GOVERNO TEM 10 DIAS PARA
EXPLICAR O MAIS MÉDICOS
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro
Joaquim Barbosa, deu prazo de dez dias para o Executivo explicar a edição da
Medida Provisória 621/2013, que institui o Programa Mais Médicos. Barbosa deu
despacho em mandado de segurança do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ),
que chegou à Corte na auarta-feira (17).
Após a prestação de informações, o presidente do STF
determinou o encaminhamento do processo ao relator, ministro Marco Aurélio
Mello. Barbosa despachou no caso porque o STF está em recesso até agosto, e os
ministros plantonistas ficam responsáveis por decidir questões urgentes.
Segundo Bolsonaro, o Supremo deve suspender a medida
provisória porque ela não atende aos requisitos legais que exigem caráter de
urgência ou emergência. O parlamentar destaca que, devido à importância das
questões tratadas, o tema deveria ser apresentado como projeto de lei, ainda
que em caráter de urgência.
“Um programa de tal complexidade deve ser amplamente
discutido com a classe médica e demais profissionais de saúde, o que já poderia
ter sido feito pelo atual governo”, ressaltou o parlamentar.
Bolsonaro também critica o mérito do programa do governo
federal, que prevê contratação de médicos estrangeiros e adiciona dois anos de
atuação no Sistema Único de Saúde no currículo de estudantes de medicina. O
parlamentar aponta “desdobramentos inevitáveis” para a Previdência Social, além
de aspectos de “extrema preocupação para a segurança nacional” devido ao
aumento de estrangeiros residindo no Brasil.
DILMA ASSUME O COMANDO
DA SEGURANÇA DO PAPA
A presidenta Dilma Rousseff reuniu-se sexta-feira (20)
com ministros para fazer uma revisão geral dos procedimentos de segurança para
a Jornada Mundial da Juventude, que ocorrerá a partir desta segunda-feira (23),
no Rio de Janeiro. Segundo a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, o
encontro, realizado no Palácio da Alvorada, não estava na agenda oficial e
serviu para fazer um check list dos procedimentos de segurança do evento, além
de detalhar a participação de Dilma no encontro.
Ela deixou de participar da reunião do Diretório Nacional
do PT para se reunir com os ministros. O encontro contou com a presença dos
ministros da Defesa, Celso Amorim, das Relações Exteriores, Antonio Patriota,
da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria-Geral da Presidência da
República, Gilberto Carvalho.
A Jornada Mundial da Juventude irá até o dia 28, no Rio
de Janeiro. A segurança do evento será feita por homens das Forças Armadas, da
Defesa Civil, das Polícias Civil e Militar. Mais de 20 mil ônibus transportarão
os participantes pelas rodovias federais. São esperados 800 mil turistas no Rio
e público de 2 milhões de pessoas nos eventos com a presença do papa Francisco.
Durante o encontro, era visível a preocupação da
presidente com a segurança do Papa Francisco e dos participantes da JMJ diante
do vandalismo ocorrido na noite de quarta-feira, nos bairros de Leblon e
Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde vândalos destruíram lojas e
agências bancárias diante da inércia da Polícia Militar, que se preocupou
apenas na segurança do prédio onde ora o governador, no Leblon.
PM CULPA OAB E ANISTIA PELO
QUEBRA-QUEBRA NA ZONA SUL
Diante do fracasso da PM em controlar e até reprimir a
ação de baderneiros infiltrados nas manifestações da última quarta-feira no
Leblon e Ipanema, o Coronel Erir Ribeiro, comandante geral da PM, acusou a OAB
e a Anistia Internacional de serem responsáveis pela depredação de lojas agências
bancárias no Leblon, onde mora o governador, e em Ipanema, inclusive na orla
marítima. A acusação foi repetida pelo governador, em entrevista coletiva,
quando Sérgio Cabral atribuiu a instituições internacionais (Anistia
Internacional) a organização das manifestações e do quebra-quebra na Zona Sul
da Capital.
Enquanto jornalistas filmavam e fotogravam, sem qualquer
restrição, o quebra-quebra, uma centena de PMs se limitava a proteger o prédio
onde reside o governador, abandonando o resto do Leblon e Ipanema à sanha dos
bandidos, que agiam com os rostos encobertos. Nenhum policial filmou o
quebra-quebra, como seria normal numa situação de tal gravidade.
Na entrevista que deu na quinta-feira, o comandante geral
da PM disse que o governo firmara um pacto com a OAB e a Anistia Internacional
para evitar o uso excessivo de gás lacrimogênio e de pimenta ou balas de
borracha, mas que o esquema não funcionou. Em outras palavras: para a PM, só
baixando a bordoada seria possível evitar o quebra-quebra que atravessou a
noite de quarta-feira.
Setores políticos independentes observam, no entanto, que
a PM não perseguiu os marginais que seguiram para Ipanema, ao contrário do que
ocorreu em outras manifestações. Segundo a própria polícia, o grupo de bandidos
era formado por cerca de 60 pessoas, número inferior ao de PMs mobilizados pelo
Governo para proteger o prédio onde mora o governador.
Para um movimento que, sem carro de som, artistas
famosos, líderes sindicais ou políticos,
conseguiu reunir, pacificamente, mais de 100 mil pessoas na Avenida Rio Branco,
as imagens de depredação exibidas fartamente pelo noticiário televisivo e pela
Internet funcionaria como um aviso de que, participar de movimentos
reivindicatórios, era muito perigoso para quem não tem ligações com o crime
organizado e as milícias, os principais interessados nos tumultos que
acompanharam as manifestações de quarta-feira à noite na Zona Sul da Capital..
GAROTINHO NÃO PERDOA A
TRAIÇÃO DE SERGIO ABRAL
Eleito em 2006 com apoio do casal Garotinho, inclusive da
máquina administrativa, o governador Sérgio Cabral, por puro oportunismo,
abandoou o seu padrinho e resolveu criar seu próprio “grupo”, cooptando
políticos de diversas legendas para forma a sua própria bancada, que domina a
Alerj, maioria que hoje se contorce para tentar reverter a decisão, num cochilo
do deputado Paulo Melo, presidente da Assembleia Legislativa, de criar uma CPI para investigar as
trapalhadas promovidas em Nova Friburgo pela EMOP, comandada, por trás das
cortinas, pelo seu vice e amigão Pezão.
No sábado, quando os moradores do Leblon, onde mora Cabral,
e Ipanema ainda contabilizavam os prejuízos do quebra-quebra da noite de
quinta-feira, Garotinho, em uma nota maldosa em seu blog, fincou mais uma
estaca no que hoje resta de prestígio político do governador, apontado como
mentor de toda a confusão, ao impedir que a PM perseguisse o bando que quebrou
lojas e arrombou agências bancárias na Zona Sul.
Os moradores e comerciantes
do Leblon estão revoltados com o vandalismo, mas também com a PM que deixou
rolar o quebra-quebra durante horas. O pessoal do Leblon acha, com razão, que
Cabral deu ordem para a PM não impedir o vandalismo para usar isso para colocar
a população contra os protestos. Outros dizem que Cabral só se preocupou em
proteger o seu prédio e abandonou os seus vizinhos. Cabral e Pezão tentam jogar no colo de
adversários a responsabilidade pelos protestos. Mas se existe alguém que pode
se beneficiar do vandalismo, por incrível que pareça, é o próprio Cabral, que
desesperado com a execração pública, usa até a baderna para tentar esvaziar os
protestos. Além do mais, é elementar que para qualquer adversário político de
Cabral, o vandalismo não ajuda em nada. Se forem investigar para valer aposto
que vão descobrir que há gente infiltrada por Cabral, inclusive da P - 2
insuflando o vandalismo. E a Globo, oportunista, vendo Cabral agonizar em
praça pública, cobrou a conta do governador. A Globo combinou com Cabral a
estratégia de bater na tecla do vandalismo à exaustão, mas pelo que soube não
deixou barato. Quer mais milhões do governo Cabral, que acuado e desesperado
vai abrir mais uma vez o cofre para os Irmãos Marinho na tentativa de escapar
da revolta popular, que não pode ser confundida com os atos de vandalismo,
condenáveis sobre todos os aspectos.
DICA DIZ QUE PREFEITO
PRECISA DE
TEMPO PAR CONSERTAR
CAXIAS
Em longa entrevista
concedida ao jornal “Capital & Negócios”, publicada terça-feira (16), o
deputado estadual, Jorge Moreira Theodoro, o Dica (PSD), abordou as manifestações que marcaram o País nas últimas semanas e sua
repercussão na Alerj, a queda de popularidade do governador Sérgio Cabral, a
insegurança na Baixada Fluminense e a gestão do prefeito Alexandre Cardoso. Ao
abordar este assunto, Dica comentou a discutida entrevista concedida pelo
ex-prefeito Zito ao mesmo jornal, na qual também fez várias abordagens e
críticas ao atual prefeito de Duque de Caxias. “Quem teve chance de fazer e não
fez, não pode cobrar nada”, disparou o deputado, que acrescentou: “Isso, na
verdade, é uma autodefesa dele, tentar bater para não apanhar mais”.
- Se você perguntar à
população de Caxias se ela ficou satisfeita com a maneira como ele [Zito] entregou
a cidade, com muito lixo e dívidas, certamente vai ouvir que não. Ele e seus
secretários se esconderam de vergonha - disse o deputado.
“E isso também nos deixa
muito triste, porque ele sabe que não se endireita em cinco, seis meses, erros
de vinte e tantos anos de gestão. Alexandre Cardoso assumiu em meio a uma
grande crise, com a saúde e a educação em condições horrorosas, a área social
com equipamentos acabados, sem alimentação, pessoas desassistidas, a falta de
um tratamento adequado a idosos e crianças. A atual gestão, posso garantir, vai
cuidar da família caxiense”, assinalou
Sobre a gestão do
prefeito Alexandre Cardoso, Dica vê com naturalidade alguns questionamentos nas
ruas e nas redes sociais. “Muita gente não procurou saber de que maneira foi
encontrada a cidade, nem reconhece que as gestões anteriores não
corresponderam. A última, então, foi catastrófica, quebrou o município,
deixando projetos inacabados, desvio de verbas, unidades de saúde caindo aos
pedaços, colégios sem condições de se estudar, falta de merenda nas
instituições públicas, IPMDC sem dinheiro, tudo muito ruim. Eu só espero que a
população não esqueça, porque são muito imediatistas, os que cobram hoje são os
esquecem amanhã, Então, eu vejo que a gestão do Alexandre é uma gestão
consciente, está preparando a cidade para o melhor. Agora, é o que o Alexandre
Cardoso fala: já está bom? ainda não está bom. O IPMDC, então, não tem caixa,
se bobear em 2018, 2019 ou 2020, não vai ter dinheiro para pagar o pensionista
e o aposentado. Hoje a cidade está mais limpa, mais iluminada, sofreu um choque
de administração, não daquela maneira que ele queria fazer, mas da maneira que
pode fazer. Agora, eu não tenho dúvida nenhuma que a gestão do Alexandre
Cardoso vai ser muito melhor do que estas todas que passaram, não tenho dúvida
nenhuma” – afirma enfático o ilustre morador do bairro da Prainha, em Duque de
Caxias.
RÁPIDAS
● Um experiente observador político, que
acompanhou os acontecimentos do Rio Centro na noite de 30 de abril de 1981,
quando duas bombas explodiram durante um show comemorativo do 1º de i, estranhou que a PM, que poucos dias antes
perseguia estudantes na Av. Rio Branco, não se preocuparam em prender os
arruaceiros que, com parte do rosto coberto, usavam sinalização de trânsito
para arrombar lojas e agências bancárias.
● Para esse observador, a prisão de meia dúzia
de baderneiros revelaria a identidade dos mandantes, pois os arruaceiros tinham
mochilas cheias de pedras e morteiros, ferramentas que não são utilizadas em
manifestação de caráter político.
● Se a PM prende torcedor que chega ao Maracanã
com bandeiras enroladas em mastros de madeira, sob a suspeita de que essas
bandeiras poderão servir de arma contra a torcida adversáría, por que os
baderneiros do Leblon e Ipanema tiveram ampla liberdade de se locomover de um
lado para o outro, embora fosse um grupo de cerca de 60 pessoas?
● A reunião da Presidente Dilma Rousseff com
seus ministros neste sábado, para discutir as medidas de segurança para a
visita do Papa, mesmo dia em que o Diretório Nacional do PT se reunia em São
Paulo, demonstra a preocupação do Governo Federal com o que posa acontecer
nesta semana crucial para um País que sonha em ser membro permanente do
Conselho de Segurança das Nações Unidas
● Afinal de contas, o Papa Francisco, além de
chefe mundial da Igtreja Católica, é também um Chefe de Estado, pois o Vaticano
é reconhecido pelas demais nações como um País independente, inclusive com
tratados firmados com o Governo do Brasil inclusive sobre a intocabilidade do
patrimônio da Igreja no Brasil, isto é, além da isenção de impostos, os bens da
Igreja pertencem, na prática, a um País soberano e o nosso País tem a obrigação
de protege-lo com o faz em relação a outros países com representação no Brasil.
● Para um País que investe bilhões de reais na
promoção de uma Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, qualquer incidente durante
a visita ao Papa Francisco irá manchar a nossa reputação como um país soberano
e responsável.
● A organização
não governamental (ONG) AfroReggae decidiu
encerrar as atividades no Complexo do Alemão, zona norte do Rio, depois
de sofrer ameaças de traficantes. O anúncio foi feito menos de uma semana
depois do incêndio que destruiu a sede da ONG na comunidade. A ação ocorreu
terça-feira (16) e é investigada pela Polícia Civil.
● O coordenador da organização, José Júnior,
disse que foi informado das ameaças por um líder comunitário, que passou a
mensagem do tráfico de drogas. A comunidade conta com uma Unidade de Polícia
Pacificadora (UPP). Na opinião de Júnior, se o grupo decidisse permanecer os
criminosos poderiam atacar a instituição com bombas, o que implicaria também
riscos para os funcionários ou usuários dos projetos do AfroReggae
● “Recebemos
ameaças de morte, disseram que ia matar a gente, pessoas inocentes, iam [jogar]
bomba”, revelou o coordenador. “A gente não pode colocar ninguém em risco, por
isso, decidimos fechar as portas”, completou. Segundo ele, depois do aviso do
líder comunitário, moradores do Alemão confirmaram as ameaças dos traficantes,
o que deixou a instituição sem saída.
● O AfroReggae
está há 12 anos no Alemão onde atendia a 350 jovens, com aulas de percussão,
grafite, música e teatro, um esforço para manter jovens longe do tráfico de
drogas e oferecer possibilidades de capacitação profissional e valorização.
● Para a
organização, o pastor Marcos Pereira, preso por estuprar fiéis, é um dos chefes
do tráfico de drogas na favela e está por trás das ameaças e ataques ao
AfroReggae. “Ele é um dos líderes do crime no Rio”, disse Júnior.(ABr).
● Estudos do Instituto
Geotécnico de Reabilitação do Sistema Encosta-Planície (Reageo) resultaram em
um mapa inédito de risco para prevenção a desastres naturais no município de
Angra dos Reis, no sul do estado, encomendado pelo Instituto Estadual do
Ambiente (Inea). O mapa inclui a região central da cidade e a Ilha Grande, em
uma extensão de 70 quilômetros quadrados. Em 2010, as áreas foram afetadas por
enchentes e deslizamentos de terra, que mataram cerca de 50 pessoas.
● O professor de
Engenharia Geotécnica do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e
Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Maurício Ehrlich, membro do Reageo, defendeu que os governos federal e
estaduais invistam em mapas topográficos em escala de “pelo menos” um para 5
mil, nos grandes centros e nas regiões mais suscetíveis a desastres naturais.
● O especialista
disse que o procedimento adotado para a elaboração do mapa do Reageo têm por
base a história da região. “É quase um inventário de informações. Se ela
[região] não tem histórico de ruptura, diz-se que o risco é baixo”. Além disso,
foram feitas fotos de satélites. Por ser mais detalhado, o mapa do Reageo “pode
cumprir seus propósitos mais adequadamente”.
● O mapa do Reageo
identificou que em torno de 25% das áreas pesquisadas apresentam riscos muito
elevado e elevado. Essas áreas são também as que mostram maior ocupação
populacional. De acordo com o mapa, cerca de 8 mil pessoas que vivem em áreas
de alto risco terão de ser transferidas para outros locais, menos sujeitos a
colapso, devido à alta suscetibilidade aos desastres naturais. O fator
deflagrador é sempre o mesmo: a chuva.
● Com base no mapa, os pesquisadores da
Coppe/Reageo sugerem que as autoridades privilegiem as áreas de risco moderado
para baixo no processo de futura expansão e de realocação de pessoas. Nesses
locais, foram sugeridas ainda obras de drenagem para melhorar de forma
considerável as condições dos terrenos
● O mapeamento das áreas de risco em todo o Rio de Janeiro foi iniciado pelo
DRM em2010 e identificou pontos vulneráveis em 67 cidades fluminenses, o que
colocaria em risco, de acordo com o estudo, cerca de 48 mil pessoas e quase 12
mil casas. O resultado desse mapeamento, segundo o governo estadual, foi levado
ao imediato conhecimento das prefeituras de todos os municípios citados.
● Em relação a Duque de Caxias, o estudo elaborado pela Regea era bastante
detalhado e dividia as áreas em três grupos de risco: alto, potencial e
iminente. As fotos aéreas e de satélite que compõem o documento davam a
dimensão exata do problema e o estudo chega a identificar nominalmente todos os
logradouros e casas ameaçadas pelos deslizamentos.
● “Como resultado, foram mapeadas
98 áreas de risco no município, sendo que, dentro destas, foram mapeadas 608
moradias em risco e 2.680 pessoas vivendo nessas áreas de risco. O relatório
indicavam as áreas de risco de
deslizamento iminente e foi entregue ao então vice-prefeito Jorge Amoreli em
uma audiência pública realizada em novembro de 2011 no Teatro Raul Cortez.
● O então prefeito Zito tomou duas providências para enfrentar o problema:
demitiu o Tenente Coronel BM Ronaldo Reis do comando da Defesa Civil e
determinou o arquivamento do relatório sob o pretexto de evitar alarmar a
população dessas áreas de risco e cuja divulgação fora proposta pela Defesa
Civil.
● Entre as 98 mapeadas com elevado
risco de deslizamento e desmoronamento estava Xerém, que sofreu em janeiro
último com o rompimento de uma represa da Cedae provocada pelas chuvas
intensas, o eu causou a morte do servidor da estatal que cuidava da represa e a
destruição de 1.200 casas.
● Portanto, não faltam estudos e projetos para
os principais problemas do País nas áreas de Educação, Saúde Saneamento Básico,
mais gestão eficiente dos recursos públicos. A demora na construção de casas na
região serrana, devastada pelas chuvas em janeiro de 2011, dá um (mau) exemplo
de como agem nossas autoridades quando se trata de socorrer a população em
casos de tragédia. A lentidão das obras de transposição do rio São Francisco,
como forma de atenuar a seca em boa parte do Nordeste, é outo (mau) exemplo da
irresponsabilidade dos nossos gestores públicos, onde a lentidão da execução é
permeada por atos descarados de corrupção.
● E a Assembleia Legislativa se prepara para
sepultar em cova rasa a CPI da Região Serrana, criada para identificar os
desvios de recursos enviados pelo Governo Federal para a reconstrução das
cidades atingidas pelas chuvas de 2011, que resultou em denúncia do Ministério
Público contra o presidente da EMOP, Ícaro Monteiro Júnior, braço direto
do vice Pezão, cujos bens foram bloqueados pela Justiça.
● Na denúncia do MPE, o presidente da EMOP é acusado de só realizar
licitação para obras urgetns seis meses depois do contrato firmado com uma
pequena empresa da região, o que caracterizaria o crime de fraude á Lei de
Licitações, tão criticadas tanto por Pezão, como pelo Ministro da Integração
Nacional, Fernando Bezerra, para justificar o atraso nas obras de reconstrução
de cidades atingidas por temporais e inundações.
● Os sete maiores
bancos do país terão de prestar esclarecimentos ao Ministério da Justiça sobre
o oferecimento e a padronização de pacotes de produtos e serviços básicos. O
Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) notificou as
instituições financeiras com base na resolução do Conselho Monetário Nacional
(CMN) que regulamenta o assunto.
● Desde o dia 1º, os
bancos são obrigados a oferecer quatro pacotes padrão aos correntistas, um
pacote mínimo de serviços gratuitos, exigido desde 2010, e três novos pacotes
padronizados associados a contas de depósito. O cliente também pode contratar
serviços individuais à parte. A medida, informou o Ministério da Justiça, tem
como objetivo ampliar a transparência e facilitar a comparação de tarifas entre
os serviços bancários.
● Foram notificados o
Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Bradesco, o Itaú, o HSBC, o
Santander e o Citibank. As instituições têm até dez dias para apresentar os
documentos que demonstram o cumprimento da resolução do CMN.
● De acordo com o
Ministério da Justiça, a pasta não chegou a receber denúncias de descumprimento
da nova regra. O DPDC quer apenas verificar se a exigência está sendo
respeitada e de que forma os bancos se ajustaram à norma.
● Na longa entrevista ao jornal “Capital
& Negócios”, o deputado
Dica admitiu que o atual formato político está ultrapassado e voto distrital,
Para o parlamentar do recém criado PSD, no atual sistema, do voto proporcional,
quando o candidato disputa o voto em todo o estado.
● “Aí vem o poder financeiro em favor daqueles
que só aparecem na época da eleição. Sou favorável ao voto distrital, não ao
distrital misto, mas ao distrital simples. Quando você elege pelo voto
distrital, você elege aquele que você vê a todo momento, aquele que você sabe
que trabalha”.
● Com elação às manifestação das ruas, Dica
garantiu que a Assembleia Legislativa do Rio já adotou providências para
atender muitas dessas reivindicações. “O voto secreto, por exemplo, não
existe mais na Alerj, é tudo voto aberto, seja em cassação, eleição para
presidente. Temos uma lei estadual que contempla os estudantes do Estado com o
passe livre. Acabamos com a previdência dos deputados, que no meu ver deveria
acabar para todos. Agora, temos outras demandas, como o preço das passagens,
por exemplo.
Dica lembra, no entanto, que um tema
importante não apareceu nas manifestações de rua: o precário abastecimento de
água em todo o Estado.
● Para
o deputado que também sofre com a falta d’água na Prainha, onde sempre morou, isso
tem que ser debatido e deveria estar na pauta das manifestações, porque é
impossível viver sem água e a Baixada Fluminense está vivendo uma crise de
abastecimento.
● “Essa é outra preocupação minha, além dos
problemas na área da saúde, educação. Encaminhei um pedido de CPI para a Cedae
e até por essa iniciativa, está tendo um investimento maior em Duque de Caxias.
● Dica
disse acreditar que as manifestações refletiram na queda de popularidade do
governador Sérgio Cabral. “Na verdade, eu acho que isso influiu direto, porque
os assuntos graves foram debatidos, a população não tinha essas respostas
colocadas em prática e não viu o governador se mexer. Precisou realmente essa
mobilização, mostrando que a população acordou e viu que os governantes podiam
fazer muito mais e não fizeram”.
● Entidades médicas decidiram abandonar as
câmaras e comissões técnicas do governo nas áreas de saúde e da educação, entre
elas a do Conselho Nacional de Saúde. A saída é uma reação das organizações ao
Programa Mais Médicos, que prevê a contratação de médicos estrangeiros para
trabalhar nas periferias e no interior do país e estágio obrigatório de dois
anos no Sistema Único de Saúde (SUS) para alunos de medicina a partir de 2015,
além dos vetos da presidenta Dilma Rousseff ao projeto de lei que regulamenta a
medicina, conhecido como Ato Médico
● “Estamos nos
sentindo desprezados pelo governo. Ele está nos usando para dizer que negociou
com a categoria, mas faz o que já tinha decidido anteriormente”, alega Geraldo
Ferreira, presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). “É uma
declaração de guerra ao governo”, acrescentou.
● Segundo
Ferreira, ficou acertado, em reunião com Conselho Federal de Medicina (CFM) a
Associação Médica Brasileira (AMB), que representantes de 56 sociedades
médicas, como de cardiologia e de pediatria, também vão sair dos grupos
técnicos coordenados pelo governo.
● Para o CFM, o
governo editou de forma unilateral e autoritária medidas paliativas que afetam
a qualidade dos serviços públicos de saúde e o exercício da medicina no país,
rompendo assim o diálogo com as entidades médicas. A medida teve ainda a adesão
da Associação Nacional dos Médicos Residentes.
● O Ministério da
Saúde informou que sempre esteve aberto ao diálogo, desde o início da discussão
da proposta que cria o Mais Médicos e que continua aberta ao debate.
● A presidenta do
Conselho Nacional de Saúde (CNS), Maria do Socorro de Souza, lamentou a saída
das entidades e classificou a atitude como corporativista. "É um equívoco
essa decisão política, o CNS é a esfera pública legitimada para esse debate e
eles [médicos] saem na hora em que mais precisamos encontrar os caminhos para a
saúde. Eles não estão mostrando disposição ao diálogo" disse à Agência
Brasil.
● A Fenam, que
congrega os sindicatos estaduais de médicos, antecipou que vai entrar com ações
judiciais para derrubar a medida provisória (MP) que cria o Mais Médicos. Para
Ferreira, o governo está oferecendo o pagamento em bolsa para fugir dos
direitos trabalhistas dos profissionais.
● “É uma fraude jurídica, fingir que está
contratando médicos para estudar, com o intuito de fugir da legislação
trabalhista. Ele diz que vai passar uma bolsa porque o médico tá ali para
estudar, mas o que eles querem é o trabalho do médico, que os profissionais
atuem em regiões onde não têm”, informou à Agência Brasil.
● A entidade disse
que na próxima quarta-feira vai entrar com uma ação civil pública na Justiça
Federal questionando a dispensa da revalidação dos diplomas de médicos
estrangeiros, que serão contratados pelo Mais Médicos. A federação informou
ainda que vai ingressar com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo
Tribunal Federal (STF) contra a ausência de um regime de trabalho.
● “Isso não é estudo, é trabalho”, disse
Ferreira. Se os médicos começarem a atuar pelo programa, a orientação da Fenam
é que os sindicatos locais entrem com ação na Justiça trabalhista exigindo os
direitos.
● O Ministério da
Saúde ressalta que a bolsa no valor de R$ 10 mil, prevista no Mais Médicos,
consiste em uma “bolsa-formação”, uma forma de remuneração para a
especialização na atenção básica que será feita ao longo dos três anos de
atuação no programa. Além disso, a pasta argumenta que os médicos vão ter que
contribuir com a Previdência Social, para terem direito a licenças e outros
benefícios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário