DO TCE PARA DEPURAR A FOHA
O prefeito Alexandre Cardoso não nega que ficou surpreso
com as revelações da auditoria que, a seu pedido, está sendo realizada pelo
Tribunal de Contas do Estado nas folhas de pagamento de servidores do
município. Com relação aos mortos que constavam na folha de pagamento de
dezembro último, o prefeito explica que, na gestão anterior, o Governo deixou
de pagar pelos serviços prestados pelos Cartórios de Registro Civil de Pessoas
Naturais, onde são anotados e registrados todos os óbitos ocorridos em cada circunscrição.
O acordo havia sido feito com a Associação Notarial do Rio de Janeiro, que
reúne todas as serventias que fazem registro de nascimento, casamento e óbitos
no Estado do Rio e que mantêm esse tipo de convênio com as Associações dos
demais estados e do DF.
Segundo Alexandre
Cardoso, esse tipo de fraude ocorre com servidores e pensionistas que, ao falecerem,
deixam herdeiros, que atuavam como seus procuradores. De posse do cartão da
conta bancária do beneficiário do IPMDC, esses procuradores continuavam a sacar
o benefício, sem comunicar o óbito ao IPMDC, responsável pela confecção das
folhas de pagamentos de aposentados e pensionistas, cujo total se aproxima dos
5.000.
Por isso, a primeira medida a ser adotada pela Secretaria
Municipal de Administração e pela nova direção do IPMDC será o recadastramento
de todos os servidores, ativos, inativos e pensionistas. Em 2005, quando foi
feito recadastramento, IPMDC encontrou pensões de mais de R$ 10 mil mensais que
vinham sendo recebidas indevidamente por parentes de servidora já falecida. Com
o recadastramento, o benefício foi cortado, mas a Procuradoria da autarquia não
exigiu a devolução do que fora pago irregularmente.
Alexandre Cardoso promete restabelecer o convênio com a
Associação Notarial e fazer novo recadastramento de todos os servidores do
município, ativos, inativos e pensionistas, para acabar com esse foco de
fraudes e desperdício dos dinheiros públicos.
REMOÇÃO DE SAIBRO E AREIA
CONTINUA LIVRE EM XERÉM
Segundo reiteradas denúncias de moradores do quarto
distrito, a mudança de comando na Secretaria de Meio Ambiente não teve qualquer
efeito sobre a onda de crimes ambientais na área de Xerém, Amapá e Capivari,
que guardam resquícios da Mata Atlântica. Segundo as denúncias de antigos
moradores da região, novos loteamentos tem surgido no meio da mata, bem como
continua a retirada de areia e saibro para a construção civil, inclusive em
áreas sob risco de desabamento, como o morro onde está instalada uma torre de
transmissão de Furnas, na localidade de Vila Canaã.
A única mudança visível nessa sequência de crimes contra
o Meio Ambiente é o “modus operandi” dos grupos que atuam na região, que agora
preferem operar a pleno vapor nos fins de semana e nos feriados, quando a
fiscalização, que é quase nenhuma nos dias úteis, entra em recesso. O material
retirado dos rios que cortam Xerém, Capivari e Pilar é fornecido para as empresas que atuam nas obras do PAC,
inclusive do Anel Metropolitano mais conhecido como TransAmapá, a cargo do
DER/RJ.
Uma das áreas atingidas pela retirada de saibro é ocupada
pela instituição de caráter espiritualista “Vale do Amanhecer”, suja sede fica
em Brasília e é dirigida pela
mundialmente conhecida Tia Neiva. A retirada de saibro abalou as estruturas do
prédio que abriga o centro social da instituição. Os moradores da rua Papa
Folha também foram atingidos pela remoção irregular de saibro naquela região.
A retirada de areia dos rios coloca em risco o meio ambiente.
AO INVÉS DE AUMENTO DE SALÁRIO
GOVERNO OFERECE VALE-REFEIÇÃO
A partir de março os funcionários da
Secretaria de Educação do Estado do Rio receberão auxílio-alimentação de R$ 160
mensais, conforme notícia dada hoje (15) pelo secretário de Educação, Wilson
Risolia. Ele disse também que o reajuste salarial dos 91 mil empregados
começará a ser pago no segundo semestre, mas não disse o percentual do aumento.
O secretário admitiu a necessidade de contratação de pelo
menos 800 professores e que o problema é maior na área de ciências exatas. A
falta de professores na rede estadual de ensino deverá ser minimizada com o
próximo concurso, organizado para o preenchimento de 362 vagas.
Wilson Risolia anunciou também a abertura de seis escolas
neste ano. Com oferta de seis mil vagas, as escolas atenderão alunos dos
bairros da Gamboa, de Senador Camará e do Andaraí, além estudantes dos
municípios de Duque de Caxias, Conceição de Macabu e Belford Roxo.
IPVA RENDEU R$ 26,91 BI AOS
COFRES ESTADUAIS EM 2012
O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT)
divulgou semana passada que o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores
(IPVA) rendeu R$ 26,91 bilhões aos cofres dos estados e do Distrito Federal no
ano passado, recursos que deveriam ser investidos na melhoria da pavimentação
de ruas e estradas, além de educação para o trânsito segure. O aumento de 7,12%
em relação à receita do ano anterior é decorrente da inflação acumulada de
5,84% em 2012 e do próprio crescimento da frota, que no final de 2011 era 70,5
milhões de automóveis, ônibus, caminhões, motocicletas e comerciais leves.
Os números divulgados pelo presidente do IBPT, João Eloi
Olenike, resultam do cruzamento de informações colhidas sobre alíquotas no
Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), sobre frota de veículos no
Denatran e sobre projeções populacionais no IBGE. Não foi revelado, porém, o
número consolidado da frota no final de 2012, para cobrança do IPVA deste ano.
Dados do Denatran revelam, contudo, que a frota nacional
tem tido crescimento contínuo. Tanto que os 70,5 milhões de veículos de 2011
representavam expansão de 121% em relação aos 32 milhões de veículos de 2001,
enquanto a população cresceu só 12% no mesmo período. O aumento acelerado se
deu por causa da frota de motocicletas, que saltou de 4,5 milhões de unidades
para 18,3 milhões na década, com expansão de 304%.
O presidente do IBPT observa que, apesar de o estado do
Paraná ter a sexta maior população do país, tem a terceira maior frota,
composta por mais de 5 milhões de veículos. No seu entender, essa diferença
pode sinalizar uma “migração de contribuintes” para estados que oferecem
menores alíquotas do IPVA como parte de uma “guerra fiscal, intencional ou não,
para atrair mais contribuintes”. Em especial de empresas que têm grande número
de veículos, como locadoras do Nordeste e até do RJ que emplacam seus carros em
Curitiba, por exemplo.
O estudo do IBPT indica ainda que, em média, cada
brasileiro pagou R$ 138,76 de IPVA em 2012, constituindo-se no segundo tributo
de maior arrecadação, perdendo apenas para o Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS).
RÁPIDAS
• Técnicos do
Tribunal de Contas do Estado iniciam nesta segunda-feira (18) uma cuidadosa auditoria
na folha de pagamento dos servidores da Câmara de Vereadores de Duque de
Caxias. Por determinação do presidente Eduardo Moreira, a folha relativo ao mês
de janeiro só será enviada ao Banco do Brasil depois de periciada pelo TCE.
• A decisão do
presidente da Câmara foi tomada depois que o TCE revelou a existência de
servidores fantasmas na Prefeitura do município. Como é o tipo de crime de
origem política, Eduardo Moreira não quer ser envolvido em novo escândalo e
acabar ilustrando as página policiais dos diários do Rio de Janeiro e do
noticiário de rádios e TVs.
• O presidente
poderia aproveitar essa faxina para descobrir quem autorizou, há cerca de 10
anos, que um servidor do Legislativo se ausentasse do serviço e fosse morar no
longínquo Maranhão. A rádio corredor tem o nome do político que protege esse
“fantasma de carne e osso”, bem como do servidor que garante a sua diária
presença “mediúnica” na Câmara.
• Depois da
revelação do TCE de que um servidor de Duque de Caxias, talvez por dispor de
poderes paranormais, trabalha simultaneamente em ouras 7 prefeituras da Região
Metropolitana do Rio de Janeiro, será possível descobrir como alguém, morando
no Maranhão, possa estar, ao mesmo tempo, na Câmara de Duque de Caxias.
• Talvez até a
NASA, se informada desse feito notável – estar ao mesmo tempo em dois locais
separados por mais de 4 mil quilômetros – possa se interessar em estudar esse
fenômeno mediúnico do teletransporte, até agora só utilizado no cinema e na TV
em séries de ficção científica.
• Depois de quitar
a folha de pagamento de janeiro na última sexta-feira (15), o prefeito
Alexandre Cardoso antecipou que o pagamento de fevereiro será enviado aos
bancos no 5º dia útil de março, como exige o SEPE. Com uma ressalva importante:
o pagamento para esse primeiro lote só contempla os servidores com até R$ 4 mil
líquidos no contracheque, o que abrange mais de 70% dos servidores, aposentados
e pensionistas.
• Com relação ao
teto, o prefeito está sendo aconselhado pelo secretário de Administração, o
Doutor Sidney Guerra, professor de Direito Constitucional, a tomar como
referência os próprios subsídios do prefeito (R$ 24,5 mil), pois ele é o
servidor com maior responsabilidade funcional no município.
• Como
a administração de pessoal é da competência exclusiva do chefe do Executivo
Municipal, é possível que o STF aceite essa opinião, o que aliviaria a folha de
pagamento em cerca de 90% dos mais de 5,5 mil municípios, que estão de chapéu
na mão, desfilando pelos corredores de ministérios e do Congresso, liderando o
bloco do “Me Dá um Dinheiro Aí”, imortalizado pelo Moacyr Franco há décadas.
• A propósito: a
incorporação ao salário do servidor que tenha ocupado, por pelo menos quatro
anos o mandato de vereador, originalmente determinava que esse adicional fosse
equivalente ao subsídio dos vereadores. Como havia muitos abusos por parte das
Câmaras, uma lei federal determinou que o teto dos subsídios seria de 75% do
que recebem os deputados das respectivas Assembléias Legislativas. Seria uma
saída para evitar os supersalários de nossos edis-servidores
• O horário de
verão, que começou no dia 21 de outubro do ano passado, terminou a Zero Hora
deste domingo (17), nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e no Tocantins. Segundo
o neurologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília
(UnB) Raimundo Nonato Delgado Rodrigues, os impactos do fim do horário de verão
sobre a saúde da população são menores do que quando ele começa.
• O corpo deve se
habituar à mudança gradualmente e, no período de adaptação, que deve durar em
torno de uma semana, as pessoas tenderão a acordar mais cedo e vão sentir sono
mais cedo à noite. “O ideal seria aos poucos fazer com que o sono fosse
atrasado, de forma que a pessoa acordasse um pouquinho mais tarde”.
• Para o
neurologista, o horário de verão é um atentado à saúde das pessoas. “Perder uma
hora de sono pode parecer pouco, mas o cérebro sente muito mais do que podemos
imaginar, não só em termos de cansaço, mas também na alteração na produção
hormonal e na fragmentação do sono”, aponta. Se o débito de sono for muito
acumulado, as pessoas podem correr riscos, principalmente na hora de exercer
atividades que necessitem de vigília, como dirigir ou operar máquinas.
• De acordo com o Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS), neste ano o horário de verão gerou uma
economia de 4,5% no período de pico (entre as 18h e as 21h) nos estados em que
foi implementado. A mudança é adotada todos os anos no país para aproveitar
melhor a luminosidade do dia nesta época do ano, reduzindo o consumo de energia
nos horários de pico e evitando o uso de energia gerada por termelétricas, que
é mais cara e mais poluente do que a gerada pelas hidrelétricas.
• Os prefeitos que
assumiram o cargo no início deste ano terão um desafio a cumprir até o fim do
mandato, em 2016: universalizar a pré-escola. A matrícula de todas as crianças
na faixa etária de 4 a 5 anos tornou-se obrigatória em 2009. O prazo final foi
fixado para 2016 e a responsabilidade recai sobre os municípios aos quais cabe
a educação infantil.
• O desafio dos
prefeitos será garantir vagas para as crianças na rede pública. Alguns
municípios, entretanto, não têm unidades suficientes e precisarão construir
novos prédios. Além disso, virão mais gastos com os profissionais contratados e
a manutenção das novas instalações.
• Os dados mais
recentes do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que,
em 2010, havia 1.154.572 crianças na faixa de 4 a 5 anos fora da escola. A
matrícula na pré-escola, no entanto,
avançou na última década. Em 2000, 51,4% das crianças nessa faixa etária
tinham acesso à educação, patamar que saltou para 80,1% em 2010.
• As prefeituras
recebem apoio federal por meio do Programa Nacional de Reestruturação e
Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil
(ProInfância). O objetivo é financiar a construção de unidades de educação
infantil para atender a crianças de até 5 anos, faixa etária da creche à
pré-escola.
• Pelo programa, a
prefeitura providencia o terreno e o Ministério da Educação (MEC) financia a
construção, os equipamentos e o mobiliário. A meta do atual governo é construir
6 mil novas creches e pré-escolas até 2016. Dados do MEC indicam que 742
unidades de educação infantil foram entregues nos dois primeiros anos de gestão
da presidenta Dilma Rousseff e cerca de 5,6 mil estão em construção.
• Embora a questão
financeira seja a mais citada entre as dificuldades a serem superadas, a
diretora executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, aponta que
a gestão nos municípios terá importância fundamental para viabilizar a
infraestrutura e contratação de profissionais para a universalização da
pré-escola até 2016. “Se a gestão e a implementação não forem muito rigorosas e
competentes, no espaço de quatro anos, não se dá conta de colocar em pé toda a
estrutura necessária para garantir vagas para essas crianças todas.”
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