domingo, 17 de maio de 2009

BAIXADA URGENTE

EX-CASEIRA DE TELÊ É A MAIS
NOVA VÍTIMA DE SÉRGIO CABRAL

O fechamento, por tempo indeterminado, do Restaurante Popular de Duque de Caxias, que servia cerca de 3 mil refeições por dia, eliminou a única refeição de muita gente humilde, principalmente entre os moradores das Vilas Nova e Ideal, ao lado do restaurante. Foi lá que a reportagem de “O Municipal”, o mais antigo jornal de Duque de Caxias, encontrou Da. Geocina Moza Ferreira (foto), de 68 anos, que vive com muita dificuldade num quartinho alugado na rua Campineira, na Vila Nova, antiga favela do Lixão. Ex-caseira da família de Telê Santana, em Campos, ela hoje faz serviços avulsos para melhorar o orçamento, Ela almoçava no restaurante popular, pagando apenas R$ 1 real, pois a pensão que recebe mal dá para pagar o aluguel de um pequeno quarto na favela Vila Nova.
Separada do marido e morando sozinha, ela diz que depende da aposentadoria do INSS para sobreviver. Cega de uma vista, ela não sabe ler nem escrever, pois foi criada no interior e a dificuldade para freqüentar a escola era muito grande. Além de doenças nervosas, ela hoje enfrenta o diabetes. O salário mínimo que recebe mal dá para pagar o aluguel e comprar os remédios que usa diariamente. “Eu passo por muitas necessidades e não dá nem para comprar comida. Graças a Deus algumas pessoas me ajudam, como os irmãos da igreja”, disse ela, que freqüenta a Assembléia de Deus do local. “Estou sendo sustentada por Deus, que me ajuda através de outras pessoas”, concluiu dona Geocina.
CLIENTES DA AMPLA OCUPARÃO
A TRIBUNA DA CÂMARA NA 2ª

A Tribuna da Câmara de Duque de Caxias vai ser utilizada, nesta segunda-feira (18), pelos consumidores que hoje sofrem com os chips da Ampla, que não foram aprovados pelo Inmetro por falha na leitura do consumo. A partir das 8 horas, a tribuna estará liberada para quem quiser protestar contra a distribuidora de energia, que está sendo negociada com a CEMIG. Segundo o vereador Mazinho, durante a sessão, ele e o prefeito Zito ficarão sentados no plenário como expectadores, anotando as informações que servirão como suporte para a Audiência Pública do próximo dia 25. De acordo com Mazinho os moradores ocuparão a tribuna devidamente munidos de documentos e provas contra a distribuidora espanhola.
“Esperamos que, desta vez, a Ampla compareça e traga seu corpo técnico para esclarecer todas as dúvidas”, destacou Mazinho. Na ocasião, será apresentado o relatório final do deputado estadual Paulo Ramos, ex-relator da CPI da Assembléia que investigou a Ampla em 2007. Segundo o líder do PDT na Alerj, oficial reformado da PMRJ e ex-Defensor Público, há documentos que comprovam, em tese, crime de “extorsão” contra os consumidores. “Se o fato for comprovado, a Ampla poderá ser enquadrada em crime contra o consumidor, conforme Artigo 321 do Código Penal”, destacou Paulo Ramos. Na primeira Audiência Pública contra a Ampla, dia 6 de abril, ninguém da distribuidora compareceu.

RÁPIDAS

• Numa atitude no mínimo contraditória, o presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), aproveitou a cerimônia de incorporação de carros elétricos à frota da Ampla para fazer rasgados elogios à distribuidora de energia elétrica que insiste em usar medidores com chips não autorizados pelo Inmetro, conforme constatou a CPI da Ampla, realizada em 2007. A empresa espanhola está deixando o País e a CEMIG, controlada pelo Governo de Minas Gerais, é a principal interessada na compra da distribuidora.
• O Supremo Tribunal Federal decidiu, por 7 votos a 2, que as reclamações trabalhistas podem ser submetidas ao Poder Judiciário antes de analisadas por uma comissão de conciliação prévia, para preservar o direito universal dos cidadãos de acesso à Justiça.
• A decisão vale até o julgamento final de ações diretas de inconstitucionalidade ajuizadas por quatro partidos políticos (PC do B, PSB, PT e PDT) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC) contra a regra da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) que obrigava o trabalhador a procurar primeiro a conciliação quando o fato ocorre em local onde há comissão para tal.
• O ministro Ayres Britto afirmou que a decisão do STF “estimula a conciliação e mantém uma tradição da Justiça Trabalhista de tentar a conciliação, sem sacrificar o direito universal de acesso à jurisdição [pelos cidadãos]”. Para o ministro Joaquim Barbosa, a regra da CLT representaria uma “séria restrição do direito de acesso à Justiça para os trabalhadores”.
• Um dos vencidos, o ministro Cezar Peluso, lamentou a decisão do STF, classificada por ele como “na contramão da história”. Segundo Peluso, em vários países há obrigatoriedade do recurso às vias alternativas de resolução de conflitos devido á carga excessiva de processos do Poder Judiciário. “As soluções consensuais são, em todas as medidas, as melhores do ponto de vista social”, argumentou Peluso.
• No momento em que um deputado, que responde a vários
processos no STF, via à Tribuna da Câmara Federal para afirmar que está “se lixando para a opinião pública” e a Imprensa, está na hora de se propor a aprovação, em tempo recorde, da Constituição proposta pelo pensador e escritor Capistrano de Abreu (faoto). A nova Carta Magna teria apenas dois artigos.
• Artigo 1º - Todo brasileiro deve ter vergonha na cara.
• Artigo 2º - Revogam-se as disposições em contrário.
• Alguém se opõe à proposta?
• Mais um pepino na conta da dupla Sérgio Cabral-Beltrame: o quadro de coronéis da PM e do Corpo de Bombeiros. Segundo levantamento publicado pelo jornal “Extra”, a PM gasta por mês R$ 16 milhões na remuneração do seu ampla quadro de coronéis, que se aproxima da cada do primeiro milhar. É muito chefe galonado para poucos índios (praças e graduados).
•Talvez aí esteja a raiz para a insegurança em que vive a população, isto é, alguns protegidos ganhando muito, enquanto a maioria tem que ralar para ganhar dois ou três salários mínimos. Um soldado em início de carreira, por exemplo, ganha R$ 619,89.
• O “gibi” apreendido na casa do sorridente “Batman”, a enigmática “Monalisa” da PM, com a lista dos policiais subornados pelo chefe de uma das muitas milícias que atuam no Rio de Janeiro, revela que o “pp” variava entre R$ 2 mil e 7 mil por semana para quem “colaborasse” com a milícia.
• Ora, até o jornalista Sérgio Cabral, ex-aluno da PUC e eventual ocupante do Palácio Guanabara, é capaz de avaliar quanto pesa para um policial decidir entre o que recebe no contracheque para enfrentar os bandidos, que têm fuzis e metralhadoras, e o que podem ganhar, sem risco de vida, “ajudando um ex-colega” na sua nobre missão de proteger as comunidades carentes
• A Prefeitura vai manter a parceria com o Parque Ana Dantas, em Xerém, no Projeto Equinovida, que funcionara naquele local desde 2006. O projeto conta com profissionais das áreas de saúde e educação. São fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, psicólogos, pedagogos e assistentes sociais e um instrutor de equitação, coordenados por Alessandra Barros.
• Estão sendo atendidas durante a semana 196 crianças carentes com lesões neurológicas, disfunções sensório-motoras e patologias ortopédicas. O tratamento com equinoterapia acontece ás terças, quintas e sextas-feiras, das 8h às 17h. São usados oito cavalos treinados para prática de equitação. Para facilitar a locomoção dos pacientes, um veículo da Prefeitura faz o transporte, a cada hora, entre o Posto de Saúde de Xerém e o Parque Ana Dantas.
• O centro pode atender a 220 pacientes e para se inscrever o responsável tem que apresentar encaminhamento médico, comprovante de residência e renda na Secretaria de Assistência Social, na Avenida Brigadeiro Lima e Silva, 1618, bairro 25 de Agosto. Outras informações poderão ser obtidas na sede do projeto, Rua Márcio Santos da Silva, em Xerém, ou pelo telefone: 3653-6731.
• Na primeira entrevista coletiva desde que assumiu o cargo em 15 de Janeiro, a Secretária Ana Jansen, da Cultura, fez um balanço do que foi feito até agora para reorganizar e estruturar a Secretaria. A partir de agora, começa a execução de diversos projetos em estudo desde janeiro.
• De um modo geral, Ana Jansen deixou uma boa impressão, pois abriu a reunião confessando que pouco conhecia da cidade onde hoje trabalha, mas estava cercada de pessoas que atuam em movimentos culturais na Baixada e dispostas a colaborar para a implantação de políticas públicas em torno do tema.
• Perguntada sobre a volta do Forró e da Feira de Artesanato, ela explicou que havia problemas estruturais nos dois projetos, inclusive com o contrato de exclusividade com uma cervejaria, que continha cláusulas leoninas. Com relação ao artesanato, a feira fora desvirtuada e passara a admitir comerciantes de confecções industriais.
• A previsão da Secretaria é que os dois projetos voltem, reformulados, a funcionar no novo local, ao lado do mergulhão, a partir de junho. Agora, a prefeitura vai fiscalizar, além da parceria com a cervejaria, a manipulação dos alimentos, garantindo a qualidade e a higiene para maior segurança dos consumidores.
• A Mesa da Câmara está com a lista atualizada de quase todos os vereadores eleitos a partir de 1947, com a localização dos ex-vereadores ou de seus familiares para que possam participar da festa que está sendo preparada para julho,quando será inaugurado um Memorial com as fotos de todos os vereadores do município.

CAMELÔS VÃO OCUPAR A
“FEIRINHA DA ESTAÇÃO”
Um longo trecho da Rua Prefeito José Carlos Lacerda, atrás dos Correios, onde funcionava há mais de 40 anos a “Feirinha da Estação” e onde até o prefeito Zito trabalhou como carroceiro, será ocupa por cerca de 250 camelôs que trabalhavam nas passarelas que cruzam a linha férrea. Na audiência coletiva de sexta-feira, na Secretaria de Cultura, o Subsecretário João Carlos anunciou que já foram instaladas as barracas padronizadas a serem ocupadas por cerca de 250 camelô, que até janeiro trabalhavam nas passarelas da estação e outros pontos da cidade. Com relação aos camelôs do Mercado Popular, a decisão de Zito é no sentido de instalar grandes tendas na área vizinha ao mergulhão, ao lado da estação, para abrigar parte dos 360 camelôs que hoje atuam no Mercado Popular, que será desativado para que o prédio possa abrigar a Secretaria de Cultura. Desta forma, os camelôs, que serão despejados do Mercado Popular, dividiriam o espaço ao lado do mergulhão com as turmas do Forró e da Feira de Artesanato, que só devem voltar a funcionar no final de junho.

Nenhum comentário: