriam suficientes para que a concessão de serviço público da SuperVia fosse cassada. “Já fizemos vistorias em diversos trens e constatamos falta de condições e excesso de trabalho. Na minha opinião, o caso é de suspensão da concessão. Está claro que as normas não estão sendo cumpridas devidamente”, reclamou.
• De acordo com Cavalcante, a alegação de que houve falha humana no acidente “não cabe mais no mundo moderno”. “Esse argumento é ultrapassado. A vida de centenas de pessoas não pode ficar a cargo do maquinista do trem. Se houver uma falha, é preciso que haja um sistema que corrija o erro. Já que a alegação é de falha, temos que avaliar se o profissional estava bem preparado para o trabalho”, afirmou a delegada, acrescentando que, na DRT, existem diversos processos tramitando contra a SuperVia
• O presidente da comissão, deputado Paulo Ramos (PDT), concordou com a fiscal da DRT. “Estamos diante do descumprimento das regras de concessão. Esse modelo de aliança do poder público com as concessionárias tem que acabar. O estado está abrindo mão de suas atribuições. É muito fácil transferir as responsabilidades”, criticou o parlamentar.
• Na audiência de segunda, a Supervia não mandou representantes para discutir a situação. Paulo Ramos classificou como “fuga de responsabilidade” a ausência da concessionária. Para o parlamentar, os resultados da investigação que apontaram falha humana como a causa do acidente, que teve oito vítimas fatais e 101 feridos, no último dia 30 de agosto, em Nova Iguaçu, foi “uma maneira de dar uma satisfação para a sociedade”. “Hoje tivemos a demonstração de omissão por parte da concessionária. É inadmissível que a empresa faça um relatório se eximindo de culpa com tão pouco tempo de investigação”, disse Ramos.

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