ESTATAL PARA HOSPITAIS
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ajuizou
no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação direta de inconstitucionalidade
(Adin 4895) contra dispositivos da Lei 12.550/2011, que autoriza a criação da
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), um pool que reunirá todos
os hospitais universitários do Governo Federal . Vinculada ao Ministério da
Educação, a Ebserh será uma empresa pública de personalidade jurídica de
direito privado e patrimônio próprio.
Atualmente, os 46 hospitais universitários vinculados a
32 universidades federais são responsáveis pela formação de grande número de
profissionais médicos no país. Em determinadas regiões, são as unidades
hospitalares mais importantes do serviço público de saúde e cumprem papel
fundamental na consolidação do SUS, já que 70% das unidades são consideradas de
grande porte e têm perfil assistencial de alta complexidade.
A Ebserh tem como objetivo administrar recursos
financeiros e humanos dos hospitais universitários. De acordo com nota da PGR,
na avaliação de Gurgel, a lei viola dispositivos constitucionais ao atribuir à
empresa a prestação de um serviço público. Segundo o procurador-geral, a lei
viola o Inciso 19 do Artigo 37 da Constituição, que estabelece que a
instituição de empresa pública poderá ser autorizada somente por meio de lei
específica, cabendo à lei complementar definir as áreas de atuação dessa
empresa.
Gurgel apontou ainda que o fato de as atividades de
prestação de serviços de assistência à saúde estarem inseridas integral e
exclusivamente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) está em desarmonia com
a Lei Orgânica do SUS (Lei 8.080/1990).
A contratação de servidores com base na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) e as contratações por meio de celebração de contratos
temporários e de processo simplificado também são questionadas pelo
procurador-geral. O ministro Antonio Dias Toffoli é o relator do caso no STF.
PROJETO DA COPPE VAI AJUDAR
NA RECONTRUÇAO DE XERÉM
O Laboratório de Hidrologia da Coordenação de Programas
de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(Coppe/UFRJ) está elaborando um projeto de recuperação ambiental do distrito de
Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde um temporal, no último
dia 3, provocou destruição e deixou cerca de 5 mil desabrigados.
“Nós estamos debruçados em cima do que fazer em Xerém”,
disse à Agência Brasil o coordenador do Laboratório de Hidrologia da Coppe,
Paulo Canedo. O trabalho faz parte de um projeto maior [Projeto Iguaçu], que
cobre toda a Baixada Fluminense e está sendo implantado na região, com obras
concluídas em áreas mais frágeis dos municípios de Nova Iguaçu, Nilópolis,
Mesquita, São João de Meriti, Belford Roxo e Duque de Caxias.
“Vai demorar muitos anos para terminar a implantação dele
[do Projeto Iguaçu]”, declarou Canedo, destacando que nos locais onde as obras
foram feitas, as chuvas recentes não provocaram estragos. “Nada ocorreu”,
destacou. O distrito de Xerém não havia registrado nenhum episódio semelhante
ao do dia 3, daí não estar inserido ainda entre as regiões prioritárias do
Projeto Iguaçu, esclareceu o engenheiro da Coppe. “Ficaram mais na linha de
frente as áreas mais baixas”.
O Laboratório de Hidrologia da Coppe está trabalhando
para entregar o projeto de recuperação de Xerém ao governo do estado nos
próximos 30 dias. O professor ressaltou, entretanto, que o local ainda está
pouco acessível para que os trabalhos de topografia possam ser iniciados.
Canedo estimou que as medições deverão começar tão logo seja concluída a etapa
de primeiros socorros à população local, o que engloba ações de primeira
necessidade, entre as quais o restabelecimento da energia elétrica, do
abastecimento de água e da recuperação da rede de esgotos. “De posse desses
levantamentos, a gente faz o projeto”.
PREFEITURA ABRE CONTA PARA
DOAÇÕES ÀS VÍTIMAS DE XERÉM
A Prefeitura de Duque de Caxias abriu uma conta na Caixa
Econômica Federal (CEF), para arrecadar doações para as vítimas das chuvas no
quarto distrito do município. Os interessados pode depositar qualquer quantia
na conta corrente de número 006.500-0 (Agência 1334-25 de Agosto/RJ).
A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos
Humanos de Duque de Caxias informou nesta quarta-feira (9) que 150 toneladas de
alimentos já foram doadas para as vítimas das chuvas no quarto distrito do
município.
Segundo a secretária Cláudia Peixoto, os abrigos oficiais
já receberam 6.500 kits para limpeza, 3.000 colchonetes, 90 mil litros de água
potável e três toneladas de roupas. A secretária informou que a maior
necessidade de doações é de água potável, material para higiene, peças íntimas
(masculina e feminina), sacos de lixo, material descartável, além de leite em
pó e alimentos ricos em proteínas.
De acordo com Cláudia Peixoto, são servidas diariamente
nos abrigos oficiais, cerca de 2.000 refeições, não só para os desabrigados,
como também para funcionários da Prefeitura e do governo estadual.
Segundo a secretária, 26 desabrigados ou oito famílias
encontram-se no abrigo na Assembleia de Deus de Xerém. Outras 68 pessoas (22
famílias) estão no posto montado na Escola Municipal Ely Combat.
Cláudia Peixoto afirmou que, entre os dias 3 e 8 de
janeiro, cerca de 2.000 pessoas já foram atendidas nos abrigos oficiais.
Donos de barracas do forró da feira do centro de Duque de
Caxias, que acontece às sextas e sábados, vão aderir à campanha de doações para
as vítimas das chuvas de Xerém.
CAXIAS GANHA MAIS PRAZO
PARA LICITAÇÃO DO LIXO
A juíza Marianna Vaccari, da 6ª Vara Cível de Duque de
Caxias, decidiu nesta terça-feira (8), prorrogar por 90 dias o prazo para o
Município cumprir a liminar proferida no dia 5 de dezembro de 2012, que
determinava a realização de nova licitação para prestação de serviço de coleta
domiciliar de lixo.
O prazo será contado a partir do dia 4 de janeiro, data
da abertura do procedimento administrativo para contratação temporária da
empresa que fará o serviço. A decisão foi proferida durante audiência especial
com representantes do Ministério Público e da Prefeitura (Proc, Nº
0046456-23.2012.8.19.0021)
Além de obrigar o município a contratar, mediante licitação,
uma ou mais empresas para fazer a varrição de ruas e praças e colega domiciliar
do lixo, a Justiça também condenou o ex-prefeito Zito, em R$ 50 mil por dias, e
à empresa Locanty, em mais de R$ 234 mil por dia, pelo não recolhimento do lixo
há mais de três meses. A aplicação das multas, no entanto, depende de manifestação
do Ministério Público Estadual, confirmando que tanto o ex-prefeito, quanto a
empresa descumpriram a determinação legal. A multa aplicada à Locanty
corresponde ao valor que a empresa recebia por dia da Prefeitura.
RÁPIDAS
• Na faxina que
uma empresa está fazendo na Prefeitura para instalar novos equipamentos de
informática, foi descoberto um microfone instalado no Gabinete do Prefeito,
destinado a escuta do que era dito no local. O prefeito pediu à Chefe de
Polícia, delegada Martha Rocha, que investigue esse estranho “achado”, que pode
ter sido instalado no local à muito tempo. A investigação foi solicitada em
caráter de máxima urgência, por envolver o crime de espionagem em que só a perícia
indicará a quanto tempo a engenhoca estava “monitorando” o Gabinete do Prefeito
• Para Xerém, o
projeto da COPPE recuperação prevê
algumas diretrizes, entre as quais a construção de barragem para minimizar a
cheia e a demolição, que já começou a ser feita, das casas que foram erguidas
na beira do rio, disse o professor.
• “A gente vai tentar aproveitar esse espaço que
o governo vai criar demolindo as casas para erguer um parque, de tal maneira
que as pessoas não voltem a morar naquela região ribeirinha”. Essas iniciativas
contribuiriam, segundo ele, para diminuir o risco de uma nova tragédia das
chuvas no local.
• Paulo Canedo
analisou que o temporal ocorrido na semana passada em Xerém foi similar à
enchente que há dois anos devastou a região serrana do Rio de Janeiro. “Quando
tem uma tempestade desse tipo, sempre causa transtorno. Não tem como evitar. O
que nós podemos tentar evitar são as mortes”, disse.
• O Projeto Iguaçu
é resultado de cooperação entre a Coppe/UFRJ e o governo fluminense. Ele
objetiva fazer o controle de inundações e a recuperação ambiental das bacias
dos rios Iguaçu, Botas e Sarapuí. “Procura proteger os rios, tirar as pessoas
das margens dos rios e criar parques nos locais”, esclareceu Paulo Canedo. O
projeto abrange uma área de 726 quilômetros quadrados, onde vivem 2,5 milhões
de pessoas nos seis municípios.
• Já está em casa,
em fase de recuperação, o novo secretário de Serviços Públicos de Duque de
Caxias, o empresário Tarce de Lima Ele
sofreu um AVC antes mesmo de ser nomeado para o cargo, que está sendo exercido
interinamente pelo vice-prefeito, Laury Villar.
• A Secretaria de
Fazenda deve divulgar nesta sexta-feira o calendário de pagamento dos
servidores municipais, inclusive aposentados e pensionistas do IPMDC. Também
será indicada a data para pagamento do 13º salário, parcialmente pago no mês de
dezembro.
• Nesta
quinta-feira (10), a prefeitura deverá receber a cota do Fundo de Participação
do ICMS, relativa ao mês de dezembro. Segundo estudos do economista E. J. de
Bremaeker, consultor da Associação Transparência Municipal, a previsão é de o município receber R$ 3,335 milhões, relativos ao mês de dezembro.
• Deve começar até
março a construção de casas para as famílias que perderam suas moradias na
enxurrada da semana passada em Xerém, 4º distrito de Duque de Caxias, na
baixada fluminense. De acordo com o prefeito Alexandre Cardoso, o local de
reassentamento das famílias não foi definido, bem como o modelo das casas, o que
deve ser concluído em um mês. O número de moradias também está em avaliação.
• Pelo menos 150
casas precisam ser demolidas. O trabalho começou ontem, com a retirada do que
restou de 10 moradias destruídas pela enxurrada. Hoje (8) mais 30 foram
derrubadas nas margens do Rio Cachoeira de Xerém. O trabalho de demolição deve
durar duas semanas.
• A prefeitura já cadastrou
80 famílias para receber o aluguel social por seis meses, no valor de R$ 500,
mas o número de beneficiados pode chegar a 150. O mais recente balanço da
Secretaria de Assistência Social indica que 800 pessoas continuam desalojadas
em Xerém e 98 desabrigados permanecem em dois abrigos da prefeitura.
• Milca Pena de
Jesus foi presa, nesta terça-feira, por policiais da Delegacia do Consumidor
(Decon), em Xerém, Duque de Caxias. A prisão aconteceu durante uma operação
realizada pela especializada para verificar estabelecimentos comerciais que
poderiam estar vendendo produtos com preços abusivos.
• De acordo com o
delegado titular da Decon, Paulo Roberto Lima de Freitas, a mulher é gerente do
Mercado Celma, na Praça da Mantiqueira, 9, naquela região. O estabelecimento
estava vendendo mercadorias por preços abusivos. Durante a ação, os agentes
também constataram que alguns produtos expostos a venda estavam fora da
validade. A gerente foi autuada por crime contra a economia popular e contra o
consumidor, pagou fiança e vai responder ao processo em liberdade.
• Ainda segundo o
delegado, a especializada continuará fiscalizando os estabelecimentos da
região. Uma equipe da unidade está na localidade para receber denúncias de
moradores sobre irregularidades nos mercados de Xerém.
• Após tomar posse
para seu segundo mandato na presidência do Tribunal de Contas do Estado do Rio
de Janeiro (TCE-RJ), nesta terça-feira (8), o conselheiro Jonas Lopes de
Carvalho Junior afirmou que tomará “sérias e severas providências” em relação
às irregularidades que estão sendo constatadas na Prefeitura de Duque de Caxias
(Baixada Fluminense).
• Ele ressaltou,
no entanto, que os problemas de coleta de lixo não estão restritos a Caxias: “A
questão alcança quase todo o Estado do Rio. Os prefeitos que não conseguiram se
reeleger deram as costas para os municípios e largaram um verdadeiro caos para
a população. Há municípios em situações mais graves e outros em situações menos
graves, mas o Tribunal de Contas irá a todos eles”, afirmou.
• O conselheiro Jonas
Lopes foi reeleito presidente, por unanimidade, para o biênio 2013-2014, em
sessão plenária realizada no dia 4 de dezembro de 2012. Para vice-presidente
também foi reeleito o conselheiro Aluisio Gama de Souza.
• Em seu discurso
de posse, o conselheiro Jonas Lopes referiu-se às parcerias estabelecidas com o
estado e os 91 municípios jurisdicionados, ressaltando que o TCE, hoje, “é
muito mais orientador do que punitivo” e que esse trabalho “já tem dado
reflexos no alto índice de pareceres prévios favoráveis às contas de gestão
financeira”.
• Ele também
informou que, neste segundo mandato, pretende investir principalmente na
informatização e racionalização dos procedimentos do Tribunal, por meio de
soluções tecnológicas como o processo eletrônico.
• As usinas
hidrelétricas gastaram R$ 2,2 bilhões no ano passado com arrecadações de royalties
e de compensação financeira pela utilização de recursos hídricos (Cfurh) para
geração de energia elétrica a municípios, estados e União, informou hoje (7) a
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
• Foram R$ 1,726
bilhão a título de Cfurh e R$ 478,4 milhões em royalties, o que representa
acréscimo de 10% em relação aos R$ 2,005 bilhões gastos com as mesmas contas em
2011, referentes a 177 usinas hidrelétricas e 187 reservatórios, conforme
relatório de arrecadação disponível na página da Aneel na internet.
• Do dinheiro
arrecadado, 90% vão para os estados e municípios, em partes iguais, para
aplicação em programas de saúde, educação e segurança, e não pode ser usado
para abater dívidas, a não ser que o credor seja a União.
• Os 10% restantes
ficam com a União para distribuição à Agência Nacional de Águas (ANA), ao Fundo
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e aos ministérios
do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Amazônia Legal (MMA) e de Minas e Energia
(MME).
• O piso nacional
dos professores deve ser reajustado em 7,97% a partir deste mês, segundo
cálculo divulgado hoje (9) pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). De
acordo com a entidade, o valor deve passar de R$ 1.451,00 para R$ 1.566,48.
Segundo a entidade, a estimativa obedece à Lei do Piso.
• Pesquisa feita
pela CNM em julho do ano passado sobre salários pagos aos professores aponta
que o impacto do reajuste do piso em 2013 será de cerca de R$ 2,1 bilhões,
apenas para esfera municipal.
• Para a CNM, a
demora na divulgação do reajuste é uma das principais preocupações dos
prefeitos brasileiros. Segundo a entidade, nos últimos dois anos, os valores só
foram anunciados pelo Ministério da Educação (MEC) no final de fevereiro. “Para
o piso ser pago a partir de janeiro, o MEC deveria ter divulgado o respectivo
porcentual, o que ainda não ocorreu”, diz o estudo.
• “Os novos
prefeitos deverão reajustar os vencimentos dos professores por um índice maior
do que a inflação e que ainda sequer é oficialmente conhecido”, ressalta o
presidente da entidade, Paulo Ziulkoski.
• A entidade
defende ainda que o reajuste do piso, em vez de seguir os critérios do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb), acompanhe os valores do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC). O MEC não se pronunciou sobre o assunto.
• A
Procuradoria-Geral da República (PGR) informou nesta quarta-feira (9), em nota, que o procurador Roberto Gurgel
ainda não iniciou a análise do depoimento em que o publicitário Marcos Valério
diz que o esquema conhecido como mensalão também pagou despesas pessoais do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
• “Ao contrário do
que foi publicado nesta quarta-feira (9) pelo jornal O Estado de São Paulo, a
Secretaria de Comunicação do Ministério Público Federal informa que o
procurador-geral da República ainda não iniciou a análise do depoimento de
Marcos Valério, pois aguardava o término do julgamento da AP [Ação Penal] 470
[o processo do mensalão]”, diz trecho da nota.
• No documento, o
órgão acrescenta que “somente após a análise poderá informar o que será feito
com o material. Portanto, não há qualquer decisão em relação a uma possível
investigação do caso”.
• Segundo a
matéria publicada pelo jornal, Gurgel teria decidido remeter o caso à primeira
instância, já que o ex-presidente não tem mais foro privilegiado. Isso
significaria, de acordo com a matéria, que a denúncia poderá ser apurada pelo
Ministério Público Federal em São Paulo, Brasília ou Minas Gerais.
• A inflação
medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) teve alta em seis
das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), entre a
última semana de dezembro e a primeira de janeiro. Apenas a cidade do Rio de Janeiro
teve um comportamento diferente, ao registrar uma queda de 0,05 ponto
percentual, já que sua taxa de inflação passou de 0,91% para 0,86% no período.
• Entre as seis
capitais que tiveram alta na taxa, o destaque ficou com Brasília, com aumento
de 0,37 ponto percentual na inflação entre as duas semanas (de 0,26% para
0,63%). Outras cidades que tiveram alta acima da média nacional de 0,11 ponto
percentual (aumento de 0,66% para 0,77%)
foram o Recife (0,28 ponto percentual, ao passar de 0,73% para 1,01%), Belo
Horizonte (0,26 ponto percentual, ao passar de 0,46% para 0,72%) e Salvador
(0,17 ponto percentual, ao passar de 0,95% para 1,12%).
• As outras duas
cidades que tiveram alta foram Porto Alegre (0,09 ponto percentual, ao passar
de 0,34% para 0,43%) e São Paulo (0,06 ponto percentual, ao passar de 0,72%
para 0,78%).
• O governo
deveria postergar as metas de reduzir em 16% o custo da energia elétrica para
os consumidores, segundo o professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia
(IEE) da Universidade de São Paulo (USP), Edmilson Moutinho dos Santos. De acordo
com ele, a atual situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas não exige
um aumento nas tarifas, no entanto, não permite redução dos preços.
• “O governo
recusou-se lá [no apagão de 2001] a aumentar o preço da energia para diminuir o
consumo. Lá se falava de 'tarifaços', o governo achou aquilo politicamente
incorreto e não quis comprar essa briga de aumentar o preço da energia e tentar
segurar o consumo”, disse em entrevista à Agência Brasil.
• “Hoje talvez
seja ainda precipitado de falar sobre algum tarifaço com o mesmo viés. Mas
certamente não é precipitado, e já estamos atrasados, em chegar claramente na
televisão e dizer que a promessa de [redução de] 20% no preço da energia foi
postergada”.
• A meta do
governo de reduzir o preço da energia, segundo o professor, pode fazer com que
se aumento o consumo e agrave a situação das reservas energéticas. “Não dá para
você falar para as pessoas serem racionais no uso da energia e depois dizer que
vai cortar o preço em 20%. Isso não existe”, disse.
• No caso de as
chuvas não chegarem com intensidade suficiente para voltar a encher os
reservatórios, Moutinho defende que, eventualmente, como plano de emergência, o
governo poderia acelerar a entrada em funcionamento de novas usinas
hidroelétricas e a contratação de usinas termoelétricas a óleo.
• De acordo com a
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível dos reservatórios no
subsistema Sudeste/Centro Oeste é hoje de 28,9% – o mais baixo para os meses de
janeiro dos últimos 12 anos – menor do que o verificado no mesmo mês de 2001,
quando houve o último racionamento de
energia elétrica no país.
• A Companhia
Energética de São Paulo informou que seus reservatórios estão baixos. Em Ilha
Solteira o nível está em 47,23%; em Três Irmãos, 56,81%; Jaguari, 48,73%; e
Paraibuna, 38,17%. As usinas Porto Primavera e Jupiá são usinas a fio d´água e
seus reservatórios não são de acumulação.
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