CULPA DAS
EMPREGUETES
O custo dos empregados domésticos, que teve
um aumento de 12,73% no ano passado, foi o item que teve o maior impacto na
inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), em 2012. Além disso, a inflação desse tipo de serviço foi duas vezes
maior do que o IPCA no ano, que atingiu 5,84%, segundo dados divulgados hoje
(10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a coordenadora de Índices de
Preços do IBGE, Eulina dos Santos, o aumento do custo dos empregados domésticos
é motivado, pelo menos em parte, pela ampliação das oportunidades no mercado de
trabalho brasileiro, que tem levado uma parcela desses trabalhadores a procurar
outros empregos.
“O [custo do] empregado doméstico vem
aumentando nos últimos anos. Com a alternativa de outros empregos, os
empregados domésticos têm ficado cada dia mais escassos. E, com o salário
mínimo aumentando acima da inflação, os salários têm sido pressionados”, disse.
Outros itens que tiveram grande impacto na
inflação em 2012 foram a refeição fora de casa, com alta de preços de 8,59%, o
aluguel residencial (8,95%), planos de saúde (7,79%), cursos regulares (8,35%),
cigarro (25,48%), lanches (11,23%), arroz (36,67%), mão de obra (11,57%) e
passagem aérea (26%).
Entre os grupos de despesas, os alimentos
tiveram o principal impacto na inflação, com uma alta de preços de 9,86%. Em
seguida, vêm despesas pessoais (10,17%), habitação (6,79%), saúde e cuidados
pessoais (5,95%), vestuário (5,79%) e educação (7,78%). Com impactos menores na
inflação, aparecem os grupos de transportes (0,48%), comunicação (0,77%) e
artigos de residência (0,84%).
O principal impulso na inflação de 2012
aconteceu no último trimestre do ano, quando foi acumulada uma alta de preços
de 1,99% nos três meses.
DEFESA CIVIL SABIA DA EXISTÊNCIA
DE 98 ÁREAS DE RISCO DESDE JUNHO
O tenente-coronel CB José Ronaldo dos Reis (foto), ex-Coordenador da Defesa Civil
de Duque de Caxias, em correspondência enviada ao moderador do blog, confirmou
a existência de relatório sobre de 98 áreas de risco em Duque de Caxias,
mapeadas pela Secretaria de Estado do Ambiente e entregue ao Governo municipal
durante uma reunião em junho de 2012, da qual participaram, além do coronel
Ronaldo, o vice-prefeito e médico Jorge Amorelli e técnicos do INEA e da Defesa
Civil do Município. Em seu blog (http://blogdocoronelronaldo.blogspot.com.br/2012_06_01_archive.html),
além de comentar o referido documento, o coronel Ronaldo Reis postou cópias dos
relatórios, indicando cada ponto onde havia risco de
desmoronamento/escorregamento. Por conta do seu atrevimento em tornar público
um documento que deveria ser mantido no mais completo sigilo, o Coronel foi
demitido do cargo de Coordenador da
Defesa Civil, mesmo depois de ter conseguido uma verba de R$ 1 milhão junto ao
Ministério da Integração Nacional para reaparelhamento da Defesa Civil do
município e R$ 500 mil do Ministério das Cidades para o mapeamento detalhado
das áreas de risco em todo o município.
Para o ex-Coordenador da Defesa Civil de Duque de Caxias,
o que ocorreu em Xerém na semana passada foi
o resultado da soma de incompetência com negligência.
Além das vidas ceifadas e da destruição causadas pela
enxurrada, o que poderia ter sido evitado com investimentos, a fundo perdido,
da irrisória quantia de R$ 1,5 milhão, terá de ser reconstruído ao custo de
pelo menos R$ 30 milhões, segundo as primeiras estimativas do prefeito
Alexandre Cardoso.
Para o ex-Coordenador da Defesa Civil de Duque de Caxias,
o que ocorreu em Xerém na semana passada foi
o resultado da soma de incompetência com negligência.
Além das vidas
ceifadas e da destruição causadas pela enxurrada, o que poderia ter sido
evitado com investimentos, a fundo perdido, da irrisória quantia de R$ 1,5
milhão, terá de ser reconstruído ao custo de pelo menos R$ 30 milhões, segundo
as primeiras estimativas do prefeito Alexandre Cardoso
MINISTÉRIO LIBERA VERBA PARA
ALUGUEL SOCIAL NA SEGUNDA
O prefeito Alexandre Cardoso anunciou no final da tarde desta
quinta-feira (10) que a verba para o pagamento do aluguel social aos
desabrigados de Xerém deve ser liberada na próxima semana pelo Ministério da
Integração Nacional. Segundo o prefeito, receberão o benefício 94 pessoas que
estão em abrigos municipais após perderem tudo na enxurrada da semana passada
em Xerém, distrito de Duque de Caxias. A verba será usada também para a
recuperação de cerca de 10 quilômetros de estradas e ruas de Xerém, destruídas pela
força das águas.
“Emergencialmente os recursos estarão sendo liberados até
segunda-feira [14] pelo Ministério da Integração Nacional. Falei com o ministro
Fernando Bezerra que garantiu liberar até no início da próxima semana a verba
do aluguel social. Vamos priorizar aqueles que estão nos abrigos e perderam
tudo. Equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos
têm entrevistado essas pessoas, realizando um levantamento de suas perdas para
podermos iniciar o pagamento do aluguel social".
De acordo com o prefeito, as casas em áreas de risco
estão sendo avaliadas por técnicos do Instituto Estadual de Ambiente (Inea) e
da Defesa Civil municipal. Até o momento, foram demolidas 30 casas. E mais 24
imóveis construídos às margens dos rios serão derrubados até domingo (13). A
expectativa é demolir 80 casas na primeira etapa.
Alexandre Cardoso disse ainda que a coleta de lixo na
cidade foi retomada, após quase três meses sem recolhimento de lixo domiciliar.
“Estamos atuando em todo o município. Entretanto, é preciso entender que o
temporal trouxe um aumento de detritos e volumes, o que nos obrigou a priorizar
as regiões mais afetadas. Diariamente recolhemos cerca de 2 mil toneladas e
outras mil toneladas são produzidas. Acredito que dentro de 40 a 50 dias tudo
estará normalizado”, avaliou.
ARAPONGAS AGIAM EM
JARDIM PRIMAVERA
A descoberta de equipamento de espionagem no gabinete do
prefeito, em Jardim Primavera, que está sendo investigado pela Polícia Civil a
pedido de Alexandre Cardoso, demonstra que a prática da arapongagem,
institucionalizada pela Ditadura, não está sendo combatida pelo Poder Público
com a merecida severidade.
No ano passado, o ex-prefeito Zito transferiu seu
Gabinete para a sede da Fundec, no Parque Duque, sob o pretexto de que
precisava fazer uma ampla reforma no gabinete de Jardim Primavera, sede do
governo municipal. Por esse motivo, a Polícia Civil deverá ouvir os
responsáveis pela reforma para apurar se, há época, já havia o dispositivo de
escuta.
O fato é grave e exige do novo prefeito uma completa
reforma do seu gabinete, com blindagem capaz de impedir a presença até de
mosquitos da Dengue como co-participantes das reuniões e despachos ali
ocorridos.
A arapongagem não tem fundamento ideológico ou religioso,
sendo apenas mais uma prática criminosa dos grupos de pressão, aqueles que
buscam informações que serão vendidas a empresários inescrupulosos. Como Duque
de Caxias é, no momento, alvo do interesses de grandes grupos estrangeiros, a
simples mudança da alíquota do ISS, ou a disposição de realizar obras de
infraestrutura, como abertura de estradas ou alargamento de avenidas, com
mudanças no gabarito para futuras construções, a espionagem passou à categoria
de “insumo vital” para empresas cuja ética empresarial segue o padrão petista
pós mensalão, do tipo, “os outros também fazem!”
Pelo visto, no atual panorama ético-político vigente no
País, não basta apenas a recomendação do Orai e Vigia! Serão necessárias novas
medidas de segurança para que assuntos de alta relevância para a administração
publica não seja vendia em “pacotes” pelos camelôs do calçadão da rua José de
Alvarenga.
RÁPIDAS
• O mutirão da Secretaria estadual de Assistência
Social, que começou segunda-feira (7) e termina sexta (11), já emitiu 347 carteiras de
identidade e 286 certidões de nascimento e casamento para moradores no distrito
de Xerém, em Duque de Caxias, afetado pelas fortes chuvas do início do ano.
• A Secretaria
Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, por sua vez, informou que
cerca de 150 toneladas de alimentos foram doadas às vítimas das chuvas. As
autoridades pedem doações de material para higiene, peças íntimas, sacos de
lixo, leite em pó e alimentos ricos em proteínas.
• Os abrigos
receberam 3 mil colchonetes, 6,5 mil kits de limpeza, 3 toneladas de roupas e
90 mil litros de água potável. Desde o dia 3 de janeiro, quando o temporal
atingiu a região, mais de 2 mil pessoas passaram pelos abrigos municipais.
• Para arrecadar
donativos para as vítimas da tragédia, a Prefeitura de Duque de Caxias abriu
uma conta na Caixa Econômica Federal. Os interessados podem depositar qualquer
quantia na conta-corrente 006.500-0,
Agência 1334.
• O
cadastramento do aluguel social para as vítimas da chuva da semana passada em
Xerém, município de Duque de Caxias na Baixada Fluminense, foi adiado para esta
segunda-feira (14). A data foi alterada para que o prefeito Alexandre Cardoso
acertasse alguns detalhes com a Secretaria de Estado de Assistência Social e
Direitos Humanos e com a Defesa Civil. Para isso, uma reunião foi realizada no
final da tarde desta quinta.
• Serão
cadastradas as famílias que receberam a visita da Defesa Civil depois da chuva
que destruiu casas e encheram as ruas da região de lama e entulho. Até a véspera
(9), a Defesa Civil havia emitido 109 relatórios de interdição das casas.
• A
Secretaria Nacional de Defesa Civil, ligada ao Ministério da Integração
Nacional, reconheceu situação de emergência, por causa das fortes chuvas neste
início de ano, no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e em
cerca de 200 municípios paraibanos que sofrem com a estiagem prolongada.
• A decisão,
publicada na edição de hoje (10) do Diário Oficial da União, acelera o repasse
de recursos federais para ajudar na recuperação dessas cidades.
• De acordo com o
Ministério da Integração Nacional, foram entregues mil cestas básicas à Defesa
Civil do estado do Rio, para serem distribuídas à população atingida,
principalmente aos desabrigados. Cada cesta básica atende a cinco pessoas por
até 15 dias.
• A pasta também
mantém na região, desde o dia 14 de dezembro, uma equipe da Força Nacional de
Emergência/Grupo de Apoio a Desastres (Gade) para acompanhar o monitoramento
das áreas atingidas.
• A concessionária
Ampla informou, em nota divulgada na
tarde de hoje (9), que já foi normalizado o fornecimento de energia em
todos os bairros atingidos pelas fortes chuvas do último dia 2 em Angra dos
Reis, litoral sul fluminense. Bairros afetados por temporal ocorrido
segunda-feira (7), no entanto, ainda não tiveram o serviço restabelecido
• A prefeita
Conceição Rabha se reuniu, nessa manhã, com representantes da distribuidora de
energia para cobrar o restabelecimento do serviço em regiões do município que
permaneciam sem energia elétrica, algumas desde a semana passada.
• Segundo a Ampla,
suas equipes de emergência foram reforçadas por 200 profissionais, entre
eletricistas, técnicos e engenheiros, para atender aos moradores das regiões
afetadas pelo temporal da semana passada. De acordo com a concessionária, a
prioridade agora é o restabelecimento da luz nos locais atingidos pelas chuvas
desta semana
• Segundo estudo
da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia
(Abesco), cerca de 10% dos 430 terawatt-hora (TWh) consumidos no país a cada
ano são desperdiçados, volume superior ao consumido pelo total da população do
estado do Rio de Janeiro, que alcança cerca de 36 TWh.
• “O índice
corresponde a mais do dobro do observado na Alemanha, que desperdiça, em média,
4% de toda a energia consumida. Além disso, com esse desperdício de energia,
são jogados fora, no Brasil, aproximadamente R$ 15 bilhões ao ano”, disse o
presidente da entidade, José Starosta.
• Os maiores
vilões, de acordo com Starosta, são processos industriais obsoletos e sistemas
de refrigeração, aquecimento e iluminação inadequados, sem sistemas de
automação que permitam, por exemplo, o desligamento automático quando não há
pessoas presentes no local.
• Para que o
Brasil atinja um nível de eficiência energética com patamares comparáveis aos
de países avançados nesse tema, como Japão e Alemanha, é preciso incentivar os
grandes empreendimentos industriais e comerciais a modernizarem seus sistemas
de utilização de energia para reduzir os desperdícios estruturais.
• Ele lembrou que
também são verificadas perdas de energia nas linhas de transmissão em
funcionamento no país, mas, em sua avaliação, não se trata do maior problema,
já que “são eventos fisicamente previstos
• “As perdas nas
linhas de transmissão são normais. Mesmo com manutenção modernizada, ela nunca
acaba. O problema são os desperdícios que ocorrem nas plantas comerciais, como
shoppings e hospitais, além das indústrias”, enfatizou. Segundo o presidente da
Abesco, é “inaceitável” um percentual de desperdício tão elevado,
principalmente em um momento em que se discute o risco de desabastecimento.
• Para evitar
novos apagões, José Starosta defende, além da ampliação da eficiência
energética, uma maior diversificação da matriz de energia, com investimentos e
popularização de fontes alternativas de geração, como a energia eólica e a
solar fotovoltaica. Em relação à energia nuclear, ele ressaltou que, após o
acidente na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, no ano passado, o
“mundo ficou temeroso” em relação aos riscos desse tipo de geração.
• Em março de
2011, um terremoto seguido por tsunami, que afetou principalmente o Nordeste do
país, provocou uma série de explosões e vazamentos na usina japonesa. Áreas
inteiras foram esvaziadas e o consumo de produtos dessas regiões foi proibido.
• Por causa da
falta de chuvas no Brasil, os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e
Centro-Oeste encontram-se, de acordo com a Associação Brasileira dos Produtores
Independentes de Energia Elétrica (Apine), no mais baixo nível para o mês de
janeiro desde 2001, ano do último racionamento de energia elétrica no país.
• Segundo o
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios do Sudeste e
Centro-Oeste operam hoje com 28,32% da capacidade; os do Nordeste, com 30,2%;
os do Norte, com 39,88%; e os do Sul, com 43,4%.
• O secretário
executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, no entanto,
garantiu que não há risco de apagão e que o sistema está operando dentro de um
equilíbrio estrutural para o qual foi planejado.
• O governo
calcula em R$ 400 milhões o custo nas contas de energia elétrica para o
consumidor da utilização das usinas termelétricas motivada pela escassez de
chuvas e pelo baixo índice dos reservatórios. Isso significa uma elevação de 2%
a 3% nas contas em 2013,
• O aumento só
será descartado se as chuvas voltarem à normalidade e não for necessário
utilizar as termelétricas a partir de abril, foi o que explicou o presidente do
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, durante a entrevista
coletiva dada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e dirigentes do
setor elétrico após reunião do conselho.
• Mesmo com a
possibilidade de um aumento em função da falta de chuvas, o ministro garantiu
que haverá redução de 20% nas contas de
luz. A expectativa do governo é que a hidrologia seja favorável e que volte a
chover, regularizando a situação dos reservatórios.
• Outro ponto
destacado por Edison Lobão é que, no Rio Grande do Sul, a Petrobras está
fazendo uma operação com a Argentina para abastecer a Usina Termelétrica de
Uruguaiana. O ministro também disse que, de maneira alguma, o governo vai
deixar de fornecer gás para as indústrias para abastecer as usinas
termelétricas.
• Na avaliação do
diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, o
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deveria ter determinado que as
termelétricas do país fossem ligadas um pouco mais cedo e não em outubro, como
ocorreu.
• Em entrevista à
Agência Brasil, Pinguelli Rosa disse que se isso tivesse ocorrido, talvez hoje
a situação dos reservatórios estivessem em melhores condições e houvesse mais
água disponível para gerar energia, pois haveria uma economia da água gasta
pelas usinas hidrelétricas para produzir eletricidade.
• “O que eles
deveriam ter feito era ligar as térmicas com mais intensidade um pouco mais
cedo e não em outubro [do ano passado] como acabou ocorrendo. Se tivessem feito
isso, ligado mais para o meio do ano, talvez a situação dos reservatórios hoje
estivesse mais cômoda, menos vazios”.
• Pinguelli
concordou com o ministro Edson Lobão, de Minas e Energia, que afastou hoje a
possibilidade de que venha a faltar energia elétrica no país. “O ministro não
deixa de estar certo. É difícil faltar energia porque, ao contrário de 2001
[quando aconteceu o último blecaute] hoje eles contam com a alternativa das
termelétricas e elas estão operando a pleno vapor. Com isso eles [o governo]
conseguem atender à demanda e encobrir os problemas - a deficiências
decorrentes dos reservatórios baixos”, disse.
• Na avaliação do
professor da UFRJ, embora a situação ainda seja crítica, pois os reservatórios
estão muito baixos e tudo tem um limite, a tendência é que a partir de agora a
probabilidade maior é que comece a chover mais forte nos reservatórios pelo
menos até abril - e com isso haverá um alívio para a situação dos
reservatórios.
• Com relação ao
desconto de 20% da conta para os consumidores residenciais e comerciais,
confirmado pelo ministro, Pinguelli disse que, teoricamente, esse percentual
não será mais possível de ser concedido e que deveria cair para cerca de 16%.
• “Nem todas as
usinas aderiram à proposta da medida provisória que trata do assunto, como por
exemplo a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Companhia Paranaense
de Energia (Copel) - e são usinas importantes. Mas é uma conta em que eles [o
governo] podem muito bem forçar [a queda dos preços]. Eles tem dinheiro do
Tesouro e, além disso, outras medidas, como descontos maiores de encargos ou a
retiradas de outros. É uma conta que o governo sempre pode forçar e fazer”.
• Apesar do
otimismo de Pinguelli em relação a possibilitar de chuva forte, na maioria das
regiões, e em particular no Sudeste e Centro-Oeste - que responde por mais de
60% da energia consumida no país - , a Curva de Aversão ao Risco (CAR) está em
cima do limite mínimo desejado.
• As represas das
usinas das duas regiões, que compõem o subsistema Sudeste-Centro-Oeste, está
hoje em 28,32% de sua capacidade. Esses reservatórios respondem por 70% da capacidade de produção
de energia hidrelétrica no país. Os níveis dos principais reservatórios das
usinas hidrelétricas do Nordeste do país também continuam em queda, segundo
dados disponibilizados na página do Operador Nacional do Sistema Elétrico.
• No Nordeste, os
reservatórios tiveram uma queda de quase meio ponto percentual em apenas um
dia, passando de 30,64% na segunda-feira, para 30,20%, na terça. Também houve
redução no Norte e somente no Sul houve recomposição das reservas, com o nível
da água subindo de 41,36% para 43,40%, de segunda para quarta-feira.
• A inadimplência
do consumidor brasileiro aumentou 1,12% no mês de dezembro, em relação a igual
mês de 2011, embora tenha caído 0,91% na comparação com o mês imediatamente
anterior. No acumulado do ano, porém, a inadimplência cresceu 1,9% no comércio
varejista, ante 2011. Ainda assim, o resultado está abaixo do avanço de 5,34%
no índice de inadimplência de 2011 sobre 2010.
• Os dados são de
pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC-Brasil) e da Confederação
Nacional dos Diretores Lojistas (CNDL) divulgada hoje (9). Segundo a economista
Ana Paula Bastos, do SPC-Brasil, o nível de inadimplência “não chega a ser
preocupante”, uma vez que a taxa de desemprego no país está no menor nível
histórico e os ganhos salariais têm crescido acima da inflação. Para ela, isso
assegura ao consumidor maior controle sobre o orçamento pessoal e aumenta a capacidade
de quitar os débitos
• De acordo com
avaliação técnica da pesquisa CNDL/SPC Brasil, as vendas do comércio varejista
cresceram 8,27% no mês de dezembro, em relação a igual mês de 2011, e o aumento
sobre novembro chegou a 33,42%, por
causa das compras para o Natal. De modo geral, 2012 foi positivo para o
comércio, que registrou expansão de 6,75% nas vendas totais, segundo Ana Paula.
• A economista do
SPC-Brasil está otimista também quanto à possibilidade de as vendas continuarem
em alta neste ano, apesar da retirada gradativa do subsídio fiscal às compras
de automóveis e eletrodomésticos. Para compensar o fim dos incentivos, ela
acredita que as taxas de juros bancários devem diminuir mais um pouco no
decorrer do ano, acompanhadas por melhores condições de prazo na concessão de
crédito. Com o cenário favorável à reativação da atividade econômica, ela
projeta aumento de 6,5% para as vendas em 2013.
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