segunda-feira, 6 de setembro de 2010

BAIXADA URGENTE

TENHO VERGONHA !
Um dos muitos discursos de Ruy Barbosa, perante o Senado, continua atual depois de mais de 100 anos, numa demonstração de que a Política no Brasil foi apropriada pelo que há de pior em matéria de cidadania e respeito aos direitos do cidadão.
Leia com atenção e leve uma cópia quando for votar no próxio dia 3. Se ajudá-lo a escolher melhor os seus candidatos, já estará ajudando o Brasil a afastar da vida pública políticos que utilizam a motosserra paa eliminar adversários, ou simplesmente mandam manta-los.
“A falta de justiça, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação.
A sua grande vergonha diante do estrangeiro, é aquilo que nos afasta os ho
mens, os auxílios, os capitais.
A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.
Essa foi a obra da República nos últimos anos. No outro regime (na Monarquia), o homem que tinha certa nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre, as carreiras políticas lhe estavam fechadas. Havia uma sentinela vigilante, de cuja severidade todos se temiam e que, acesa no alto (o Imperador, graças principalmente a deter o Poder Moderador), guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade”
Em razão dos últimos acontecimentos tanto em Brasília quanto no Estado, nunca esteve tão atual Rui Barbosa quando escreveu:
“Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte deste povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra.
“Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação como o ‘eu’ feliz a qualquer custo, buscando a tal ‘felicidade’ em caminhos de desrespeito para com o meu próximo.
“Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos ‘floreios’ para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer antiga posição de sempre ‘contestar’, voltar atrás e mudar o futuro.
“Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer…
“Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço.
“Não tenho para onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usarei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade. Ao lado da vergonha de mim, tenho vergonha de ti, povo brasileiro!
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos do maus e prepotentes, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra,Sinto vergonha de mim!

CABRAL RESPEITA LIMITES
E NÃO ENTRA EM FAVELAS
Apesar de garantir, na propaganda oficial, que pacificou o Rio de Janeiro, o governdor Sério Cabral declarou que não entrará em favelas onde ainda não foram instaladas as UPPs, isto é, a maioria das favelas, que continuam sob o controle de traficantes e milicianos, como é o caso do Complexo da Mangueirinha, no bairro do Centenário, embora o bairro seja sede do 15º Batalhão da PM. A contrário do governador, que anda cercwdo por policiais civis e militares, inclusive delegados e oficiais da PM, que deveriam estar cuidando da segurança do cidadão, o deputado Fernando Gabeira, enbira sem Zito e sem “caveirões” ou coletes à prova de bala, esteve domingo no Centenário, acompanhado dos candidatos Gilberto Silva, criado no bairro e que exerceu seguidos mandatos de vereador e deputdo estadual, e Marcelo Cerqueira, candidato ao senado (foto), e que foi perseguido pela Ditadura por defender os perseguidos pelo regime de 61

RÁPIDAS

• O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta segunda (6) a última relação da prestação de contas parcial de candidatos, comitês financeiros e partidos políticos que concorrem às eleições gerais em outubro. Pelos dados, a candidata do PT, Dilma Rousseff, é a que mais arrecadou, em seguida vem o candidato do PSDB, José Serra, e a candidata do PV, Marina Silva. A campanha com menor arrecadação e gastos é a do candidato do PRTB, Levy Fidelix, que informou ter receita de R$ 1.000 e nada de despesa.
• Todos os nove candidatos à Presidência da República entregaram as informações no prazo determinado pela lei – 3 de setembro. Mas Hamilton Assis, candidato a vice-presidente na chapa de Plínio Sampaio, não encaminhou os dados. O documento final relativo ao assunto será divulgado apenas no dia 2 de novembro – depois das eleições.
• De acordo com as informações transmitidas ao TSE, Dilma informou ter recebido R$ 39.554.648,13, em recursos, e utilizado R$ 38.977.357,16. Depois, aparece Serra que informou ter arrecadado um total de R$ 26.047.688,21 e ter utilizado R$ 25.247.696,21. A candidata do PV, Marina Silva, surge em terceiro lugar em valores na arrecadação de campanha. Marina disse ter recebido R$ 12.035.314,58 e gasto 11.781.660,65.
• Dos demais seis candidatos à Presidência da República, Plínio Arruda Sampaio, do P-SOL, foi o que declarou ter obtido maior receita e feito mais despesas. Plínio disse ter receita de R$ 46.390,00 e despesa de R$ 43.150,00. Já o candidato do PCB, Ivan Pinheiro, afirmou ter R$ 30.854,33 de receita e R$ 19.864,12 de despesa. O candidato do PSTU José Maria de Almeida informou ter gasto mais do que recebido. A receita do candidato do PSTU foi de R$ 8.064,98 e a despesa de R$ 23.388,43.
• Os candidatos deverão informar ao TSE, em uma próxima etapa, os nomes dos doadores e os respectivos valores repassados por eles. A data limite será até o começo de novembro para os candidatos que concorrerão ao primeiro turno das eleições. Os que disputarem o segundo turno deverão entregar os documentos até 30 de novembro.
• Quem ainda não viu a reportagem que a Rede Bandeirantes fez durante a invasão do Hotel Intercontinental por bandidos da quadrilha do bandido Nem, que continua solto e debochando da Polícia fluminense,, basta acessar o link
http://noticias.r7.com/rio-e-cidades/noticias/bope-termina-vistoria-em-hotel-invadido-por-bandidos-da-rocinha-20100821.html
• Driblando os arapongas do governador, Fernando Gabeira visitou o Hospital Azevedo Lima (foto), em Niterói, que era capital do antigo Estado do Rio. Foi o sexto hospital que o candidato do PV visitou nesta campanha, e os problemas encontrados ali são semelhantes aos dos outros hospitais. E a questão central é a superlotação. A emergência lotada, quase cinqüenta macas no corredor, com pessoas colocadas ali há mais de duas semanas, esperando exames, operações, há casos dramáticos de crianças que precisam de CTI e não há vagas.

• O mais grave é que em Niterói existe uma possibilidade real de desafogar essa demanda que vem da própria cidade, bem como Alcântara, São Gonçalo e Itaboraí. Para isso será necessária uma reforma na emergência do Azevedo Lima, mas só isso não basta. Também é fundamental que seja reaberta a emergência do Hospital Antônio Pedro, que é federal.
• Aliás, o Hospital Antonio Pedro, que é federal, tem um curioso histórico de omissão. Quando houve o grande incêndio do circo em Niterói, ele estava fechado. Quando houve o deslizamento do Morro do Bumba, em abril último, ele também estava fechado. Sempre devido às dificuldades financeiras pelas quais sempre passa.
Segundo Gabeira, a situação do Azevedo Lima depende basicamente de num investimento nas instalações, de reformas e também de uma melhoria na situação dos funcionários, que,
apesar de mal pagos, foram elogiados por todos os pacientes. Enfermeiros e médicos trabalham muito, mas é muito difícil resolver a situação quando há mais gente necessitada do que o hospital pode atender.
• O que ocorre em Niterói é um paradigma do atual governo do Estado. Em setembro de 2008, Sérgio Cabral veio a Duque de Caxias, acompanhado do Presidente Lula, inaugurar o Hospital Moacyr do Carmo. Dois anos depois, o hospital ainda não está concluído e tem uma série de deficiências, que a Prefeitura ainda não conseguiu resolver. Até uma peça do aparelho de ressonância magnética foi abandonado pelo governo do Estado na calçada da emergência do Moacyr do Carmo.

SINTO VERGONHA DE MIM!

*Cleide Canton

“Por ter sido educadora de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
Que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o “eu” feliz a qualquer custo,
buscando a tal “felicidade”
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos “floreios” para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre “contestar”,
voltar atrás
e mudar o futuro.

‘Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo
que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!

“De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto”.

Ruy Barbosa

(*) Quem quiser saber mais sobre a poetisa Cleide Canton, pode acessar o link
((http://www.paginapoeticadecleidecanton.com/povobrasileiro.htm)

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