PLANOS DE SAÚDE FECHAM O ANO
COM 50 MILHÕES DE ASSOCIADOS
O ano
de 2013 foi “muito positivo” para o setor de saúde suplementar e deve registrar
um crescimento de 4% nos planos de assistência médico-hospitalar, segundo o
presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), André Longo. “Nós
vamos chegar ao final do ano com 50 milhões de beneficiários de planos de
assistência médica.” A expectativa é que também seja registrada uma expansão
superior a 7% nos planos odontológicos, que em novembro já haviam superado os
20 milhões de beneficiários.
Longo ressaltou
que 2013 foi um ano de fortalecimento do papel da ANS. “Houve um crescimento na
procura da agência, tanto para buscar informações, como para fazer reclamações.
A agência hoje já é a principal referência para o consumidor de plano de
saúde.” Em 2012, a ANS registrou quase três vezes mais reclamações que os Procons,
explicou. De acordo com dados do Sistema Nacional de Informações de Defesa do
Consumidor (Sindec), foram feitas 27 mil reclamações referentes a planos de
saúde nos Procons, enquanto a agência contabilizou 78 mil.
O índice de
solução de conflitos sobre as negativas de cobertura atingiu 82,6% entre
janeiro e outubro deste ano – de cada cinco reclamações, quatro foram
resolvidas. “Isso é, para nós, fruto do monitoramento da garantia do
atendimento, no sentido de induzir a uma mudança de comportamento das
operadoras para que elas efetivamente passem a atender aquilo que o consumidor
contratou.”
Segundo Longo,
isso garante um protagonismo para o consumidor. “A agência adota uma medida
cautelar a cada três meses para os produtos que estão com mais reclamações
procedentes. Isso protege os beneficiários e indica que as operadoras precisam
melhorar o atendimento para voltar a comercializar os produtos.” Ele lembrou
que atualmente 150 planos de 41 operadoras estão suspensos – são 4,1 milhões de
consumidores, o que equivale a 8% dos 50 milhões que têm planos de assistência
médica privada.
O programa de
monitoramento da garantia de atendimento aos clientes de planos de saúde ganhou
velocidade em 2013. Longo explicou que até o ano passado a ANS examinava
somente os prazos máximos de atendimento e, este ano, o programa foi ampliado
para todas as negativas de cobertura de procedimentos assistenciais.
Para André
Lonbgo,mais importante do que multar as operadoras pelo descumprimento de
regras contratuais, destacou que é preciso resolver o problema. Para o
presidente da ANS, o programa de monitoramento da garantia de atendimento e a
medida cautelar de proteção do consumidor têm induzido uma mudança no
comportamento das operadoras. “Muito mais pedagógico do que as multas, que têm
efeito regulatório e econômico”. Ele garantiu, no entanto, que a ANS “não vai
deixar de multar nunca”. A intenção, acrescentou, é ampliar a proteção do
consumidor. (Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil)
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