LEI SOBRE PISO SALARIAL NO RJ
Os desembargadores do Órgão
Especial do TJ do Rio foram unânimes ao conceder liminar à Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro para impugnar o art. 1º da lei estadual nº
6.402 de 08/03/2013), que instituiu pisos salariais no estado para as
categorias profissionais. A expressão “que o fixe a maior”, contida no
dispositivo legal, afastaria o resultado das convenções ou dos acordos
coletivos de trabalho em vigor.
“Se pagarem aos funcionários com
base neste artigo, depois não poderão voltar atrás, caso seja declarado
inconstitucional”, explicou o desembargador Cláudio de Mello Tavares. A decisão
dos magistrados foi tomada na sessão desta segunda-feira (01/04). O mérito da
ação ainda será julgado. De acordo com os desembargadores, a norma extrapolava
os limites da Emenda Complementar nº. 103/2000, que também autoriza os estados
e o Distrito Federal a deliberarem sobre o mesmo tema.
Segundo o relator, desembargador
Claudio de Mello, a lei estadual violaria tanto a Constituição Federal quanto à
LC 103/2000. A primeira garante às categorias profissionais e econômicas a
autonomia sindical, sendo-lhe autorizada, inclusive, a flexibilização do
salário, desde que respeitado o salário mínimo nacional. Já a segunda,
possibilita aos estados e o Distrito Federal instituir, através de uma lei de
iniciativa do Poder Executivo, o mencionado piso para os empregados que não
tenham piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de
trabalho.
De acordo com o magistrado, estão
presentes os requisitos legais que autorizam o deferimento da cautelar
pleiteada. “Há a necessidade de os empregadores de diversos níveis
econômicos do Estado fecharem, com urgência, a folha salarial, bem como a folha
de pagamento”, disse o desembargador na decisão, que acrescentou. “Caso
remunerem seus trabalhadores pelo piso salarial fixado a maior pela norma
impugnada, os empregadores não poderão, no futuro, voltar a pagar o salário
acordado em negociação coletiva, por força do princípio da irredutibilidade
salarial”.
PREFEITO FOI A BRASILIA
EM BUSCA DE DINHEIRO
Uma cidade com cerca de R$ 1
milhão de habitantes, que manda para Brasília uma boa parte do PIB do Estado do
Rio, continua uma ilustre pedinte, em consequência da ma distribuição de renda
entre os entes federativos. Nesta terça-feira (2), o prefeito Alexandre Cardoso
vou para Brasília em busca de recursos não só para a reconstrução de diversos
bairros da cidade destruídas pelas chuvas de janeiro e março, como Xerém (R$ 30
milhões)e Santa Cruz da Serra, cujos valores ainda não foram definidos, pois
envolvem a reforma de um conjunto do projeto “Minha Casa, Minha Vida”, de
responsabilidade da Caixa Econômica Federal, que financiou mas não fiscalizou
as obras, bem como a dragagem dos rios Capivari e Saracuruna, cujo assoreamento
provocou a enchente ocorrida em março em Santa Cruz da Serra, Parque Paulista e
Taquara, onde até o cemitério foi atingido.
No momento, o prefeito caxiense
está na mesma situação de um ciclista descendo a serra de Petrópolis, mas tendo
que concertar ao mesmo tempo o freio do veículo sob pena de despenar num dos
barrancos que margeiam a estrada. Antes de iniciar a reconstrução da ponte
destruída pelas chuvas do dia 3 de janeiro, o governo teve que movimentar a
Defesa Civil e diversas secretarias para ajudar as famílias atingidas pelo
transbordamento do rio Saracuruna, onde existe uma represesa construída pela
Petrobrás e doada, recentmente, à Cedae, em troca do abastecimento de uma nova
adutora, diretamente da Estação de Tratamento do Guandu, cujas negociações
foram acompanhadas por Alexandre Cardoso como deputado federal. Por esse
motivo, muita gente de Santa Cruz da Serra acusa a Cedae de ter aberto a
comporta do rio Saracuruna, temendo para escoamento da água que descia de
Petrópolis e acabou alandnado diversos bairros de Santa Cruz da Serra.
OPERAÇÃO POLICIAL FECHA
NOVO LIXÃO EM CAXIAS
Uma operação policial
da Secretaria Estadual do Ambiente em conjunto com a prefeitura fechou nesta
terça-feira (2) um lixão ilegal que enterrava resíduos não recicláveis em um
manguezal a poucos metros da Rodovia Washington Luiz (BR-040) e nas
proximidades do antigo Aterro de Gramacho. O dono da propriedade foi preso por
suprimir vegetação nativa de mangue, poluição e adotar atividade poluidora sem
licença ambiental.
A operação, promovida
pela Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da SEA, e pela
Prefeitura de Caxias, teve início às 5h30 e contou com 35 agentes. A Cicca já
promoveu dezenas de operações de combate a lixões clandestinos na Baixada
Fluminense, inclusive com a instalação de oito quilômetros de cercas para
impedir o avanço do despejo de lixo no manguezal existente no fundo da Baía de
Guanabara.
De acordo com o coronel José Maurício Padrone, da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), os agentes foram surpreendidos pelo tamanho do lixão, cuja quantidade de resíduos acumulados levará quatro dias para ser totalmente retirada e levada para o Aterro Controlado de Belford Roxo, também na Baixada Fluminense.
De acordo com o coronel José Maurício Padrone, da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), os agentes foram surpreendidos pelo tamanho do lixão, cuja quantidade de resíduos acumulados levará quatro dias para ser totalmente retirada e levada para o Aterro Controlado de Belford Roxo, também na Baixada Fluminense.
O prefeito Alexandre
Cardoso anunciou que a região será monitorada 24 horas por dia.
- Essa é uma ação de
gato e rato. Não podemos dar espaço para que eles retomem suas atividades
clandestinas, ao mesmo tempo em que temos que dar oportunidade e qualificação
profissional para que os catadores decidam se querem continuar trabalhando com
reciclagem de lixo ou se querem atuar em outras áreas – afirmou o prefeito.
O lixo encontrado pelos agentes provém de grandes geradoras, como shoppings e supermercados, que pagam empresas terceirizadas para dar a destinação correta aos resíduos, nos aterros de Seropédica e Belford Roxo. Em vez de levar para os aterros, onde é preciso pagar para depositar os resíduos, essas empresas estavam despejando o lixo nesse local de forma irregular, o que será investigado pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente.
O lixo encontrado pelos agentes provém de grandes geradoras, como shoppings e supermercados, que pagam empresas terceirizadas para dar a destinação correta aos resíduos, nos aterros de Seropédica e Belford Roxo. Em vez de levar para os aterros, onde é preciso pagar para depositar os resíduos, essas empresas estavam despejando o lixo nesse local de forma irregular, o que será investigado pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente.
Catadores que
trabalhavam no lixão selecionavam o que podia ser reciclado sem qualquer
equipamento de segurança, e só então o material era deixado no manguezal.
Segundo Padrone, a atividade contaminou a área pela presença de lixo molhado,
como laticínios fora do prazo de validade, que eram enterrados para que
houvesse mais espaço no terreno.
"Se ele operasse
só o lixo seco, não teria o menor problema. Pelo contrário, ele estaria fazendo
um bem à população selecionando o plástico, o papelão", disse Padrone, que
afirmou que a área precisará passar por um processo de recuperação ambiental.
O homem detido pela
operação, de acordo com o coronel, já tinha sido preso outras duas vezes por
mau uso da mesma propriedade – uma vez por usá-la como lixão irregular e outra
por cortar a vegetação para produzir carvão ilegal. Depois de prestar
de´poimento, o suspeito será liberado para responder pelos crimes.
"É um trabalho
de cão e gato. A gente vem aqui, fecha um, faz um trabalho de monitoramento de
dois meses, e depois, no terceiro mês, a gente não continua a fiscalizar porque
a área é muito grande, e eles voltam a fazer o despejo ilegal", disse o
coordenador da Cicca, que garantiu que área voltará a ser fiscalizada
constantemente pela secretaria estadual e pela prefeitura.
RÁPIDAS
•
A propósito do
lixão clandestino no Jardim Gramacho, é bom lembrar que, somente 2012, a Secretaria
do Ambiente do Estado realizou três operações semelhantes, com a prisão de
pessoas flagradas em delito, enquanto a Prefeitura de Caxias, então comandada
pelo prefeito José Camilo Zito, recebeu quatro notificações determinando a
recuperação das áreas próximas ao antigo aterro controlado.
• O ex-prefeito, inclusive, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em que se comprometia a resolver o passivo da destinação inadequada do lixo de Duque de Caxias até 20 de dezembro de 2012, com prazo de mais 30 dias úteis de prorrogação. No entanto, deixou o cargo sem cumprir as medidas estabelecidas no acordo.
• O ex-prefeito, inclusive, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em que se comprometia a resolver o passivo da destinação inadequada do lixo de Duque de Caxias até 20 de dezembro de 2012, com prazo de mais 30 dias úteis de prorrogação. No entanto, deixou o cargo sem cumprir as medidas estabelecidas no acordo.
•
Para o atual
prefeito, Alexandre Cardoso, o problema do lixo em Duque de Caxias é um retrato
da omissão de gestores anteriores que não executavam políticas públicas em
parceria com os governos estadual e federal.
•
“Depois de quase 40
anos, essa é a primeira ação conjunta entre o nosso município e o Governo do
Estado. Estamos planejando nossas ações para transformar Jardim Gramacho em um
bairro sustentável, exemplo para o Brasil, e para isso o diálogo será
fundamental - afirmou Cardoso.
•
Na sua ida a Brasília nesta terça-feira (2), além de tentar mais
recursos para a reconstrução dos bairros atingidos pelas chuvas de janeiro e
março, o prefeito Alexandre Cardoso vai tentar desenvavertar o projeo de
construção da Casa da Mãe Caxiense, uma maternidade em consrução em Santa Cruz
numa paraceria entre o município e o Estado.
•
Em fevereiro de 2012, o Secretário de Saúde do Estado, Sérgio Cortes, (Foto/Arquivo)fez uma visita de inspeção às obras da Maternidade de Santa Cruz da Serra
(Projeto Casa da Mãe Caxiense), uma parceria entre o município e o Estado, mas com
recursos do Ministério da Saúde destacadas do SUS. Na ocasião, Cortes elogiou o
trabalho que vinha sendo desenvolvido pelo município na área de saúde e
garantiu que não faltariam recursos para a conclusão da nova Maternidade.
•
Além da retomada das obras ditas civis, Alexandre Cardoso vai cobrar do
Ministério da Saúde os recursos para equipar a Maternidade, que irá atender às
gestantes do 3º (Imbariê) e do 4º (Xerém) Distritos. No momento, a única
maternidade da região, a de Xerém, está fechada por absoluta falta de condições
sanitárias e de segurança para as parturientes e seus bebês. A maternidade foi
fechada em outubro último por determinação da Vigilância Sanitária do Estado.
Só o ambulatório continua funcionando.
•
Após tomar conhecimento do caso da jovem turista norte-americana vítima
de estupro dentro de uma van no sábado
(23), a chefe da Polícia Civil do Rio, delegada Martha Rocha, exonerou do cargo
a delegada Marta Dominguez, titular da Delegacia Especial de Atendimento à
Mulher de Niterói, e diretora Posto
Regional de Polícia Técnico Científica (PRPTC) de São Gonçalo, a perita Martha
Pereira.
•
Segundo a Polícia Civil, a decisão foi tomada por entender que "não
foram adotadas as medidas necessárias de investigação" e pela "demora
no atendimento à vítima, no Instituto Médico Legal do município". Também
foi determinado que a Corregedoria Interna da Polícia Civil (COINPOL) analise
os procedimentos realizados no caso.
•
Uma outra vítima da quadrilha esteve nesta segunda-feira (1º) no prédio
da Chefia de Polícia, acompanhada pelo pai, informou a polícia. "A
delegada Martha Rocha pede desculpas pela [má] prestação de serviços e lamenta
que a gestão dos dois órgãos envolvidos estivessem sob a responsabilidade de
mulheres, justamente as que deveriam ser mais sensíveis em episódios como
este", diz trecho da nota oficial da Polícia Civil.
•
Ao contrário do que sempre ocorre nesses casos de falha operacional,
onde prevalece o corporativismo e a lealdade mafiosa, a Chefe de Polícia,
embora sendo mulher, não teve dúvidas em dispensar suas duas auxiliares pelo
descaso com que trataram a vítima do estupro cometido numa van de aluguel. Como
frisa a nota, é lamentável que a falha tenha partido de chefias ocupadas por
mulhers, as vítimas preferenciais dos bandidos dessa espécie.
•
A vice-presidente da Comissão de Direitos
Humanos da Câmara, a deputada evangélica Antônia Lúcia (PSC-AC), comunicou nesta
segunda-feira (1º) ao líder do seu partido, deputado André Moura (SE), que
pensa em renunciar ao cargo por não concordar com as declarações feitas pelo
presidente da comissão, deputado Pastor Marco Feliciano, durante culto
evangélico na última sexta-feira (29), no município de Passos (MG).
•
Depois de ser alvo de protestos antes de um
culto para evangélicos, Feliciano disse que “essa manifestação toda se dá
porque, pela primeira vez na história deste Brasil, um pastor cheio de Espírito
Santo ocupa um espaço que até ontem era dominado por Satanás”.
•
O Sistema S é parceiro do programa desde o seu
lançamento.Os recursos são destinados ao custeio da ação Bolsa Formação do Pronatec
que oferece cursos de educação profissional técnica de nível médio e cursos de
formação inicial e continuada ou qualificação profissional.
•
As entidades que vão receber os recursos são o
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), o Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
(Senar) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat). O valor é
destinado ao custeio das atividades ao longo de 2013.
•
O Pronatec foi criado em 2011 pelo governo
federal com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e
tecnológica. Até 2014, a meta é oferecer cursos técnicos e de formação inicial
e continuada a 8 milhões de estudantes e
trabalhadores.
•
Integrantes do Conselho Deliberativo da
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aprovaram por unanimidade uma recomendação para
a retirada da pauta do Projeto de Lei (PL) 7.663/2010, de autoria do deputado
federal Osmar Terra (PMDB-RS), que pretende reformar a Lei 11.343/2006 (Lei
Antidrogas).
•
Para a instituição, o projeto fortalece a
estigmatização e o preconceito em relação aos usuários de drogas ao manter a
criminalização do consumo e as políticas de internação compulsória e
involuntária.
•
O projeto foi aprovado no plenário da Câmara
em regime de urgência por 344 votos a favor, 6 contrários e 6 abstenções, e
está na pauta para votação. Uma audiência pública está marcada para amanhã (2),
em Brasília, com o intuito de analisar o texto.
•
Para o pesquisador da Escola Nacional de Saúde
Pública da Fiocruz e presidente da Associação Brasileira de Saúde Mental
(Abrasme), Paulo Amarante, a iniciativa é um retrocesso, pois não ouviu os
especialistas e profissionais que lidam com a área da saúde pública. “O projeto
aumenta a criminalização do usuário ao tratar a política de uma maneira muito
conservadora nesse campo, ainda preconizando a ideia da abstinência, por
exemplo”, disse.
•
O pesquisador declarou ainda que o texto
apresenta métodos higienistas, por meio do estímulo ao recolhimento compulsório.
“A experiência tem demostrado que as pessoas que são internadas
compulsoriamente voltam ao uso da droga. Além disso, ele irá aumentar a
aplicação de penas por porte de drogas para consumo próprio, uma solução que
tem se mostrado fracassada. Essa politica de ”guerra as drogas” acaba
sobrecarregando as prisões e os resultados são piores”, ressaltou.
•
Segundo Amarante, experiências bem sucedidas
demonstram que durante o tratamento as pessoas podem administrar o uso de
determinadas substâncias mais pesadas, que produzam maior dependência, migrando
para outras mais leves, o que se chama de “redução de danos”. O projeto
desconhece essa linha, “hoje uma das mais bem aceitas no mundo, na medida que
devemos reconhecer que quem faz uso de alguma droga é porque aquilo lhe causa
prazer, satisfação, então a retirada é muito difícil e pode ter consequências
em outras áreas da vida”, disse.
•
O deputado Osmar Terra propõe o pagamento das
comunidades terapêuticas de caráter religioso com recursos públicos do Sistema Único
de Saúde (SUS), além da criação de um Cadastro Nacional de Usuários de Drogas.
Em contraposição, Amarante defende investimentos na rede pública de saúde e nos
centros de Atenção Psicossocial (Caps), que têm poucas unidades. Segundo ele, o
cadastro é uma estigmatização pois trata os usuários como criminosos e,
“dependendo de como eles entram nessa listagem, podem ficar marcados para o
resto da vida”.
•
Também contrário ao texto, o Conselho Federal
de Psicologia (CFP) declarou que o projeto reúne todos os equívocos e ilusões
de nossa história no que diz respeito às políticas públicas para drogas.
Segundo o órgão, a sua aprovação potencializará os efeitos perversos das
abordagens tradicionais na área, aumentando o número de prisões e o tempo de
privação da liberdade.
•
O projeto poderá ainda aumentar as
condenações, criando uma indústria de internações compulsórias, aumentando de
forma exponencial a despesa pública e violando os direitos elementares de
pessoas em situação de fragilidade social.(Com Abr/EBC).
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