DE CAMPOS
É IRREVERSÍVEL.
Depois
do pronunciamento de Eduardo Campos contra o governo Dilma em cadeia nacional
de rádio e televisão na quinta-feira (25), só Lula parece ser capaz de evitar
sua candidatura; isso, no entanto, provocaria uma reviravolta completa no jogo
político, com a volta da pressão para que ele próprio dispute a presidência da
República, em 2014
Segundo
o diário eletrônico Brasil/247”, o governador pernambucano e presidente
nacional do PSB, conseguiu dar um nó na política nacional. Ao praticamente se
lançar à presidência da República em 2014, depois do pronunciamento em que
disse ser possível "fazer mais" do que a presidente Dilma Rousseff
vem realizando, ele se colocou num caminho praticamente sem volta. Tanto é assim
que líderes de diversos partidos da base aliada, incluindo o PT, passaram a
cobrar de Campos a entrega de seus cargos no governo federal.
Diante
desse cenário, interlocutores do ex-presidente Lula passaram a criticar a
articulação política do governo Dilma. O senador Jorge Viana (PT-AC), notório
lulista, afirmou, em entrevista ao Globo, que o PT é uma seleção brasileira que
vem jogando como "perna de pau" na política. Em outra matéria
publicada neste domingo no site do jornal O Globo, interlocutores do
ex-presidente informam que ele, Lula, já estaria convencido de que Campos,
dificilmente, conseguirá voltar atrás
Na
política, no entanto, nada é irreversível como ensinava o ex-governador de
Minas e banqueiro Magalhães Pinto, para quem a política era como uma nuvem:
você olha, ela está de um jeito: você volta a olhar, ela já se modificou.
Aparentemente,
uma única possibilidade pode ser capaz de fazer com que o nego de Miguel Arraes
volte atrás: a candidatura de Lula à presidência da República. Eduardo Campos
parece estar disposto a enfrentar Dilma, mas jamais se posicionaria contra
Lula. Por isso mesmo, tem dito que não tomará qualquer decisão antes de 2014.
É
justamente essa indefinição que torna também mais delicada a posição da
presidente Dilma. Ela gostaria que Campos tomasse a iniciativa de entregar os
seus cargos – o que ele não fará. Ao mesmo tempo, se decidir demitir quadros
indicados pelo PSB, poderá precipitar uma ruptura potencialmente danosa para
sua própria reeleição.
O
fato é que Campos, com seus movimentos, tornou o jogo de 2014 absolutamente
imprevisível. E Lula é uma peça que não pode ser descartada.
GOVERNO PROMETE ACABAR COM
OS LIXÕES ATÉ OUTUBRO DE 2014
A meta de fechar todos os lixões até agosto do ano que
vem, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), certamente
será alcançada no Rio de Janeiro. A garantia é do superintendente de Políticas
de Saneamento da Secretaria de Estado de Ambiente do Rio, Victor Zveibil. Segundo o superintendente, os 19 aterros sanitários já
em funcionamento no estado e mais oito em processo de construção serão
suficientes para suprir as necessidades de todos os 92 municípios fluminenses.
“No Rio de Janeiro, temos algo como 17 lixões em
funcionamento, com resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo,
mas eles representam apenas 5% dos resíduos sólidos gerados no estado. Na
verdade, 95% dos resíduos gerados já estão indo para aterros sanitários.
Estamos falando de municípios pequenos, que precisam regionalmente de
consórcios e implementação desses aterros”.
Em 2012, havia cerca de 50 lixões no estado do Rio,
segundo Zveibil, que participou sexta-feira (26), na Assembleia Legislativa do
Rio de Janeiro, do lançamento do Manual de
Boas Práticas no Planejamento da Gestão dos Resíduos Sólidos, que vai
servir de apoio aos municípios fluminenses. O manual foi elaborado pela
Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Sólidos
Especiais (Abrelpe).
Para o superintendente, o fechamento dos lixões em
tempo hábil no estado está relacionado à criação de consórcios entre os
municípios e arranjos regionais. O Rio já tem cinco consórcios formalizados
entre municípios e oito em vias de serem formados. Além disso, garantiu que os
lixões fechados serão remediados até 2016. A remediação inclui cobertura da
área com argila e grama, e instalação de infraestrutura para captação de
chorume e gás.
Zveibel também defende a incorporação dos catadores ao
sistema de reciclagem. “Neste ano, pretendemos alcançar 100% dos municípios com
o programa de coleta seletiva solidária que faz a inclusão social de
catadores”, comentou. Ele alertou ainda para a falta de uma política nacional
que viabilize a logística reversa, que garante o descarte adequado de produtos
usados.
“O descarte de lâmpadas fluorescentes, resíduos de
eletroeletrônicos, medicamentos, por exemplo, ainda dependem de acordos
setoriais nacionais, pois incidem sobre os custos de produção das empresas”,
disse ele. “O que não impede que se criem alternativas locais”, ressaltou.
PRESIDENTE DA CÂMARA DEVE PRESTAR
INFORMAÇÕES AO STF SOBRE PEC 33
O deputado
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN, presidente da Câmara, considerou normal o
despacho do ministro Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, nos
mandados de segurança do PSDB e do PPS, que pretendem sustar a tramitação da
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33. A PEC visa a limitar os poderes do
STF.
No despacho, o ministro Toffoli pede informações à
Câmara sobre a PEC 33 e dá prazo de 72 horas para que a Casa preste os
esclarecimentos sobre a matéria. Para Henrique Alves, a solicitação é
“meramente burocrática”. “Ainda não chegou, mas se chegar é medida meramente
burocrática. O ministro poderia ter dado liminar, mas respeitosamente preferiu
ouvir a Casa. Daremos as informações”, disse o presidente da Câmara.
Segundo a Secretaria-Geral da Mesa, a solicitação do
ministro só deverá chegar nesta segunda-feira (29) e a Câmara terá até
sexta-feira (3) para prestar os esclarecimentos solicitados pelo ministro
Toffoli. Isso, porque o prazo de 72 só começa a ser contado no dia seguinte à
chegada da solicitação.
O despacho do ministro Toffoli foi concedido nos
mandados de segurança apresentados ao STF pelo PSDB e pelo PPS, após a
aprovação, na quarta-feira (24) da admissibilidade da PEC pela Comissão de
Constituição e Justiça. Após o resultado da votação, Henrique Alves disse que
não irá criar a comissão especial para analisar o mérito da PEC enquanto não
houver uma definição clara de respeito e harmonia entre os Poderes no texto da
matéria.
O líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), que
assinou um dos mandados de segurança para suspender a tramitação da PEC,
declarou que ela afronta a autonomia da mais alta corte judicial do país.
Segundo ele, a PEC fere cláusula pétrea da Constituição, que estabelece a
separação dos Poderes. “A PEC é uma aberração. O Legislativo não pode atropelar
as atribuições do Judiciário. A separação dos Poderes é cláusula pétrea
intocável”, disse.
RIO LANÇA PROGRAMA PARA
FIXAR JUÍZES NAS COMARCAS
O corregedor nacional de Justiça, ministro
Francisco Falcão, participa nesta segunda-feira (29) do lançamento no Rio de
Janeiro de duas importantes ações da Corregedoria: o Projeto Presença do Juiz
na Comarca e a iniciativa-piloto para citação eletrônica em processos que
tramitam nos Juizados Especiais. As duas ações têm por finalidade a melhoria na
qualidade da prestação jurisdicional e passarão a vigorar com a assinatura de
termos de cooperação, que serão firmados em cerimônia marcada para as 11 horas
no Pleno do Tribunal de Justiça, no Centro do Rio.
O Projeto Presença do Juiz na Comarca visa
fortalecer a presença do juiz no local em que atua, principalmente no interior
do estado. A iniciativa prevê a marcação de audiências de segunda a sexta-feira
nas comarcas, além da realização de mutirões para antecipar audiências
pendentes. A meta é melhorar a prestação jurisdicional e eliminar a longa
espera das partes pela solução da causa, fazendo que nenhuma audiência seja
marcada para data superior a 60 dias.
O Rio de Janeiro é o segundo estado a aderir ao
projeto. A iniciativa-piloto foi lançada pela Corregedoria Nacional de Justiça
em novembro do ano passado na Paraíba.
Na mesma solenidade, será assinado um termo de
cooperação que marcará o início de um projeto-piloto para citação eletrônica em
processos que tramitam nos Juizados Especiais do estado. Seis instituições
bancárias que concentram parte expressiva da demanda de processos nos Juizados
Especiais do Rio de Janeiro farão parte da iniciativa, que contará com a
participação dos bancos Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Citibank, HSBC e
Banco do Brasil. O termo de cooperação a ser firmado contará com a adesão do
CNJ, do TJRJ e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
O projeto-piloto trará economia, agilidade e
melhoria na qualidade da prestação jurisdicional nos Juizados Especiais Cíveis.
Atualmente, a justiça estadual carioca gasta R$ 970 mil por ano apenas com o
pagamento de serviço postal para citação de instituições financeiras em
processos que tramitam nos juizados. Os bancos respondem por aproximadamente
60% da demanda desses juizados no Rio de Janeiro.
O projeto prevê também o agendamento concentrado
de audiências em um mesmo dia ou período. A intenção é que, com a concentração
das audiências, os bancos possam mandar representantes mais qualificados para a
tarefa de negociação e, com isso, promoverem número maior de conciliações. Os
responsáveis indicados para as audiências passarão por cursos de capacitação
negocial promovidos pela Escola Nacional de Mediação e Conciliação.
A meta da Corregedoria Nacional de Justiça é
levar o projeto também para outros estados e envolver demais setores econômicos
que concentrem grande quantidade de processos dos Juizados Especiais, como
concessionárias de serviço público e seguradoras.
RÁPIDAS
• Ações de
saúde como verificação de pressão arterial, medição da taxa de glicose,
orientação sobre tabagismo e consulta de nutrição na Praça Roberto Silveira, no
centro, marcaram na manhã de sexta-feira (26/04), o Dia Nacional da
Hipertensão. Em menos de duas horas certa de 250 moradores haviam sido
atendidos nos exames e receberam orientações de como abandonar o tabagismo.
• O evento foi
promovido pela Secretaria Municipal de Saúde através do Departamento de
Vigilância em Saúde. Ao todo foram feitos 650 atendimento e detectados 60 novos
casos de hipertensão.
• O
atendimento foi coordenado pelo médico Aníbal Prata, do Programa de
Hipertensão. Ele explicou que a finalidade da campanha era identificar novos
casos de hipertensão, doença silenciosa só detectada através de exames em
pacientes assintomáticos. Segundo o médico, em cada grupo de dez pessoas
quatro são hipertensas. O tratamento e acompanhamento são feitos em dez subpostos
de saúde dos quatro distritos, além do Posto Municipal de Saúde localizado no
Centro.
• Sônia Maria
Reis, de 64 anos parou para verificar a pressão arterial e ver como estava sua
taxa de açúcar no sangue. “Sou hipertensa há muitos anos e estou receosa de
verificar a taxa de glicose. Já pensou se estou diabética”, disse a moradora do
centro. A pressão estava alta, 17x9 que pode ser controlada com medicamentos. O
teste de glicemia acusou uma taxa de açúcar de 112, normal para quem tomou café
pela manhã. “Agora estou mais tranquila”, disse Sônia Maria.
• Durante os
testes feitos em Luzia de Almeida Vitória, de 78, moradora do Parque Lafaiete
foi constatado que sua taxa de açúcar estava acima dos 400. Imediatamente ela
foi colocada em uma ambulância do Samu e levada a uma unidade de saúde para
atendimento.
• A
hipertensão afeta o cérebro, provocando derrama e demência, o coração,
provocando infarto e insuficiência cardíaca, olhos, podendo provocar cegueira,
os rins, insuficiência renal e nas artérias, entupimentos.
• Quase 30 anos depois de a
dengue ter se instalado no Brasil e apesar de todo o conhecimento sobre o ciclo
do mosquito transmissor – o Aedes
aegypti –, a doença ainda é um problema de saúde pública. Até
meados de março já foram registradas 132 mortes e mais de 714 mil casos da
doença em todo o país. Em 2012, no mesmo período, as notificações chegaram a
190 mil.
• Para os gestores da saúde,
a população subestima a gravidade da doença. “Não tem quem não saiba o que é e
o que deve fazer para prevenir. Mas as pessoas ainda estão subestimando o poder
dessa doença, ela mata", alertou Gilsa Rodrigues, coordenadora da
vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde do Espírito Santo, estado que
registrou a maior incidência da doença na Região Sudeste, com 1.171 casos até o
fim de março.
• “Aqui no Espírito Santo, mais de 70% dos focos
são encontrados nos domicílios, um dado que nos faz refletir sobre a
responsabilidade do cidadão. A secretaria tem orientado as famílias a fixarem
um dia na semana para inspecionar o quintal e a laje, verificar se a caixa
d'áqua está coberta, eliminar todas as possibilidades de o mosquito depositar
os ovos”, explicou Gilsa.
• Segundo a pesquisadora do
Instituto Oswaldo Cruz, Denise Valle, um modelo de combate à doença que deve
ser seguido é o adotado em Singapura, no Sudeste Asiático.
• "Singapura conseguiu
praticamente zerar a epidemia de dengue basicamente com uma campanha de
mobilização, estimulando as pessoas a eliminar os criadouros uma vez por
semana. Cerca de 16 mil voluntários [para uma população de cerca de 5 milhões
de pessoas], durante seis finais de semana seguidos, ficaram estimulando e
orientando a sociedade a eliminar todos os criadouros.
• “Eles conseguiram eliminar
a epidemia no pico, o que é muito difícil”, conta a pesquisadora.
Baseado nisso, o Instituto Oswaldo Cruz lançou a campanha 10 Minutos
contra a Dengue, para que as pessoas façam a limpeza dos principais criadouros
do mosquito em suas casas. O instituto ainda lançou vídeos explicativos pra
informar a população sobre o ciclo da doença e como evitá-la.
• Para Maria Aparecida
Araújo, diretora da Vigilância Epidemiológica da Bahia, não dá pra
responsabilizar só um setor pelas epidemias de dengue. “Muitas vezes, os
agentes não têm acesso às casas, o município não tem coleta de lixo adequada,
não tem água encanada, o que leva a um armazenamento de água algumas vezes
perigoso."
• O superintendente de
Vigilância em Saúde do Paraná, Sezifredo Paz, constatou que todas as cidades
que tiveram epidemia no estado tinham problemas com o manejo inadequado de
resíduos sólidos e dos materiais recicláveis, como copos plásticos e garrafas
PET. Segundo ele, a troca de gestão também contribuiu para agravar a situação.
“Constatamos que 70% dos municípios do Paraná onde houve epidemia tiveram
mudança de prefeito. O prefeito que assumiu em janeiro já encontrou um quadro
ruim."
• Para Simone Mendes,
coordenadora de Dengue e Febre Amarela do Tocantins, a mudança de comportamento
é lenta. “Ainda há muita coisa a ser feita para que as pessoas se
conscientizem. Temos que continuar fazendo mobilizações. Informação tem que ter
o tempo todo."
• Em dezembro de 2012, o Ministério da Saúde
anunciou o repasse de R$ 173,3 milhões para ações de qualificação das
atividades de prevenção e controle da dengue. Em 2011, foram R$ 92,8 milhões. O
ministério também orienta os agentes de saúde a visitarem as residências a cada
dois meses
para checar se há focos do mosquito e para alertar a população sobre os riscos
da doença
• O
ônibus de atendimento à população da Comissão de Defesa do Consumidor da
Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) estará esta semana, entre os dias 29 e 30
de abril, e nos dias 02 e 03 de maio, das 9h às 17h, na Praça dos Estudantes,
no município de Nilópolis.
• Os
consumidores terão seus casos analisados no local. As questões que não puderem
ser resolvidos no mesmo dia serão enviados online para a sede da comissão, no
Edifício Leonel de Moura Brizola, na Rua da Alfândega, 8, Centro da capital.
• As centrais sindicais
pretendem demonstrar sua insatisfação com o governo Dilma Rousseff no feriado
de 1º de Maio, Dia do Trabalhador, em vários eventos simultâneos em S. Paulo.
De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a Força Sindical pretende
dar franqueará seu showmício a
presidenciáveis da oposição e proporá reajustes salariais trimestrais contra a
inflação, enquanto a CUT, que até agora se mostrava aliada, avalia mudar
o tom, discutindo calendário de
paralisações a partir do Dia do Trabalho.
• Cientes dos entraves conjunturais para a redução de jornada e o fim do
fator previdenciário, sindicalistas afirmam que a presidente sinalizara que
agiria para deter a alta rotatividade no mercado de trabalho, o que
contemplaria o pleito de ratificação da Convenção 158 da OIT.
"É muita
desoneração anunciada para o patrão. Precisamos pensar no trabalhador",
diz Vagner Freitas, que preside a central.
• Diante do impasse, Lula avisou que não irá ao ato promovido pela entidade.
Dilma enviará os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e Manoel Dias
(Trabalho) aos dois eventos. Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) devem
comparecer à festa da Força.
• O deputado
federal Emanuel Fernandes (PSDB-SP) tornou-se réu em ação penal aberta hoje
(25) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Por unanimidade, a Corte entendeu que
há indícios de que o parlamentar participou de um esquema de desvio de verbas
públicas na época em que era prefeito de São José dos Campos. Ele exerceu o
cargo entre 1997 e 2004.
• Segundo
denúncia do Ministério Público, o político desviou recursos públicos em
proveito da empresa Refeicheque Administração Ltda. no fornecimento de auxílio
alimentação a funcionários municipais.
• O procurador-geral
da República, Roberto Gurgel, apontou que o contrato foi fechado em
desacordo com a Lei de Licitações, além de apresentar irregularidades,
como lançamento de nomes de servidores em duplicidade e inclusão de
estagiários, que não poderiam receber o benefício.
• Os advogados
do parlamentar disseram que o pagamento de auxílio alimentação estava apoiado
em lei municipal aprovada na administração anterior, em 1994. Também
argumentaram que o político não teve intenção de cometer crime, pois desconhecia
a ilegalidade.
• O relator do
caso, ministro Luiz Fux, disse que o Supremo tem grande cuidado ao abrir ações
penais, pois isso prejudica os acusados, mas destacou que, neste caso, a medida
era necessária. “Mesmo declarada irregular pelo Tribunal de Contas do estado, o
prefeito persistiu na atividade ilícita, engendrou vários aditivos considerados
superfaturados”.
• O ministro
destacou que a empresa apontada como favorecida é investigada em outros
processos, e que os indícios contra o político são fortes o suficiente para que
o mesmo ocorra no STF. “Há dúvida bastante razoável sobre cometimento de
delito”, completou.
• Com a
previsão de crescer 3% neste ano, segundo as instituições financeiras, a
economia brasileira dependerá das medidas de estímulo lançadas pelo governo
para atingir essa expectativa. Economistas ouvidos pela Agência Brasil, no entanto, divergem sobre
a eficácia das ações tomadas até agora pelo governo, voltadas para a redução de
impostos para determinados setores da economia e o aumento dos gastos públicos.
• Para Carlos
Eduardo Freitas, ex-diretor do Banco Central, o foco das medidas econômicas
está errado. Segundo ele, o Brasil não está crescendo pouco por causa da falta
de demanda, mas da baixa taxa de investimento. “Estimular o consumo, como o
governo está querendo fazer, só pressiona a inflação, enquanto o real problema
está do lado da oferta“, diz.
• De acordo
com Freitas, o baixo crescimento dos últimos anos foi provocado pela baixa taxa
de investimento. Para ele, isso se deve à mudança de política econômica do
governo, que provocou temor nos empresários em relação ao futuro do país e
restringiu os investimentos. “O empresário olha para o futuro na hora de tomar
decisões. O grau de intervenção do governo na economia tem assustado o
empresariado e o investidor brasileiro e estrangeiro”, diz.
• Na avaliação
do ex-diretor do Banco Central, a taxa de investimentos só voltará a aumentar
se o governo voltar a se comprometer com os três pilares que guiaram a política
econômica brasileira desde o fim dos anos 1990: superávit primário forte,
câmbio livre e cumprimento da meta de inflação.
• Professor
titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Reinaldo Gonçalves
também acredita que as medidas estão no rumo errado, mas por diferentes
motivos. Para ele, é necessário estimular a demanda em tempo de crise, mas as
medidas devem beneficiar toda a economia, não apenas determinados setores com poder
de barganha escolhidos pelo governo
• “O
empresário só investe se tiver certeza de que terá demanda para seus produtos.
Seria muito mais eficaz o governo reduzir o imposto para toda a população, que
poderia consumir o produto que quiser”, critica. “O governo só tem reduzido
tributos para determinados segmentos da economia, o que transformou a política
econômica em um balcão de negócios.”
• Apesar das
críticas, há economistas que acreditam que o governo está no rumo certo. Para
Newton Marques, professor de economia da Universidade de Brasília (UnB), as
medidas de estímulo têm cumprido o objetivo de evitar que o país caia em
recessão. “As desonerações beneficiam setores com contribuição importante para
o PIB. Se o governo não tivesse feito nada, o país estaria em recessão, em vez
de ter crescido 0,9% no ano passado”, diz.
• Marques
lembra que o governo não tem agido apenas para estimular o consumo e reduzir a
folha de pagamento das empresas, mas também tem incentivado os investimentos
por meio das linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) e da concessão de rodovias, ferrovias e aeroportos. “O governo
tem feito a sua parte. O grande mistério é saber por que os empresários não
estão investindo”, diz.
• A Comissão
Especial da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) instalada para acompanhar os
processos de descontaminação do solo e do lençol freático de Volta Redonda e a
realocação das famílias prejudicadas foi instalada nesta quinta-feira (25).
• Segundo o
presidente da comissão, deputado Edson Albertassi (PMDB) técnicos do
Instituto Estadual do Ambiente (Inea) serão convidados a participar de
audiências públicas para esclarecer se o percentual de elementos tóxicos
encontrados no solo de terrenos doados aos metalúrgicos pela Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN) é alto o suficiente para ameaçar a saúde dos
moradores.
• “A CSN nega
que a quantidade de elementos químicos nos terrenos seja prejudicial, mas o
Inea discorda. Os moradores precisam saber se devem permanecer em suas casas ou
deixá-las, e o processo tem que ser feito com Justiça”, afirmou o parlamentar.
• Os terrenos,
que ficam no bairro de Volta Grande IV, foram doados pela CSN ao Sindicato dos
Metalúrgicos em 1995. A empresa, segundo Assessoria Técnica do Inea, mantinha
aterros para depositar lixo tóxico naquele local desde 1989 – o primeiro deles,
Aterro Márcia I, foi descoberto em agosto de 2010. Em 2011, um vazamento de
resíduos contaminou o lençol freático próximo
• A CSN foi
multada em R$ 35 milhões quando o Inea comprovou a existência de elementos
cancerígenos no local, como cádmio e cromo, mas a companhia alega que estudo
contratado por ela a uma empresa americana demonstra que não há risco. “Quando
um problema ameaça a sociedade, o Parlamento precisa ser o primeiro a se
intrometer”, disse o deputado Bernardo Rossi (PMDB).
BAIXADA DISCUTE EM CAXIAS
PLANO ESTADUAL DE CULTURA
Representantes dos municípios da Baixada Fluminense se reuniram sábado (27) em Duque de Caxias para discutir o Plano Estadual de Cultura proposto pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC). O encontro, realizado no Teatro Raul Cortez, foi aberto pelo secretário municipal de Cultura e Turismo, Jesus Chediak e contou com a presença dos responsáveis pela elaboração do texto que será enviado à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para aprovação.
A minuta do Plano Estadual de Cultura foi apresentada aos presentes que deram sugestões para as políticas públicas na área. A população também poderá enviar contribuição através do site
cultura.
rj.gov.br/projeto/plano-estadual-de-cultura
O texto final será apresentado como
anexo único do Projeto da lei Estadual de Cultura que será enviado à Alerj para
votação. Só depois de aprovada pelos deputados serão definidas as diretrizes e
estratégias.
Para o secretário municipal de Cultura e Turismo, Jesus Chediak o encontro foi muito importante. “Fundamental, porque permite que a região da Baixada Fluminense tenha condições de desenvolver projetos com sua própria identidade cultural. Na verdade, ninguém é universal fora do seu quintal”, disse Chediack lembrando o poeta Vinícius de Morais.
Para o secretário municipal de Cultura e Turismo, Jesus Chediak o encontro foi muito importante. “Fundamental, porque permite que a região da Baixada Fluminense tenha condições de desenvolver projetos com sua própria identidade cultural. Na verdade, ninguém é universal fora do seu quintal”, disse Chediack lembrando o poeta Vinícius de Morais.
“As
pessoas confundem cultura com arte e produção de conhecimento. A cultura é a
base da sociedade, trabalha dentro do ser humano e vai ser cada vez mais
solicitada pela sociedade”, destacou o secretário.
Participaram do fórum o subsecretário
municipal de Cultura, André Oliveira, os representantes da SEC Renato Dantas,
Delmar Cavalcante, Simone Amorim, Simone Gruba (coordenadores do Plano), e
Marilda Samiço, da Superintendência de Artes da secretaria. Também estiveram no
evento representantes de Belford Roxo, Queimados, São João de Meriti,
Seropédica, Guapimirim, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu e
Paracambi. (Fotos George Fant).
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