quinta-feira, 21 de maio de 2009

BAIXADA URGENTE

LULA CRITICA O ABANDONO
DOS MONUMENTOS PÚBLICOS
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de perversos governantes anteriores que não investiram em educação e na recuperação de favelas e monumentos públicos. Lula participou segunda-feira (25) da inauguração do primeiro campus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em Cachoeira. O campus funcionará em um prédio do centro histórico da cidade.
“Conhecendo o Brasil como conheço e vendo a quantidade de coisas ruins que ainda existem neste país, por exemplo, as favelas, que nós, com o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], queremos transformar em bairros, fico imaginando o quanto as pessoas que governaram este país há 40 ou 50 anos foram perversas com ele.
Você imagina uma matriz de uma igreja se deteriorar porque não tiveram a coragem de consertar imediatamente quando quebrou a primeira telha”, disse o presidente.
De acordo com informações da Presidência da República, o custo do campus da UFRB foi de R$ 8 milhões. Os recursos foram repassados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Lula só não falou do despejo do IPAHB, em São João de Meriti, do despejo do Teatro Armando Melo, em Duque de Caxias, nem criticou o Governo Vargas, cujo Estado Novo durou 15 anos e cuja constituição, a famosa “Polaca”, Lula admira e pretende restaurar, a partir de agosto, se a doença de Dilma Roussef demonstrar que não é apenas uma simples gripe, garantindo, assim, o seu terceiro mandato,.

ZITO TEM 15 SUBSECRETÁRIOS
EM APENAS CINCO SECRETARIAS
O segundo governo do Dr. Moacyr do Carmo foi uma sucessão de desastres em consequência de dois fatores: a doença do prefeito e a nomeação da filha, a procuradora do município Adriene do Carmo para a Secretaria de Governo. Pessoa rancorosa e vingativa, ela levou para o Governo as suas idiossincrasias. Uma delas era o ódio ao sobrenome Lacerda, a pessoa que bancou, política e financeiramente a eleição de seu pai. Para ter maior controle sobre a Administração, ela passava por cima da hierarquia para dar ordens diretas aos funcionários. Ela quase chegou à perfeição quando introduziu a figura do subsecretário, que podia mandar mais que o titular. Na Secretaria de Obras, por exemplo e de grande valia na eleição de vereadores, ela dispunha de um subserviente Subsecretário, que cumpria fielmente todas as suas ordens, mesmo as mais estapafúrdias. Assim, a Secretaria de Obras tinha, de fato, dois secretários: um que era subordinado ao prefeito e o segundo, à Secretária de Governo.
No atual e desastrado governo, Zito levou mais fundo a divisão do poder para acolher os novos amigos, criando novas subsecretarias. Em apenas 5 Secretarias, o prefeito criou 15 subsecretarias: Saúde, Obras, Serviços Públicos, Educação e Fazenda. Essa multiplicação de cargos, além de aumentar os gastos com salários (cada sub recebe, brutos, R$ 5,2 mil por mês), provoca os naturais atritos entre chefia e subordinados. No caso da Secretaria de Serviços Público, por exemplo, quem é responsável pela turma do jaleco amarelo? Na esquina da Av. Nilo Peçanha com a Sete de Setembro, o sinal do pedestre está apagado. E um dos subsecretários de Serviços Públicos é dono de uma loja de ferragens naquela movimentada esquina. Com tantos chefes, faltam índios para tocar a rotina das Secretarias. Seria mais razoável a criação de Departamentos, subordinados aos secretários, como era até o segundo Governo Moacyr do Carmo. Pelo jeito, Zito ainda vai amargar muita decepção com essa multiplicação de cargos de chefia!

Apesar de contar com tres subsecretarias, a Secretaria de Serviços Públicos não consegue organizar a passagem de pedestres na Rua Paulo Lins, em frente à Câmara

ALERJ LANÇA O DISQUE FRAUDE
Já está em funcionamento na Assembleia Legislativa o Disque Fraude TCE para receber denúncias de irregularidades envolvendo o Tribunal de Contas do Estado. O “Disque Fraude” é um serviço da CPI que investiga denúncias de corrupção contra conselheiros do TCE investigados pela Polícia Federal. Segundo a presidente da CPI, deputada Cidinha Campos (PDT), existe um temor, principalmente por parte de prefeitos de municípios do interior, de fazer denúncias contra o TCE. O Disque Fraude TCE (0800 282-8890) funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h30.

RÁPIDAS

● O Órgão Especial do Tribunal de Justiça acolheu segunda-feira (25) a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o deputado estadual Geraldo Moreira (PMN), acusado de ser o mandante do assassinato do médico Carlos Alberto Peres Miranda, morto ao sair de sua casa, na
Tijuca, Zona Norte do Rio, no dia 14 de março do ano passado. Por ser deputado, o acusado tem foro especial e será julgado por uma Comissão constituída pelos 25 desembargadores mais antigos no Tribunal.
● Geraldo Moreira vai responder à ação penal por homicídio triplamente qualificado (sem defesa para a vítima, motivo torpe e perigo comum). Em seu voto, a relatora do processo, desembargadora Nilza Bitar, aceitou a denúncia do MP, pois, segundo ela, há indícios de que o denunciado é o mandante do crime. No entanto, a desembargadora rechaçou a qualificadora de perigo comum. De acordo com a magistrada, o fato de o crime ter acontecido em uma rua movimentada, às 8h30 da manhã, não caracterizaria o perigo comum (para terceiros).
● Na tarde de hoje, o clima era de muita apreensão nas diversas Secretarias. Em Jardim Primavera, Zito reuniu o primeiro escalão do seu governo para uma sessão de “lava roupa”. Com início ás 17 horas, a assessoraria do Prefeito não revelou a pauta, mas a rádio corredor garantia, em sucessivos flashs de reportagem, que cabeças iriam rolar.
● Segundo um dos repórteres da mais famosa rádio da cidade, Zito estaria irritado com a lentidão de duas secretarias: Desenvolvimento e Cultura. Enquanto a primeira não consegue atrair novos investimentos, que gerem renda e mais empregos, a de Cultura não consegue superar as disputas entre as várias “igrejinhas” que se formaram naquela Secretaria durante o Governo de Washington Reis.
● Acabou sobrando para a turma do Forró e da Feira de Artesanato, que está há mais de quatro meses sem trabalhar. Zito também não perdoa o açodamento com que foi anunciado o “despejo” do Mercado Popular, como ele revelou na reunião da semana passada com a associação dos comerciantes informais daquele local.
● A Escola de Ciências Sociais Aplicadas da Unigranrio, em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária, iniciou nesta terça-feira o ciclo de palestras “MULHER, PRISÃO E TRABALHO: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS”, que vai até quinta (28), na Penitenciária Joaquim Ferreira de Souza, no interior do complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.
● Cerca de 160 internas participarão desse treinamento, enquanto professores da Unigranrio darão palestras durante três dias. Na abertura, ontem, o coordenador do curso de Direito da Unigranrio, Leonardo Rabello, falou sobre “Legislação trabalhista”; Hose, será a vez do professor de graduação tecnológica em RH e Marketing, Williamson Grimaldi, que dará a palestra “Empreendedorismo”.
● Para encerrar esse treinamento, na quinta haverá a participação de duas assistentes sociais: Ebe Campinha, do Núcleo de Direitos Humanos da Unigranrio, e Elizeth Alvarenga Pereira, do Programa de Acompanhamento ao Discente (curso de Serviço Social da Unigranrio). Elas escolheram o tema “Mulher que trabalha e cuida de sua família”, já que segundo as professoras, esse é o momento fundamental para elevar a auto-estima das internas, com frases e conversas que tocarão em pontos fundamentais como volta pra casa, o papel da mulher no trabalho e em casa, o papel de mãe, filhos, parentes e amigos, além da volta ao cenário da cidadania.

GOVERNO TRAMA O FIM DO SAMU
O Serviço de Assistência Médica de Urgência – o SAMU – foi criado para ajudar na remoção de pacientes em estado grave, otimizando o uso das ambulâncias. Como o serviço é centralizado, as ambulâncias sempre retornam à base, à espera de novos chamados. Por sistema de radiotelefonia, o SAMU recebe o pedido de remoção, verifica o hospital mais próximo e em condições de receber o paciente e promove o socorro com equipes de socorristas. O serviço deveria funcionar no sistema de consórcio, reunindo diversos municípios de uma mesma região. Na Baixada, o comando do SAMU é da Secretaria de Saúde da prefeitura local, a quem cabe repassar os recursos recebidos do Ministério da Saúde para as despesas operacionais do sistema. Seria um serviço perfeito, reunindo redução de custos com melhoria do serviço, mas as disputas políticas e o festival de egos estão destruindo o SMU. Como é um serviço comunitário, ninguém assume a responsabilidade pela conservação dos equipamentos. Por isto, em diversos pontos da Baixada temos “cemitérios de ambulâncias”, que vão para o descarte por falta de manutenção. Além de pagar pelo desperdício, a população ainda acaba sofrendo nas filas das emergências por falta de orientação quanto ao hospital que tenha condições de atendê-la.

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