RIO LIDERA O RANKING
DE CRIMES DE EXTORSÃO
Três em cada dez vítimas de extorsão praticada por
policiais militares no país são do estado do Rio de Janeiro. Segundo dados
preliminares da Pesquisa Nacional de Vitimização, divulgados pelo Ministério da
Justiça, o estado é o que concentra o número mais elevado de vítimas desse tipo
de crime e responde sozinho por mais da metade das vítimas em todo o Sudeste.
Somando os quatro estados do Sudeste, 1.098 pessoas
relataram casos em que tiveram que pagar propina a policiais militares, sendo
619 somente no Rio de Janeiro. Isso representa 7,2% dos entrevistados no estado
(8.550 pessoas) e 30% das vítimas desse tipo de crime em todo o país. Do total
de 78 mil entrevistados em todo o país, 2,6% disseram ter sido vítimas de
extorsão praticada por policiais militares e a grande maioria (97,4%) disse
nunca ter pago propina a um Policial Militar.
De acordo com o levantamento, que segundo o Ministério
da Justiça tem o objetivo de comparar o número de ocorrências criminais na
população com os dados oficiais registrados pelas polícias, São Paulo aparece
em segundo lugar no ranking,
com 373 pessoas tendo vivido esse tipo de situação. O número corresponde a 1,8%
dos entrevistados no estado (21.209) e a 18% das vítimas no país.
A pesquisa também revela dados relativos à extorsão
praticada por policiais civis. Do total de 78.006 entrevistados, 0,8% disseram
ter sido vítima desse tipo de situação, contra 99,2% que negaram. O
levantamento aponta que, nesse caso, o estado de São Paulo aparece em primeiro
lugar do ranking, com 170
vítimas.
O número corresponde a 0,8% dos entrevistados no
estado (21.213) e a 28% do total de vítimas no país. Em seguida, está o Rio de
Janeiro, com 102 vítimas, o que representa 1,2% dos entrevistados no estado
(8.550) e 17% das vítimas considerando todos os estados.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou, por meio
de sua assessoria de imprensa, que ainda não tem nenhum posicionamento oficial
em relação aos dados da pesquisa. A Polícia Civil de São Paulo não respondeu à Agência Brasil até o fechamento
da matéria.
DEPUTADO DENUNCIADO POR
FAZER BOCA DE URNA EM 2010
A Procuradoria Geral da
República opinou pelo recebimento da denúncia contra o deputado federal Jorge
de Oliveira (PR/RJ), conhecido como “Zoinho”, pelo crime de boca de urna e
propaganda política nas eleições de 2010. A denúncia, de autoria do Ministério
Público do Rio de Janeiro, foi analisada quinta-feira (4), no Supremo Tribunal
Federal (STF).
Em 2010, Jorge de Oliveira chegou
a receber voz de prisão após ter sido flagrado fazendo boca de urna em um
colégio em Volta Redonda (RJ). Os crimes de boca de urna e propaganda política
estão previstos pela Lei nº 9.504/97 e no Código Penal.
A defesa requereu que a
Justiça considere a atipicidade do fato,
ausência de dolo, a inépcia da denúncia e requer seu arquivamento.
Para a
vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat, no entanto, não há
atipicidade do fato.
“Eu acho que não há
absolutamente dúvida alguma a respeito da conduta típica de boca de urna. Ele
estava em uma situação espacial que caracteriza de forma inegável a boca de
urna, ficou lá tempo suficiente, bastante tempo, foi advertido e dali não se
retirou. Então o Ministério Público Federal pede o recebimento da denúncia em
relação ao crime de boca de urna”, opinou Deborah Duprat.
MOREIRA FRANCO RECONHECE
ATRAZO NAS OBRAS DO GALEÃO
O ministro da Secretaria
Nacional de Aviação Civil, Moreira Franco, vistoriou nesta segunda (8) as obras
nos dois terminais do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, que terá o
edital de concessão lançado em setembro. Com cinco meses de atraso, parte das
intervenções da Infraero não ficará pronta antes da Copa das Confederações, em
junho, e da Jornada Mundial da Juventude, em julho.
“Se o serviço estivesse maravilhoso, não se
estaria fazendo a concessão. O governo entende que o cidadão precisa de
qualidade de serviço. Muita coisa vai ficar pronta a tempo. Só um setor que
será entregue no primeiro trimestre do ano que vem".
Moreira Franco garantiu que
o governo federal está empenhado em concluir as obras o quanto antes, para
melhorar a estrutura do aeroporto e o conforto dos usuários: "Consegui ver
que o Galeão está passando por um processo de mudança profunda. Um conjunto de
obras com o objetivo de melhorar o serviço prestado ao usuário, seja ele
passageiro ou ligado à atividades de carga".
Sobre a concessão, o
ministro afirmou que deve contribuir para expandir o aeroporto: "Para que
possa, da mesma maneira que Guarulhos e Viracopos, passar por um processo de
ampliação substancial na sua capacidade de atendimento".
O presidente da Infraero,
Gustavo do Vale, atribuiu o atraso à elaboração dos projetos da reforma, que
não terminou dentro do prazo previsto. De acordo com ele, o setor A do Terminal
1, que passa por uma reforma geral, ficará pronto até setembro deste ano. A
área adicional do Terminal 2, construída para absorver aumentos de demanda e
nunca usada, deve ser concluída até abril de 2014. Gustavo adiantou que um
plano de contingenciamento do aeroporto será divulgado nos próximos 15 dias,
para definir fluxo específico dos passageiros que se destinam aos grandes
eventos deste ano.
Os investimentos em reforma
são da ordem de R$ 800 milhões, sendo R$ 354 milhões no terminal 2, R$ 301 milhões
no Terminal 1 e R$ 157 milhões para os sistemas de pistas e pátios, cuja
reforma deve durar até outubro de 2013.
As seis esteiras que ligam
os dois terminais serão substituídas até abril de 2014, com investimento de R$
5 milhões. Um processo licitatório que será aberto ainda no primeiro semestre
deste ano definirá a compra de 16 elevadores e oito plataformas elevatórias
para acessibilidade.
FELICIANO INCITA O ÓDIO E A
INTOLERÂNCIA, DIZ MINISTRA
A ministra da Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, disse nesta
segunda (8) que as declarações do presidente da Comissão de Direitos Humanos e
Minorias, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), fora do Congresso Nacional
têm incitado o ódio a e intolerância.
Há duas semanas, o deputado
Marco Feliciano, em um culto evangélico, disse que, antes da chegada dele à
presidência da CDHM, o colegiado era comandado por Satanás. Em vídeos
publicados na internet, o pastor diz que Deus teria mandado matar o cantor John
Lennon, dos Beatles, e os integrantes da banda Mamonas Assassinas, vítimas de
um acidente aéreo.
“É lamentável que nos
deparemos a cada dia com mais um pronunciamento, intervenção que incita o ódio,
a intolerância e o preconceito. Já ultrapassa a barreira de uma comissão da
Câmara. Diz respeito a todos nós”, disse Maria do Rosário, no Senado. “A Câmara,
certamente, encontrará uma solução, ou o próprio Ministério Público, porque
incitar a violência e o ódio é uma atitude ilegal e inconstitucional”,
acrescentou a ministra.
Em entrevista ao chegar à
exposição em memória dos mortos no Holocausto e para marcar os 70 anos da
insurreição dos judeus no Gueto de Varsóvia, na Polônia, Maria do Rosário
lembrou que a intolerância e o preconceito foram responsáveis por massacres.
“Jamais uma etnia, uma
religiosidade, uma forma de existência pode perceber-se superior às demais
formas de existência humana. Estamos vendo aqui, em uma exposição sobre o
Holocausto, o resultado do ódio, da intolerância e do desrespeito humano ao
próximo, seja do ponto de vista étnico ou religioso”, disse a ministra.
A cerimônia também contou
com a presença de Michael Stivelman, sobrevivente do Holocausto, e do
presidente da Confederação Israelita do Brasil, Cláudio Lottenberg, entre
outros.
O embaixador de Israel no
Brasil, Rafael Eldad, destacou a necessidade de o povo judeu sempre recordar o
Holocausto. “Isso é muito importante, porque, agora, quando ainda temos entre
nós esses vestígios, essas vítimas diretas do Holocausto, ainda vemos
expressões de negação do Holocausto, vemos um ressurgimento do antissemitismo,
do ódio racial, de preconceitos”, completou o diplomata. O vídeo do deputado pastor está
disponível no link http://www.youtube.com/watch? feature=player_embedded&v=VMpYWvGvMZg
RÁPIDAS
• O Consórcio Intermunicipal de Saúde da
Baixada Fluminense (Cisbaf), que reúne todos os municípios da região, está
trabalhando pela implantação de um salário regional para os profissionais da
área da saúde, como meio de manter as unidades públicas municipais com pessoal
suficiente para garantir o atendimento à população.
• A proposta, segundo o presidente da entidade
e prefeito de Nova Iguaçu, Nelson Bornier, é acabar com a disparidade de
salários praticados, principalmente do profissional médico, o que provoca a
alta rotatividade e inviabiliza financeiramente os municípios na manutenção dos
altos salários, por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal.
• Os prefeitos e secretários de saúde voltam a
discutir o tema nesta terça-feira (9). Um documento será elaborado e
apresentado ao secretário estadual de Saúde, Sérgio Cortes.
• A 14º Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
Rio obrigou a imobiliária Cyrela RJZ Gulf Empreendimentos Imobiliários SPE LTDA
ao pagamento de multa indenizatória, por danos morais, no valor de R$10 mil por
conta de um atraso na entrega de um imóvel.
• Raul Luiz Peixoto e Sônia Barki adquiriram,
ainda na planta, um apartamento do empreendimento imobiliário “Les Papais”, mas
só receberam as chaves do imóvel muito tempo depois. Apesar de ter uma cláusula
no contrato informando que poderia ocorrer atraso de 180 dias, este prazo
também foi ultrapassado pela imobiliária. Por causa disso, tiveram que alugar outro
lugar para ficar nesse período e seus móveis tiveram que ir para um depósito.
• Para o desembargador Ronaldo Assed Machado,
relator do processo, ficou clara a necessidade de indenização por conta do
atraso “Fica evidente que os atos praticados pela ré geram o dever de
indenizar. Assim, não merece prosperar a alegação de inexistência de dano
moral, eis que inegável o abalo emocional sofrido pelos autores que fizeram
investimento para aquisição de imóvel, cumprindo fielmente suas obrigações contratuais,
consistentes no regular pagamento das parcelas, contudo, a promitente vendedora
descumpriu o prazo contratual para a entrega do bem”, destacou o magistrado. (Proc.
0352058-50.2010.8.19.0001.
• O desembargador Luciano Sabóia de Carvalho,
da 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, condenou a FMG
Empreendimentos Hospitalares – responsável pelo Hospital Copa D’Or – a
indenizar Tathiana Costa em R$ 5 mil, por danos morais.
• Segundo os autos processuais, Tathiana foi
atendida pelos médicos do Copa D’Or para tratar de uma enxaqueca e, mesmo
depois de informar ser alérgica ao ácido acetilsalicílico (AAS) – utilizado
como analgésico –, recebeu a prescrição de um medicamento que continha uma substância
chamada cetoprofeno, elemento da mesma classe do AAS.
• Em sua defesa, o hospital alegou que as
substâncias não eram da mesma classe, porém, de acordo com a bula, o
medicamento não deveria ser usado por “pacientes com história de reações
alérgicas ao cetoprofeno, como crises asmáticas ou outros tipos de reações
alérgicas ao cetoprofeno, ao ácido acetilsalicílico ou a outros
antiinflamatórios não-esteróides”.
• Ainda de acordo com o processo, Tathiana
começou a apresentar um quadro de anafilaxia, após utilizar a medicação. A
perícia realizada constatou que a reação alérgica apresentada pela paciente
claramente ocorreu devido ao erro na prescrição do medicamento e poderia ter
sido fatal, se não tivesse sido tratada imediatamente, já que a anafilaxia
causa, dentre muitos sintomas, diminuição de pressão e circulação sanguínea,
além de edema de glote – fechamento da garganta.
• “Como se vê, é possível concluir que a
prescrição médica obtida pela autora no Hospital Copa D’Or configurou erro
grosseiro, levando à responsabilização civil dos réus pelo evento danoso, com
consequente dever de indenizar”, frisou o desembargador relator Luciano Sabóia.
“Ao indicar um medicamento incompatível com o histórico de alergia da autora,
os réus prestaram um serviço de baixa qualidade e indiferente para com a saúde
de quem deveria preservar”, concluiu o magistrado.(Proc. Nº 0083036-20.2009.8.19.0001.
• A análise do relatório de avaliação das
notificações da sibutramina deve ser retomada na próxima reunião aberta da
diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),
agendada para o dia 16.
• O documento chegou a entrar na pauta da
reunião de hoje (8), mas um dos diretores da Anvisa, José Agenor Álvares da
Silva, pediu vista para refletir melhor sobre o assunto.
• Desde dezembro de 2011, a agência tornou
obrigatória a notificação de eventos adversos relacionados ao uso do remédio,
indicado para o tratamento da obesidade. O relatório em questão traz dados do
monitoramento feito pelo órgão entre janeiro e dezembro de 2012.
• De acordo com o documento, foram notificados
153 registros de eventos adversos entre 2008 e 2012, sendo 55 deles apenas no
ano passado, quando a notificação deixou de ser voluntária e passou a ser
compulsória. A conclusão da avaliação é que a maioria das reações adversas
relatadas não é grave, já havia sido prevista e inclui pressão arterial
elevada, taquicardia e alterações de humor.
• O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu
Barbano, se manifestou de maneira favorável ao relatório e propôs que o
monitoramento do uso da sibutramina no país seja mantido por tempo
indeterminado ou enquanto o medicamento permanecer no mercado brasileiro.
• Para ele, os dados apresentados indicam que
as medidas de controle sanitário estabelecidas pela agência se mostraram
eficazes. Elas preveem, por exemplo, que pacientes e médicos assinem um termo
de responsabilidade a ser apresentado com a receita no momento da compra.
Profissionais de saúde também passaram a ser obrigados a informar qualquer
problema apresentado pelos pacientes.
• “O
relatório fornece as informações que a diretoria precisa no sentido de
deliberar pela permanência ou não da sibutramina nesse sistema de controle ou
mesmo no mercado”, disse. “Hoje, eu diria que é mais seguro usar a sibutramina
no Brasil do que antes dessa norma, porque, de fato, há uma preocupação por
parte dos profissionais de saúde e de quem vai consumir em entender que é um
produto de uso restrito e que, para muitas pessoas, ele pode fazer mais mal do
que bem”.
• Para a chefe do Núcleo de Notificação e
Investigação da Anvisa, Maria Eugênia Cury, os números apresentados, apesar de
representarem um aumento nas notificações, não são necessariamente um sinal de
alerta em relação ao remédio. “A gente passa a ter uma linha de base que antes
não tínhamos”, disse. “Mas vamos precisar de mais período [de avaliação]”,
completou.
• Além das notificações que constam no relatório,
a ouvidoria da agência registrou outros 83 relatos que citaram a sibutramina,
sendo 12 deles especificamente sobre o uso do remédio, dos quais oito sobre
efeitos adversos provocados pele medicamento.(Abr/EBC)
• O Ministério Público do Estado do Rio de
Janeiro instaurou inquérito, nesta quarta-feira (03/04), para apurar suspeitas
de improbidade administrativa da Agetransp em relação ao serviço prestado pela
CCR Barcas em Niterói. A medida foi tomada por conta de sucessivos episódios de
tumulto nas estações de Charitas e da Praça Araribóia, envolvendo usuários das
barcas insatisfeitos com os serviços.
• De acordo com a Promotoria de Justiça de
Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania de Niterói, os constantes tumultos
causados pelo mau atendimento da CCR Barcas obrigam a Polícia Militar a
intervir, o que causa deslocamento de efetivos que deveriam cuidar da segurança
pública em outros pontos da cidade.
• Além disso, o inquérito destaca ainda que a
intervenção da polícia para apaziguar os conflitos representa custo ao erário e
por isso, a omissão da Agetransp em fiscalizar e punir a CCR Barcas, para que a
empresa preste o serviço de forma eficiente e regular, vem causando danos
• Os pedidos de falência apresentaram queda no
primeiro trimestre deste ano, segundo levantamento divulgado nesta segunda (8)
pela empresa de consultoria Serasa Experian. Foram 424 requerimentos de janeiro
a março de 2013, contra 449 em igual período do ano anterior
• Segundo a Agência Brasil/EBC, do total de
pedidos de falência nos três primeiros meses deste ano, 264 foram feitos por
micro e pequenas empresas, 103 por médias e 57 por grandes. Para os economistas
da Serasa, a recuperação gradual da economia e o recuo na inadimplência do
consumidor facilitou a melhoria da situação financeira das empresas,
contribuindo para a queda nos requerimentos de falências.
• As recuperações judiciais requeridas
apresentaram elevação, passando de 199 no período de janeiro a março de 2012
para 247 durante o mesmo período deste ano. A Serasa atribui esse aumento ao
fato de a atual recuperação da atividade econômica ainda não ocorrer de forma
generalizada entre os setores.
• As falências decretadas subiram de 148 no
primeiro trimestre de 2012 para 154 no mesmo período deste ano. Segundo a
Serasa, esses números não refletem a presente conjuntura, já que há longa
tramitação até a decisão judicial. Mas, entre as razões da alta, estão a
permanência das dificuldades financeiras em empresas de setores mais sensíveis
à crise externa e ao baixo crescimento doméstico.
• O procurador da República no Espírito Santo
Carlos Fernando Mazzoco participou quinta-feira (4) de audiência pública na
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) no Senado Federal, que teve
como pauta discutir as Propostas de Emenda à Constituição de número 53 de 2007
e 56 de 2009, que tratam dos terrenos de marinha.
Terreno de marinha é uma
faixa em toda a costa brasileira de 33 metros contados para o lado da terra a
partir de onde chega a maré alta (a média das marés altas), mas tendo como
referência as marés de 1831, época em que foi criado o conceito terreno de
marinha.
• Para o procurador, a audiência pública foi
muito importante para debater a questão dos terrenos de marinha em razão do
alto grau de insatisfação envolvendo a população diretamente afetada com as
cobranças realizadas pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU).
• “No Espírito
Santo nós temos o caso da ilha de Vitória que tem mais de 40 mil imóveis que
são considerados terrenos de marinha, para uma ilha que tem menos de 200 mil
habitantes, e esse grau de insatisfação gera uma série de consequências tanto
relativo a demandas judiciais excessivas como resistência por parte do ocupante
em pagar os valores relativos a taxa de ocupação”, disse.
• Com base na média de marés altas e baixas foi
traçada uma linha imaginária que corta a costa brasileira. A partir dessa
linha, no sentido do litoral brasileiro, todo terreno que estiver a 33 metros
da preamar média será considerado da União. Também são de domínio da União
terrenos que se formaram a partir da linha de preamar do ano de 1831 em direção
ao continente, assim como os aterros, denominados acrescidos de marinha.
Durante a audiência pública, foram questionados as taxas de ocupação cobradas
pela SPU.
• Para Mazzoco, o debate na Casa legislativa
traz uma possibilidade de aperfeiçoar a legislação referente aos terrenos de
marinha e as cobranças realizadas pela União, o que certamente acarreta em uma
redução de insatisfação dos cidadãos que ocupam essas áreas. “Tivemos aqui a
presença da secretária de Patrimônio da União que fez tanto um contraponto
daqueles que consideram o instituto anacrônico, quanto possíveis propostas para
a resolução desses problemas”, ressaltou o procurador.
• O procurador da República destacou durante a
audiência pública alguns pontos que considera determinantes para a discussão,
tais como a ofensa ao direito de defesa, já que as notificações relativas a
terreno de marinha não são pessoais, a demora da SPU em analisar pedidos de
isenção e aforamento e o problema da insegurança jurídica, já que há inúmeros
casos de cidadãos que, no momento da compra de seus imóveis, não são informados
de que se trata de terreno de marinha, e que de uma hora para outra são
surpreendidos com a cobrança de taxas.
• “Foi um debate em um nível elevado e que pode
ter uma consequência prática muito importante para o cidadão, o que é de fundamental
importância jurídica para quem reside nessas áreas que são considerados
terrenos de marinha”, finalizou o procurador da República Carlos Fernando
Mazzoco.
• Participaram também da audiência pública
presidida pelo senador Anibal Diniz (PT-AC), vice-presidente da CCJ, a
secretária de Patrimônio da União, Cassandra Maroni Nunes representando também
o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), o vice-presidente da
Câmara Brasileira da Industria da Construção, Sebastião Constantino Dadalto, o
engenheiro Obede Pereira Lima e o vice-prefeito de Aracaju (SE), José Carlos
Machado. O relator da matéria é o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), autor do
requerimento que solicitou a audiência pública sobre o tema terreno de marinha.
• O preço da cesta básica subiu em março em 16
das 18 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As
maiores elevações foram apuradas em Vitória (alta de 6,01%), Manaus (4,55%), e
Salvador (4,08%). Diminuição de preços ocorreu em duas localidades,
Florianópolis (queda de 2,25%) e Natal (-1,42%).
• São Paulo continuou a ser a capital com maior
valor médio para a cesta básica: R$ 336,26. Em seguida aparecem Vitória (R$
332,24), Manaus (R$ 328,49) e Belo Horizonte (R$ 323,97). Em Aracaju (R$
245,94), João Pessoa (R$ 274,64) e Campo Grande (R$ 276,44) foram registrados
os menores valores.
• Em março, o preço do feijão ficou mais caro
em 16 capitais. As maiores elevações ocorreram em Aracaju (13,35%), Salvador
(12,08%) e Fortaleza (11,65%). Os menores aumentos foram verificados em Campo
Grande (1,23%), Belém (1,41%) e Curitiba (2,92%). Diminuição de preço ocorreu
em Florianópolis (-12,1%) e Porto Alegre (-0,21%).
• O leite in natura subiu em 13 capitais. As
maiores altas ocorreram em Aracaju (7,69%), Belo Horizonte (3,24%) e Belém
(2,62%). Em Florianópolis, Goiânia e Salvador, os preços permaneceram estáveis.
Em duas capitais, Natal (-0,69%) e Manaus (-0,36%) foram verificadas quedas nos
preços
• O tomate, no varejo, teve alta em 12
capitais. Os maiores aumentos ocorreram em Vitória (42,00%), Belo Horizonte
(17,20%) e São Paulo (15,68%). As menores elevações foram verificadas em
Goiânia (1,67%), Belém (2,72%) e Curitiba (2,86%). Ocorreu queda nos preços em
seis capitais, com destaque para Natal (-12,11%) e Florianópolis (-10,57%).
• No acumulado do ano, o preço do tomate subiu
em 17 capitais, 13 delas registraram alta acima de 100%. As variações mais
expressivas ocorreram em Vitória (215,56%), Porto Alegre (197,10%) e Rio de
Janeiro (194,65%). As menores elevações, embora ainda acima de 50%, foram
apuradas em Belém (56,02%), Manaus (61,68%), Salvador (91,55%) e Recife
(99,48%).
• De acordo com o Dieese, o preço do tomate
sofre grande influência das condições climáticas. "Os preços no varejo vêm
sendo impactados pelo excesso de chuva desde o começo do ano, diminuindo a
produtividade das lavouras e a qualidade do produto", diz a entidade em
nota.
• Em março, a carne bovina, produto de maior
peso na composição do valor da cesta básica, ficou mais barata em 15 das 18
capitais pesquisadas. As maiores reduções ocorreram em Brasília (-3,97%), Natal
(-3,24%) e Goiânia (-3,14%). Houve aumento em duas capitais: Florianópolis
(4,35%) e Rio de Janeiro (2,08%). Os preços, segundo o Dieese, podem estar
relacionados às quedas verificadas para o valor da arroba e também à oferta de
carnes nos frigoríficos.
• O Dieese destaca que para suprir as
necessidades básicas do trabalhador e sua família com alimentação, moradia,
saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o salário
mínimo, em março, deveria ser R$ 2.824,92, ou seja, 4,17 vezes o valor em
vigor, de R$ 678,00. O cálculo considera o preço da cesta básica de São Paulo.
• No acumulado de 2013, as 18 capitais
apresentaram alta nos preços da cesta básica. As maiores elevações foram
registradas em Salvador (23,75%), Aracaju (20,52%) e Natal (16,52%). Os menores
aumentos foram verificados em Florianópolis (5,97%), Belém (7,47%) e Curitiba
(8,65%).
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