SERVIDORES DO TRE GANHAM
NATALINA DE ATÉ R$ 100 MIL
Segundo reportagem do jornal “Estado de São Paulo”
publicada nesta terça-feira (19), um grupo de 75 servidores do Tribunal
Regional Eleitoral do Rio de Janeiro recebeu vencimentos líquidos superiores a
R$ 100 mil cada em dezembro. O total pago a esses funcionários como bônus
natalino somou R$ 13,7 milhões e representou 48,22% dos R$ 28,43 milhões da
folha salarial da corte eleitoral naquele mês.
A lista de supersalários é liderada por um analista
judiciário da Secretaria de Tecnologia do TRE-RJ, que recebeu R$ 362,45 mil. Em
segundo lugar vem um técnico judiciário, cargo que exige apenas nível médio,
que recebeu R$ 359,5 mil por suas funções na Seção de Produção.
Outras duas analistas judiciárias receberam valores
superiores a R$ 300 mil em dezembro. Uma assessora administrativa da
Diretoria-Geral do tribunal ganhou R$ 330,5 mil e uma servidora lotada na 163ª
zona eleitoral levou R$ 315,9 mil. Mais 11 funcionários receberam valores acima
de R$ 200 mil.
A maior parte desses recursos foi desembolsada a título
de "vantagens eventuais". Trata-se do pagamento dos
"quintos" a servidores de carreira que desempenharam cargos de
confiança entre 1998 e 2001. O servidor incorporava anualmente ao seu salário
20% (ou um quinto) do valor da gratificação. Posteriormente, o benefício foi
extinto por lei, De acordo com nota da assessoria do TRE-RJ - que teve um dos
funcionários beneficiados com vencimentos de R$ 169,7 mil em dezembro - o
pagamento dos atrasados foi autorizado pela Corte em 2005.
"O pagamento dos atrasados ficou condicionado à
disponibilidade orçamentária, o que só ocorreu em 2012", explica a nota. A
justificativa é a mesma usada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo
(TRE-SP) para pagar R$ 5,58 milhões a 81 servidores. Desses, 41 receberam
extras acima de R$ 50 mil em janeiro - conforme o “Estado” revelou em sua edição
de segunda-feira.
Dos 75 beneficiados com os supersalários, 28 são técnicos
judiciários de nível médio cuja remuneração básica é de R$ 6.680.
Os beneficiados estão lotados em diversas zonas
eleitorais, gabinetes e departamentos técnicos do tribunal. Chama atenção, no
entanto, o caso de um técnico lotado na Assessoria Administrativa da
Presidência, que recebeu R$ 154,3 mil, e de outros dois funcionários do
gabinete da Vice-Presidência, com vencimentos de R$ 181,6 mil e R$ 148,2 mil.
A determinação para o pagamento das "vantagens
eventuais" em dezembro foi do então presidente da corte, desembargador
Luiz Zveiter. Atualmente, o TRE-RJ é dirigido pela desembargadora Letícia
Sardas, que era vice-presidente na época dos pagamentos dos supersalários.
VERBAS DO PAC VÃO PARAR
NOS COFRES DAS MILÍCIAS
Uma operação rotineira a Polícia Federal para desbaratar
uma quadrilha que explorava um areal clandestino em Santa Cruz, na Zona Oeste
da Capital, levou à descoberta de uma operação triangular, onde as verbas do PAC
acabavam fortalecendo as milícias que dominam boa parte da Região
Metropolitana, apesar do governo do estado anunciar, um dia sim e outro também,
que a implantação das UPPs está enfraquecendo as quadrilhas de trafiantes de
drogas, enquanto as milícias estão sendo desmontadas pela Polícia Civil.
No local, a PF aprendeu caminhões e pás carregadeoras. Os
motoristas detidos informaram que foram contratados por empresas que trabalham
na implantação do Arco Metropolitano Rodoviário do Rio de Janeiro, executado
com verbas do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, a cargo do Governo
do Estado através do DER/RJ;. Em depoimento, os motoristas revelaram que
entregavam areia, argila e barro, retirados de uma área invadida em Santa Cruz,
para as empresas que executam as obras da chamada “TransAmapá”, uma rodovia que
ligará Itaboraí e demais municípios da Baixada, ao porto de Sepetiba, aliviando
o transito na Av. Brasil.
Assim, as verbas do PAC acabam financiando as atividades
criminosas das milícias que atuam na região metropolitana do Rio de Janeiro e
suspeitas de encomendar o assassinato da Juíza Patrícia Acioli, titular da 4ª
Vara Criminal de São Gonçalo.
Essa postagem foi feita no dia 21 de agosto de 2011, mas
nada mudou até hoje com relação aos crimes ambientais cometidos por empresas
que tem o aval das secretarias de Meio Ambiente do Estado e do município. Uma
característica comum nas duas secretarias é o fato de serem ocupadas há mais de
10 ano por militantes do PT.
FORÇA SINDICAL PROMETE
PARAR O PORTO DE SANTOS
Segundo noticiário distribuído pela Agência Brasil/EBC,
os trabalhadores do Porto de Santos prometem que irão parar por seis horas na
próxima sexta-eira (22) como parte da mobilização por mudanças da Medida
Provisória (MP) 595, publicada em dezembro de 2012, que estabelece manda
aplicar a CLT nas relações trabalhistas entre o pessoal da Estiva e as empresas
portuárias.
Na segunda (18), portuários de Santos invadiram um navio
chinês como ato de protesto contra a MP. Para os trabalhadores, a nova legislação
irá precarizar o trabalho nos portos. “O diálogo e mudanças na MP só trarão
benefícios para a sociedade”, disse o presidente da Força Sindical, o deputado
federal Paulo Pereira da Silva, do PDT, partido que controla o Ministério do
Trabalho desde o Governo Lula. A entidade pede mais discussão sobre a medida
provisória.
A MP 595, em tramitação no Congresso Nacional, deverá ser
analisada até o dia 17 de março, quando começa a trancar a pauta. A matéria
recebeu 646 emendas no Senado e será analisada por uma comissão parlamentar
mista, que deve ser instalada nos próximos dias.
O governo anunciou nesta terça-feira (19) que um primeiro bloco de terminais marítimos
será licitado no primeiro semestre. A licitação faz parte do plano do governo
federal de atrair investimentos de R$ 54,2 bilhões até 2017, para reduzir o
preço do frete no país. Da lista de 159 terminais, incluindo 42 novos, há áreas
de arrendamento no Porto de Santos e no complexo portuário de Belém (PA), que
serão licitadas no primeiro lote.
MORADOES DE SEROPÉDICA
PROTESTAM CONTRA ATERRO
Rinite, bronquite, asma, irritação nos olhos e na
garganta, além de enjoos diários são os sintomas relatados por vários moradores
do bairro de Chaperó, no limite dos municípios de Seropédica e Itaguaí, na
região metropolitana do Rio. De uma hora para outra, eles viram o bucólico
lugarejo ao pé da serra, antes rodeado por campos e bosques, tomado por
centenas de caminhões de lixo, que levam os detritos para o Centro de
Tratamento de Resíduos (CTR) da empresa Ciclus, responsável por processar
toneladas de detritos provenientes do Rio de Janeiro e de outros municípios da
Região Metropolitana.
A dona de casa Adriana dos Santos da Silva mora com os
três filhos - de 7, 10 e 14 anos – próximo do novo aterro e viu a saúde das
crianças piorar desde o início dos trabalhos, há pouco mais de seis meses. “Nós
queremos que interditem isso aqui, porque está afetando a saúde dos moradores,
principalmente das crianças e das pessoas idosas. Meus filhos estão com
problemas de saúde, com bronquite e sinusite e às vezes tenho de levá-los para
o hospital. Eu mesma tenho tido crises constantes de bronquite e falta de ar.”
Até para vender os imóveis ficou difícil, pois o bairro todo
sofreu desvalorização, segundo o militar reformado José Reinaldo Evangelista.
“Os imóveis estão desvalorizados. A gente bota placa e ninguém quer comprar. Em
compensação, nosso IPTU [Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial
Urbana] é altíssimo, porque consideram como área industrial. Paguei mais de R$
1 mil para a prefeitura de Itaguaí este ano.”
De acordo com o líder comunitário Everaldo Eufrásio
Francisco, mais de 10 mil pessoas estão sendo atingidas pela poluição. “A
implantação desse lixão vem causando prejuízo para a nossa comunidade. Já é
caso de saúde pública. Minha esposa é um exemplo, pois está sofrendo de
bronquite asmática e constantemente vem apresentando dificuldades de
respiração. O cheiro é insuportável e mesmo durante a madrugada impede o sono.
Fora o barulho dos caminhões, durante toda a noite.”
A empresa Ciclus foi procurada para comentar as denúncias
dos moradores. Enviou uma nota, admitindo que as fortes chuvas podem ter
elevado o odor: “A CTR Rio é a mais moderna Central de Tratamento de Resíduos
da América Latina. Inaugurada em 2011, a unidade foi desenvolvida com a mais
alta tecnologia em um processo de implantação gradativa, que segue o cronograma
previsto. A empresa está sempre atenta a melhorias operacionais e está estudando
alternativas para controlar ainda mais o odor provocado pelas fortes chuvas que
vêm assolando a região neste início do ano”.
RÁPIDAS
• O prefeito
Alexandre Cardoso, e o secretário de estado de Transporte, Júlio Lopes, e
representantes da SuperVia inauguram nesta quinta-feira (21) o primeiro
bicicletário da cidade, instalado junto à estação de Saracuruna, no segundo
distrito e terá 700 vagas. A solenidade será às 10 horas e durante o evento
serão sorteadas cinco bicicletas entre moradores. O local contará com segurança
24 horas, bebedouro, bombas para calibragem de pneu e uma oficina para o
usuário realizar pequenos reparos em sua bike.
• O bicicletário
de Saracuruna será o terceiro da Baixada Fluminense e faz parte do programa “O
trem passa na sua porta” de incentivo ao uso dos dois transportes. Os primeiros
foram inaugurados em dezembro nas estações de Engenheiro Pedreira (900 vagas) e
Japeri (1.000 vagas). O trem com
autoridades e convidados partirá da estação Central do Brasil às 9 horas, com destino
ao bairro Saracuruna onde o prefeito Alexandre Cardoso vai recepcioná-los.
• Para utilizar
o bicicletário, o usuário deverá se cadastrar no local. Os adultos devem
apresentar Carteira de Identidade, CPF, comprovante de residência e a
bicicleta. Os usuários menores de idade terão que cumprir às mesmas exigências
e levar um responsável.
• O deputado
estadual Marcelo Freixo (PSOL) pretende visitar ainda esta semana o bairro de
Chaperó, no limite entre Seropédica e Itaguaí, para verificar o grau de
contaminação sobre a população local causado pela poluição emanada do Centro de
Tratamento de Resíduos (CTR) da empresa Ciclus, segundo denúncia dos moradores.
Dependendo do que encontrar, Freixo vai propor uma audiência pública sobre o
assunto na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
• O CTR é
responsável por receber todo o lixo gerado pela capital do estado e de municípios
da região metropolitana desde o fechamento, em junho do ano passado, do Aterro
Sanitário de Gramacho, em Duque de Caxias, que antes recebia esse material.
Freixo pleiteia a recondução à presidência da Comissão dos Direitos Humanos da
Alerj e vem acompanhando a situação dos moradores de Chaperó. Ele considera
graves as denúncias de que a comunidade estaria sendo exposta a condições
degradantes de saúde pública.
• “Sem dúvida
alguma, isso tem que ser investigado pela Assembleia Legislativa. Até porque o
investimento ali tem isenções e estímulos do governo do estado. Quando se tem
uma violação dos direitos humanos dessa magnitude, o que menos interessa é se o
problema é estadual ou municipal. O que interessa é a vida dessas pessoas. Se
eu continuar à frente da Comissão dos Direitos Humanos, essa será uma das
primeiras ações, chamando as demais comissões, a de Meio Ambiente e a de Saúde,
para fazer uma vistoria conjunta.”
• A empresa
Ciclus foi procurada pela Agência Brasil/EBC para comentar as denúncias dos
moradores. Enviou uma nota, admitindo que as fortes chuvas podem elevado o
odor: “A CTR Rio é a mais moderna Central de Tratamento de Resíduos da América
Latina. Inaugurada em 2011, a unidade foi desenvolvida com a mais alta
tecnologia em um processo de implantação gradativa, que segue o cronograma
previsto. A empresa está sempre atenta a melhorias operacionais e está
estudando alternativas para controlar ainda mais o odor provocado pelas fortes
chuvas que vêm assolando a região nesse início do ano”.
• A empresa
suíça Nestlé anunciou nesta segunda-feira (18) que decidiu recolher das
prateleiras dois produtos refrigerados cujos testes deram positivo para a
presença de carne de cavalo. As duas massas em questão, o Buitoni Beef Ravioli
e o Beef Tortellini, são vendidas na Espanha e na Itália, informou a companhia
por meio de comunicado.
• "Quando
informações sobre a fraude na embalagem de alimentos emergiu no Reino Unido,
reforçamos os testes em produtos e matérias primas que usamos na Europa. E
estamos, agora, suspendendo as entregas de produtos fornecidos pela empresa
alemã H.J. Schypke, que é subcontratada de um de nossos fornecedores, a JBS Toledo
N.V", informou a Nestlé.
• Segundo a
Nestlé, testes apontaram a presença de mais de 1% de DNA de cavalo nos dois produtos
que são fornecidos pela JBS Toledo, subsidiária belga do grupo brasileiro JBS-Friboi,
de cujo capital o BNDES participa com 25% do capital A empresa suíça confirmou
que a carne vendida pela JBS é proveniente do fornecedor alemão H.J. Schypke. O
nível de 1% foi estabelecido pela Food Safety Agency (FSA), a agência estatal
britânica que lidera as investigações sobre a adulteração dos produtos, como
porcentual de referência que indica se um produto sofreu fraude ou não.
• O ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta terça-feia (19) que a falta de
gestão em segurança pública é um problema maior do que a carência de recursos
na área.
•“É claro que a segurança pública precisa de dinheiro. E
não de pouco [dinheiro], mas eu ousaria dizer que, historicamente, no Brasil,
um dos principais problemas das políticas de segurança pública tem a ver com a
gestão”, disse o ministro, acrescentando que o “empirismo”, a falta de
informações precisas, resulta em ações mal-sucedidas e desperdício de dinheiro
público
• “Historicamente,
gasta-se mal o pouco dinheiro que se tem. Às vezes gasta-se com [iniciativas]
de dimensão pirotécnica, mas não se mede a utilização dos equipamentos, dos
resultados. Muitas vezes, equipamentos são repassados de forma inadequada. Há
situações em que políticas públicas academicamente excelentes não são
acompanhadas e mensuradas em seus resultados. Por isso é fundamental
aprimorarmos a gestão”, destacou o ministro, durante a cerimônia de lançamento
de uma série de pesquisas realizadas pela Secretaria Nacional de Segurança
Pública (Senasp), do Ministério da Justiça
• O objetivo dos
estudos é orientar a formulação de políticas de segurança pública mais
eficientes a partir de informações sobre criminalidade, efetivo, equipamentos,
entre outros diagnósticos fornecidos pelos governos estaduais. A meta é superar
o quadro atual, em que, segundo o próprio ministério, cada unidade da Federação
usa conceitos, critérios e metodologias próprios para quantificar e analisar a
criminalidade, impossibilitando a consolidação de números nacionais com maior
precisão.
• Durante o
evento, o ministro voltou a criticar o “corporativismo” de policiais,
promotores, juízes e outros agentes de segurança pública que, na avaliação
dele, compromete a resolução dos problemas da área.
“Infelizmente, há corporações que disputam espaço. Isso é
absolutamente legítimo, [desde que] não comprometa o interesse público”, disse
o ministro, citando, como exemplo, disputas entre as polícias militares e civis
de alguns estados e entre promotores e magistrados.
• “Disputas que,
às vezes, vão além do que o interesse público permitiria. Outras vezes há
disputas entre o Ministério Público e a magistratura, levando a situações
absolutamente nocivas. Às vezes, como na Polícia Federal, há disputas entre
diferentes carreiras [do mesmo órgão]”, disse Cardozo.
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