segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

BAIXADA URGENTE


COLLOR E RENAN JUNTOS
 O RETRATO DO DEBOCHE

 As fotos divulgadas na noite de sexta-feira, em que os senadores Fernando Collor e Renan Calheiros comemoravam o retorno do segundo ao comando do Senado Federal é a comprovação do deboche dos dois políticos alagoanos, gesto que afronta todos os brasileiros. Enquanto Collor foi cassado pelo Congresso Nacional, Renan Calheiro renunciou ao mandato e à Presidência daquela casa legislativa em 2007 para fugir ao processo de cassação, cujo desfecho não podia ser previsto com segurança.
Na ocasião, Renan Calheiros era acusado de usar um conhecido lobista para intermediar o pagamento da pensão de uma filha bastarda, com recursos repassados por uma construtora. Para tentar se justificar, o senador de Alagoas apresentou diversos documentos, que seriam prova da venda de cabeças de gado, de sua propriedade naquele estado. Um repórter investigou o valor da venda do gado (1,7 mil cabeças) e revelou um superfaturamento de 600 bois. Também revelou que duas empresas indicadas como compradoras já haviam sido multadas pela Secretaria de Fazenda de Alagoas por extravio de notas fiscais.
Uma investigação feita pelo Ministério Público Federal de Alagoas concluiu que essa suposta venda de bois era uma fraude grosseira. Com base nessa investigação, o MP Federal de Alagoas foi que levou o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, a encaminhar representação ao Supremo Tribunal Federal, requerendo a abertura de um inquérito para apurar possível fraude com relação às notas de venda de gado, bem como uma nova denúncia, de uso de notas frias para justificar o uso de cerca de R$ 50 mil da verba de representação recebida do Senado.
Na representação, distribuída ao ministro Ricardo Lewandowski, que estava na presidência do STF quando do encaminho da representação da PGR, Rena Calheiros é acusado pela PGR de ter praticado três crimes: peculato, falsidade ideológica e utilização de documento falso. Segundo Gurgel, os delitos foram cometidos quando Calheiros usou a verba de representação de seu gabinete para fins não previstos em lei. “Ele comprovou isso com notas frias. O serviço, na verdade, não foi prestado, por isso caracteriza peculato”, explicou o procurador, após sessão de abertura do ano judiciário no STF.

SOCIALAITE ASSUME DEFESA
DE ZÉ DIRCEU EM ATO NA ABI

Para tentar iludir a opinião pública, os defensores do deputado cassado José Dirceu, promoveram semana passada o que seria um ato de desagravo a um companheiro caído em desgraça. Para que a pantomima tivesse um mínimo de credibilidade, alugaram o sagrado auditório da ABI – Associação Brasileira de Imprensa – que já recebeu figuras das mais respeitáveis da história política do País, em especial na campanha das “Diretas Já”, como Mário Covas, Barbosa Lima Sobrinho, Teotônio Vilela, Leonel Brizola, Tancredo Neves e Franco Montoro entre ouros notáveis e respeitáveis nomes da política nacional.
A única surpresa foi a fala da socialaite Hidelgard Angel, que assina coluna de futilidades em diversos órgãos da imprensa brasileira. Ao contrário do que poderiam imaginar alguma dondoca carioca
da “High Society” – para os frequentadores da ponte aérea “Rio/SP-Orlando” –  ou “Grande Monde”, para quem prefira a ponte aera “Ro-Paris”, a badalada colunista não estava ali para lembrar e referenciar a memória da estilista Zuzu Angel, sua mãe, num acidente automobilístico mal esclarecido pela Polícia do Rio de Janeiro, ou do jovem Stuart Angel Jones, seu irmão, torturado e morto na Base Aérea do Galeão durante a ditadura. O triste papel da colunista social naquele show de mal gosto era comparar José Dirceu, condenado pelo Supremo Tribunal Federal como chefe da quadrilha que idealizou e colocou em prática o mensalão, à heroína francesa Joana D’Arc (1412 – 1431), que pegou em armas para enfrentar o poderoso exército inglês e libertar a França.
Empolgada com o papel de “advogada do Biabo” (ela chegou a atuar como atriz de novelas da Globo),
a processualista “ex ofício” Angel clamou que, “vimos [no STF] aquele show de deduções, de indícios, de ausências de provas, de contorcionismos jurídicos, jurisprudências pós-modernas, criatividades inéditas nunca dantes aplicadas serem retiradas de sob as capas e utilizadas para as condenações”.
Para a jurista Angel, para serem justos e alheios ao brilho dos holofotes, bastaria aos ministros do STF “mudar a preposição. Se ato DE ofício virasse ato DO ofício é porque havia culpa. E o ônus da prova passou a caber a quem era acusado e não a quem acusava. A ponto de juristas e jornalistas de importância inquestionável classificarem o julgamento como de “exceção”.

PREFEITURA GARANTE
SOBREVIDA AO IPMDC

Em curta nota enviada na última sexta-feira (1º) ao jornalista Alberto Marques, moderador do blog, a Prefeitura garante que o IPMDC sobreviverá à presente crise, que vem impedindo a instituição de pagar em dia pensões e aposentadorias aos servidores municipais, que contribuem, enquanto na ativa, com 11% de seus salários para a autarquia continuar de pé. Se o IPMDC falir, a Prefeitura, como instituidora da autarquia,  terá de assumir seu passivo, inclusive o pagamento das folhas de aposentados e de pensionistas,
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Desde o início de 2012, a Secretaria Municipal de Fazenda já assumira, numa intervenção branca, a responsabilidade pela confecção e encaminhamento á rede bancária da folha de pagamento de aposentados e pensionistas do município, incluindo os servidores da Câmara e do próprio IPMDC, tendo em vista a desorganização das contas da autarquia e o fato de que o Executivo não repassa há 11 anos as contribuições devidas como empregadora, no valor equivalente a 11% da folha de pagamento dos servidores ativos.
A nota acrescenta que a nova direção da autarquia, comandada pela presidente Edna Raquel Hogemann, está fazendo uma auditoria para detectar todo os  problemas, inclusive a desastrosa operação em que R$ 180 milhões da reserva técnica do IPMDC foram utilizados na construção do Hospital Moacyr do Carmo.
Se a auditoria prometida for mesmo para valer, deverá investigar também as denúncias de servidores fantasmas contratados por uma prestadora de serviços, bem como a do denuncia do advogado Antonio Batista, ex-presidente do IPMDC (2005/2008), de que a direção do órgão fizera em 2004 a compra de material para acabamento de luxo das obras de um imóvel situado na Barra da Tijuca, embora o material tenha sido adquirido em conhecida loja de material de construção em Duque de Caxias. A nota fiscal, segundo o Dr. Antonio Batista, apontava a residência de uma figura de expressão no segundo Governo Zito, na Barra da Tijuca, como local de entrega, embora como comprador constasse o nome do IPMDC.

CAXIAS DÁ ADEUS A
LUIS BRÁS DE LUNA

Neste início de 2013, Duque de Caxias já se despediu de dois ex-vereadores. Neste domingo, perdemos o terceiro. Desde as primeiras horas da tarde deste domingo (3) está sendo velado no plenário da Câmara Municipal de Duque de Caxias o corpo do ex-vereador Luis Brás de Luna, que faleceu num hospital particular da cidade, onde estava internado há mais de 30 dias. O sepultamento está marcado para as 9:00 horas desta segunda-feira (4), no Cemitério de Nossa Senhora de Belém, no Corte Oito.
Natural da cidade pernambucana de Paulista, Luna mantinha com o recentemente falecido ex-vereador Armando Maia de Oliveira uma saudável disputa no ranking de maior número de mandatos consecutivos, de  longevidade e de líder do governo ao longo dos últimos 50 anos.
Sempre de bem com a vida, Luna, desde que começou a sua carreira política na cidade, sempre morou no mesmo endereço, na Rua lº de Maio, no bairro Itatiaia, ao contrário de muitos de seus ex-colegas do legislativo municipal que, deslumbrados pelo título de vereador, trocam de imediato de residência, alguns mais deslumbrados se mudam para a Barra da Tijuca, Ipanema ou Ilha do Governador, A sua fidelidade aos vizinhos de bairro sempre foram garantia de reeleição tranquila, independente do partido político em que ingressasse.


RÁPIDAS

•  Médico pós graduado em Gestão de Instituições de Saúde (ex-diretor do extinto Hospital Duque de Caxias), Alexandre Cardoso não entende, até agora, a razão da omissão (ou silêncio criminoso?) do Conselho Municipal de Saúde diante dos contratos de privatização da gestão do Hospital Moacyr do Carmo e de alguns Postos de Saúde, que deveriam funcionar em regime de emergência e por plantão de 24 horas.
•  Pela Constituição Federal, cabe a esse colegiado, formado por representantes do Governo, dos usuários e dos servidores da própria saúde, formular as políticas públicas para a área, bem como fiscalizar a elaboração e a execução do Orçamento da Saúde, principalmente na aplicação dos recursos do SUS.
•  A Ação de Improbidade Administrativa em curso na 1ª Vara Federal em Duque de Caxias, proposta pelo Ministério Publico Federal contra o ex-prefeito Zito e outras 24 pessoas com o propósito de investigar possíveis irregularidades na contração de ONGs para administrar a rede pública de saúde, começou a partir de denúncia de contribuinte-eleitor encaminhada ao MP, sob a proteção do sigilo quanto à identidade do denunciante.
•  Esse comportamento omissivo dos conselheiros já vem de longe, embora a eleição para membro desses conselhos seja   disputadíssima. Eleitos e empossados, os integrantes desses colegiados abrem mão do papel de fiscais da Política Publica de Saúde para reforçar a política da troca de favores, concorrendo com a omissão dos vereadores que formam a maioria na Câmara a cada legislatura.
•  Esse mesmo fenômeno – a apatia fiscalizadora e moralizadora – também ocorre em outros colegiados, como de Educação e de Assistência Social. Há muito tempo que ser conselheiro de qualquer coisa passou a ser uma atividade incompatível para pessoas que aspiram uma cadeira na Câmara de Vereadores ou na Assembléia Legislativa. Para ficarem bem com o prefeito, eles se omitem de sua principal missão: fiscalizar o que ocorre em áreas sensíveis como Postos de Saúde, Escolas e abrigos, públicos ou privados.
•  O pecado/crime da omissão não é privilégio desses conselhos, repetindo-se “ad nauseam” por outros colegiados, como os que foram criados para defender os direitos básicos da parte desvalida da população tais como crianças, jovens, idosos,  portadores de necessidades especiais e até os que sofrem qualquer tipo de discriminação.
•  Faz parte da paisagem da cidade, por exemplo, a presença de crianças e adolescentes pedindo esmolas nos cruzamentos das principais vias do município, ou se prostituindo em boates que funcionam ao lado de Delegacias e outros órgão do Governo. Da  mesma forma que precisou uma menina ser sequestrada e morta no interior de um hotel do centro de Duque de Caxias (foto) para que a Assembléia Legislativa criasse uma norma especial, determinando a identificação previa de menores de 18 anos e de seus pais, ou responsáveis, ao se  hospedarem em qualquer tipo de estabelecimento do ramo.

•  A repercussão do sequestro e assassinato dessa menina foi tal que os donos do imóvel, que já serviu de sede para a Prefeitura do município logo depois de sua emancipação (1943), optaram pela sua venda. E a demolição, embora se tratasse de um imóvel de importância histórica para o município, foi feita num feriado prolongado de Finados para não chamar a atenção da população.
•  Por conta das chuvas de sexta-feira (1º), uma cratera  se abriu no cruzamento das ruas Geraldo Cardoso com Wilson de Araujo, em Xerém, com risco para motoristas e pedestres, segundo mensagem enviada por um internauta que mora naquela região.
•  Na referida mensagem, ele lembra que, aos poucos, a vida [em Xerém e Mantiquira] está voltando ao normal, a alegria tomando cor na vida das pessoas. Enfim é olhar e seguir em frente. Existe ainda problemas pontuais que o prefeito esta tentando resolver e, diga-se,  com muita competência.Porem esta data, 3 de janeiro de 2013, ficara na historia para as futuras gerações,pois esse foi o dia em que parte do 4º distrito quase foi varrido do mapa
,  A revelação de que o prefeito pretende transferir para um próprio municipal a sede e departamentos da Secretaria de Cultura pegou de surpresa os próprios servidores do órgão e reação do administrador do Ed. Pariz, na Rua Ailton Costa, em frente à 59ª DP/Centro.
•  Na conversa com o jornalista Alberto Marques, na terça-feira (29), o prefeito informou que, diante da penúria dos cofres públicos, havia adotado uma série de providências para reduzir as chamadas despesas de custeio, como combustíveis e aluguel de imóveis.
•  No caso da Secretaria de Cultura, o prefeito calculou em cerca de R$ 9 mil o valor do aluguel mensal das 11 salas alugadas à Prefeitura no governo passado. Por erro de digitação, o valor foi multiplicado por mil.
•  Em e-mail enviado ainda na sexta-feira (1º), o administrador do Ed. Pariz, Renato Pariz, pediu que o valor do aluguel fosse retificado, pois seria, dos de desculpas à família Pariz por possíveis contratempos

•  A propósito de mudança, um ex-servidor da Secretaria de Cultura lembra ao prefeito que a pasta saiu do 4º andar da antiga Prefeitura para que ali fosse instalado o Centro de Controle e Monitoramente com verba do PRONASCI. Pelo projeto, dezenas de câmeras de monitoramento seriam instaladas nas principais vias do município (foto), inclusive nos Distrito, permitindo ações de política e socorro em caso de algum acidente de trânsito, incêndio ou alagamento.

•  Como o projeto não deslanchou, nada impede que o Governo retorne a Cultura para o seu antigo espaço, o que permitiria a economia em relação ao aluguel das 11 salas do Ed. Pariz.
•  Quanto ao Pronasci, ele poderia ser instalado no antigo CPD da Secretaria de Fazenda, ao lado da garagem, no Parque Duque. Pelo tipo de atividade que deverá ser exercida no locl – monitoramente via imagens em tempo real – não há necessidade de grandes espaços. Salvo o necessário para abrigar a vaidade do responsável pelo projeto.
 algum acidente de trânsito, incêndio ou alagamento.

•  As “viúvas” de Zito e Washington Reis não perdoam o novo prefeito por não terem sido mantidas nas “boquinhas”, como ganhar sem trabalhar ou ser terceirizado fantasma. Diariamente, esses desempregados da política se reúnem no café do Guimarães para fazer discursos contra o nepotismo. Por 16 anos, nada disseram sobre o falto de dezenas de servidores da Prefeitura terem sobrenomes Zito ou Reis, mas estão incomodados pelo fato do prefeito ter nomeado alguns parentes.
•  Alexandre Cardoso sabe muito bem o risco que corre, pois é fácil nomear um parente, mesmo que para um cargo modesto. O problemão será na hora de demiti-lo, geralmente por incompetência. Quanto o Dr. Moacyr do Carmo anunciou numa reunião de família que convidara o seu vice, o jornalista Ruyter Poubel, para ser o seu Chefe de Gabinete quase foi interditado por alguns parentes, que entendiam que esse cargo deveria ser de alguém da máxima confiança do prefeito.
•  O Dr. Moacyr insistiu e, por mais de 3 anos, Ruyter Poubel, ao lado de Zulmar Baptista de Almeida, Lázaro de Carvalho,  Ricardo Augusto Azeredo Vianna e Hilda do Carmo, foi um dos mais dedicados auxiliares do prefeito, tendo, entre outras coisas, conseguido a construção de 50 escolas estaduais em apenas 4 anos numa feliz parceria com o então governador Jeremias Fontes, além do 1º Plano de Desenvolvimento Econômico do município, de cuja Comissão Executiva foi presidente.
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•  O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Joaquim Barbosa, defendeu o fortalecimento da Justiça para efetivar a democracia, durante a solenidade de abertura do ano judiciário, sexta-feira (1º), no plenário do STF. "O Poder Judiciário é fundamental para a defesa e a efetivação dos princípios democráticos", afirmou.
•  Segundo o ministro, o aprimoramento da Justiça está relacionado à valorização dos seus recursos humanos. "Todo o esforço para se ter uma justiça melhor só trará resultados se tivermos a valorização da figura do magistrado e do papel dos milhares de servidores do Poder Judiciário", disse.
•  Barbosa atribuiu a melhoria da Justiça brasileira ao "aprimoramento técnico e jurídico, à segurança no exercício das suas funções e à justa remuneração, bem como à atuação livre e independente". Do ponto de vista institucional, o presidente do STF e do CNJ lembrou a necessidade de "mudanças tecnológicas, estruturais e de mentalidade" para tornar o sistema jurídico "mais justo, mais racional e mais compreensível".
•  Ele lembrou que só o STF tem um acervo de mais de 65 mil processos aguardando julgamento. Disse ainda que há mais de 700 processos já devidamente incluídos na pauta publicada no Diário da Justiça (DJ) e aguardando agendamento no plenário da Suprema Corte.
•  Ao lado do vice-presidente da República, Michel Temer, que representou a presidenta Dilma Rousseff no evento, o ministro pediu "integração harmônica" entre os poderes da República, mas, com respeito, à "independência e à autoridade da Justiça" como meio de assegurar os princípios constitucionais.

•  Na posse como presidente do Senado, Renan Calheiros foi logo avisando que o apoio a Governo tem um preço.  Para isto, o senador alagoano, que renunciou ao mandato e à presidência do Senado em 2007 para hão ser cassado, afirmou que "embora seja filiado a um partido da base de apoio ao governo, o Senado Federal e o Congresso Nacional não são e nunca serão subalternos. A cooperação em prol de um Brasil melhor não implica subordinação", disse Renan. Ele acrescentou que “não é o fim do mundo” o Congresso derrubar um veto presidencial. Ele prometeu ainda para breve novos critérios para a análise dos vetos presidenciais às propostas de lei aprovadas pelo Congresso.
•  Renan Calheiros criticou medidas coercitivas à liberdade de imprensa adotadas por alguns países. O presidente do Senado evitou, no entanto, citar quais seriam essas nações. Para ele, os meios de comunicação devem ser independentes de tutelas do Estado ou da iniciativa privada. “O único controle tolerado é o controle remoto”, ironizou o senador, ao mesmo tempo que qualificou de “insubstituível” o trabalho da imprensa que não se “agacha”.
•  O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro começou a intensificar as ações de fiscalização de casas noturnas, boates, restaurantes, casas de shows e espetáculos. A medida foi tomada  após o incêndio ocorrido na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), no último domingo (27) que matou mais de 230 jovens.
•  A meta é fazer com que os 40 maiores quartéis da corporação fiscalizem pelo menos 100 edificações por mês, o que totalizará cerca de 40 mil fiscalizações por ano. Somente da segunda-feira passada (28) até essa quinta-feira (31), 209 estabelecimentos foram fiscalizados no estado. Apenas dez estavam totalmente regularizados com as normas de segurança.
•  "[Desse total,] 127 estabelecimentos foram interditados, 52 multados e 20 notificados. Os maiores problemas encontrados foram falhas na sinalização e iluminação de emergência, obstrução de vias de escape e falta de manutenção de equipamentos contra incêndio. Os estabelecimentos encontrados fora das normas de segurança têm 30 dias para se adequar", disse o secretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões.
•  O secretário esclareceu que o número de fiscais foi dobrado de 250 para 500, para que exista pessoal suficiente para fazer “os estabelecimentos cumprirem as exigências determinadas pelo Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico, de 1976".
•  A corporação relacionou as novas determinações relativas a normas de segurança contra incêndio. Entre elas, está a obrigatoriedade de que casas de reunião de público fixem na porta uma placa com o número máximo de pessoas permitidas, bem como o telefone do Disque Denúncia (2253-1177). Outra determinação, publicada hoje (1º) em forma de resolução, é que os estabelecimentos tenham duas saídas de emergência, com pelo menos uma delas medindo, no mínimo, dois metros de largura.
•  "Antes trabalhávamos com denúncias em dois momentos pontuais: antes do carnaval e do Natal. Agora, estabelecemos uma meta de fiscalização, entendendo que ela é tão importante quanto o combate ao incêndio. Precisamos criar uma cultura de prevenção", explicou Simões.
•  A corporação divulgou que durante o ano de 2012 foram feitas 16 mil fiscalizações de edificações. No período, 439 casas noturnas, boates, restaurantes, casas de show e similares pediram concessão de alvará do Corpo de Bombeiros para funcionar, sendo que 357 tiveram os certificados de registro concedidos e 82, negados. Para obter o certificado de funcionamento, o estabelecimento passa por três diferentes vistorias dos bombeiros. A última gera o certificado de registro, que deve ser renovado anualmente.
•  "Nossa prioridade com a fiscalização são as casas de reunião de público [casas noturnas em geral], depois hotéis, edificações industriais e, por fim, hospitais. As primeiras são prioridade porque têm uma grande flutuação de público", disse o coronel Simões.
•  A fiscalização dos bombeiros está concentrada nas denúncias recebidas por meio do Disque Denúncia, das ligações feitas para o Ministério Público estadual e das reclamações feitas por cidadãos no site da corporação.
•  No dia seguinte ao incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), que já deixou 237 mortos, o estudante Giordano Goellner, 23 anos - ele próprio frequentador assíduo da casa noturna - disse a si mesmo que não deixaria a tragédia que abalou sua cidade natal passar em branco.

•  Juntamente com outros sete amigos, Goellner, que estuda administração de empresas na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), decidiu criar a organização não governamental (ONG) Andradas Viva, cujo objetivo é fiscalizar, com a ajuda das redes sociais, locais de grande reunião de público e verificar se tais estabelecimentos estão cumprindo as normas de segurança previstas na legislação.
•  "Nosso intuito é, com a ajuda de nossos colaboradores, saber se o estabelecimento comercial está adequado às normas básicas de segurança. Para isso, vamos contar com a ajuda da nossa página na internet e das redes sociais", diz Goellner.
•  O nome da entidade, Andradas Viva, faz alusão à rua onde a Boate Kiss está localizada, até então um dos principais pontos de encontro de vários jovens da cidade, incluindo inúmeros estudantes da UFSM que morreram no trágico episódio.
•  Além da fiscalização, que inicialmente se concentrará nas casas noturnas, Goellner explica que também quer conscientizar a população sobre seus direitos e pressionar as autoridades para a alteração de leis que, em sua opinião, estão "atrasadas".
•  ''Até o incêndio na Kiss, eu, por exemplo, não sabia quais equipamentos de segurança uma boate precisaria ter", comenta Goellner. •  "Também queremos pressionar as autoridades para mudar algumas leis retrógradas, em relação, por exemplo, aos prazos longos que donos de alguns estabelecimentos têm para se adequar a certas normas, como alarmes de incêndio."
•  Uma semana após a tragédia que deixou 237 mortos, em função do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), um grupo de brasilienses se reuniu em solidariedade às vítimas. Com roupas brancas, cartazes e faixas, os participantes se concentraram em frente à Rodoviária do Plano Piloto, localizada no centro da capital federal. De mãos dadas, todos rezaram e pediram paz e justiça para que novas tragédias sejam evitadas.
•  Segundo a aposentada Carmem Gamacho, o objetivo da homenagem é se solidarizar com os familiares e demonstrar indignação com as autoridades. “Queremos que essa barbaridade não se repita no país. Temos que exigir das nossas autoridades que liminares deixem de ser concedidas de forma irregular. Essa cultura do jeitinho tem que acabar. Essa cultura que faz com que as pessoas façam coisas erradas e pensem que ficarão impunes.”
•  O servidor público Ronaldo Seggiaro também pediu um basta à impunidade. “O Brasil não aguenta mais. Queremos justiça pelas vidas arrancadas. Nos movimentamos para que essa tragédia não caia no esquecimento.”
•  Para a empresária Regina Lacerda, a dimensão da dor dos familiares não pode ser “simulada, apenas sentida”. A nora dela é do município gaúcho e perdeu muitos amigos na tragédia. Uma semana antes do incêndio, o filho dela e a nora estiveram na boate. “Quando eu penso que meu filho único também poderia estar lá, mas não estava, sinto um alívio enorme. Mas também não consigo deixar de pensar nessas 237 famílias que perderam seu chão.”(Agência Brasil/EBC).
•  Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mostram que a dor nas costas está entre as principais causas de aposentadoria por invalidez no Brasil. Entre janeiro e novembro de 2012, mais de 116 mil pessoas receberam auxílio-doença por esse motivo. O presidente da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna (ABRC), Helder Montenegro, diz que o problema vem afetando cada vez mais cedo a população.
•  “Alguns estudos mostram que [o problema] é a geração computador, jovens que trocaram a prática esportiva pelo computador, assim como as profissões, em sua maioria, facilitam que a pessoa fique mais tempo sentada; essa não é uma posição boa, há uma sobrecarga muito grande na coluna, principalmente quando não se senta corretamente”, disse o especialista. Ele cita o sedentarismo, a má postura, a obesidade e o fumo como fatores que podem causar dor nas costas.
•  De acordo com Montenegro, a famosa caminhada não é suficiente para fortalecer os músculos da coluna e evitar as dores. “Existem músculos que precisam de determinadas técnicas para serem trabalhados, isso se faz com o pilates e a musculação, desde que haja profissionais capacitados”.
•  Com o objetivo de prevenir o problema, a Abrc e o ITC Vertebral lançaram neste sábado (2), no Parque da Cidade, em Brasília, a Campanha Nacional Alerta para Prevenção de Dores nas Costas. A programação inclui a distribuição de cartilhas com exercícios que mostram hábitos posturais que fazem mal à coluna, além de consultas gratuitas de pressão arterial, demonstração de exercícios e orientações de fisioterapeutas.
•  Segundo Montenegro, o maior objetivo da campanha é divulgar os exercícios específicos para a coluna. “Nós estamos tentando massificar esses exercícios, divulgá-los para o Brasil inteiro”.

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